terça-feira, outubro 31, 2006

A propósito do Tarrafal

Um amigo, muito ligado a Ourém, mandou-nos este seu poema, já publicado na revista Seara Nova. Não o publicamos como comentário porque consideramos merecer maior relevo. Obrigado.
TORTURA

A todos aqueles que heroicamente suportaram os horrores da PIDE

Não! Não me apontem ao peito as lanças do medo!
Prefiro morrer no lodo de uma sarjeta
do que esfaquear a esperança que me alimenta a fome de viver!

Se for preciso para calar a dor
eu grito ...
Se for preciso vazar-me de raiva
eu volto a gritar...
Mas em caso algum sairei do meu espaço
para viver na cloaca do vosso subterrâneo!

Não me façam esperar as noites de espanto
que eu não falo ...
Não ladrem raivosos os latidos do medo
que eu não digo ...
Não dancem à minha volta de punhos soltos,
nem fiquem parados a olhar a sombra da minha estátua de carne viva
que eu não sinto os chocalhos do vosso riso!...

Estou de pé do lado de lá (as grades da prisão não amarram o meu sonho nem as vossas garras seguram o meu querer)
na companhia dorida de companheiros distantes
que esperam de mim a boca muda do silêncio
e a força tenaz que um dia vos vencerá ...
Já não tenho carne nem ossos para moer,
nem sangue para verter ...
Agora, sou o granito duro e firme do vosso desespero
de não me verem sofrer!...
Alexandre de Castro
Lisboa, Março de 1985

domingo, outubro 29, 2006

Ajuste de contas

De um "post" de 26 de Março deste ano, reproduzo:

De repente...
De repente... o relógio deu um salto. Os ponteiros obedeceram a ordens que não as do tempo. Apanharam-me distraído, e fugiram-me 60 minutos de vida. Não há desculpas: estava acordado, de sono adiado... Espero agarrar estes 60 minutos no próximo equinócio! Ajustaremos contas...

Contas ajustadas. Temporariamente... porque com o tempo é sempre assim!
E tanto que se passou, neste intervalo (de tempo), no mundo (e em mim ...)!!!

sábado, outubro 28, 2006

Informação e desabafo em (ex-)citação

27.10.06
O Tribunal Fiscal de Lisboa intimou o Ministério da Saúde a revelar as habilitações profissionais dos indivíduos a quem este ministério entregou cédulas profissionais.Não havendo nada a esconder acatar a intimação aclarava rapidamente o assunto. Sendo o contrário verdade recorre o ministério da decisão.
O grande capital que se tem arvorado de sectores da saúde, é responsável pelo aumento nas despesas de saúde como há muito se sabe com flagrantes irregularidades e corrupção nas subvenções, ainda esta semana a Entidade Reguladora da Saúde o denunciou, após uma letargia profunda.
É pois fácil achar responsáveis pela notícia que ontem se divulgou sobre a emissão de milhares de cédulas profissionais atribuídas a pessoas sem habilitações.
São os tentáculos no M. Saúde do sector privado dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica (servidos pelas políticas de direita para o sector) os interessados na mão-de-obra não qualificada, longe das convenções colectivas de trabalho, das carreiras, dos vencimentos dignos e sobretudo da segurança do exercício profissional.
Ainda este ano vi anunciado um curso de Técnico de Farmácia promovido pela ANF (Associação Nacional de Farmácias) que alem de ilegal em toda a linha, não homologado e não respeitando a duração de formação prevista (actualmente de 4 anos) nem sendo ministrado por nenhum organismo acreditado, ainda se dava ao luxo de cobrar 150euros/mês aos formandos que obviamente não poderiam exercer com papeletas de formação de 1 ano passadas por um cabotino qualquer.
Outro dia fui com o meu avô a um laboratório privado fazer uma colheita para estudo da coagulação, a senhora de pronto perguntou: -Está em jejum?
Ele disse que não, e ela já preparava o discurso que o despachava para outro dia quando a alertei para o equívoco da necessidade dessa preparação para fazer o exame. Ela lá se apercebeu e alegando cansaço lá procedeu à colheita.
E andamos nós a dar lucro a estes parasitas do Serviço Nacional de Saúde quando as suas apostas de qualidade são estas? Andamos a financiar serviços sem qualidade, caros quando subaproveitamos os recursos materiais e humanos do SNS, com pessoas qualificadas no desemprego.
A luta por um Serviço Nacional de Saúde público gratuito e de qualidade é possível e urgente. Basta de não há alternativa. Basta de escumalha a infectar as políticas de saúde.

mj em Flórula infame

Para não esquecer

Amanhã "assinalam-se os 70 anos da instalação do Campo de Concentração do Tarrafal. Corria o ano de 1936 quando, a 29 de Outubro, chega ao Campo da Morte Lenta a primeira leva de 152 antifascistas. Por lá passaram 340 presos políticos, 32 dos quais acabaram assassinados pela ditadura fascista."

sexta-feira, outubro 27, 2006

A (ainda) Ponte dos Namorados

Podia ter sido pior! Foi só (!!!) aquele muro daquele lado. Por enquanto!
E haverá quem pense: "que pena não ter caído o resto... fazia cá um jeito!... e diluia-se a responsabilidade nossa. Esta ponte só atrapalha..." .

Sim! Porque... que isto ia acontecer foi previsto e prevenido!

quarta-feira, outubro 25, 2006

A Ponte dos Namorados

Com muita tristeza, publico esta foto, de uma colecção de postais que me foi enviada em tempos pelo amigo Joaquim Manuel Espada e então me encheu de alegria trazida pelas boas recordações. Faço-o antes que cheguem outras fotografias que, agora, nesta manhã, estão a ser tiradas e aqui chegarão e irão aumentar a grande tristeza provocada pelas notícias que vamos tendo.
E se contra condições climatéricas pouco se pode fazer, isso não obvia a que se exija que se apurem responsabilidades por ausência de prevenção, incúria, desleixo.
Mais um pouco do património cultural-afectivo nos é roubado!

terça-feira, outubro 24, 2006

Mais informações (a quem possa interessar saber o que não se quer que se saiba)

De um mail acabadinho de chegar do Uruguay, agora sobre as eleições, na Assembleia Geral das Nações Unidas, para um lugar no Conselho de Segurança:

España apoya a Guatemala
para que Venezuela no sea miembro del Consejo de Seguridad de la ONU
InSurGente.- No se trata de una pose o una simple anécdota, la decisión del gobierno español de apoyar a Guatemala en la votación, o lo que es lo mismo, obedecer sin matices lo que ordena EEUU, es una decisión de suma gravedad, que marca de un modo claro la táctica, la estrategia y la ideología de la política exterior del actual ejecutivo que dirige Zapatero. Con el apoyo que España esta dando a Guatemala, en las ya 22 votaciones para derimir el país que se sentará en el Consejo de Seguridad de la ONU, se sitúa con claridad en la trinchera de los países imperialistas, serviles y lacayos. Sin duda, el discurso de Venezuela explicando al mundo que ese sillón sería para respetar a los pueblos y luchar contra el Imperio, no gustó al gobierno de España, que esta deseoso de agradar al Imperio.
Agencias/InSurGente.-Con relación al número de votaciones que se han efectuado para la escogencia del puesto no permanente del Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas por el que compiten Venezuela y Guatemala, el presidente de la República, Hugo Chávez, se refirió hoy a las consultas como "22 cargas imperialistas contra Venezuela" y "estamos rodilla en tierra".
Destacó que: "la orden que he dado a mi canciller y a nuestro embajador en Naciones Unidas (...) Venezuela seguirá dando esta batalla, ellos verán que van a hacer (...) Venezuela no se rinde. Hagan lo que crean conveniente. Hoy pidieron receso, caen. Pidieron tiempo hasta el jueves".
A juicio del mandatario, la única salida es que el imperio norteamericano cese en su "grosera agresión y chantaje". "Venezuela sigue con su candidatura ¡Que nos derroten en el campo de batalla! ¡No vamos a estar negociando con nadie!", advirtió.
Agradeció a los pueblos que apoyaron a Venezuela en la elección. Hoy la Organización de Naciones Unidas (ONU) postergó la votación relacionada con el Consejo de Seguridad hasta el día jueves.
El mandatario nacional alertó a todos los que están votando por Guatemala ya que no lo "están haciendo por la nación centroamericana, sino por los Estados Unidos".

Cambios

"Nunca antes, jamás, esto se había visto en el mundo. Elecciones al Consejo de Seguridad hay todos los años. Esta es una de las pocas ocasiones, sino la única en que una elección de este tipo alcanza resonancia mundial".

Asegura que la razón es la pretensión del imperio de los Estados Unidos de dominar al mundo.

"Estamos demostrando que será cada día más difícil al imperio dominar al mundo y demostrando que el camarada Mao tenía razón. El imperialismo será un tigre de papel".

Aunque saludó a Guatemala dijo que este país representa un triste ejemplo de como el imperio utiliza a una nación para sus intereses.

Desglose

"Voy a colocar las cosas en su justa medida. Estados Unidos (Guatemala) obtuvo 109 y Venezuela 77 votos en la primera votación. Después de esto se cereía que Venezuela estaba derrotada. Normalmente en la tercera ronda se decide la votación. Pero ¡oh sorpresa! En la segunda votación Estados Unidos tuvo 114 y Venezuela 74".
Agregó que en la cuarta votación comenzó la sorpresa: El imperio de 116 bajó a 110 y Venezuela subió de 70 a 75 (…) En la sexta ronda el Imperio logró 93 y Venezuela 93. ¡Los empatamos.

domingo, outubro 22, 2006

Sabia disto?

Para o próximo dia 8 de Novembro está prevista a discussão, na Assembleia General das Nações Unidas, do tema do bloqueio de Estados Unidos contra Cuba.
Nesse dia. a Assembleia deve aprovar, pelo 15º ano consecutivo, a resolução "necessidade de pôr fim ao bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos de América contra Cuba".
No ano passado, o documento foi adoptado com o número récord de 182 votos a favor. Apenas quatro países, encabeçados pelos Estados Unidos, estiveram contra e um se absteve.

sexta-feira, outubro 20, 2006

O Outro Pé da Sereia...


.

.. é o livro de Mia Couto que estou saboreando, página a página, frase a frase, com os olhos que lêem.
Onde há um barbeiro (de Vila Longe) que ontem, estava eu quase quase a apagar a luz, se saiu com esta:


Os ricos enriquecem, os pobres empobrecem.
E os outros, os remediados, vão ficando sem remédio.

quarta-feira, outubro 18, 2006

No tempo em que nos embrulham em percentagens...

Quando de alguma coisa (A) se diz que cresceu (ou decresceu) tantos porcento em relação a uma outra coisa (B), isso pode ter acontecido por:
i) a coisa A ter crescido (ou decrescido) enquanto a coisa B se teria mantido como estava;
ii) a coisa A ter-se mantido igualzinha (do mesmo tamanho) enquanto a coisa B teria decrescido (ou crescido);
iii) a coisa A ter crescido mais do que teria crescido a coisa B (ou a coisa A ter decrescido menos do que teria decrescido a coisa B);
iv) a coisa A ter decrescido menos do que teria decrescido a a coisa B (ou a coisa A ter crescido menos do que teria crescido a coisas B).
(Confere?)
É por isso que dizer que a coisa A cresceu (ou decresceu) tantos porcento em relação à coisa B pode ser (e tantas vezes é!) uma maneira de ludibriar a malta, dizendo-lhe a verdade dos números que raro é a verdade das coisas na sua relatividade.

Isto serve para a relação entre as alturas de árvores, de bichos, de pais e de filhos (uns crescem enquanto outros estacionam nos centímetros acima do metro e, depois, os primeiros estacionam enquanto os outros decrescem uns centimetrozitos), os tamanhos dos preços e dos salários, e para o OE, PIB e essas coisas.

A relatividade é absoluta.

segunda-feira, outubro 09, 2006

A Lei de Finanças Locais e o que falta

Assusta a aceitação do paternalismo do poder central relativamente ao poder local, com o apoio e a inspiração (para não dizer as ordens) do "padrinho" poder europeu, e integração obediente no império do poder global de fácies Bushianas.
O que falta?
A democratização dos poderes, isto é, o poder (real!) nas gentes que nós somos, organizados inevitavel e socialmente em sociedade.

A Lei das Finanças Locais e a separação dos poderes

Na escola, aprende-se que a separação de poderes é a essência democrática da estrutura do Estado. E que o senhor Montesquieu, com o seu Espírito das leis, foi a fonte inspiradora da separação entre os poderes legislativo, executivo e judiciário.
Pois agora, nestes dias, em nome do poder executivo há quem confesse vindicta sobre o judiciário porque lhe beliscou delfins, consumam-se sucessivas subalternizações do legislativo, com pactos inter-partidários assinados e/ou em trabalho de parto, e o poder executivo fala de Leis como se suas fossem e para o legislativo remetesse o poder (?) de ritualizar améns.
E, atrevo-me a acrescentar, quanto a separação de poderes, que nem se quer que haja lembrança do poder local como poder separado do poder central e este do poder "comunitário" e todos do poder dito globalizado.
No entanto, em Estados descentralizados (democráticos), as "finanças locais" são parte do Orçamento do Estado e não mais ou menos generosas cedências do orçamento do poder central.
As regiões autónomas e as autarquias têm direito (e nem mais nem menos, sr. Jardim!) ao que a Constituição lhes atribui como poderes, e o poder executivo deles deveria estar separado. Evidentemente com a indispensável, diria vital, articulação e coordenação entre os poderes para que Estado exista.

A Lei de Finanças Locais

Muito se tem dito sobre a dita Lei de Finanças Locais. E impressiona a demonstração de incultura democrática que me parece ser a sua proposição e justificação por parte de quem deveria defender e promover a democracia... se é que esta palavra não passou do léxico corrente para o reservado da demagogia.
Pela blogosfera em que orbito, li o post do Luís "Ourém" (de imediato transcrito pelo Castelo), a que intentei logo responder com o meu desacordo amigo e convivente, e li também, com gozo e proveito, os dois comentários, no Albergue dos danados, do Nicky Florentino - coroadministração e caradministração, de 06.10 -, que me tentaram à transcrição... mas as circunstância muito particulares que vivi nestes dias impediram-me de responder a um e transcrever os outros.
Ficam as referências e, em àparte, dois pequenos apontamentos... que escrevo abaixo e vão sair acima (coisas da blogaria, que poderia corrigir mas que deixo assim).

domingo, outubro 08, 2006

Depois de/Antes de

Depois dos abraços amigos e das mensagens solidárias, do regresso à casa cada vez mais recordações e saudade,

antes de para mim me voltar e dizer e gritar o que tantas vezes ouvi "força", "coragem", "a vida continua...",

esta foto aqui fica a olhar pelo que vou fazendo por estas e outras paragens em que faço continuar a vida, com a força que tenho, que dela veio e que nunca só minha foi.

sábado, outubro 07, 2006

De "histórias ante(s)passadas"

Tenho, na gaveta, alguns rascunhos para uma série "histórias ante(s)passadas" e, do episódio 7, extraio, hoje, este trecho:

Não haveria ficção sem a memória. E a memória perde-se, esfuma-se, torna-se, por vezes, ficção involuntária. De muitos que nós somos só resta a memória dos que por cá ainda andam. Todos temos pai e mãe, mas nem todos estamos certos de ter filhos e netos que nos lembrem nas histórias por nós ante(s)passadas.
Sinto necessidade de contar algumas. Para que não acabem comigo alguns restos da vida daqueles a quem tem tanto devo do que sou, e – até! – a quem devo o ser.

Judite, a senhora minha mãe que, quando escrevo, está a completar 96 anos de vida, era a mais parecida das três irmãs com a minha avó Damásia. Não sei – nunca o saberei – onde terminava a ingenuidade e o desconhecimento e onde começava uma sabida auto-defesa, uma certa fuga à realidade.
Sobre ela e esta dúvida, que nunca resolverei, tenho algumas histórias ante(s)passadas, de um viver submisso escondendo uma latente rebeldia, com o meu pai no papel de tirano e títere. (...)

A minha mãe!

Há sentimentos que não se exibem, que não se publicam.
Mas, hoje, 7 de outubro de 2006, só desta mulher que foi a minha mãe sou capaz de falar.
E não me vou calar, não me vou fechar dentro de mim, a sofrer os sentimentos que não se exibem, que não se publicam. Esta é a última foto, que um amigo lhe tirou em março deste ano.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Vivemos um "dia da águia"

Vivemos um "dia da águia". Ela voou, lá do seu mundo outro, e pousou umas horas num Pinheiro à pressa preparado para a receber. Foi bonito de ver tanta gente, sobretudo tantos miúdos, num ambiente de festa. De expectativa. E o ambiente, a expectativa foi o que mais valeu!
Depois...
Depois, não foi o que ninguém queria. Ninguém ficou completamente contente (nem os mais indefectíveis benfiquistas), ninguém ficou completamente triste (nem os mais incuráveis oureenses). "Eles" são mesmo de um outro mundo... o que não quer dizer que não lhes possamos fazer frente e surpreender. Sem "os" imitar, sem querer voar com asas que não temos, com dignidade. Estamos no campeonato "deles", que também é, agora, o nosso. Sem os favores de ninguém, assumindo o que somos, sem mimetismos.
Na próxima quarta-feira, 11, começa a sério, contando pontos. Não vem a "águia" (ela voltará no dia 9 de Dezembro), mas vêm os "galos" de Barcelos, que ficaram em 3º lugar na época passada, logo depois do FCPorto e do SLBenfica.
Temos de lá estar, recebendo condignamente os que de fora vêm jogar connosco, a apoiar com alegria os nossos.

terça-feira, outubro 03, 2006

Desabafo na manhã

Costuma dizer-se que “com o mal dos outros podemos nós bem…”. Não gosto da expressão – dito popular – por ser demonstrativo de um arreigado egoísmo mas ilustra o tempo que vivemos. Lembrei-me dela por o governo estar a trazer para os debates, para a praça “pública”, o argumento aparentemente irrespondível dos últimos indicadores económicos.
A variação do PIB teria crescido mais que o esperado (0,9% de variação homóloga real) e por efeito da procura externa liquida, com um contributo de 2,6 pontos percentuais em resultado do elevado ritmo de crescimento das exportações. Não se diz é que o contributo da procura interna para a evolução do PIB foi negativo, tendo diminuído 1,7 p.p , reflectindo a queda do investimento (-7,2%) e a desaceleração do consumo privado (0,1%).
Dito de outra maneira, os números melhoraram porque lá de fora nos vieram comprar coisas, enquanto cá dentro o consumo estagnou e o investimento baixou significativamente. Motivo para tanto contentamento contentinho?
Poderá, assim, adaptar-se o dito popular e dizer que “com o bem dos outros disfarçámos o nosso mal”.
Mas não é apenas isso. Também chegam notícias, pelo relatório trimestral sobre a “zona euro” – de que Portugal faz parte –, que o crescimento nessa zona foi "melhor do que se esperava" e “atingiu 3,5% em ritmo anual no primeiro semestre, a mais forte taxa desde há 6 anos”.
Daqui se conclui que crescemos porque lá fora, na vizinhança, se cresceu, e de novo muito mais que nós. Em “europês” continuamos a divergir dos níveis “europeus” e de forma crescente!
A economia animou onde se exporta, e poucas serão as empresas portuguesas que o fazem relativamente às multi e transnacionais que aqui aproveitam os baixos salários, o investimento diminuiu em termos preocupantes e o consumo estagnou.
Não será caso para dizer que “com o bem dos outros podemos nós mal…”?

segunda-feira, outubro 02, 2006

Vem aí...


... uma águia pousar num Pinheiro!

Gostei desta...

Num dos últimos O Templário, na secção Pelourinho, vinha uma foto que gostei de ver.

Por várias razões:

  1. Porque a legenda diz No PCP, as mulheres mostram que são elas que trabalham, não se ficam pela reivindicação das quotas... Assim se vê a força das mulheres!
  2. Porque a mulher-exemplo é de Ourém
  3. Porque sim (se esta é uma razão...)

domingo, outubro 01, 2006

Informação a pedido

A pedido da Som da Tinta, informa-se que o seu blog passou para o endereço som-da-tinta.blogspot.com, embora o anterior não tenha sido desactivado mas tenha deixado de receber "posts".