domingo, junho 30, 2019

quinta-feira, junho 27, 2019

Como se faz "in(de)formação"!

Estou a trabalhar, ao computador, e recebo uma notificação do DN:
PCP veta Marisa Matias para líder de grupo parlamentar europeu

Ainda com reminiscências vivas (vividas) do funcionamento das instâncias do PE, logo me pareceu desinformação. 
Não surpreendido, claro!
Mais tarde, outra notificação me informou:

NOTA DO GABINETE DE IMPRENSA DOS DEPUTADOS DO PCP AO PE

Sobre o processo de constituição do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL) 

para a presente legislatura do Parlamento Europeu


Como tem sido prática no início de cada legislatura, está a decorrer no seio do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL) do Parlamento Europeu o debate sobre a sua constituição e organização interna, ainda não concluído.
Neste âmbito, está em discussão a reafirmação dos princípios de funcionamento do Grupo Confederal GUE/NGL que, constituído ao longo de várias décadas, tem na tomada de decisão por consenso e no respeito pela soberania de decisão e independência política de cada uma das suas delegações princípios basilares, essenciais à continuidade do próprio Grupo.
Está também em discussão, no estrito respeito pelos referidos princípios de funcionamento do Grupo, uma proposta de regimento interno, assim como a composição dos órgãos do Grupo, nomeadamente a sua Presidência, Vice-Presidências, Secretariado-geral e eventuais responsabilidades do Grupo ao nível do Parlamento Europeu.
Neste processo de auscultação e debate – no qual participam as 19 delegações de 13 países que constituem o Grupo – foram apresentadas diferentes propostas. Porém, nenhuma das propostas relativas à Presidência do Grupo reuniu o consenso necessário.
Uma dessas propostas, relativa à Presidência do Grupo, veiculada por alguns órgãos de comunicação social em Portugal, demonstrou não ser consensual, como foi manifestado por várias forças políticas, de diferentes países. Ao contrário do que alguns querem fazer crer, é esta, e não outra, a razão que conduziu a que essa e outras propostas não tenham preenchido esta condição essencial no quadro da aplicação dos princípios do Grupo.
Tendo em vista facilitar o processo negocial que decorre, o Bureau do Grupo decidiu nomear uma presidência colectiva, com carácter interino, integrada pelo Partido Comunista Português, pela Aliança Vermelha e Verde (Dinamarca), pelo Bloco de Esquerda e pela A Esquerda (Alemanha), assumindo esta última força política o papel de “presidente em exercício” do Grupo e a sua representação formal junto do Parlamento Europeu.
O PCP continuará a intervir neste processo procurando contribuir para uma solução consensual, no quadro do respeito pelos princípios fundamentais de funcionamento do Grupo GUE/NGL – como a sua natureza confederal; a tomada de decisões por consenso; a igualdade entre as suas delegações e o respeito pelas suas diferenças; ou ainda a sua autonomia e identidade própria e distintiva face a outros grupos políticos do Parlamento Europeu e outras estruturas ou espaços de cooperação.
Naturalmente, o PCP não aceitará a violação destes princípios ou um qualquer posicionamento ou decisão que seja imposta contra esses mesmos princípios.
Como se tem verificado até agora, é na base do respeito mútuo e da cooperação construtiva que se têm de encontrar soluções que melhor sirvam a intervenção distintiva do Grupo e não com a introdução de elementos de descaracterização política ou de ambições sectárias de protagonismo.


Como é isto possível?!

terça-feira, junho 25, 2019

I’m not… nem conservador nem inglês… but


No pressuposto de que somos uma cambada de ignorantes e estúpidos, às vezes excedem-se!

Antes de mais, uma “declaração de interesses”: apesar de todos os descontos que se lhe possa fazer pela imagem que ele dá, e dele me dão, não tenho qualquer sim/empatia por Boris Johnson, pela sua postura e discurso. Ponto final, parágrafo.

Dito isto, acho esta “peça” exemplar, por excessiva, de uma comunicação manipuladora e desvirtuadora da informação que antecede actos eleitorais. No caso (de que o DN é apenas mais um veículo), com a intenção de fundo de conseguir anular, não importa quais os meios, o resultado claro de um referendo, cujo voto foi favorável à saída do Reino Unido da U.E., não da Europa!... pois, fora ou dentro da U.E. somos todos europeus... ou os noruegueses e os suíços e outros não são europeus?, isto para não falar do chamado Eurogrupo que é um grupo mais pequeno dentro de um grupo maior?
Assim, com concertadas encenações, se abrem as portas aos perigosos nacionalismos e nacionalistas, ao fascismo. 

Logo no cabeçalho, o epíteto de "cobarde" colado a um de dois candidatos que passaram por sucessivos crivos, sem se saber quem assim o etiqueta embora colocado entre aspas o que pressupunha autoria identificável. Depois, ainda no lide, outra etiqueta, a de “brexiteer”, e que “surgiu” (!) como favorito à sucessão de May.
No começo do artigo, a explicação da “cobardia” porque, estando “debaixo de fogo”, se recusou a comentar o que teria sido divulgado por um jornal (The Guardian): uma discussão entre ele e a namorada que, pelas suas proporções, teria levado vizinhos a chamar a polícia que, vinda ao local, “falou com os ocupantes do apartamento que disseram que estava tudo bem”. Mais tarde, numa entrevista na televisão, o chamado “brexiteer” recusou comentar o caso, se acaso caso o foi, dizendo (isto ouvi eu!) que estava ali para responder a outras questões.
A seguir ao comentar sibilino “como se isto não chegasse” (!), o segundo parágrafo do artigo é dedicado às “eventuais ligações a Steve Bannon”, a partir do mesmo jornal, segundo o qual este director de campanha e estratega de Trump “terá dado conselhos a Boris Johnson”. O que Boris Johnson nega ter acontecido, ao que foi contraposta a “revelação” de um vídeo em que Bannon diz tê-lo aconselhado e ter trocado mensagens tendo nas mãos (como prova?) um jornal em que Boris voltara a escrever como colunista depois de sair do governo britânico.
Depois, entra na “peça” “o segundo maior financiador” do partido (magnata dos táxis) a exigir que Boris Johnson se explique, que esclareça “o que de facto se passou entre ele e a namorada”!
Desta situação resultaria… a queda nas sondagens, ilustrada por uma misturada entre dados relativos a primeiro-ministro, em que entram todos os eleitores como universo e os dados relativos à votação para a liderança dos conservadores, em que só estes contam e é a que está em causa, onde Boris Johnson mantêm vantagem relativamente confortável.
Para terminar como começa, o artigo recorda o calendário eleitoral e enfatiza a possível ausência do Boris no próximo debate noutra estação de televisão.    


Boris Johnson recusa debate com Jeremy Hunt:
"Está a ser um cobarde"

Sky News anuncia que debate entre os dois finalistas na corrida à liderança conservadora foi cancelado. Financiador dos Tories exige explicações de Boris Johnson, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e brexiteer radical que surgiu, até agora, como favorito à sucessão de Theresa May


24 Junho 2019 — 13:25

Boris Johnson, de 55 anos, está debaixo de fogo depois de o The Guardian ter divulgado o conteúdo de uma discussão entre ele e a namorada, Carrie Symonds, no apartamento desta, em Londres. Depois de a polícia ter sido chamada ao apartamento nas primeiras horas da madrugada de sexta-feira, quando os vizinhos se queixaram de gritos e objetos a partir, Boris Johnson recusou comentar o caso. A polícia falou com os ocupantes do apartamento que disseram que estava tudo bem.
Como se isso não fosse suficiente, Boris depara-se agora com revelações sobre as suas eventuais ligações a Steve Bannon. mais uma vez feitas pelo mesmo media. O antigo diretor de campanha e estratega do presidente norte-americano, Donald Trump, terá dado conselhos a Boris Johnson em relação ao discurso que ele fez no Parlamento pouco tempo depois de se ter demitido em julho de 2018 da chefia da diplomacia britânica, em desacordo com a forma como a primeira-ministra, Theresa May, estava a negociar o Brexit. No passado, Boris Johnson negou que isso tenha acontecido.
O jornal britânico The Observer (a edição de domingo do The Guardian) revelou um vídeo filmado a 16 de junho de 2018, em Londres, para um documentário sobre Bannon intitulado The Brink. No vídeo este fala dos conselhos que deu a Boris Johnson para o discurso que ele daria naquela tarde. "Tenho estado a falar com ele durante todo fim de semana sobre este discurso", diz Bannon à realizadora Alison Klayman, que lhe pergunta se eles têm falado ao telefone: "Andamos para trás e para a frente através de mensagens, é mais fácil", responde. Nas mãos tem o The Daily Telegraph, o jornal para o qual Boris tinha voltado naquele dia a escrever como colunista após deixar o governo britânico.
Esta segunda-feira o The Guardian anunciou que John Griffin, o segundo maior financiador dos Tories, exigiu que Boris Johnson se explique. O magnata dos táxis, que doou 4 milhões de libras para os conservadores nos últimos anos, considera que o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros britânico deve esclarecer o que de facto se passou entre ele e a namorada naquele apartamento londrino.
"Merecemos uma explicação acerca dessa discussão e ele deve lidar com isto de forma apropriada. Não pode assumir que vamos continuar a apoiá-lo sem sequer dar nenhuma explicação. É provável que vá ser primeiro-ministro e a maioria dos membros querem apoiá-lo. Mas se uma pessoa não fez nada de errado, deve dizê-lo", declarou Griffin, citado por aquele jornal britânico.
Boris Johnson começou, entretanto, a cair nas sondagens. Um estudo de opinião divulgado neste domingo pelo Mail on Sunday revela o impacto das notícias sobre a chamada da polícia à casa que Boris Johnson partilha com a namorada, Carrie Symonds, em Londres. Na quinta-feira, antes de o The Guardian revelar o caso, ele era apontado por 36% dos eleitores como o melhor primeiro-ministro face a 28% do adversário na corrida, Jeremy Hunt. Entre os eleitores conservadores (são os militantes do partido que vão fazer a escolha), Johnson surgia com 55% das intenções de voto face a 28% de Hunt.
Contudo, na sondagem posterior, feita no sábado, entre todos os eleitores, o atual chefe da diplomacia ultrapassa o antecessor: Johnson é considerado o melhor primeiro-ministro por 29% dos inquiridos, com Hunt a chegar aos 32%. Entre os eleitores conservadores, Johnson também dá um tombo, mas continua à frente de Hunt, com 45% face a 34%.
Apesar de este frente-a-frente na Sky News não se realizar, marcado está já, para julho, um outro debate entre Boris Johnson e Jeremy Hunt na ITV News, numa altura em que os boletins de voto já terão sido enviados pelo correio para os militantes do Partido Conservador. Falta ver se a esse o Boris comparece ou não. O sucessor de Theresa May no N.º 10 de Downing Street deverá ser conhecido a 22 de julho e a sucessão acontecer a 23 de julho. À sua espera, o novo chefe do governo britânico terá o explosivo dossiê do Brexit, o qual terá que acontecer até 31 de outubro.

segunda-feira, junho 24, 2019

"ESTAR PERMANENTEMENTE EM GUARDA"...





 - Edição Nº2377  -  19-6-2019

Ver, ouvir e depois

Com a «redefinição de conteúdos» a que o «Jornal do Fundão» procedeu recentemente, foi extinta a área de crítica de televisão que aquele jornal mantinha há cerca de quarenta anos. Em consequência, a crítica de TV, que em tempos teve muita leitura na imprensa portuguesa e um consequente impacto na consciencialização dos telespectadores perante a carga televisiva que diariamente recebem, ficou reduzida aos notáveis textos de Bernardo de Brito e Cunha na edição em papel do «Jornal de Sintra» e a esta magra coluna. Se nos lembrarmos de que a televisão é um meio de comunicação social com uma «tiragem» de milhões distribuída ao domicílio e que entra pelos olhos e ouvidos de cada cidadão, isto é, com um incomparável poder de penetração, ficamos com alguma ideia acerca da sua relevância social, política, cultural, e apercebemo-nos de que uma reflexão acerca dos seus conteúdos é como o direito/dever de defesa mínimo que cabe a cada cidadão. É essa reflexão que cabe à crítica fazer, no elementar direito de opinião, e também suscitar no telepúblico como fundamental atitude de autodefesa. Perante o televisor não basta ver e ouvir: é preciso confrontar os conteúdos televisivos com outras fontes, lembrar quem escolheu aquelas mensagens e não quaisquer outras, e porquê. A crítica de televisão pode ajudar.
Em guarda
A crítica de televisão pode ajudar, e decerto por isso não tem tido uma existência fácil ao longo das décadas em que vem acompanhando a quotidiana convivência dos cidadãos com a TV. A coisa chegou ao ponto de, no tempo sombrio do fascismo, os mais impactantes textos de crítica de televisão, os de Mário Castrim no «Diário de Lisboa», terem sido terminantemente proibidos e o seu regresso só se ter verificado na sequência de uma verdadeira pressão popular. Esse tempo passou, hoje a imprensa respira melhor (mas nem sempre tão fundo quanto se supõe e quanto seria necessário), mas a crítica de TV continua escassa e débil. Como se não fosse necessária, isto é, como se uma reflexão acerca dos conteúdos que nos são diariamente injectados não fosse indispensável. E aqui caberá uma espécie de advertência: em verdade, na televisão tudo é informação, sem exclusão dos enredos das telenovelas e das notícias aparentemente anódinas. Sem exclusão dos bons momentos de TV, toda a televisão tem lastro, digamos assim. Pelo que é preciso estar como que permanentemente em guarda. Para nosso bem. E também talvez para bem dela.
Correia da Fonseca
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E é oportuno lembrar, entre tantos textos de mais de meio século de intervenção de Correia da Fonseca, o que ela escreveu em 2000, na abertura do livro que integrava crónicas suas publicadas no âmbito da colaboração no Diário do Alentejo:

domingo, junho 23, 2019

Para este domingo


matando saudades!
... e 'tá de chuva ...

sábado, junho 22, 2019

Os pequenos prazeres...

 




















































































... de um sábado que proporcionou esta leitura. Inteligente e culta. E este trabalhinho de "corte e costura" para a tornar acessível.
Só que, como se poderia tirar a moral (!) do escrito: essa coisa a que JPP chama esquisitamente chama alteridade de política, essa diferença no principal, nas causas, não é no acessório, no dito entre esquerda e direita! É entre classes! Cuja luta é a História. 

sexta-feira, junho 21, 2019

A falta de pessoal nos serviços públicos



O QUE FAZ FALTA!
COMO RESOLVER?
COMO AVISAR A MALTA?



EUA-IRÃO ... mais algumas perguntas

... AFINAL, O DRONE NÃO TINHA TRIPULANTE 
(quem è que descobriu isto, quem foi?)
... AFINAL, QUEM É QUE COMETE "ERROS"?
... QUEM É QUE NÃO O DEIXA COMETER O "ERRO" FINAL?
(até quando?

... e agora?... que irá acontecer?

A televisão, do alto da prateleira onde a colocaram, atira-me para a mesa do restaurante onde janto:


IRÃO ABATEU DRONE MILITAR DOS EUA

Tento ouvir o que dizem, mas o ruído em volta não deixa. Não é notícia que interesse, que faça suspender uma garfada ou cale uma risada... E no entanto...
E, no entanto..., rabisco na toalha de papel:

perigo para a Humanidade 
com esta escalada de tensão EUA-Irão
  • havia um acordo
  • que lado o rompeu?
  • porquê?, para quê?
  • a quebra do acordo teve alguns apoios?
  • (... além de Israel)
  • E AGORA?
que vontade de ir de mesa em mesa com este papelucho!

quarta-feira, junho 19, 2019

PARTILHANDO...

de as palavras são armas... como merece:

Eles, os mesmos de sempre!



 (imagem escolhida: mulheres e um bebé, claro!)

Andrés Manuel López Obrador (AMLO) foi eleito Presidente do México por mais de 30 milhões de eleitores. Nestes primeiros seis meses de governo '4T' (quarta transformação) o seu governo, a uma velocidade nunca alcançada, proporcionou aos mais humildes, estudantes e ao proletariado rural e fabril direitos e condições jamais conseguidas.

Motivo para que “Organizações, intelectuais e ativistas de todo o mundo denunciem a alarmante militarização em territórios zapatistas”.

Entre as personalidades internacionais que assinaram o documento, encontram-se três portugueses sempre muito alarmados quando alguém como AMLO, afirma que no México o neoliberalismo acabou por ter dado provas dos seus malefícios.

Para que conste as personalidades lusas, são estas e assim designadas:Boaventura De Souza SantosFrancisco Louçã (Economista, miembro del Consejo de Estado, Portugal), Jorge Costa (diputado del Bloco de Esquerda en el parlamento de Portugal)




Tão preocupados quando o povo se liberta!

Tudo isto é muito sério

... e cheira a esturro!


A virtual idade das moedas virtuais


A propósito de uma nota lida no “curto” de hoje

(…) Mark Zuckerberg não é um dos mais de 150 nomes na lista de participantes do Fórum do Banco Central Europeu que hoje termina em Sintra. Há governadores de bancos centrais, economistas famosos, jovens promessas da academia e até responsáveis políticos como o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. Todos juntos para, num ambiente informal, refletirem durante três dias sobre um grande tema que, este ano, são os 20 anos da União Económica e Monetária. Mas nenhum deles é o fundador do Facebook que, coincidência ou não,decidiu transformar-se ontem numa espécie de banqueiro central da era digital com o lançamento da Libra.
Enquanto em Sintra, Mario Draghi animava os mercados ao sinalizar que pode voltar a carregar no acelerador e regressar ao programa de compra de dívida, Zuckerberg apresentava a sua nova moeda digital nos EUA. Já se conhecia a intenção do gigante tecnológico mas só agora foram revelados os detalhes da nova ‘moeda’ (…)

fui rever matéria (que, aliás, está sempre presente por esta minha fixação da importância crucial da desmaterialização da moeda… desde Agosto de 1971!).

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Duas notas do arquivo:

20.12.2017

O mundo anda louco com o disparo da bitcoin mas, na verdade, não é a única criptomoeda do mercado. Há muitas e todas podem ganhar com a febre que se tem vivido. O Wall Street Journal lançava mesmo a questão: que moeda digital será a próxima bitcoin?
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Avante,14.12.17
Século VII – Bolha das túlipas
As famosas tulipas holandesas, um dos símbolos do país, estão na origem do que ficou conhecido como «tulipomania», um estranho fenómeno que parecia impensável na sociedade conservadora protestante de uma Holanda em plena expansão económica. Tudo terá começado nos finais do século XVI quando o botânico Carolus Clusius plantou no seu jardim bulbos de túlipas que trouxera de Constantinopla (actual Istambul, na Turquia) para fins medicinais. A beleza da então rara flor atraiu a atenção e a cobiça. O roubo e venda de bulbos que se seguiu deu início a um lucrativo negócio que afectou todo o país. Todos queriam ter acesso às túlipas; como a procura excedia a oferta, começou a especulação. Sendo o período de floração sazonal, os especuladores contornaram o problema passando a vender «contratos de tulipas» através dos quais os compradores se comprometiam a comprar determinada tulipa na época própria. Tal como as plantas, os contratos passaram a ser negociados, originando o primeiro mercado de derivados do mundo. Até ao dia em que os compromissos não foram respeita os e a crise da túlipas rebentou: foi a primeira bolha do mercado financeiro. A depressão económica provocada durou vários anos. A bolsa, como se sabe, sobreviveu.
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© REUTERS/ Dado Ruvic/Illustration

Quando e por que bitcoin colapsará?

07:38 20.12.2017URL curta

Desde o início de 2017, o preço do bitcoin cresceu 1.800%. Entretanto, vários especialistas do mundo financeiro preveem o fim da era dessa criptomoeda.
Dmitry Golubovsky, analista da empresa financeira Kalita-Finance, não está de acordo que essa moeda virtual seja o início de um novo sistema financeiro que substituirá o existente, e observa "uma tendência completamente diferente".
"Tomam a tecnologia de cadeia de blocos, eliminam o componente de mineração e a divisa criptográfica e aplicam-no como uma nova tecnologia informática", explicou o especialista em entrevista ao portal ridus.ru.

Deste modo, a tecnologia "blockchain" será aceita pelas instituições financeiras clássicas de maneira incondicional, opinou Golubovsky. 
Com sua legalização, esta criptomoeda perderá o anonimato e as transações descontroladas – as qualidades básicas que a popularizaram – e a lenda de que o bitcoin substituirá os mercados financeiros existentes chegarão ao seu fim, afirmou o analista.
O diretor do departamento de investimentos da empresa IC Piter Trust, Mikhail Altynov, expressou uma posição idêntica. Para ele, o fiasco das teorias financeiras é observado devido ao comportamento irracional dos investidores no mercado ligado a traços psicológicos e de caráter.
No caso do bitcoin, suas circunstâncias são somadas ao fato de que a moeda digital não possui nenhum valor razoável, escala de preços nem valor intrínseco. "Pode ter qualquer cotação, porque é um fenômeno que não tem ponto de referência algum", situação que se dá no contexto de "clara obsessão massiva que está aumentando", disse o analista.
Para Altynov, "prever o preço do bitcoin é como determinar quem elegerá júri do concurso de beleza em um manicómio: uma tarefa impossível".
Anteriormente, especialistas falaram sobre o colapso da moeda digital – bitcoin. Em abril de 2016, o diretor-geral do serviço de transferência internacional TransferWise, Taavet Hinrikus, declarou que a moeda "estaria morta" no segundo trimestre deste ano. 

A revista Forbes, por sua vez, já constatou o fim da criptomoeda duas vezes: em 2011 e 2015. "O preço do bitcoin chegou ao seu máximo, é pouco provável que comece a crescer novamente. Na verdade, não passa de uma pirâmide financeira complexa", informou a revista há dois anos.
Hoje em dia, ninguém se arriscou a prever a data exata do colapso do bitcoin, embora o cepticismo quanto às suas perspectivas ainda seja bastante considerável.

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12.02.2018

George Soros:
“O Bitcoin é uma bolha mantida pelos ditadores”
By Guia do Bitcoin Postado em 27 de Janeiro de 2018 1 comentário
O legendário trader de moedas e titã de fundo de hedge, o filantropo George Soros, conversou no World Economic Forum 2018 em Davos, na Suíça. No final de suas observações, uma pessoa no público perguntou sobre o que ele pensava sobre as criptomoedas em geral e o Bitcoin em particular.
George Soros acredita que a bolha do Bitcoin é mantida pelos ditadores
Um moderador do evento perguntou ao Sr. Soros, “Alguem disse que você é um especulador de moedas. O que você acha das criptomoedas? O bitcoin é uma bolha e você tem uma posição em criptomoedas?”
O Sr. Soros sorriu e respondeu: “Bem”, ele riu enquanto coçava a cabeça momentaneamente, “a criptomoeda é um nome incorreto, e é uma bolha típica que sempre se baseia em algum tipo de mal-entendido”.
Sua especulação de moeda não é como a maioria. Os movimentos monetários do Sr. Soros condenaram as economias inteiras. Basta perguntar ao Banco da Inglaterra. Ou a maior parte da Ásia em um momento ou outro. Moeda? Você pode dizer que ele sabe um pouco, sim.
Balbuciando para colecionar seu próximo pensamento, o Sr. Soros esclarece:
“Bitcoin não é uma moeda. Uma moeda é suposto ser uma loja estável de valor. E uma moeda que pode flutuar em 25% em um dia não pode ser usada, por exemplo, para pagar salários, porque os salários (não) podem diminuir 25% por cento em um dia. Então, é uma especulação baseada em um mal-entendido”, ressaltou.
Bitcoin para evasão fiscal
Se ele realmente entende a tecnologia e não unicamente porque sua volatilidade existe pode ser um erro que está além do escopo da reportagem atual. Mas ele está preparando sua linha de pensamento:
“Há também uma tecnologia Blockchain muito inovadora que pode ser usada para fins positivos ou negativos”, disse ele quase como uma reflexão tardia.
“Atualmente o Bitcoin é usado principalmente para evasão de impostos e para as pessoas nos governos em ditaduras para construir um nicho no exterior. Recentemente, agora, houve uma conferência em que, em vez de discutir as condições na Rússia, eles discutiam principalmente o bitcoin, porque isso era o que os governantes estavam interessados”, explicou Soros, incrédulo.
Na verdade, os líderes mundiais têm falado bastante sobre criptomoedas nas últimas semanas, e o assunto está dominando grande parte da imprensa financeira



terça-feira, junho 18, 2019

A arma(dilha)... e confirmação


... e no seguimento do que "postei" há pouco:

O que confirmo (seria preciso?) com o Público de hoje, em que o dito Blanchard afirma que “as regras do euro podiam ser as certas antes, agora não são”… e quando é que temos força para (na nossa abordagem) dizer:
“As regras do euro têm de ser certas hoje, porque antes não foram.”

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Quando as taxas de juro eram altas acrescreram a armadilhada dívida, agora que as taxas baixaram não seria a altura de negociar o que resultou de um excesso ou exorbitância?

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É tudo uma questão de correlação de forças porque o que está no âmago das decisões que acabam por prevalecer é a manutenção dos mecanismos de exploração.