Ontem, foi notícia a violência escolar. Em todos os meios de comunicação social e por todos os meios. Até a sra. ministra veio deitar achas na fogueira, falando de canivetes, de armas a fingir e de espingardas de pais levadas para a escola.
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Estou a ler, com grande empatia, um livro - Chagrin d'école - e estava ontem, precisamente, a ler uns trechos sobre a violência nas escolas. De um livro (quase) intraduzível, transcrevo dois pequeníssimos trechos (o fim do texto 9 e o início do texto 10 do capítulo V., Maximilien ou le coupable idéal):
«(...) 80% environ des crimes de sang ont pour cadre le milieu familial. C'est avant tout chez eux que les hommes s'entretuent, sous leur toit, dans la fermentation secrète de leur foyer, au coeur de leur propre misère.
Faire passer l'école pour un lieu criminogène est, en soi, un crime insensé contre l'école.(...)
«À en croire l'air du temps, la violence ne serait entrée qu'hier à l'école, par les seules portes de la banlieu et par les seules voies de l'immigration.»
7 comentários:
Há quem queira fazer crer que os putos ficam violentos, malcriados e sem perspectivas, exactamente quando passam os portões da escola para dentro. Isso é de facto o pior que se pode fazer à própria escola... só que é propositadamente.
"Vamos fazer boas escolas e colégios para alguns e passar de qualquer maneira todos os outros, para fazerem apenas parte da estatística", parece ser o discurso oficial não assumido.
Como não estou propriamente a defender tese... fico por aqui, que isto já está a ser um abuso. :-)))
Abraço
... abusa, abusa...
Abraço
Pennac é um pedagogo talentoso e um magistral contador de histórias. E tem toda a razão em nos chamar a atenção para este tema, totalmente distorcido pela comunicação social!
Desde sempre que a existe, mas só agora é mediatizada, primeiro porque existem meios de registo para que possam facilmente chegar aos meios de comunicação social e depois porque dá geito dizer-se que devido às medidas do Governo de incremento de gosto pelo estudo, há menos insucesso escolar.
Conclusão todos passam de ano, mesmo sem saber nada, criamos um país de analfabetos (o que dá imenso geito), a violência como não é um problema escolar mas sim social continua e depois em vez de termos os deliquentes dentro da escola temos fora dela porque entretanto cresceram e não foram devidamente preparados e alfabetizados.
E isto torna-se uma bola de neve...e é melhor parar o meu "discurso" por aqui que como diz o Samuel isto já está um abuso!!!
bjs, da Alice tb ;)
Olga
justine - sobre o que escreve Pennac temos conversado e tenho-te, com os meus entusiasmos, lidos trechos que me empolgam. Pennac é... o que dizes.
olga - olá! claro que não abusas nada. Já tinha notado a tua falta. Temos de conversar sobre uma iniciativa que mete Samuel...
Beijos para a Alice!
Pois tenho andado meio desaparecida porque aqui no sindicato o trabalho está ao rubro por causa da manif de dia 13 de Março e também do dia da mulher.
Ontem é que já não resisti mais e vim espreitar e claro tive de comentar ;)
Não me digam que aceitaram a minha proposta para um "espectáculo" com o Samuel e a sua viola, na minha terra???!!!!
bjs de todos nós, da pequena Alice meio pigmentados de escarlate, visto estar cheia de pintinhas vermelhas por causa da escarlatina que começou na 4ª feira. A miúda para além de vermelha por dentro tb queria ser por fora, hihihi.Mas já está melhor!
Olá me again ;)
lembrei-me que não tens forma de me contactar, então caso queiras falar comigo por causa da iniciativa que mete o Samuel, podes fazê-lo para pcp.sjmontes@gmail.com
bjicos
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