O cidadão genérica e medianamente informado – como é o meu caso, que até
acompanho a ouvição dos telejornais a
tentar sudokus – terá ouvisto, há uns dias, que do mar das
Antilhas se aproximava um perigoso furação, de nome masculino. Passaram imagens
dos países da região que seriam violentamente visitados: a República
Dominicana, o Haiti (com imagens de uma população pobre e triste, resignada),
de Cuba (com fugidias imagens de atarefada recepção – onde se vislumbrava um transporte
público de Guatánamo –, precavendo a indesejada visita), para a informação se fixar no sul
dos Estados Unidos, com largo tempo para discurso de avisos e cautelas do presidente Obama.
O furacão, de seu nome Matthew, passou e arrasou. Sabe-se, agora, que houve quase mil mortos no Haiti e enormes
danos por aquelas paragens. De Cuba, o cidadão genérica e medianamente informado
não ouvê uma palavra. Se quiser saber
algo terá de ir procurar em canais a que tenha acesso, difícil e quase
clandestino.
Sábado 8 de outubro de 2016
Cuba divulga imagens de Maísi
após passagem de
Matthew
Guantánamo, Cuba,
7 out (Prensa Latina) Meios de imprensa cubanos difundem hoje as
imagens dos danos que deixou o furacão Matthew no município de Maisí, um dos
mais golpeados pelo organismo tropical na oriental província de Guantánamo.
'Já as cortinas
informativas sobre Maisí abrem-se e as primeiras imagens que chegam confirmam
as predições: o furacão Matthew chegou com tudo, ainda que não pôde ser levado
a vida de ninguém', publicou nesta sexta-feira o jornal local Venceremos.
De acordo com a
publicação, vários grupos de repórteres saíram ontem rumo a esse município,
muitos deles em helicóptero e outros por via terrestre e em meios especiais,
através de rios crescidos.
As redes sociais e os
meios de imprensa tinham publicado imagens dos danos ocasionados pelo fenômeno
meteorológico em várias localidades guantanameras, mas até o momento o difícil
acesso a Maisí impedia conhecer sobre as condições reais nesse município.
O jornal Granma narrou
que uma equipe de seus jornalistas ficou parada na altura do Rio Seco, cujo
leito largo lhes impediu continuar a marcha a somente sete quilômetros do lugar
por onde passou o olho do organismo ciclônico, que tocou terra em Cuba na
terça-feira última.
No entanto, o jornal referiu-se a histórias contadas pelos moradores da região, muitos dos quais perderam suas moradias, e narraram também como se preparou a localidade para enfrentar o impacto do furacão de categoria quatro na escala Saffir-Simpson, de um máximo de cinco.
No entanto, o jornal referiu-se a histórias contadas pelos moradores da região, muitos dos quais perderam suas moradias, e narraram também como se preparou a localidade para enfrentar o impacto do furacão de categoria quatro na escala Saffir-Simpson, de um máximo de cinco.
Ainda que o Maisí
continue sem comunicação pouco a pouco, desde o amanhecer as brigadas vão
subindo e limpando o que deixou Matthew na terra, declarou Granma do ponto mais
oriental de Cuba.
Uma jornalista de Rádio
Guantánamo, entretanto, contou que nesta quinta-feira o helicóptero de uma
equipe de imprensa aterrissou no assentamento dos Arados.
Ali conheceu histórias
como as de Gipsie Rosell, que perdeu sua casa, mas secou suas lágrimas e ajudou
a preparar alimentos para o resto dos evacuados na casa vizinha onde lhe
ofereceram abrigo. 'O mais importante, disse, é que estamos vivos'.
Em sua página digital, a
emissora citou declarações de autoridades locais segundo as quais a disciplina
no cumprimento das medidas orientadas pelo Conselho de Defesa Municipal e
Provincial foi decisiva, e por isso não se lamenta a perda de vidas humanas.
(Prensa Latina)
2 comentários:
A imprensa,cá do burgo,não gosta de fazer referencias de tudo o que pode incomodar o império do caos.Assim é, com todo o tipo de notícias.Fossem honestos,teriam salientado,que em Cuba não houve vidas a lamentar,devido a uma proteção civil exemplar,antes e depois do "Mateus".Bjo
Vais tu ajudando, e bem, a ultrapassar o bloqueio dos meios de comunicação a que a maioria tem acesso. Pena não chegares a mais gente...
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