sexta-feira, maio 31, 2013

Notícias

Uma tarde cheia de notícias...

- greve geral para 27 de Junho

- números do desemprego sempre a bater recordes

- incidentes na Assembleia da República

- prolixas (pró-lixo) declarações de Passos Coelho

- "recepção" ao 1º ministro em Vila Real

- Provedor de Justiça a pedir eleições antecipadas

- rejeição, pelo 1º Ministro, de informação técnica da
Unidade de Apoio da AR

- e etc.

destaque do sapo:

O governo reviu em baixa a previsão para a receita de impostos 
este ano em cerca de 1,6 mil milhões de euros, 
segundo a proposta de Orçamento Rectificativo 
hoje entregue na Assembleia da República.

Notícias Relacionadas

Greve Geral para 27 de Junho

Sindicatos da função pública 

da UGT e CGTP 

anunciam greve geral 

para 27 de junho 


As três estruturas sindicais da função pública
anunciaram hoje, em comunicado, 
a realização de uma greve 
para o dia 27  de junho. 
Depois de várias reuniões 
com o secretário de Estado 
da Administração  Pública 

Introdução à Economia Política - Universidade Popular do Porto

A caminho da 3ª sessão do curso Introdução à Economia Política, na Universidade Popular do Porto, já com a satisfação de ir encontrar caras conhecidas de companheiros e retomar conversas. Com uma escala na Vagueira, em que ultimo notas no esquema proposto em que esta 3ª sessão tratará de:


(01.06.2013)
3. Alguns “princípios económicos” perenes
3.1. A racionalidade económica
3.1.1. Dados recursos à Maior produto
3.1.2. Dado produto à Menos recursos
3.2. O valor – uma longa procura
3.2.1. valor de uso/valor de troca – unidade dialéctica
3.2.2. mercadoria – mercado – procura/oferta
3.3. Energia
3.3.1. O escravo, o animal de tracção, a terra, os meios
3.3.2. O fogo, a lenha, o carvão, o vapor, o petróleo
3.4. O meio-moeda
4. O trabalho
           4.1. No MPC (modo de produção capitalista) 
               --> a mais-valia

Reflexões lentas (ou aprender, aprender sempre)

de dias de agora:

(...)
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Mas agora, neste começo de manhã, ainda queria deixar alguma coisa sobre o artigo-testemunho do Borges Coelho sobre Álvaro Cunhal na Seara Nova.
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Encerrar o episódio em que sinto muito ter aprendido.
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Emocionando-me, mas sem perder a permanente atitude crítica, sem deixar de procurar o fundo das coisas, de buscar a compreensão do que está por detrás, ou a raíz das conexões.
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Escreve BC, para acabar o seu comovente testemunho (reitero sempre esta minha adjectivação), que “nos últimos anos, meio cego, compararam-no ao rei Lear (a Cunhal… mas quem o fez?), mas a mente continuava ágil”, o que parece ser uma mistura do que não é misturável: a comparação com o rei Lear (feita por quem?), a sua lucidez, e intervenção militante até ao fim, e o estar quase cego.
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Depois, BC diz que AC “não saía”, e que melhor se diria que saía pouco (uma vez que até ao fim foi aceitando convites, e fez depoimentos e deu entrevistas à comunicação social, até em casa, a Judite de Sousa por exemplo), o que se compreenderá pela idade e estado de saúde.
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Mas dizer que AC não saía porque “queria preservar a imagem e a dignidade (porque) sabia que era um símbolo, quase mítico, de décadas de luta e sacrifício”, parece-nos afirmação arrojada e interpretação demasiado subjectiva, colocando razões em outros que o outro não pode confirmar ou infirmar.
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Nem o faria. Decerto...
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E se Cunhal sempre – e não só depois do XX Congresso do PCUS e do relatório Krutchev – combateu o culto da (pelo menos da sua) personalidade, não seria a preservação do seu valor de símbolo, de mito, que o levaria a “não sair”, a não continuar, nas condições em o podia fazer, a intervir coerente e militantemente. 
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Que houve quem procurasse defendê-lo, pela sua idade e estado de saúde, isso decerto acontecia, até por afecto e humanidade, mas AC nunca se teria poupado para preservar imagem e “qualidade” de mito.
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O que sempre terá  querido, e hoje se pretende assinalar com toda a dignidade, foi ser exemplo de determinação e coerência.
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Mas, que fique muito claro, para estas folhas quase confessionais: estas reflexões em nada pretendem diminuir o impressionante (comovente!) testemunho de Borges Coelho, um marco nestas comemorações.
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Antes aproveitá-lo para mais um pouco aprender com Álvaro Cunhal, e com a decisão de se fazer de 2013 o ano do seu centenário.
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(...)

A propósito de uma crónica porca, porca, porca...

... que li e que só podia ter sido escrito por um porco, porco, porco!!!, talqual diz o cantigueiro (ver aqui). 
Por curiosidade, fui espreitar o currículo do sujeito na Wikipédia. Dele retirei umas coisas:


Henrique Manuel Baptista da Costa Monteiro nasceu em Lisboa a 1 de Setembro de 1956. Tem, portanto, 56 anos! É jornalista profissional desde 1979, tendo iniciado a sua carreira no jornal Voz do Povo, que foi da UDP. Actualmente é "publisher" do Expresso, o que acumula com o cargo de Director da revista económica Exame e da revista Courrier Internacional. Em 2010 foi nomeado "publisher" e director da revista trimestral Intelligente Life (ou seja, "Vida Esperta"), resultado de um acordo entre o Expresso e a revista britânica The Economist
Foi  da direcção do Sindicato dos Jornalistas e membro do Conselho Geral daquele Sindicato. Mas deixou-se disso...
Juntou-se a outros para fundar o Clube da Esquerda Liberal, em 1984, e mais tarde o Clube Alexis de Tocqueville, fazendo parte dos Conselhos Editoriais das revistas Risco e Nova Cidadania.
Integra como membro a Maçonaria através da Loja Convergência.
Deve ter assumido, neste momento, a tarefa de "malhar" (porcamente, claro) no sindicalismo e nos sindicalistas. Para cumprir ordens de quem serve zelosamente, ou por sua livre iniciativa e alta recreação.

Em título da sua coluna semanal no Expresso, autoriza que se lhe chame o que se quiser. 
Depois do que li, e do que já escrevi... passo!

Reflexões lentas (ou a aprender, a aprender sempre)

(...)
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E, continuando as reflexões lentas, ou a aprender, a aprender sempre, é decerto verdade, como escreve Borges Coelho no seu comovente testemunho na Seara Nova, que “A queda do muro de Berlim e o colapso da União Soviética feriram-no (a Álvaro Cunhal)profundamente (…)”,
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e sendo também decerto certo que “mas não destruíram a sua confiança”, já nos parece muito pouco certo que essa confiança não destruída de Álvaro Cunhal fosse nas “promessas da história e da teoria”.
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Cunhal não tinha, decerto (insiste-se…), confiança em promessas, mas teria confiança num futuro alicerçado na que era a sua leitura de História e na base teórica em que assentava a sua coerência, as suas certezas, o que lhe evitava atormentação provocada pelas suas dúvidas.  
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“queda do muro de Berlim” e o “colapso da União Soviética” teriam feito cair muitas certezas sem dúvidas, teriam feito colapsar muitas confianças baseadas em promessas mal fundadas, mas não foi esse o caso – decerto…reinsiste-se – de Álvaro Cunhal.
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(...)

(decerto...
continuarei)

quinta-feira, maio 30, 2013

Reflexões lentas e aprender, aprender sempre (com Álvaro Cunhal)

de dias de agora:

(...) depois, li melhor os três últimos parágrafos e, sem nada retirar ao grande prazer (dorido) que me deu todo o testemunho do Borges Coelho na Seara Nova, um testemunho comovente (é o termo certo), e esses três últimos parágrafos fizeram-me (re)pensar e perceber, ou perceber melhor... mais ao fundo, algumas coisas verdadeiramente importantes… sobre (a partir do) Álvaro Cunhal e do Borges Coelho.
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No antepenúltimo parágrafo, por exemplo(s), sobre a “prática socrática e cartesiana da dúvida para atingir a verdade” com que BC teria interpelado AC (“falei ao Álvaro na…”),
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e que este não teria posto em causa, mas a que teria respondido que “as dúvidas não o atormentavam”
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Desde logo, considero haver uma enorme diferença entre “a prática socrática e cartesiana da dúvida” (metódica, sistemática) e “aS dúvidaS”
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e não pôr em causa aquela prática – “para atingir a verdade” (!)… – em nada contradiz não se ser atormentado por dúvidas ao percorrer um caminho traçado.
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Porque quem conscientemente traça um caminho, decerto o faz a partir das certezas do momento em que o traça, e estas não têm de ser postas em causa pelas dúvidas que o irão assaltando (e atormentando), embora o possam perturbar se, tomando o lugar de algumas certezas, forem dúvida sistemática e sobre tudo.
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Ora Álvaro afirma, desde muito novo, as suas certezas e… que, para além delas, tem dúvidas.
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O seu artigo, de 1939, "um problema de consciência", para O Diabo, é muito esclarecedor.
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AC tem a certeza, com outras resultantes da sua “leitura da História”, de que a sua existência é efémera (dizia Cesário Verde “se eu não morresse, nunca…”), que a História é um fluir em que cada um intervém, influencia, e ele escolhe, em consciência, o sentido que quer que essa influência tenha., não angustiado pelo que já teria feito (e pelas dúvidas) mas determinado pelas certezas para viver o tempo que ainda possa ter de vida.
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Parece-nos excessivo, ou abusivo, que, pelo facto das dúvidas não atormentarem quem tem um caminho traçado, isso possa levar à interpretação de que esse caminho é inflexível, inalterável.
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E não ter dúvida quanto ao fim e quanto ao fluir da História nunca autorizará concluir que não se tem duvidaS quanto ao(s) modo(s) e ao(s) tempo(s).
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Aliás, e porque é reincidente, esta “subtileza gramatical” do singular e dos plurais suscita a abertura de um parêntese para a questão das liberdades e da liberdade, cujo “reino” só se poderá alcançar depois de ultrapassado o “reino da necessidade”… por mais liberdades que se vão conquistando, e independentemente da evolução das necessidades.
(...)

Os sonâmbulos (aparente mente), segundo The Economist


entre 8 "sonâmbulos",
2 portugueses...
Que honra!

quem é que disse
PÔR FIM AO DESASTRE!,
quem foi?

O povo não desarma e às 5ªs. o avante! "arma"

quarta-feira, maio 29, 2013

Um gajo e a sua gaguez, ou...

... ou como o sistema bancário, criado pelo capital financeiro transnacional, é fautor de contradições intrínsecas ao funcionamento do capitalismo.



será - talvez... - demasiado técnico,
mas vale a pena tentar decriptar.
Ajuda a perceber tanta coisa!
Assim o entrevistador,
para além do embaraço que provocou
(e da gaguez) no entrevistado.
fosse capaz (ou quisesse)
ir ao fundo das questões,
ao funcionamento do sistema,
ao capitalismo, à exploração.
à luta de classes!

Mas tudo se resolverá... porque a poupança vai aumentar!
Ah, se o ridículo matasse....

terça-feira, maio 28, 2013

28 de Maio - antes de acabar o dia...

Para quem andou na escola antes de 1974 o dia 28 de Maio era um dia feriado. Celebrava-se o levantamento militar de 1926, conduzido por Gomes da Costa desde Braga, que punha fim à 1ª República e abria caminho à Ditadura Nacional que, por via da "ordem nas finanças" e da austeridade, veio a institucionalizar o fascismo em Portugal, "edifício" que teve a sua cúpula constitucional em 1933, sempre assente num violento aparelho repressivo e servindo uma classe social.
Data a lembrar, percurso a não esquecer.
Fica o simples apontamento, com o registo do facto de, a 29 de Maio de 1926, se iniciar o II Congresso do Partido Comunista Português, fundado em 6 de Março de 1921, congresso que foi interrompido por causa do golpe militar da véspera, vindo o Partido a passar à clandestinidade no ano seguinte, e a iniciar a sua primeira reorganização.

E AS FREGUESIAS?

do sapo:


O Tribunal Constitucional considerou hoje inconstitucional a lei das comunidades intermunicipais, diploma incluído na reforma do Poder Local

OUTRA INFORMAÇÃO - sinais dúbios para a situação na Síria

28 de Maio de 2013 

Sinais dúbios na política internacional 

sustentam crise na Síria

Enquanto o secretário de Estado dos EUA John Kerry e o chanceler russo Serguei Lavrov planejam uma conferência internacional para abordar o conflito na Síria de maneira política, a União Europeia anuncia, nesta segunda-feira (27), o fim do embargo de armas à oposição no país. A decisão é um sinal gravemente negativo em um contexto já de crise, em que atores envolvidos direta e indiretamente vêm enviando mensagens confusas para uma solução política.

Por Moara Crivelente, da redação do Vermelho
Reuters
Chanceleres russo e dos EUA Chanceler russo Serguei Lavrov e o secretário de Estado dos EUA 
debatem conferência internacional sobre a Síria em Paris


De forma quase cínica, o anúncio foi feito pela União Europeia (UE) no mesmo momento em que se reuniam em Paris Kerry e Lavrov para definir os últimos contornos da conferência internacional, que deverá acontecer em junho e contar com a participação de todos os envolvidos no conflito interno da Síria, além dos vizinhos e atores de peso. 
A proposta da conferência retoma a disposição do governo sírio para um diálogo político e o plano definido pelo Compromisso de Genebra, documento assinado ainda em junho de 2012 que afirmava a necessidade de uma solução política dialogada para o conflito. Lavrov também já havia ressaltado a importância da declaração em uma reunião com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, em encontro há poucas semanas. 
Tivesse sido acatada a tempo, a declaração poderia ter salvado milhares de vítimas da escalada da violência, que ocorre sobretudo através da ingerência externa em âmbito político e também bélico, já que os grupos armados que atuam no interior do país, muitos compostos por mercenários estrangeiros, já vinham sendo apoiados com fundos e armas desde a intensificação do conflito.
O chanceler britânico William Hague, que já deu declarações problemáticas antes, foi o portador da notícia sobre a suspensão do embargo de armas: “É uma boa decisão e envia uma mensagem muito forte da Europa ao regime do [presidente Bashar] Al-Assad”, apesar de a Grã Bretanha não prever enviar armas à oposição de imediato.
A menos que a mensagem que Hague pretende passar ao presidente Assad seja a da ingerência criminosa na política e na estabilidade da Síria, a suspensão do embargo não pode ser considerada “uma boa decisão”, principalmente se os esforços por um diálogo político internacional forem sérios, e não mais uma retórica infrutífera. A ambiguidade e a falta de confiança que ela gera só fazem os atores envolvidos afastarem-se ainda mais, o que resultará em um maior prolongamento da violência.
Os diplomatas europeus envolvidos na votação para a suspensão do embargo de armas citaram a crescente “suspeita” sobre o uso de armas químicas em regiões específicas da Síria, mas a menção à autoria desse uso fica sempre encoberta. Observadores independentes já declararam não haver indícios de que o governo sírio emprega esses recursos, mas ao contrário, há indícios do uso deles por parte dos grupos armados, cuja brutalidade já tem sido evidenciada.

Solução política contra instabilidade regional

O presidente da Comissão de Segurança Nacional e Política Exterior da Assembleia Consultiva Islâmica do Irã (Mayles), Alaedin Bruyerdi, assinalou nesta segunda que a Conferência dos “Amigos da Síria” em Teerão, capital iraniana, será uma reunião dos amigos ou de quem se esforça por uma solução política para a crise síria. 
De acordo com o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores persa, Sayed Abas Araqchi, chanceleres, autoridades, personalidades de alto nível e representantes de organizações internacionais estarão presentes na conferência, que será celebrará nesta quarta-feira (29), com o lema: “Solução política, estabilidade regional”. 
Araqchi lamentou a decisão dos chanceleres da UE sobre a suspensão do envio de armas aos grupos armados, dizendo que “o posicionamento duplo dos países ocidentais que alegam lutar contra o terrorismo é o maior obstáculo ante a eliminação deste fenómeno nefasto”, e que a decisão é “perigosa e incorreta”.
Além disso, ataques aéreos sem condenação e a retórica agressiva do vizinho Israel levam os oficiais sírios a acreditarem que o país busca uma guerra de grande escala com a Síria, principalmente no caso de os grupos armados conseguirem derrubar o governo de Assad, o que reflete a profundidade do risco de desestabilização da região.
O Irão já se mostrou interessado também em participar na conferência internacional de junho, que ficou denominada Genebra 2, e Araqchi afirmou esperar que todas as partes influentes trabalhem por resultados exitosos durante o evento.
Já no Líbano, tem sido frequente a denúncia sobre ataques desde o território sírio contra regiões com grande influência do partido islâmico Hezbollah, que forma parte do governo e exige o respeito pela soberania síria para a solução da crise interna. 
Os ataques têm sido ligados aos grupos armados atuantes dentro da Síria, e nesta segunda fez uma vítima no subúrbio da capital libanesa, Beirute. Já nesta terça-feira (28), dois foguetes atingiram a cidade do noroeste, Hermel. O governo libanês condenou decisões da Liga Árabe que excluem o governo de Assad e favorecem a Coalizão Nacional Síria, que diz representar a oposição, mas comprometeu-se a não interferir no conflito, principalmente para preservar a sua própria estabilidade interna.
Além do Líbano, também o Iraque, no contexto da Liga Árabe, levantou preocupações sobre a crise interna na Síria, o seu alastramento pela região e o respeito pela soberania daquele país. O governo do presidente Bashar Al-Assad já reiterou diversas vezes a disposição e os esforços efetivos em prol de um diálogo político nacional, e também afirmou estar disposto a participar da conferência Genebra 2.
A Rússia demonstrou conternação com a decisão da UE sobre a suspensão do embargo, mas o porta-voz da chancelaria russa Alexander Lukashevich declarou, na sexta-feira (24): “afirmamos com satisfação que recebemos, a princípio, o acordo de Damasco para comparecer à conferência internacional”
Isso demonstra uma vez mais o comprometimento do governo sírio com a resolução do conflito de forma dialogada, ainda que tenha sido alvo, de diversas formas, de uma ingerência externa inaceitável em seus assuntos políticos e na sua segurança nacional, o que prolongou e intensificou um conflito que já dura dois anos.

CPPC, Paz, Região de Setúbal, Seixal

 

Conselho Português para a Paz e Cooperação
Rua Rodrigo da Fonseca, 56 – 2º 1250 -193 Lisboa, Portugal

Tel. 21 386 33 75 / Fax 21 386 32 21 e-mail: conselhopaz@cppc.pt

Aos membros da Presidência do 
Conselho Português para a Paz e Cooperação

Estimados Companheiros

É com satisfação que vimos informar que se irá realizar o dia 1 de Junho pelas 15 horas, no Auditório dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal (Alameda dos Bombeiros Voluntários, n.º 45) o Fórum «Região de Setúbal: pelo desenvolvimento, pela solidariedade, pela Paz», promovido em parceria pela Associação de Municípios da Região de Setúbal e pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação.

Gostaríamos de contar com a vossa presença e participação neste fórum, partilhando experiências, pontos de vista e propostas de acções na prossecução de um mundo mais justo e de paz. Para atendermos à melhor programação dos respectivos trabalhos, agradecemos que caso deseje intervir ou apresentar uma comunicação nos possa comunicar antecipadamente.

Presidem a este Fórum Alfredo Monteiro, presidente do Conselho Directivo da Associação de Municípios da Região de Setúbal, Ilda Figueiredo, presidente da Direcção Nacional do CPPC, e Maria do Socorro Gomes, Presidente do Conselho Mundial da Paz.

Num momento particularmente complexo da situação internacional, em que se sucedem guerras de agressão, ameaças, bloqueios, se promove a corrida aos armamentos, a proliferação de bases e instalações militares e se põe frontalmente em causa o direito dos povos a decidirem livremente do seu destino, estas iniciativas revestem-se de grande importância para o reforço do movimento da paz.

Berlim e o muro - 2 de 2

Recomece-se por um excerto da internet (Wikipédia), que virá bem prejudicar a pretendida objectividade, não obstante disso se mascarar:

«O Muro de Berlim era uma barreira física, construída pela República Democrática Alemã durante a Guerra Fria, que circundava toda a Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental. Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: República Federal da Alemanha (RFA), que era constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos; e República Democrática Alemã (RDA), constituído pelos países socialistas simpatizantes do regime totalitário soviético. Construído na madrugada de 13 de Agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro era patrulhado por militares da Alemanha Oriental com ordens de atirar para matar (a célebre Schießbefehl ou "Ordem 101") os que tentassem escapar, o que provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas.»

A ilusória objectividade dos números! Não vou comentar e confrontar quilómetros, mortos e feridos e relativizá-los com outras situações e números correlativos, com centenas e milhares de vítimas. Uma vítima que tivesse havido, nos 28 anos do muro, seria demasiada!


Retranscrevo o que já por aqui deixei, a 28 de Abril:

«1. Vende-se “o muro” como se vende um detergente, embora com todo o “tempero” implícito dos “direitos humanos”, a puxar pela emoção.
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2. Promove-se “o muro” como se fosse uma inocente atracção turística, mas a apelar  à indignação e ao repúdio da brutalidade.
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E é difícil, mesmo muito difícil, procurar racionalizar, raciocinar, contextualizar, juntar a dimensão tempo em todas as suas dimensões, relativizar a dimensão dos inegáveis direitos pessoais e familiares que foram atingidos.
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Mas o caso é de tal monta, e tão bem “montado”!, que dizer uma palavra que vá contra as ditas e reditas, ousar um argumento que contrarie o consensual(izado), é (quase) inútil.»

Mas não me fico por essas notas “a quente”. Que tomei depois de ter estado na chamada Igreja da Reconciliação e de ver a pequena escultura que lhe está ao lado, num conjunto em que tudo teria justificado o desabafo escrito, Depois confirmado após curta investigação.

Numa zona de Berlim, no espaço entre as duas paredes do muro, havia uma igreja, que ali se manteve de 1961 até 1985, sem ter sido destruída e, ao que parece, podendo mesmo ter culto para os habitantes do lado oriental. Em 1985 (4 anos antes da sua abertura e derrube), a capela explodiu, em circunstâncias não clarificadas, havendo várias versões, não faltando a que atribui a sua destruição à construção do muro, em 1961!… Aliás, Berlim tem currículo de destruições e oportunos e incriminadores como a do Reichstag, de 1933 para “ajudar” Hitler na sua ascensão ao poder.
Mas o visitante, naquele quadro, fica com "informação" de que a causa de todos os males foi o muro, nascido por maldade de uns ocupantes banidos por obra e graça...

Ali, na área da capela reconstruída, de interesse arquitectónico, foi criada uma zona de turismo e “informação” (permito-me colocar as aspas), que inclui uma cópia da escultura da autoria de Josefina de Vasconcelos, britânica de origem brasileira, criada para a catedral de Coventry de Londres, destruída pela aviação nazi na guerra de 39-45, e de que há outra cópia em Hiroshima.
Assim se faz a História e a conotação dos horrores. E a luta ideológica na luta de classes. Que é a História.

... e se algum comentador 
(anónimo ou não...)
me vier acusar de defensor de muros,
e de cúmplice de hediondos crimes,
só responderei na presença do meu advogado! 

segunda-feira, maio 27, 2013

Guantanamo - até quando?

27 de Maio de 2013 

ONU reitera pedido para que 

prisão de Guantanamo seja fechada



A Organização das Nações Unidas (ONU) reiterou, nesta segunda-feira (27), suas críticas ao governo dos Estados Unidos por manter aberta a prisão de Guantanamo e as implicações do uso de aviões teleguiados em sua chamada luta contra o terrorismo.


Guantânamo
ONU critica EUA por prisão de Guantânamo

As graves violações dos direitos humanos cometidas no contexto deste enfrentamento e as operações contra insurgentes não eliminam o terrorismo, mas o alimentam, apontou.

A Alta Comissionada da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, disse, nesta segunda (27) que o objetivo da luta global contra este mal é a defesa do império da lei e de uma sociedade caracterizada pela liberdade, igualdade, dignidade e justiça.

Neste sentido, denunciou o fracasso dos Estados Unidos em seu anunciado propósito de fechar o centro de detenção ilegal instalado no território cubano ocupado de Guantanamo, onde existem 166 detidos.

Ressaltou que esta instalação é um exemplo do fracasso do respeito aos direitos humanos no combate contra o terrorismo, entre eles o que defende um julgamento justo às pessoas.

Ao inaugurar em Genebra uma nova sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Pillay repudiou a detenção indefinida de muitos destes indivíduos na violação da lei internacional.

em vermelho
com Prensa Latina

Divulgação de comunicado "sindical"

Recebeu-se, e divulga-se em gesto solidário, este comunicado "sindical":

«Comunicado do Sindicato dos Palhaços


O Sindicato Nacional dos Palhaços, Histriões, Jograis, Bobos, Profissionais de Stand-up Comedy e Afins do Sul e Ilhas divulgou hoje um comunicado, que abaixo reproduzimos com a devida vénia e cambalhota:

O SNPHJBPSCASI, reunido de emergência este sábado para apreciar várias notícias que nos últimos dias têm sido divulgadas sobre as declarações do sr. Sousa Tavares acerca do sr. Cavaco Silva e sobre a abertura de um inquérito às mesmas pela Procuradoria-Geral da República, vem tornar público o seu mais veemente repúdio pelas palavras do sr. Sousa Tavares, que considera altamente ofensivas e baixamente lesivas do bom nome da classe que este sindicato representa, dada a comparação degradante que essas palavras estabelecem entre os genuínos profissionais da indústria espirituosa e o referido sr. Cavaco Silva, que não é nem nunca foi palhaço, não é membro do sindicato, não tem carteira profissional nem consta que jamais tenha feito alguém esboçar o mais leve sorriso.

Como é do conhecimento geral, o sr. Cavaco Silva é um indivíduo que desconhece totalmente o que seja humor, graça ou espírito, razão pela qual carece em absoluto de habilitações para poder trabalhar na nossa indústria. Trata-se de uma pessoa carrancuda, mesquinha, bisonha, tristonha e enfadonha, logo completamente desqualificada e imprópria para consumo do público. Chamar palhaço ao sr. Cavaco Silva é tentar descaradamente fazer passar gato por lebre e, como tal, um atentado à saúde mental pública, facto para o qual o nosso sindicato não deixará de chamar a atenção da ASAE.

O SNPHJBPSCASI aplaude as diligências encetadas pelo Ministério Público, na esperança de que esta grave ofensa à imagem, reputação e goodwill da nobre actividade histriónica dê origem a um processo contra o sr. Sousa Tavares, tanto mais que este senhor, em lugar de se retractar devidamente e apresentar um claro pedido de desculpas à nossa classe, apenas se desculpou pifiamente, ao declarar que foi “excessivo” chamar palhaço ao sr. Cavaco Silva. Ora o ambíguo e eufemístico termo “excessivo” fica muito aquém da justiça que nos é publicamente devida, pois o sr. Sousa Tavares deveria ter reconhecido que foi não “excessivamente”, mas sim tremenda e escandalosamente benevolente ao conceder o cobiçado título de palhaço ao deprimente, desinteressante e enfadonho sr. Cavaco Silva.»

A privatização dos CTT... quem está contra?!

Coisas para lembrar e para evitar cair em esparrelas... aliás costumeiras!





Bom trabalho,
comissão de utentes!

Berlim e o muro – 1 de 2

Berlim é uma cidade especial. Todas o serão, por serem criação humana, cada uma plasmando séculos de convivência e cultura. Por terem a sua história. E se Berlim tem história...
À minha conta, como já aqui escrevi, visitei-a como militante do movimento da Paz (antes e depois de 1974), integrado numa delegação conjunta do Governo/MFA, em Maio de 1975, como deputado no Parlamento Europeu, já nos anos 90, agora (em  2013) com o estatuto (?) de turista.
Em Berlim respira-se, sente-se, o peso da sua história. E há um muro sempre presente. No mostrado e no dito, no não-dito ou no insinuado. Berlim “é” a cidade do muro, e o muro “é” de Berlim, quando Berlim era e é cidade antes e para além do episódio do muro, quando havia muros em outras cidades antes de Berlim ter um, e continua a haver muros a dividirem cidades e países, sem serem o que houve em Berlim de 1961 a 1989.
Porquê esta aparentemente umbilical ligação de duas palavras? O que separou o muro em Berlim?
É preciso saber-se (e dizer-se!) que, no final da guerra, as conferências de Ialta e de Potsdam decidiram a ocupação do país derrotado pelos “aliados”,

E que, em 1949, foram criados dois Estados, a RFA, nas zonas desde o final da guerra sob controlo dos três “aliados” capitalistas – EUA, RU e França – e a RDA, na zona desde o final da guerra sob controlo da União Soviética, com 15 distritos e a capital em Berlim (15º distrito), onde os EUA, o RU e a França mantiveram a ocupação (ou não desocuparam) a parte da cidade sob seu controlo. 









Ou seja, num Estado reconhecido e membro das Nações Unidas, a República Democrática Alemã, o muro veio, em 1961, separar uma parte da sua capital, Berlim ocupada (ou não desocupada) por três outros Estados, do resto do seu território, como uma fronteira física, real, depois de 12 anos de coexistência sem se regularizar a insólita (é o menos que, objectivamente, se pode dizer) situação.










Esta é a História (resumidíssima...)! Sem juízos e contra os pré-juízos…

O "muro de Berlim" foi sendo tornado uma “marca”, um ar que se respira, um motivo turístico, com informação explícita, conotada ou insinuada.


Muito se poderia acrescentar e contar mas, para encerrar a série de notas e apontamentos a partir da última visita a Berlim, apenas se deixará mais um “post”... talvez amanhã. 

domingo, maio 26, 2013

25 de Maio de 2013 - Caras ou cunhos?

CARAS



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CUNHOS (destaques no sapo e 1ªs. páginas de hoje)
em que mundo queremos viver?

por que mundo lutar?

para que mundo contribuiremos?

Para este domingo

Tinha de ser le métèque



intensamente,
 até ao fim

sábado, maio 25, 2013

'Tás bem?...todos a Belém!


Cena teatral, para público "ouver"...

"chegou o momento do investimento!",
disse ele, o Gaspar
(o outro - e antitético Álvaro - diz coisas parecidas).
.
.. e ele, o Gaspar, puxou de 3 ou 4 notas de 500€ e mais uns trocos, que lhe tinham sobrado do último pré (a eles acontecem essas sobras...), foi à Bolsa (com B grande, porque às nossas, com b pequeno, estão a ir constantemente... ) e comprou umas acçõezitas.
Assim deu o exemplo:
disse, baixou a cabeça e investiu!

BOA, Mário!
Obrigado

sexta-feira, maio 24, 2013

É um outro mundo e um insulto

Almoçava sossegadamente e sobre a minha cabeça corria o noticiário, a que não dava muita atenção,  embrenhado nas leituras que levara para o restaurante. Até que uma reportagem, na sequência do noticiário, me traz um "outro mundo", o mundo de uma actividade que (ouvi!) "escapara à crise": a dos alfaiates a feitio para clientes ricos.
Dei alguma atenção, agredido pelo que mais me pareceu ser um insulto quando as notícias insistem no ataque aos salários, às pensões, aos direitos sociais. E ouvi - com estes dois que tenho, um de cada lado da cara - que alguns clientes não gostam que se lhes diga o nome mas não era esse o caso de Paulo Portas, que - feitas as contas - deve vestir fatos de custo acima de salários e pensões de muitos e muitos portugueses.
E se estava com dúvidas se não estaria, eu, numa de má disposição e miserabilismo, o que me fez saltar para este comentário foi a reacção quase indignada de um desses alfaiates que escaparam à crise, quando lhe falaram em "clientes ricos"... "ricos?!... sim de educação e de berço!".
E termino já para não sair nenhuma obscenidade.

Este é um momento em que não podemos ficar indiferentes! (mas haverá?...)


  1. Conselho Português 
    para a Paz e Cooperação
    Saudação do Conselho Português para a Paz e a Cooperação

    à Concentração convocada pela CGTP-IN para dia 25 de Maio, em Belém.

    Este é um momento em que não se pode ficar indiferente!

    O Conselho Português para a Paz e Cooperação, CPPC, saúda a concentração convocada pela CGTP-IN para o próximo dia 25 de Maio, às 15H30 e junta a sua voz a todos os que lutam contra a injustiça, a exploração e o empobrecimento, pelo emprego, a saúde, a educação e a segurança social digna, por mu...danças de políticas que, retomando os caminhos da Revolução de Abril, respondam efectivamente aos graves problemas com que o nosso país e o nosso povo se confrontam.


    No plano da política externa, o governo português, com o apoio explícito do Presidente da República tem vindo a demonstrar uma total subserviência aos interesses e às políticas belicistas da NATO, dos Estados Unidos da América e da União Europeia, compactuando com a ingerência e agressão a outros povos, em mais um claro desrespeito pela Constituição da República.

    As políticas de austeridade negociadas e aplicadas com a participação da “Tróika” - União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu - têm conduzido a uma situação de desastre nacional.

    O desemprego atinge mais de um milhão e meio de trabalhadores dos quais quase metade são jovens, muitos dos quais com habilitações profissionais e académicas elevadas.

    A pobreza, a exclusão social, a fome e a miséria grassam no nosso país e forçam muitos cidadãos à recorrer à emigração ou a aceitarem condições de trabalho indignas.

    Apesar disso, os sacrifícios não atingem todos os cidadãos Portugal é hoje um dos países da Europa com os mais injustos parâmetros de distribuição do Rendimento Nacional.

    O Conselho Português para a Paz e Cooperação defende um Portugal soberano de cooperação, de amizade e de paz com todas nações. Está solidário com todos os que lutam pelo progresso económico e social, incompatível com as políticas de austeridade.

    O CPPC manifesta a sua confiança de que o povo português saberá com a sua determinação, firmeza e luta impor as mudanças políticas necessárias para que Portugal retome os valores da Revolução de Abril, de liberdade, de democracia, de soberania nacional, de progresso social e económico, de cultura e de paz.

    Por isso o CPPC apela à participação de todos os cidadãos e cidadãs, de todos os democratas e patriotas, de todos os que querem parar com este rumo de desastre para o povo e o país, na concentração da CGTP-IN que se realiza dia 25 de Maio, às 15H30, em Bélem.

    Este é um momento em que não podemos ficar indiferentes!