segunda-feira, outubro 10, 2016

Fui ver...

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Mapa de Ilhas Faroé
Ilhas Feroe
Território
Ilhas Féroe ou Ilhas Faroé são um território dependente da Dinamarca, localizado no Atlântico Norte entre a Escócia e a Islândia. Wikipédia
ContinenteEuropa - atenção: não é mesmo que União Europeia
População: 49.469 (2013) Banco Mundial - mais uma ou duas famílias que o concelho de Ourém
MoedasCoroa feroesa, Coroa dinamarquesa - sem submissão ao €uro
Línguas oficiaisLíngua feroesa, Língua dinamarquesa

Informação (em abrilabril) e desinformação (pelo silêncio e boicote)

IMAGEM DO DIA

Médicos cubanos viajam para o Haiti para ajudar vítimas do furacão Matthew. 8 de Outubro de 2016, Havana, Cuba Ismael Francisco / Cubadebate

sábado, outubro 08, 2016

O furacão Matthew e a comunicação social

O cidadão genérica e medianamente informado – como é o meu caso, que até acompanho a ouvição dos telejornais a tentar sudokus – terá ouvisto, há uns dias, que do mar das Antilhas se aproximava um perigoso furação, de nome masculino. Passaram imagens dos países da região que seriam violentamente visitados: a República Dominicana, o Haiti (com imagens de uma população pobre e triste, resignada), de Cuba (com fugidias imagens de atarefada recepção – onde se vislumbrava um transporte público de Guatánamo –, precavendo a indesejada visita), para a informação se fixar no sul dos Estados Unidos, com largo tempo para discurso de avisos e cautelas do presidente Obama.
O furacão, de seu nome Matthew, passou e arrasou. Sabe-se, agora, que houve quase mil mortos no Haiti e enormes danos por aquelas paragens. De Cuba, o cidadão genérica e medianamente informado não ouvê uma palavra. Se quiser saber algo terá de ir procurar em canais a que tenha acesso, difícil e quase clandestino.

Sábado 8 de outubro de 2016

Cuba divulga imagens de Maísi
após passagem de Matthew








Guantánamo, Cuba, 



7 out (Prensa Latina) Meios de imprensa cubanos difundem hoje as imagens dos danos que deixou o furacão Matthew no município de Maisí, um dos mais golpeados pelo organismo tropical na oriental província de Guantánamo.

'Já as cortinas informativas sobre Maisí abrem-se e as primeiras imagens que chegam confirmam as predições: o furacão Matthew chegou com tudo, ainda que não pôde ser levado a vida de ninguém', publicou nesta sexta-feira o jornal local Venceremos.
De acordo com a publicação, vários grupos de repórteres saíram ontem rumo a esse município, muitos deles em helicóptero e outros por via terrestre e em meios especiais, através de rios crescidos.
As redes sociais e os meios de imprensa tinham publicado imagens dos danos ocasionados pelo fenômeno meteorológico em várias localidades guantanameras, mas até o momento o difícil acesso a Maisí impedia conhecer sobre as condições reais nesse município.
O jornal Granma narrou que uma equipe de seus jornalistas ficou parada na altura do Rio Seco, cujo leito largo lhes impediu continuar a marcha a somente sete quilômetros do lugar por onde passou o olho do organismo ciclônico, que tocou terra em Cuba na terça-feira última.
No entanto, o jornal referiu-se a histórias contadas pelos moradores da região, muitos dos quais perderam suas moradias, e narraram também como se preparou a localidade para enfrentar o impacto do furacão de categoria quatro na escala Saffir-Simpson, de um máximo de cinco.
Ainda que o Maisí continue sem comunicação pouco a pouco, desde o amanhecer as brigadas vão subindo e limpando o que deixou Matthew na terra, declarou Granma do ponto mais oriental de Cuba.
Uma jornalista de Rádio Guantánamo, entretanto, contou que nesta quinta-feira o helicóptero de uma equipe de imprensa aterrissou no assentamento dos Arados.
Ali conheceu histórias como as de Gipsie Rosell, que perdeu sua casa, mas secou suas lágrimas e ajudou a preparar alimentos para o resto dos evacuados na casa vizinha onde lhe ofereceram abrigo. 'O mais importante, disse, é que estamos vivos'.
Em sua página digital, a emissora citou declarações de autoridades locais segundo as quais a disciplina no cumprimento das medidas orientadas pelo Conselho de Defesa Municipal e Provincial foi decisiva, e por isso não se lamenta a perda de vidas humanas.

(Prensa Latina)

    

sexta-feira, outubro 07, 2016

"Habemus papam" nas Nações Unidas... e português!

Há muita ciclotimia na idiossincrasia lusa. Passamos da melancolia mais derrotada à euforia mais imparável com a vitória num europeu do futebol ou a eleição (a escolha negociadíssima) de um compatriota para lugar cimeiro nas funções públicas inter-nacionais. Passamos dos nabos que não metem uma (na baliza dos outros) aos melhores da Europa porque o Eder acertou um chuto; passamos de coitadinhos (queixosos por não nos ligarem peva) a senhores do mundo (porque Guterres se alcandorou a secretário-geral na ONU. Assim saltamos das águas paradas, quiçá submissas, esquecidos da nossa História, para as ondas alterosas do Universo onde só surfistas se atrevem.
Nas ondas patrioteiras que nos inundam de tempos em tempos é difícil surfar e mais ainda navegar, tranquila e lucidamente. Vá lá dizer-se que foram arranjos tácticos de não perder que nos deram, com a ajuda da Senhora de Fátima a Fernando Santos, uma vitoria “milagrosa”; vá lá ter-se dito, no momento próprio e no local certo, que a ida de Barroso para a Comissão Europeia em nada nos honrava antes era motivo para fazer corar quem tivesse desperta a vergonha; vá lá hoje dizer-se que a eleição de Guterres tem os seus quês e porquês, e foi resultado não de uma vitória cristalina mas de arranjos opacos. E de antecedentes. Vá lá lembrar-se que Guterres foi o primeiro-ministro português (1995-2002) da adesão ao euro, pela qual se bateu com tanta fé(zada) que nem se poupou a tiradas bíblicas como a de, à saída  da cimeira de Madrid de Dezembro de 95, dizer que, com a decisão tomada, ele (o euro) seria a pedra sobre que se iria edificar a Europa!
                                                        
Quem observe e comente a realidade, para lá e entre os pântanos paralisantes e as metafóricas ondas da Nazaré, terá horas difíceis, delicadas, sobretudo se pretender contribuir para a transformação da sociedade e está convicto que tal transformação só é possível com as massas, estando estas tão atreitas à incentivada ciclotimia.
Afirme-se, com tímida firmeza, que o compatriota António Guterres será o adequado parceiro, nas Nações Unidas, do Papa Francisco do Vaticano. Que houve fumo branco em Nova Iorque, que habemos papam na ONU. E reafirme-se que não há que esperar milagres. As ilusões apenas fabricam desiludidos.

  

discutir a crise na e da UE



Para discutir a crise na e da UE e apontar os caminhos de ruptura com o processo de integração capitalista, os deputados do PCP no PE convidam-no a participar no seminário co-organizado pelo PCP e pelo GUE/NGL, a realizar no dia 14 de Outubro de 2016, pelas 14h15, no Hotel Roma, Sala Veneza

(Av. de Roma, 33, 1749-034 Lisboa).

A União Europeia vive tempos de profunda e persistente crise que é expressão do aprofundamento da crise estrutural do capitalismo na Europa.
As sucessivas etapas de consolidação do processo de integração capitalista aprofundaram os pilares do neoliberalismo, federalismo e militarismo. Para os trabalhadores e os povos, as consequências são a perda de soberania, austeridade, empobrecimento, desemprego, desigualdades crescentes, regressão de direitos sociais e laborais, destruição de serviços públicos.
Mergulhada em crises simultâneas a União Europeia continua a aprofundar as políticas de ingerência e de guerra, a consolidação da Europa “Fortaleza”, a deriva securitária e a resposta militarista e xenófoba ao drama dos refugiados. Acontecimentos como o Brexit ou o ascenso das forças da extrema direita são uma consequência das políticas e opções da UE.
A situação coloca a necessidade de rupturas democráticas e progressistas que abram um caminho alternativo, protagonizado pelas forças de esquerda e do progresso, visando a construção de uma outra Europa dos trabalhadores e dos povos, de cooperação e respeito mútuo pela soberania dos países, de paz e solidariedade.
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Um avante! "cheio"










Entrevista a Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP

Ruptura exige alargar frente social de luta

No início da terceira fase de preparação do XX Congresso do PCP, que se realiza em Almada nos primeiros dias de Dezembro, o Avante! entrevistou o Secretário-geral do Partido, Jerónimo de Sousa. O resultado foi uma longa conversa na qual se aborda o Partido, o País, a União Europeia e o mundo, a resistência e a luta dos trabalhadores e dos povos e o combate dos comunistas portugueses pela Democracia Avançada, o socialismo e o comunismo.
  

quarta-feira, outubro 05, 2016

sábado, outubro 01, 2016

1 de Outubro - CGTP



46.º aniversário da CGTP-IN: uma construção dos trabalhadores











SÁBADO, 01 DE OUTUBRO DE 2016

A capacidade de intervenção, a força e o imenso prestigio granjeado pela CGTP-IN ao longo destes 46 anos de existência, assentam na sua organização e na participação activa e empenhada dos trabalhadores.
(http://abrilabril.pt/sites/default/files/styles/jumbo1200x630/public/assets/img/manif.jpg?itok=xlK7sFxc)












Manifestação convocada pela CGTP-IN a 25 de Maio de 2013, em Belém

A CGTP-IN (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional), criada a 1 de Outubro de 1970, comemora, este ano, os seus quarenta e seis anos de existência sob o lema: 46 anos com os trabalhadores – Defender, Repor e Conquistar Direitos.
Uma construção dos trabalhadores
A criação da Intersindical não resultou de uma construção política feita do exterior para o seio dos trabalhadores. Ela nasceu de baixo para cima, ou seja, da organização e da luta reivindicativa de várias gerações de trabalhadores, a partir dos locais de trabalho e nas ruas e praças do país.
Pela sua natureza como organização de classe, pelos princípios e objetivos programáticos por que se orienta, pela acção desenvolvida ao serviço dos trabalhadores e do país, pelos valores internacionalistas que defende e pratica, a CGTP-IN, justamente, reivindica o título de herdeira e continuadora das melhores tradições do movimento operário e sindical português.
Herdeira e continuadora de uma longa e heroica luta contra a exploração, pelo direito dos trabalhadores a serem senhores dos seus destinos, pela construção de um Portugal verdadeiramente soberano e independente em que a democracia, a justiça social e o progresso sejam uma realidade em toda a sua plenitude.
Essa experiência histórica demonstra, de forma inequívoca, que as justas aspirações e reivindicações dos trabalhadores se alcançam lutando e intervindo de forma unida e organizada e torna evidente a necessidade de uma ação e intervenção permanentes para defender, repor e ampliar as conquistas alcançadas, que o grande patronato e o poder político ao seu serviço procuram sempre pôr em causa ou mesmo liquidar.
Demonstra ainda que o combate ao divisionismo e a luta pela unidade sindical, constituem uma condição fundamental para o êxito da luta pelos direitos e por melhores condições de vida e de trabalho.
A capacidade de intervenção, a força e o imenso prestigio granjeado pela CGTP-IN ao longo destes 46 anos de existência, assentam na sua organização e na participação activa e empenhada dos trabalhadores, sobretudo a partir dos locais de trabalho, na sua identificação permanente com os interesses das massas populares e do país, e na solidariedade com a luta dos trabalhadores e dos povos de todo o mundo, contra a exploração e a opressão e pelo progresso social.
A intensa atividade desenvolvida e os resultados alcançados com a sua luta - nas condições de fascismo ou nas condições de liberdade - nos campos, nas fábricas, nas escolas, nos serviços ou nas ruas; na luta reivindicativa ou no empenhamento colocado na solução dos problemas do país; na defesa da liberdade e do regime democrático ou no contínuo trabalho de desenvolvimento da organização dos trabalhadores, confirmam e reafirmam a CGTP-IN, como a única verdadeira central sindical dos trabalhadores portugueses, sua conquista histórica.
Da luta contra o fascismo à defesa dos valores de Abril
Parte integrante da resistência à ditadura fascista, a história da CGTP-IN está indissoluvelmente ligada à luta heroica das massas trabalhadoras e das forças democráticas contra a opressão e a exploração, à luta pela liberdade e a democracia.
A CGTP-IN é, assim, simultaneamente obreira e produto da longa luta da classe operária e dos lutadores antifascistas que tornaram possível a Revolução de Abril de 1974 e, com ela, o conjunto das liberdades políticas e sindicais de que a sociedade portuguesa passou a usufruir.
A CGTP-IN desempenhou igualmente um papel inestimável e determinante no desenvolvimento do processo revolucionário após o 25 de Abril de 1974.
A criação de uma sólida organização sindical de classe, de massas, unitária, democrática, solidária e independente, de espírito revolucionário, prestigiada e influente, foi determinante para que os trabalhadores se tornassem o eixo e o importante motor da vasta e poderosa movimentação das massas populares e das forças democráticas que tornaram possível operar profundas transformações económicas e sociais, abrindo a Portugal a possibilidade de se tornar num país democrático, desenvolvido, solidário e soberano.
Os princípios da CGTP-IN, indissociáveis e interdependentes, tornados património do movimento sindical que a integra, encontram consagração prática na vasta acção desenvolvida, sob as mais diversas formas, sempre e sempre ligada à luta dos trabalhadores, tendo como objetivo supremo a defesa dos seus direitos e interesses e a concretização das suas legítimas aspirações.
A comprová-lo está, nos últimos anos, a intensa luta travada pelos trabalhadores, impulsionada pela CGTP-IN, em convergência com muitos democratas e patriotas, contra as políticas de direita, baseadas na exploração, nas desigualdades e no empobrecimento do povo e do país, prosseguidas pelos sucessivos governos e em particular pelo último governo PSD/CDS.
Foi essa luta determinada, associando a luta ao voto, que contribuiu decisivamente para que, das eleições legislativas de Outubro de 2015, resultasse a derrota e o afastamento do governo PSD/CDS e uma maioria de deputados do PS, BE, PCP e PEV na Assembleia da República que deram suporte à constituição de um Governo minoritário do PS.
No quadro da nova correlação de forças e dos compromissos assumidos, foram, desde então, tomadas algumas medidas relacionadas com a defesa e reposição de rendimentos e direitos, o que veio comprovar, mais uma vez, o importante papel da unidade, da organização e da luta e desmontar a tese das inevitabilidades.
Contudo, tal como a CGTP-IN tem vindo a afirmar, apesar da recuperação de alguns rendimentos e direitos, que se regista e valoriza, é preciso continuar a luta pelo prosseguimento e aprofundamento deste caminho, na perspetiva do rompimento definitivo com as políticas de direita e a construção duma verdadeira alternativa democrática.
Uma alternativa que caminhe no sentido dos valores de Abril, ou seja, do crescimento económico e do desenvolvimento social, nomeadamente no que diz respeito ao investimento, ao aumento da produção e riqueza nacional, para criar emprego com direitos, repartir de forma mais justa o rendimento, melhorar os serviços públicos, dar melhores condições de vida aos trabalhadores e ao povo.
É este o desafio que está lançado aos trabalhadores portugueses nestas comemorações do 46º Aniversário da CGTP-IN.

Os trabalhadores portugueses, dirigentes, delegados e ativistas sindicais, devem sentir-se orgulhosos da central sindical que têm e estimulados a defendê-la e a reforçá-la para que ela prossiga, com confiança e determinação, a luta pela afirmação e defesa dos seus direitos e interesses e pela construção de uma sociedade mais justa e fraterna, sem a exploração do homem pelo homem.