sábado, março 31, 2012

Procura interna e exportações no boletim de primavera do BdeP

Das evoluções verificadas e projectadas pelo Banco de Portugal, no que respeita à procura interna e às exportações, vê-se, neste gráfico, o comportamento claramente antagónico entre as duas variáveis, que marca a estratégia dos responsáveis pela economia portuguesa ("os de cá" e, sobretudo, "os de lá" de fora que mandam em "os de cá" que são "de lá"...), degradando a procura interna, em queda brutal(izada), procurando compensá-la com uma projecção de subida da procura externa, para que se levanta a questão do seu realismo (ou da sua sustentabilidade, para usar terminologia "à moda").


e estas evoluções trazendo a questão crucial do emprego/desemprego!
(para além, claro, da do nível de vida dos portugueses)

O(s) Dia(s) do Estudante - adenda

A publicação do “post” sobre o dia do estudante terá provocado algumas dúvidas. Não valerá muito a pena, mas apetece acrescentar… leia-se o que escrevi sem segundas intenções, como escrito foi.
E, a propósito do merecido destaque aos 50 anos de Março de 1962, que desejo ver alargado aos 50 anos de Maio de 1962, reproduzo o ponto 7. de um testemunho que me foi pedido sobre Francisco Pereira de Moura, e que escrevi com o muito respeito e admiração que a memória daquele professor me merece.

«7. E, desses tempos mais recuados, guardo a imagem de Pereira de Moura (e de Lindley Cintra), numa noite de 1962, a palestrarem com o comandante da brigada policial encarregada de invadir a cantina da Cidade Universitária, onde estudantes faziam greve da fome e muitos outros os acompanhavam, os dois procurando dissuadi-lo da invasão, prisões e identificações sequentes. Fui testemunha dessa cena ao retirar-me furtivamente da cantina – depois de ter convencido Ribeiro de Albuquerque a fazer o mesmo –, cumprindo decisões partidárias no sentido de evitar consequências políticas decorrentes da nossa presença, solidária com os estudantes, naquele local.»

Pareceu-me adequado juntar esta nota no testemunho pedido e que espero (tenho esperança…) de ver um dia publicado. Mas lembrar Pereira de Moura (e outro professor, Ribeiro de Albuquerque) não é cómodo nem fácil!


 
 

 
 
 
 
de 1977

O MANDA-CHUVA - 6

Para "O Manda-chuva", o mês de Abril foi relativamente "pacífico". Começando pelo dia 1 (que amanhã também será, mas de 2012), lá vinha a referência ao dia das mentiras, que nesse ano de 1972 coincidia com a aleluia antecedendo o domingo de páscoa, então havia, apenas, duas efemérides, embora com fortes significados, sublinhando-se, no ano de 1933 (em que tanta coisa aconteceu estruturando o fascismo... até uma constituição), o decreto-lei sobre a censura prévia às publicações gráficas.
O resto do espaço da página do mês está preenchido com uma curiosa versalhada do grande amigo e companheiro (à distância) destas "aventuras" de ainda jovens de outra geração (o grupo andava entre os 20 e poucos do Manuel Augusto e o trintas do Blasco), o senhor Consiglieri Morais, pai da Ângela e, por isso, avô dos nossos filhos: 

Ainda ficou uma sétima sextilha para o mês de Maio...

sexta-feira, março 30, 2012

Amanhã - Um dia - 2manifestações2


O(s) Dia(s) do Estudante

No dia 24 assinalou-se o Dia do Estudante de 1962. Congratulei-me com essa assinalação. Embora nalguns lados me tivesse parecido excessiva e distorcida a comemoração, valorizando uns aspectos e nomes, esquecendo enquadramentos e antecedentes e seleccionando as referências. E não pensei que essa "leitura" e reacção fosse... por "mau feitio" meu.

Aliás, vivi intensamente o Dia do Estudante de 1962, já licenciado há quatro anos, mas ainda o apoiando activamente, como ex-dirigente numa comissão ad-hoc que algumas coisitas fez (entre as agora esquecidas ou desconhecidas).

Mas, numa destas voltas, chegou-me um e-mail do Conselho Português para a Paz e Cooperação que muito me agradou. Porque lembra o que eu estava lembrando. E ainda para antes do que lembrando estava.


 Além do texto, de que se recomenda a leitura no facebook do CCPC, retive esta foto, que se publica, e transcrevo o comentário que me saltou:

Entre 1947 e 1962, lutou-se. Sempre se lutou. Nenhuma luta começou num dia ou num ano. Todos os dias e anos são importantes na luta! Houve tempos, há muitos anos - em 1957 -, em que pensei que a luta dos estudantes começava com o 40.900. Não começou! Nem acabou!

Continua. Hoje!

O Boletim da Primavera do Banco de Portugal

A publicação do "Boletim da Primavera" do BdeP é material de estudo. Para os profissionais, mas não só.
Com muita leitura, distribuída pelo seguinte índice:
I TEMA DE DISCUSSÂO
7 - Segmentação (sobre o mercado do trabalho)
II TEXTOS DE POLÌTICA E SITUAÇÂO ECONÓMICA
33 - Projeções para a economia portuguesa 2012-2013
III ARTIGOS
45 - Concorrência na economia portuguesa: uma visão sobre os setores transacionável e não-transacionável
63 - Instituições orçamentais e volatilidade da despesa pública na Europa
81 - O custo de bem estar da inflação com tributação distorcionária
93 - Revisitanto a eficãcia das políticas monetária e orçamental nos Estados Unidos, medida com base em modelos VAR estruturais.

Como é evidente, e cumprindo o que lhe resta de funções institucionais, o mais relevante do sumário são as projecções para a economia portuguesa. Até pelo cotejo com as projecções do Governo.
Este quadro é elucidativo:

As projecções de ontem (da Primavera) são piores que as de há uns meses (do Boletim de Inverno), além do que já se referiu noutro "post", particularmente no consumo privado: em vez de uma queda projectada de 6,0%, deixada no inverno, nesta primavera ela será de -7,3%, o que significará brutal queda do nível de vida a juntar ao dado de 2011, que não se ficou pelos -3,6% mas teria sido de -3,9%, ou seja, -11,2 pontos percentuais em vez de -9,6 em dois anos, de 100 para 89,1, isto é, -10,9% (em vez de -9,4% como antes projectado) no consumo privado, em dois anos!
Por outro lado, o que poderia ser um sinal de recuperação, a formação bruta de capital fixo (o investimento) não justifica projecções animadoras pois caíu 5,7% em 2011 em vez dos projectados -5,2%, e para 2012 a "recuperação" é para -6,2%!
Ao que se projecta, o que vai falhar serão as exportações no seu papel de bóia "salva-vidas". Como o dirá qualquer previsão com bom senso, por mais optimista que queira ser. Não só a crise do capitalismo não passou, como não se pode exportar o que não se produz. E tem de se dar prioridade à produção, ao trabalho, aos trabalhadores. Até quando caminharemos em pino... ou em marcha atrás?!

Mas sobre esta primavera (falhada) muito mais há a dizer...

O MANDA-CHUVA - 5

Em Março de 1972, o nosso









trazia as necessárias e úteis informações sobre feiras e mercados, e luas,








e as nossas efemérides "marcianas", que merecem destaque
a extinção da organização corporativa em 1834, o 8 de Março com a história das costureiras de Nova Iorque de 1857, o Congresso Nacional Operário em 1914, em Tomar, a COMUNA de Paris. Era mesmo preciso atrevimento!
Mas não se ficou por aí o Manda-Chuva em Março.
Mais uma do Aleixo
para descontrair... e logo ao lado, o senhor Brecht (com uma muito forte!) e uma "gracinha" provocadora... no mês do Dia da Mulher


Assim (também) se lutava!


quinta-feira, março 29, 2012

O Boletim da Primavera do BdeP

Ontem-já-hoje (era 1 e 1/2), antes de "fechar a loja", apeteceu-me comentar as contas da economia nacional (ou as contas nacionais da economia) com que o primeiro ministro nos tinha querido "embrulhar". Fiz um exercício nocturno com números, a partir dos 3,3% apresentados como a queda prevista do PIB para este ano, já com as projecções para 2013 a apontarem para uma ligeira recuperação.
E quis, então,  deixar a ideia de que essa "recuperação" representaria, dados os antecedentes de queda, a manutenção a um nível muito mais baixo que o do ponto de partida deste ano.
Isto sem falar em desconvergência, ou maior desigualdade relativamente à "média europeia", dado o facto do ritmo de crescimento dessa "média" ser superior ao do português (caso houvesse), depois da queda portuguesa ter sido mais desastrosa que a da "média" (quando houve queda desta).
Pois hoje, 29 de Março, foi publicado o Boletim Económico de Primavera, do Banco de Portugal, em que, em vez de 3,3% de previsão de queda do PIB português, ele é 3,4% (no Boletim de Inverno foi de 3,1%) e a projecção para 2013 é de estagnação  (0,0) corrigindo para baixo o ligeiro acréscimo projectado no Boletim de Inverno (+0,3%). E o primeiro ministro veio dizer que está tudo certo, coerente, e etc....

Tudo a piorar. Mas há pior, se se olhar para a procura interna e as exportações! Mas fica para depois.

Breve - 2 para hoje (o cante... património da UNESCO?)

em avante!:

a candidatura...
"uma decisão política nas mãos do governo"
(disseram os embaixadores)

Breve - 1 (para hoje e sobre inaptidões)

Uma das mais relevantes "inovações" do Código (e)Laboral no sentido de estimular a criação de emprego é a da criação de desemprego por despedimento por... inadaptação. A critério do empregador, claro: "Você é um inaptado para esta tarefa para que o contratei... rua!".
Como muito bem lembrou uma deputada, a primeira vítima de tal regra do código deveria ser o (im)propriamente dito ministro da economia, do emprego(?) e mais de uma data de coisas (de que, aliás, tem vindo a ser esvaziado), dada a sua manifesta inaptação a ministro. Já o das finanças tem outras características e parecenças, algumas bem perversas, mas lá inadaptado para ministeriais cargos não é. Ao serviço de quem está e de quem é.  

O MANDA-CHUVA - 4

O mês de Fevereiro de 1972 nem tinha muita matéria para a respectiva página. Apesar de ser bissexto. Ou o grupo de trabalho não o soube aproveitar, com os Jogos Olímpicos e tudo... Foram as feiras todas e as luas e isso, e a efeméride de 25 de Fevereiro de 1867 em que foi abolida a escravatura legal no território português. De que hoje se procuram formas modernas, sofisticadas de restabelecimento....





Pelo que, nessa página de O MANDA-CHUVA, se iniciar um texto sobre Elementos para a compreensão e resolução da crise rural portuguesa contemporânea, que extravasa para mais duas páginas. Texto que nos pareceu (e parece!) da maior oportunidade e pertinência, adequado ao tipo Borda d' água. Da autoria do componente desse nosso grupo, o Blasco Hugo Fernandes, saudoso amigo.
Suspeita-se que terá irritado muito certa gentinha. De então e de hoje.

E será, talvez, a altura (mais uma altura...) de agradecer a amizade e camaradagem de quem nos facultou o disponibilidade desta "nossa preciosidade", de que andávamos - desesperadamente... - à procura, e que, ao fazer-lhe referência num debate sobre livros e editoras na resistência ao fascismo, ao falar da Prelo não se podia deixar de referir, e de lamentar a frustrante busca em que se andava. A resposta deu na quase comovente recepção de um conjunto de 16 fotocópias "scaneadas", que vou saboreando e divulgando. Muito obrigado! 

5ª feira - dia de avante!


Breves

Então é assim:

Dado que a chuva está a cair para cima, a economia portuguesa continua a crescer para baixo
O chefe do governo veio dizer que não jurava, e está certo porque jurar não se faz. É feio.
Menos 3,3 por cento é o número capicua crescimento negativo (?!) do PIB. Depois, como não deverá podeá descer mais, deverá começa (mas não se jura, atenção...) a subir para cima, mas ainda em negativo!
Vamos lá a ver: se hoje se iguala a 100 o PIB (ou o que isso for) de Dezembro de 2011  e se ele descer 3,3% - que  parece ser número da sorte - até Dezembro de 2012, esse tal coiso chega ao fim do ano a valer 96,7% do que valia ao começar 2012.
Se não poder descer mais e se subir 1,5% (olarila!), passará para 98,15% (96,7*101,5/100) do que era em Dezembro de 2011, isto é, menos 1,85% de dois anos antes. 

Isto é ginástica com percentagens
(e pontos percentuais),
como os médicos recomendam
para prevenir doenças da idade avançada
(nanja a mim, mas vou treinando)..

quarta-feira, março 28, 2012

O Código Laboral (discussão ao minuto na AR)

O debate na AR ao minuto (tirado do Expresso)

16h41 - O deputado comunista, Jorge Machado diz que a proposta do Governo é um "retrocesso na legislação laboral". "PSD e CDS querem despedimentos mais fáceis e mais baratos, com indemnizações dos patrões a preço de saldo", declarou.

16h34 - "Lembro que esta revisão laboral foi negociada e acordada. Incomoda a esquerda, porque achavam que não seria possível um acordo", afirma Álvaro Santos Pereira, sublinhando que o acordo é abrangente.

16h29 - "O Sr. ministro é um verdadeiro artista", declara o deputado dos Verdes José Luís Ferreira, defendendo que as alterações ao Código do Trabalho trarão competitividade zero e desemprego histórico.

16h26 - O deputado do PS, João Pedrosa, acusou o Executivo de não avançar com medidas que promovam o emprego. "O Governo começou da pior forma, rompendo com a coesão social."

16h21 - "O senhor não tem cumprido os objetivos do seu Governo, tem cometido sucessivos erros", declarou Mariana Aiveca, deputada do BE, referindo-se ao ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, sublinhando que com as novas regras laborais poderia ter sido despedido por inadaptabilidade.

16h16 - "Muita propaganda não apaga a realidade do pacote. Este não tem nada a ver com a competitividade e com o combate ao défice ou à dívida. A proposta do Governo é uma brutalidade, que viola a Constituição da República", disse Francisco Lopes, deputado do PCP.

16h12 - "Muito boas ideias resultam de falhanços e por isso não se podem matar logo empresas só porque alguma coisa correu mal", afirmou Álvaro Santos Pereira.

16h10 O ministro da Economia diz que é uma das reformas laborais mais profundas porque a atual lei é um entrave as empresas e a sua rigidez é um autêntico encargo para os trabalhadores e a economia.

16h05 - manifestantes da CGTP chegam ao Parlamento ao mesmo tempo que o ministro Álvaro Santos Pereira abre o debate.

15h35 - O secretário de Estado do Emprego confirma aquilo que o Expresso já tinha noticiado, que os feriados de 5 de outubro e 1 de dezembro vão ser já cortados este ano.

15h01 - As alterações ao Código do Trabalho começam agora a ser discutidas no Parlamento e vão ser votadas sexta-feira na generalidade. Sabe-se já que o PS irá abster-se.

13h16 - O presidente da comissão de Segurança Social e do Trabalho, José Manuel Canavarro, propôs voltar a ouvir os parceiros sociais nas próximas terça e quarta-feira.

12h47 - A deputada bloquista, Mariana Aiveca, diz que foram recebidos mais de 2000 pareceres de estruturas sindicais da CGTP e outros três de várias entidades contra a abolição de feriados.

12h32 - Na legislação laboral é obrigatório, ao abrigo da Constituição, que haja um período de discussão pública, de 30 dias, para que todos possam pronunciar-se.

12h25 - A proposta obteve os votos contra do PSD, do CDS e do PS, pelo que as alterações ao Código do Trabalho (CT) serão discutidas hoje, a partir das 15h, na Assembleia da República.

12h20 -  O parecer da Bloco de Esquerda defendia que a revisão do Código do Trabalho não fosse discutida em plenário por ser inconstitucional.

12h12 - Acabou de ser chumbado pela Comissão Parlamentar de Segurança Social e Trabalho o parecer do Bloco de Esquerda que considera inconstitucional o Código do Trabalho.

Transcrição de um comentário com texto esclarecedor de um expandido estado de espírito de um comentador que se auto-denomina... pré-histórico:

PRÉ HISTÓRICO
12h43 - são pessoas que nunca fizeram a ponta de um corno, que decidem as leis de quem trabalha.
99% dos deputados, principalmente os ditos da esquerda, nunca trabalharam 1 hora, nem por conta própria nem de outrem. Portugal precisa de gente de trabalho, que dê o máximo da sua força, que sinta os calos das ferramentas nas mãos.
À hora de almoço leio as notícias. Farto-me de rir com o que se passa naquele parlamento. Tanta gente a ganhar (roubar) o fruto do nosso suor.  Aqueles seres eleitos, dito democraticamente por quem vota, deviam saber, experimentar, apenas 1 ano, o que é estar no desemprego, sem ter quem os sustente e com família para governar - sem ganhar tusto.
Tanto os do privado, como do público temos de trabalhar com qualidade, disto depende o futuro da empresa/instituição. Tem de haver uma constante ligação de proximidade entre empregado e empregador, só assim se consegue estar em dia com a situação do serviço e definir estratégias de melhoramento.
Os ditos sindicatos, são a atrapalhação da economia de um país - ricaços, carregados de bens luxuosos - veja-se o exemplo daquele que saíu há uns tempos. Foi ele o 1º causador da nossa desgraça com a agitação social que causou ou tentou causar. Os patrões, para nossa desgraça, desapareceram perante a presença daquela coisa maldita.
Além disto, tivemos o nacional porreirismo de guterres e o saque de sócrates, com PR´s bananas pelo meio a deixar fazer e a aprovar leis do trabalho, muito macabras.

A  avaliação objectiva da situação que vivemos
e a reacção subjectiva com o ódio instilado
contra "a esquerda",
contra os deputados,
contra a democracia,
contra os sindicatos.

(estranhamente redigido
... por algum intelectual de extrema direita,
fascizante ou fascizado)

Tanta gente e Gaspar

Sou leitor semanal da página Cem por Cento do Expresso-Economia, da responsabilidade de Nicolau Santos. Nunca a total contento, nem sempre  a comento, e às vezes comento-a com dias de atraso. Mas vale a pena ler. Como é o caso.

Para o último artigo de fundo (os que são pequenos comentários também com frequência me suscitam leitura e reflexão), NS escolheu nomes e citações. O título é Juncker, Thomsen e Gaspar dizem mas não dizem tudo.

E que dizem Juncker, Thomsen e Gaspar, na selecção de NS?

Juncker diz Creio que não colocámos suficientemente a tónica na dimensão do crescimento no caso grego. Insistimos sobretudo no saneamento das finanças públicas sem dar uma solução alternativa nem deixar escolha à Grécia”. E termina (a citação) com algumas lágrimas crocodilas sobre o agravamento das condições de vida dos gregos.

E que se sublinha ter dito Thomsen (o chefe de missão "troikenta"), por via NS? “olhando agora para trás, certas mudanças deveriam ter sido feitas de forma diferente” e etc. mais "mea culpa" face às desgraçadas situações sociais.

Depois, na passagem a Gaspar, a jeito de ponte, escreve NS: “Para aliviar a dor social do ajustamento português seria necessário mais tempo e dinheiro”. E não só, dizemos nós… mas vá lá…

Já Gaspar, citado de uma entrevista justifica a citação de “duas frases deliciosa” e significativas. A segunda é do alemão Otmar Issing (economista alemão seu patrono) dirigida ao tal Gaspas (“Você está com melhor aspecto do que devia”), que NS justifica por Gaspar estar do lado dos que castigam e não dos que são castigados, sendo “o homem de confiança da troika e não o nosso homem junto da troika”.

A primeira frase, citada pelo próprio Gaspar, é do segurança do BCE que o saudou, ao vê-lo: “Welcome home, mr. Gaspar!”, que teria acertado em cheio, como diz NS, pois, “Em matéria de pensamento, Gaspar é um deles, não é um dos nossos”. Veio lá de casa deles, visitar-nos e “arrumar” a nossa casa à maneira deles. E ele, Gaspar, todo contente com a tarefa. Castigando-nos por não sermos iguais a eles.

Mas termina-se citando e sublinhando o próprio NS:

“Gaspar está convicto das suas certeza, de que é este o caminho que devemos seguir e de que consegue ensinar o cavalo a viver sem beber. Sabemos como a história acaba.”

O MANDA-CHUVA - 3

Tendo-se ficado a saber que em Janeiro de 1972 (pág. 3), o dia 1foi feriado nacional, com dia claro às 8.25 h., que o tamanho do dia  foi de 9 horas e 30 minutos, e que a noite fechou (taipais?) às 20.01, e que houve feiras em Caria, Cabeços, Caminha, Flor da Rosa, Fundão, Prado e Serradas, e onde houve feiras em cada um dos dias seguinte, ainda se soube que o quarto minguante foi às 14.31 h. do dia 8, a lua nova às 11.52 de 16, o quarto crescente às 10.29 h. de 23 e a lua cheia às 11 h. de 30.

Mas, de nossa lavra, da equipa que se formou para este trabalho, ficou a saber-se que a 8, em 1642, morreu Galileu Galilei, e resumiu-se a sua história de vida irresumível e que se pretendia (e pretende) esquecida, e que a 21, em 1924, morreu Vladimir Ilitch Oulianov (Lenine), de que se dizia ter sido "um dos mais importantes homens da história do homem", e mais coisas, como ter "dado importante contribuição filosófica para o materialismo dialéctico, explicação do homem e do seu caminho". Ah!, ainda se assinalou que a 31 foi a revolta republicana no Porto, em 1891.

Para preencher espaços (?!), além do anúncio ao "Notícias da Amadora", recorreu-se de novo a António Aleixo:
e uma "gracinha": 

terça-feira, março 27, 2012

O MANDA-CHUVA - 2

 Esta é a página 2 do tal "Manda Chuva".
Dela se respiga uma quadra do António Aleixo:

 e um trecho do texto Sobre os "Manda-chuva":


sublinha-se do excerto:
«O que é necessário é trabalhar, informar,
trabalhar mais, informar melhor.»

e o final do Ora... o oráculo sobre... signos:

em que também se sublinha
(até para se ler melhor o que foi escrito em 1972):
«Estes é que são os verdadeiros signos.
Signos que revelam
que se está a"voltar as costas" ao nosso país.
E como o nosso país somos nós,
os homens que cá nascem,
labutam, lutam, morrem,
não estaremos a volta a costas
a nós mesmos?»

Tanto para contar sobre "O MANDA-CHUVA"!...
Deixou-se este "post" agendado antes de partir para a Atalaia (local da Festa, que também é de INformação), mas o "sr. computador" transformou-o em "rascunho"... pelo que sai com atraso de muitas horas e fica como a única publicação de  hoje.

segunda-feira, março 26, 2012

Ele há cada uma...

Resolvera não falar - aqui - do Congresso do PSD.
Mas ele há cousas...

Quem vê caras...
...não vê causas!

não resisti!

O MANDA-CHUVA -1


Para grandes males, grandes remédios.
A seca está a abusar e não há ministra Cristas, e suas orações, que nos dê mostras de cumprir o seu papel de fazer chover (ou de atenuar as consequências de não chover).
Por isso, fomos ao nosso arsenal de "grandes remédios", buscar "O MANDA-CHUVA", criado em 1972, quando foi proclamado Ano Internacional do Livro pela Assembleia-Geral da UNESCO, com a divisa "Livros para Todos" e que, então, deu um... reultadão. Há 40 anos!
Não deu para chover, mas deu borrascas. Vamos contar a estória, do que também foi uma homenagem ao BORDA DE ÁGUA. Que todos os anos aí está.
Começa-se por a presentar o logotipo, ou o tipo do logo... e já está, que foi criação inspirada do Manuel Augusto Araújo.

domingo, março 25, 2012

Onde isto está a chegar! (estamos no bom caminho!?)

de um "mail" recebido de Santarém:

Depois da UNICER, o JUMBO! Quantos mais se seguirão?
Infelizmente, os responsáveis (governantes, apoiantes, coniventes,...) dizem que estamos a vencer a crise!!!!!

ONDE ISTO VAI PARAR?????

Assunto: FW: Notícia Rede Regional-23-03-2012-"Hipermercado Jumbo de Santarém encerra a 4 de Junho"
Link: http://www.rederegional.com/index.php/economia.html

ECONOMIA

O hipermercado Jumbo do Retail Park de Santarém vai fechar portas ao público no próximo dia 4 de Junho
Os funcionários, apanhados de surpresa, começaram a ser informados na manhã de sexta-feira, 23 de Março, após terem sido convocados para reuniões com a direcção da loja.
“Disseram-nos que era uma decisão inevitável, tendo em conta a quebra nas vendas e a diminuição do número de clientes”, adiantou à Rede Regional um dos trabalhadores do hipermercado, que pede reserva de identidade.
“Todos têm vindo a ser informados deste balde de água fria e está toda a gente muito preocupada com o futuro”, acrescentou.
Segundo o mesmo, a empresa garantiu que vai propor ajudas de custo para os funcionários transitarem para outras lojas do grupo, tentando evitar ao máximo os despedimentos, mas os próprios trabalhadores estão apreensivos quanto a esta solução.
“A loja mais perto que temos é no Carregado e não consegue de maneira nenhuma absorver o pessoal todo que aqui trabalha. Além disso, o grupo está a despedir gente, por isso isto não faz grande sentido”, adiantou o mesmo, explicando que se tratam “de mais de 100 funcionários”, na sua maioria residentes no concelho de Santarém.
A Rede Regional contactou o hipermercado de Santarém, pedindo para falar com um responsável. "Durante o dia de hoje, não haverá ninguém disponível para prestar esclarecimentos", foi a única frase que ouvimos antes de desligarem o telefone.
Ouvida pela Rede Regional, a "shopping center manager do Retail Park", Cláudia Seixas, diz-se impossibilitada “de adiantar qualquer comentário, uma vez não ter nenhuma informação oficial por parte da cadeia de lojas”.

Mensagem ao Secretário-geral da CGTP-IN

Recebi, por mail, esta mensagem, com pedido de transcrição, o que faço com todo o gosto e que subscrevo como acto de saudação e solidariedade:

Ao Secretário-geral da CGTP-IN,

Caro camarada Arménio Carlos,
envio-te, como acto de saudação e solidariedade para contigo e para todos os membros o do Conselho e através da vossa representatividade a todos os dirigentes, delegados sindicais no activo, e trabalhadores que fizeram a greve de 22 de Março, pelo grande contributo que a sua realização deu à necessária luta do presente, e pelo que acrescentou ao grande e honroso património histórico do movimento sindical português.
Como sindicalista septuagenário quase desactivado, não deixo de estar sempre atento à vida da nossa central e à luta dos trabalhadores, dando o meu contributo conforme as minhas possibilidades e capacidades e nas formas que tenho à mão. Neste caso a escrita. Desejaria em primeiro lugar que este artigo/mensagem fosse distribuído ao CN se isso for possível. No meu tempo distribuíam-se sempre as missivas ou posições politicas e sindicais dirigidas aos órgãos, em especial as de carácter critico, que afluíam sobretudo nas fases preparatórias dos congressos. Mesmo as que eram enviadas em nome pessoal.
Espero ter a honra da mesma deferência, confraternizando desta forma convosco na análise da Greve Geral.
Envio a todos um grande abraço de solidariedade e boa sorte para as lutas que se vão seguir, cheios de escolhos. - Mas quem é que espera facilidades na luta contra a exploração capitalista!?

Américo Nunes

Nota: Informo-te que vou procurar postar este texto como artigo em dois blogues, no meu mural do face-book e enviá-lo a título pessoal a um jornalista. Não ao Jornal onde trabalha.


A mensagem, na íntegra, fica publicada
- dada a sua extensão, -
em página
SAUDAÇÃO E SOLIDARIEDADE,
 neste blog.

O flagelo das "taxas moderadoras"

CUS Médio Tejo

Quatro euros por uma Consulta de Enfermagem

«Um doente com uma ferida que precisa de ser desinfectada três vezes por semana, no centro de saúde, começa a aparecer apenas uma vez por semana ou mesmo a pedir, logo de início, para ter tratamentos com menos frequência", alerta o bastonário da Ordem dos Enfermeiros (OE), Germano Couto. A cobrança de quatro euros por uma consulta de enfermagem nos centros de saúde, que é praticada desde 1 de Janeiro, está a afastar doentes, nomeadamente “da área curativa”, alerta.

O responsável, que assumiu funções há cerca de dois meses, diz-se contra a cobrança destes serviços nos centros de saúde. “Se queremos que a enfermagem seja a porta de acesso aos cuidados de saúde, não deve ser taxada.” O representante lamenta que a OE não tenha sido consultada quando a medida foi criada, e insta o Ministério da Saúde (MS) a recuar, deixando de cobrar taxas já no próximo ano.

“Parece um ganho para a profissão”, comenta. A medida foi apresentada pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, como uma forma de valorizar estes profissionais de saúde, mas este argumento, diz, “é estratégico. O ministro tem formação na área da gestão e viu que nos cuidados primários a maior parte dos cuidados são de enfermagem. É uma forma de financiamento”.

O responsável afirma que se está a assistir à redução da frequência da ida dos utentes aos centros de saúde e que o impacto da medida está por avaliar, temendo que venha a ter efeitos “na redução de qualidade de vida, em piores indicadores de saúde, em readmissões [hospitalares], maiores taxas de infecção”.

Quanto às restrições financeiras que estão a ser impostas, diz: “Ninguém se iluda ao pensar que com os cortes no orçamento do MS a qualidade dos cuidados não vai ser colocada em causa. Não temos dúvidas de que vai haver situações graves.” E dá exemplos: “Há casos de enfermeiros que fazem noites sozinhos, com 15 ou até 20 doentes, há enfermeiros colocados na rede de cuidados continuados com menos de um ano em exercício, o que aumenta o risco de erro.”»

JP 21.03.12

Uma frase que disse tudo (embora mal...)

A frase foi
"Está-nos a sair do lombo,
está-nos a sair da pele!"
o entalado

dita por Passos Coelho no seu congresso partidário (se aquilo é que é um congresso... talvez tenhamos de mudar o nome ao nosso, ou então acrescentar - ao nosso! - o qualificativo de democrático para não haver confusões).

A frase é... interessante. Mas di-la-íamos de outra maneira

"Estamos a tirar-vos o lombo
(e a chupar-vos os ossos),
estamos a arrancar-vos a pele!"

Sometimes I feel like a motherless child - Paul Robeson - Para este domingo

Uma muito interessante gravação de uma canção clássica,
cantada pelo enorme Paul Robeson





Às vezes sinto-me como uma criança sem mãe

Às vezes sinto-me como uma criança sem mãe

Às vezes sinto-me como uma criança sem mãe

Muito longe de minha casa



Às vezes eu queria poder voar

Como um pássaro pelo ar

Oh, às vezes eu queria voar

Voar como um pássaro pelo ar

Às vezes eu queria poder voar

Como um pássaro pelo

Cada vez mais perto de minha casa



Crianças sem mãe têm uma vida dura

Crianças sem mãe têm uma vida muito dura

Crianças sem mãe têm uma vida verdadeiramente dura

Muito longe de casa



Às vezes sinto como se a liberdade estivesse próxima

Às vezes sinto que a liberdade está aqui

Às vezes sinto que a liberdade está tão perto

Mas estamos tão longe de casa!

sábado, março 24, 2012

No dia da Greve Geral, no Chiado à tardinha...

um dos muitos "documentos":

preparando a provocação e a agressão

 "vamos lá a isto..."
 

sexta-feira, março 23, 2012

Balanço e continuação

"Greve:
CGTP fala em grande adesão
e pede reunião de urgência ao PM



22 de Março, 2012

O secretário-geral da CGTP disse que hoje se viveu uma "grande greve geral" com uma mobilização semelhante às realizadas em 2010 e 2011 e que vai pedir uma reunião de urgência ao primeiro-ministro.

"De acordo com os dados recolhidos até agora, fizemos uma grande greve geral, com um envolvimento dos trabalhadores semelhante [ao que se registou] às feitas recentemente", disse Arménio Carlos, em conferência de imprensa, ao final do dia, em Lisboa.

Apesar da insistência dos jornalistas, o dirigente sindical recusou avançar com números.

Arménio Carlos disse que na sequência deste protesto, a CGTP irá solicitar com "caráter de urgência" uma reunião ao primeiro-ministro, Passos Coelho, a "retirada de propostas revisão laboral da administração pública e setor privado e políticas económicas que combatam a precariedade e o desemprego".

A central sindical vai ainda pedir o aumento do salário mínimo nacional para 550 euros e a redução dos custos da energia e combustíveis para as empresas, assim como o acesso destas ao crédito bancário."

Lusa / SOL

Os primeiros a contar do/s fim/ns

Sobre essa coisa do "Pacto Orçamental", de Bruxelas escreveu Luís Rego um texto com o título

"Portugal será o primeiro país da Europa
a ratificar o novo Tratado"

onde se pode ler que "ser o primeiro a aprovar o novo pacto orçamental faz parte de uma estratégia de comunicação do Governo para se demarcar da Grécia e sobretudo da Irlanda, que vai referendar o Tratado".

Assim, Portugal iria (ou irá) ser o primeiro país europeu a "ratificar o novo Tratado, que institui um novo pacto orçamental mais apertado para a moeda única". Trata-se-ia, segundo o jornalista, "de um sinal político de determinação e apego à estratégia de consolidação orçamental, que o Governo pretendia dar aos seus parceiros europeus". A ratificação tão-só parlamentar está  prevista para 13 de Abril, e a partir de então os elementos do Tratado - como o travão da dívida ou um mecanismo automático de correcção de défice excessivo - vão passar a assumir um estatuto para-constitucional (e - acrescenta-se! - contra-constitucional) na legislação portuguesa.

O texto continua informando que não há, no Conselho Europeu, registo de outro país com data marcada para o efeito "porque os procedimentos legais são morosos, em particular nos países que têm de rever as suas Constituições"

"As previsões de ratificação noutros países são todas posteriores: a Alemanha tem previsto ratificar em Maio, a França só o fará depois das eleições presidenciais ( Maio), a Irlanda tem o referendo que se aponta para Junho e a Bélgica será dos últimos porque precisa de passar pelos parlamentos regionais e federal. Em termos indicativos, os países têm até final do ano para ratificar porque o Tratado está previsto entrar em vigor a 1 de Janeiro de 2013, logo que 12 estados do euro ratifiquem. Aliás, se 12 estados o fizerem antes, o Tratado entrará em vigor ainda este ano. O documento estipula que será o Tribunal de Justiça europeu a verificar se a transposição está bem feita, ou seja se o conteúdo do Tratado é suficientemente vinculativo na legislação nacional."

Tão apressados
e obedientezinhos





quinta-feira, março 22, 2012

Ao fim da tarde

Manhã informativa em dia de Greve Geral

Tive azar, com certeza. Ou uma total falta de pontaria.
Enquanto em casa, quis acompanhar a Greve Geral e apanhei com uma manhã informativa ocupada com os acontecimentos em França (de que não minora a importância, bem pelo contrário) e com o Braga-Gil Vicente, os protestos do Real Madrid, mais uma torrencial informação futebolística... e o raio que os parta!
Vou a correr para ao pé de gente, nas manifestações e concentrações.
CGTP

Balanço da greve
"muitíssimo positivo até ao momento"

O balanço das primeiras horas da Greve Geral convocada para hoje pela CGTP é “neste momento muitíssimo positivo”, disse à agência Lusa o secretário-geral da central sindical, Arménio Carlos.
Arménio Carlos Imagem: MARIO CRUZ/LUSA

“O balanço que fazemos é já neste momento muitíssimo positivo. Temos muita adesão em muitas empresas de transportes públicos, temos uma adesão significativa na área dos resíduos sólidos, temos uma participação muito grande na área da saúde e constatamos que, neste momento, essa adesão está a subir consideravelmente noutros setores”, disse.
Segundo o secretário-geral da CGTP, neste momento já se verifica uma “forte adesão a esta greve geral”.
Instado a fazer uma comparação entre a greve geral de hoje e a de 24 de novembro passado, organizada pelas duas centrais sindicais, Arménio Carlos defende que “tudo pode ser comparável, mas que a base de partida é completamente diferente”.
“Nós neste momento temos cerca de um milhão e 170 mil pessoas que pura e simplesmente não têm emprego, temos dois milhões e 700 mil pessoas numa situação de pobreza. Isto, em termos gerais, de alguma forma já acontecia há uns meses atrás mas agora acentuou-se”, sublinhou.
Mas, segundo os dados disponíveis até ao momento, Arménio Carlos garante que em alguns casos os níveis de adesão são superiores ao da greve anterior.
“Vou dar um exemplo. No Metro do sul do Tejo, das 25 composições que deviam estar a circular, apenas cinco estão a circular. Aqui está um exemplo de que, nesta fase, temos uma maior adesão nesta empresa em concreto", explicou.
A greve geral de hoje é a oitava convocada pela CGTP. O protesto surge contra o agravamento da legislação laboral, o aumento do desemprego e do empobrecimento e as sucessivas medidas de austeridade e ocorre quatro meses após a última greve geral.
Desta vez, a UGT não se junta ao protesto, ao contrário do que aconteceu a 24 de novembro de 2011 e de 2010, porque a central sindical liderada por João Proença assinou o acordo para a Competitividade, o Crescimento e o Emprego que está na origem da revisão da legislação laboral.

@Agência Lusa

Hoje

Este blog vai, durante o dia de hoje, acompanhar, solidário, a

22 de Março - hoje é só Greve Geral!



No distrito de Santarém

Couço 10.00 Junto ao Monumento à luta do Povo do Couço

Torres Novas 10.00 Frente à Casa Sindical

Tramagal 10.00 Junto à sede do SITE

Benavente 11.00 Largo N.Sª da Paz

Santarém 15.00 Largo Cândido dos Reis

quarta-feira, março 21, 2012

Três tristes breves

  • Ataques nazis
Tão perto de nós! Estimulados pela xenofobia. Desavergonhadamente aproveitados eleitoralmente.
Demasiado perto de nós. Na História e no espaço. Como sempre qualquer ataque nazi o é!

  • "Precisa de dinheiro?"
A todo o momento nos assaltam, nos entram em casa, com a pergunta.
A nossa resposta só pode ser NÃO!, precisamos daqui a que o dinheiro nos poderia dar acesso.
Quem precisa de dinheiro é quem o fabrica, o manda imprimir, o multiplica especulando, quem peca (como dizia S. Tomás de Aquino) por fazer do dinheiro mais dinheiro sem nada de útil fazer.

  • Cresceu o défice orçamental
Não nos digam!... 
Diminuiram as receitas do Estado, como foi previsto, porque os aumentos de impostos, que tanto atacaram os de menores rendimentos, não compensaram a quebra de actividade que resulta do abandono da economia produtiva.
Aumentaram as despesas, como foi previsto, porque os cortes nas despesas foram no que é incpmpressível provocando situação social em degradação e não foram no supérfluo, no excessivo, nas prebendas, nas ditas "gorduras"

4ª feira, 21 de Março de 2012

Como todas as 4ªs. feiras, hoje é véspera de 5ª feira. Mas esta é única. E não se repete. Porque é 4ª feira 21 de Março de 2012, véspera de 22 de Março de 2012. Que será, naturalmente, 5ª feira. Também único e irrepetível. E que será


dia de GREVE GERAL





Pelo que esta 4ª feira já é 5ª feira!... Até porque saíu o avante! desta semana, que sai sempre à 5ª.




De a(s) dívida(s) soberana(s) ao cronómetro - de Fevereiro a Março

Através deste "cronómetro da dívida" fica a saber-se que, em 18 de Fevereiro, na Irlanda, apenas 11,8% da dívida externa era dívida pública, a que se seguia o Reino Unido com 17,7%, depois podia "arrumar-se" um grupo de países com a Espanha (31,1%), França (32,3%), Portugal (39,7%), e Alemanha (46,5%), sobrando dois - a Itália (76.1%) e a Grécia (79,8%) - com as mais altas percentagens de dívida pública relativamente à divida externa nesta amostra de oito países.
Durante este mês, verificaram-se as seguintes evoluções:



por onde se pode ver que, no curto espaço de um mês se anota a tendência para (em percentagem dos respectivos PIB) o crescimento de todas as dívidas externas em todos os países, e de todas as dívidas públicas com a única excepção  da de Itália que desceu 0,027 pontos percentuais e de 0,023%;
se a evolução das dívidas externas se faz num apertado intervalo (como é natural dado o curto espaço de um mês) entre 0,37% (Irlanda) e 1,22% (Espanha), já a amplitude de comportamentos é muito mais largo, entre -0,02% (Itália) e 2,43% (Irlanda), verdadeiramente anormal (fora da norma...) podendo traduzir-se por uma tendêmcia marcada para uma necessária nacionalização da gigantesca dívida externa, que, de tão anormal, chega a suscitar dúvidas.

(s.e.o.)
 ...e garanto que não estou a brincar com tabelas e gráficos,
embora esta coisa de dívidas e (de dúvidas!) me alicie deveras,
e é muito séria na actual fase do capitalismo... e dos "mercados".