sábado, maio 31, 2014

... ao volante, a 130 à hora, o assalto...

... de uma ideia!
Vinha de uma homenagem do CPPC a dois lutadores pela PAZ, em que quis participar. Por eles, que bem a mereciam, e pela PAZ por que, também há décadas, é uma das frentes em que estive com eles..
Nesse eegresso, naturalmente, apanhei com dois noticiários acompanhando, como "manchete", a reunião de não sei quê do PS para se saber se vão fazer não sei que eleições primárias ou não sei que secundário congresso. Com uns a demitirem-se porque (disseram) é indecente não sei o quê que não cumpre os estatutos, outros a vangloriarem-se e não sei que mais de serem do maior partido português, cujo estaria, como sempre (disseram estes), a inovar à brava, a iniciar um novo ciclo (esta do novo ciclo é assim uma ideia fixa do Assis), e outras tantas loas e louvaminhas.
... e foi então que me assaltou uma ideia: 
se, em vez do 21º e último deputado eleito em Portugal ser o "dono" do MPT, que emprestou o triciclo ao dr. Marinho e agora vai de boleia para Bruxelas e Estrasburgo, tivesse sido o número 9 da lista do PS, - como esteve vai, não vai para ser... - haveria este barulho todo?
Assaltou-me a ideia de que seria, pelo menos, mais reduzido este barulho todo. Que não tapa, antes destapa, o facto da diferença de oito para sete ser só de uma unidade... De nove para sete sempre seria uma maiorzinha vitoriazinha lá entre eles, assim como quem, na bisca de dois, vai buscar um trunfo ao baralho e lhe sai um duque. Além disso, e não é de somenos, sempre era mais um cliente "socialista", o tal 9 da lista, a ficar todo contente. Ele, a família, os amigos, os vizinhos lá da rua ou da terra!    

Um roteiro em 4 etapas - 2ª (concelhos)

Aquele voto de um cidadão da freguesia da Atouguia juntou-se a outros votos CDU das outras freguesias do concelho de Ourém, juntando aos dos outros concelhos do distrito de Santarém.
Nesse conjunto de 21 concelhos, os votos na CDU subiram 546 em quantidade e 2,9% em percentagem, como soma aritmética de 14 concelhos em que subiram (entre 1 e 291 votos, e 0,5% e 35,6%) e de 7 outros concelhos  em que desceram (entre -37  e -232, e -6,7% e -17,1%).




sexta-feira, maio 30, 2014

Um governo que banalizou as provocações à Constituição

Na discussão da moção de censura, entre outras coisas (quase) inacreditáveis, o 1º ministro acusou, o partdo promotor, de banalização deste instrumento institucional. Quase logo a seguir veio o que é uma verdadeira e lamentável banalização: o chumbo, pelo Tribunal Constitucional, das provocações à Constituição que o Governo banalizou.
E o banalizado Presidente da República? Está "a banhos"?  

Estes fulanos não se enxergam!

Eu gostaria de me estar "nas tintas" para as guerras lá dos meus vizinhos. Entre quem quer ser chefe e quem é chefe, entre quem é que é o dono da casa ao lado da nossa. Mas eles (e elas, claro, em paridade, claro, e algumas em tom esganiçado) fazem um barulho infernal, poluem o ambiente. 
Gostaria que se entendessem, até para se poder discutir com eles coisas do viver colectivo, a partir do pressuposto que eles, os vizinhos, têm uma ideia de como desejam que essa convivência seja. Uma ideologia, uma posição política, enfim. 
E não se trata, apenas - e muito seria - do incómodo. É que, ao mesmo tempo, passam uma ideia de que viver em comum na defesa de um projecto de sociedade (se é que o têm), ser de um partido político é, além de cativar clientelas e distribuir benesses entre os seus, também disputar gritadamente chefias, lugares de comando, haver próprias e privadas clientelas, particulares benesses a distribuir no interior. No interior que está sempre a saltar cá para fora. 
Assim se descredibiliza a politica, se indignifica a democracia.
E, depois, com os seus comportamentos, ainda passam a imagem de que todas as casas todos os partidos  são iguais.
Meu rico Partido! Claro que tembém temos as nossas coisas, e desaguizados, e idiossincrasias... Mas, cá por casa, temos sempre conseguido que prevaleçam as razões por que tomámos partido, entre aqueles que cá chegaram por essas razões e com elas querem continuar. Partindo,se necessário, alguma loiça, mas não na praça pública. Por mais que queiram meter o nariz na nossa privacidade... e, às vezes, o consigam.
Meu rico Partido! Tão diferente. 
Melhor? Para mim, é... 
Será pior para outros, mas nunca igual aos pragmáticos, que vivem a discutir chefias e não políticas, caras (ou coroas...) e não ideias, estatutos, programas, como viver em colectivo.

Isto digo eu, claro. 
E já terei dito mais do que tinha a intenção.

Uma moção de censura... e azia!

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As bancadas do PCP, Verdes e PS votam a favor da moção de censura do PCP ao Governo
As bancadas do PCP, Verdes e PS votam a favor da moção de censura do PCP ao 
Governo / Nuno Botelho

A moção de censura - qualquer moção, qualquer censura - 
tem a sua a sua autoria, o seu endereço, o seu lugar, 
o seu momento.
Esta moção de censura era do PCP, contra o governo, 
na Assembleia da República, com endosso ao PdaR,
no momento em que os partidos que, no parlamento, 
sustentam o governo acabam de sair de umas eleições
onde, com toda a clareza - e por variadas formas -
se confirmou terem perdido a sua base social de apoio.
Os deputados que não foram eleitos por aquekes partidos
votaram favoravelmente a censura, que foi redigida
com o cuidado de não dividir mas de unir - para aquele acto 
e naquele momento - quem está contra este governo, menos 
uns deputados do PS que, estando entre si divididos em tudo, 
também nisto o estiveram. 
Merece destaque o azarento Francisco Assis, que passou de 
"contrariado" a "incapaz", considerando que o texto do PCP era
provocatório. Mas... provocatório para quem?
Assim se juntou o de Assis, com oito colegas da sua bancada, 
a outros nove das bancadas do PSD e do CDS. 
Foram 18 na onda da abstenção! Mas a dele, de Assis, violenta.
 Cheia de azia... Ele há cada cromo!
   

Um roteiro em 4 etapas - 1ª (freguesias)

Fui dos primeiros a votar, verificado o vazio da urnas (fazia parte da mesa...). Ao apurarem~se os resultados, verificou-se que, ao meu voto, se tinham somado mais 22 e, com os resultados da mesa ao lado, deram o resultado de 39 votos para a CDU na freguesia da Atouguia, mais 14 (56%) que nas eleições anteriores (e anotei mais 11 votos que não teriam sido no MRPP mas na foice e no martelo e mais uns tantos - três ou quatro - que foram naturalmente anulados por terem posto a cruzinha à frente todas as listas que tinham esse símbolo).
Esses votos juntaram~se aos das outras freguesias do concelho de Ourém, numas subindo (em 5), noutras descendo (em 8, e muito por via da emigração), num acréscimo total de 15 votos correspondendo a um acréscimo de 3,1%, enquanto o PSD+CDS caíram 2826 votos (-27,77%) e o PS subiu 47 votos e (1,96%)..


.

quinta-feira, maio 29, 2014

Prova dos nove!

Estão desorientados!
A assistir a um programa chamado "prova dos nove", e resistindo a apagar "aquela coisa" e "aquela gente", não sei fazer... se me irritar, se ter pena!
Este encontro do Rangel com o Assis está a ser uma coisa indescritível e incomentável. A D. Constança, mascarada de pitonisa, lá procura moderar, o Rosas mete umas "buchas" a explicar factos como a queda do eleitorado dos partidos... tradicionais.
Estão mesmo desorientados e falta, ali, a "vedeta" Marinho Pinto e falta, sobretudo, o que é uma indecente ausência de alguém que diga esta coisa absolutamente básica:
a CDU cresceu (até agora... porque que ainda faltam somar uns consulados,) 37.094 votos, o que representa 9,8%!
Esta é a prova dos nove que o "prova dos nove" (patrocinado por "aumento de capital Banif 2014) ignora.
Uma tabuada! Depressa... porque aquilo é três vezes nove vinte e sete e adeus essa coisa que insistem em chamar Europa e é uma (des)União Europeia.  

Agenda da gente

Sala de Sessões


 Dia 30 às 10h


Travar a política de exploração e empobrecimento, 
construir uma política patriótica e de esquerda. 

Votação no final do debate.


Veja a emissão em direto do Canal Parlamento. 

Ilustrações


e


oferta muito simpática
de uma escola (em Vila Nova da Barquinha),
onde fui "contar o 25 de Abril aos meninos",
e agora, sobre uma estante.
acompanha uma velha gravura
de Rafael Alberty

É 5ª feira, dia de ir avante!


quarta-feira, maio 28, 2014

terça-feira, maio 27, 2014

Como virá a ser o PE?

Actualmente é/era (antes de 25 de Maio) assim:















Antes de 25 de Maio, após estudo de várias projecções no site U.E., elaborámos dois gráficos. Num primeiro, representava-se a composição actual em colunas, da "esquerda" para a "direita", e, num segundo, estimavam-se as dimensões percentuais das mudanças nos grupos ora existentes, ficando por "colocar" 67  dos 751 futuros eleitos.
Neste segundo gráfico encontra-se uma clara quebra percentual dos grupos "ao centro" - desde a quase imperceptível quebra dos "socialistas", crescendo (para baixo) nos "verdes" (onde estava o deputado Rui Tavares), até às muito significativas quebras nos "liberais", PPE (onde têm estado os deputados eleitos pelo PSD e CDS) e "conservadores". 
Apenas subiam, e relevantemente (quase 30%), o grupo dos deputados "à esquerda" GUE/NGL (onde têm estado os dois deputados eleitos pela CDU e dois dos três eleitos pelo BE), e os grupos dos deputados "à direita", sobretudo os da extrema-direita (Não Inscritos).
Não será este o exacto desenho em Julho de 2014, como já se previa nas projecções, com um esperado reforço do grupo dos fascistas pela inscrição de parte dos 62 deputados por "colocar", e a formação de um grupo que tomaria essa ou outra designação que a escondesse. Mas, de qualquer modo, deverá confirmar-se - e claramente! - a queda nos grupos dos deputados "ao centro" e a subida nos grupos dos deputados "descentrados".
Mostrando, ou reflectindo, o "sentimento" das massas... que votam!

Os deputados portugueses deverão contribuir com o mesmo número para o grupo GUE/NGL - Esquerda Unida Europeia/Esquerda Verde Nórdica (embora com 3 da CDU e 1 do BE, o que não será, de modo algum, despiciente dentro do grupo); o PS contribuirá com mais 1 deputado para os "socialistas") e os eleitos na coligação AP (des)contribuirão com menos 3 para o PPE.   
E onde se irão inscrever os dois deputados eleitos pelo MTP? Presumivelmente nos "verdes", que terão, assim, um "saldo positivo português", por entrarem 2 e sair Rui Tavares, mas nenhum do nosso Partido Ecologista os Verdes. Coisas dos "verdes europeus" que não se sabe muito bem de que cor são ou que de várias cores são... 
       

Reflexões lentas - Prós e contras no rescaldo/ressaca das "europeias"

O programa é o que é, na televisão que é o que é, na comunicação social que é o que é. Na correlação de forças que é o que é. Na luta em que estamos. Para mudar o que está. Para que nada continue – o programa, a televisão, a comunicação social – a ser o que é, como é e ao serviço do que está.
O “prós e contras” de ontem, no rescaldo/ressaca das eleições para o PE, devia ter sido (deveria ter sido) “ouvisto” neste estado… de espírito. Assim o procurámos fazer, dominando a quase irreprimível vontade de partir qualquer coisa ou, mais moderadamente, tirar o som ou apagar a imagem, quando a D. Ana Gomes tomava (ou assaltava) a palavra, quando o dr. Marinho amarinhava com o seu discurso de advogado barato mas eficaz (precariamente). Os outros dois – do lado contra/pró – foram mais contidos, comedidos, um – como é que ele se chamava? – porque estava ali de mandat(ári)o precisamente para amaciar a amaciada derrota do coligação AP e do governo; outro, o João Ferreira, porque é de uma outra história e de outros métodos, embora tivesse tido de mostrar, com firmeza, que não aceita o que não é aceitável, o ataque desbragado e sem fundamento, os clichés e os preconceitos, e afirmasse, com clareza e sem aparente mossa, a verdade básica, essencial, que esta União Europeia não é a Europa.

Três aponta mentes talvez úteis, para que contribuíram as intervenções de convidados, quer de “constitucionalistas”, quer do “politólogo”:
·        A questão da governabilidade é o que parece mais preocupar. Ora é preciso dizer que será a da governabilidade dentro do sistema, sem alternativas, que será a da governabilidade no quadro dos arranjos inter-partidários, dos consensos e compromissos, das alternâncias para que nada verdadeiramente mude nas relações sociais, de exploração do "trabalho pelo "capital".
·    Fez-se soar o alarme do risco de guerra se a União Europeia se afundar, como se esta fosse o garante da paz, paz que seria devida ao processo de integração em curso. A obsessão da segurança, o espantalho acenado pela D. Ana Gomes, é uma falácia a partir da leitura da História recente (das últimas décadas) porque pretende passar em branco as páginas dedicadas à Jugoslávia e aos contributos do crescente papel militarista e agressivo da U.E., braço armado da NATO/EUA, ao que está por detrás da dramática situação na Ucrânia. A D. Ana Gomes é coerente com a sua posição policial/militarizada, que defende (algo excitadamente) dever ser assumida pela “Europa”, tomada como repositório de valores e direitos humanos. Pois se até advoga (a propósito da requalificação da indústria naval portuguesa, imagine-se!) que se ponha “a Base da Lajes, sem prejudicar (claro!) os acordos que temos com os Estados Unidos, no centro de uma política de Segurança e Defesa exatamente para a vigilância de toda a zona do Golfo da Guiné e da imensa zona que passará a ter implicações com o alargamento do Canal do Panamá”. Uma espécie de Guevarismo às avessas: um, dois, muitos Iraques e Afeganistões!
·        O povo é quem mais ordena, ou seja, são as massas que determinam, em última instância, os passos no caminho da História. Os resultados eleitorais devem ser vistos como os reflexos da “estado das massas”, o lado subjectivo mais relevante da realidade. As massas estão em rotura com as soluções procuradas pelo capitalismo para ultrapassar as suas inultrapassáveis contradições (e crise larvar e intrínseca) – as soluções “ao centro”, social-democratas e neoliberais – e avança para posições, ou de consciência de classe em luta por uma real mudança, ou manipulável para radicalismos de direita, contra o "inimigo" que é o vizinho,o próximo, ou o outro conhecido e alardeado, radicalismos xenófobos, racistas, fascistas.

·   Já agora, e ainda do ”prós e contras” de ontem, uma pergunta que vamos repetir em várias oportunidades: em que grupo do PE irão inscrever-se os dois deputados MPT/Marinho Pinho?

segunda-feira, maio 26, 2014

Última hora

do ministério da justiça (confirmando o que vimos calculando e dizendo: 8PS, 7AP, 3CDU, 2MPT,1BE):

Com os resultados de inscritos e votantes já disponíveis (7965 inscritos e 481 votantes) dos consulados que têm suspenso o apuramento por estarem a aguardar, para apuramento, os votos de mesas com menos de 100 eleitores, é possível concluir pela certeza da distribuição dos quatro mandatos ainda não atribuídos na plataforma às candidaturas da Aliança Portugal, CDU - Coligação Democrática Unitária, Partido da Terra e Partido Socialista (indicados por ordem alfabética, por não ser definitiva ordem da sua atribuição)




A luta continua... contÍnua!

QUINTA-FEIRA, 18H30, 

ROSSIO - RUA AUGUSTA

MARCHA PELA DEMISSÃO DO GOVERNO


Continuação do serviço informativo...

... talvez para inquietar outros...

Estão publicados os resultados "oficiais" nas páginas "oficiais", com todas as freguesias contadas.


































Com estes resultados (provisórios), com 17 mandatos já atribuídos, e encontrando os 4 que faltam pelo método de Hondt, confirma-se a primeira informação (em S.O.S.):










Assim, o PS elegeria 8 deputados (mais 1 do que em 2009 e menos 4 que em 2004) - sendo certos o 1º, 3º, 6º, 8º, 12º, 14º, 17º e 20º, ainda com escassas possibilidades o 21º -, a coligação PSD/CDS elegeria 7 (menos 3  que a soma dos partidos coligados em 2009 e menos 2 que a coligação em 2004) - os 2º, 4º, 7º, 10º, 13º, 15º e 19º -, a CDU elegeria 3 (mais 1 que em 2009 e em 2004) - o 5º, 11º e 18º-, o MPT elegeria 2 (o 9º e com fortes probabilidades o 21º) - 0 em 2009 e em 2004 -, e o BE elegeria 1 (menos 2 que em 2009 e o mesmo número que em 2004) - elegendo o 16º deputado.

Deixando o resto para outras "núpcias", registe-se que de 2004 para 2014 a CDU subiu de 308,8 mil votos para 415,7 mil votos, 35%!, com passagem por um acréscimo em 2009 de 23% 



Serviço informativo em S.O.S.

Porque alguns amigos terão adormecido intranquilos e, ao acordar e procurar actualizar informação, mais intranquilos terão ficado, umas pequenas notas:


  • do apuramento dos resultados eleitorais em todas as freguesias não resulta a atribuição de mandatos pois ainda faltam resultados da emigração e verificações;
  • já estão atribuídos 17 mandatos -7 para o PS, 6 para PSD/CDS, 2 para a CDU, 1 para MPT e 1 para BE,
  • nos 4 a distribuir, o 18º é o do CDU, o 19º do PSD/CDS, o 20º e 21º do PS, embora este esteja em dúvida se não será do MPT, o que dará 8/9 PS, 7 PSD/CDS, 3 CDU, 1/2 MPT e 1 BE;
  • salvo erro e omissão, como se dizia nas boas práticas de antanho... no entanto, a folga do 3º para a CDUé confortável, a do 7º para o PSD/CDS e do  8º para o PS um pouco menor mas quase certos (para falar com rigor e seriedade), e o 9º do PS poderá não vir a ser conseguido mas sim o 2º do MPT. 



domingo, maio 25, 2014

Que mistificação!

Há, em política, um conceito de vitória/derrota absolutamente mistificador. Tão mistificador que chega a ser  ridículo. Assim a modos de quem colocou antolhos, aquelas palas que se colocam nos burros, e apenas deixam no horizonte os partidos PS, PSD, CDS e o resto não conta. Estas é que são as vistas mais que curtas... estreitíssimas.
O que disse Francisco Assis às 20 horas, além de tudo, foi... caricato!

Para este domingo



Europa!
não União Europeia!

A União (?) Europeia e as eleições para o Parlamento Europeu - 7


  •   








  • Uma decisão partilhada por milhões
  • Assim se chegou a domingo. A 25 de Maio. Ao dia em que os cidadãos têm um dever a cumprir por haver um direito conquistado. Por uns. Para si e para os outros, do seu tempo e do futuro. O direito de escolher quem nos/os represente durante um mandato. Alguns não cumprirão o seu dever, correspondente ao direito conquistado, e sempre em risco. Ou por assumida ignorância/indiferença política, ou por hesitação não resolvida (nalguns quase angústia), auto-argumentada em insuficiente informação. Mas a informação não terá que ser, também, uma obrigação cidadã?, não terá de ser, sobretudo, informar-se?, e não será, sempre, insuficiente?! E a abstenção, que nestas eleições grande será, é o voto no que está, porque tem a consequência, não desejada por grande maioria dos abstencionistas, de reforçar o que querem combater. 
  • A decisão (de cada um!), seja ela qual for, será, neste caso, partilhada por milhões, de 28 países. Embora não se pretenda entrar, aqui, em sondagens e essas coisas, elaborou-se um gráfico em que, a partir das últimas estimativas publicadas no portal da U.E., se prevê qual será a alteração na composição dos grupos no PE após estas eleições. Na esquerda, no grupo em que nos integramos, no GUE/EVN (Esquerda Unida/Esquerda Verde Nórdica), prevê-se uma subida de 35 actuais para entre 45 a 50 deputados... para o que queremos contribuir! O grande problema poderá ser a subida da extrema direita, formando um grupo na outra ponta do espectro da composição do PE, aproveitando o descontentamento e o desespero das massas  face às políticas de direita interpretadas pelos partidos do centro, desde os "socialistas" aos "conservadores".
  • Pela nossa parte, além do votinho, estaremos numa mesa de voto, na Atouguia, das 7 da manhã até ao final do apuramento dos resultados. Um dia cidadão!
  • Esta série termina aqui. Amanhã se prolongará. Com os gráficos para ela elaborados e não publicados e a confrontar com os resultados.
Sumário

(sujeito a inevitáveis alterações)
2ª feira – Nota prévia sobre aponta mentes
Europa e U.E.
Quantos são?, por quê e contra quem?
3ª feira – União ou desunião
                  Meados dos anos 70
A “construção” com periferia
O desaparecimento dos países socialistas
4ª feira – Euro e eurozona
                   Passo decisivo… para quê?
                   A “democracia” e as suas contingências
5ª feira – A crise da Europa e a crise na U.E.
                   A D.I.E.T.
A armadilha da dívida externa
De "países da coesão" a PIGS
6ª feira – Os locais menos os muros
                   As saídas nacionais num quadro global
                   As massas, a luta e os votos
Sábado – Reflexão pré-voto
                   As várias candidaturas e “arranjos”
                   A composição do PE
 Domingo – Uma decisão partilhada por milhões
Só!, de cada um… informada/consciente

sábado, maio 24, 2014

A União (?) Europeia e as eleições para o Parlamento Europeu - 6

GMR
  • Reflexões (e informações) pré-voto
Reserva-se, regulamentarmente, o sábado para reflexão. Como se a reflexão não tivesses de ser de todos os dias. Com ou sem campanha. Ou como se não fosse de procurar que se estivesses sempre em campanha, como se a cidadania tivesse períodos e horários. Percebe-se a intenção. De que o inferno estará cheio por perversão das boas intenções e períodos. Percebe-se, aceita-se, a intenção de evitar, nas vésperas do voto, influências maiores e mais pressionantes, de campanhas e da comunicação. Então... reflicta-se! 
  • A reflexão sobre que escolha é larga. Dir-se-ia que é demasiada. Não ajuda à informação e esclarecimento necessários. Há candidaturas que, à vista desarmada (ou armada de bom senso...), apenas servem para evitar que votantes não façam o caminho que os levaria a votar na lista onde estão os que sempre defendem o Povo e o País. Por outro lado, os partidos e coligações são diferentes e, nestas eleições - e sobre estas escrevemos -, os partidos coligados em (des)governação, PSD e CDS, conseguiram aguentar o que os une, a batalha e mistificação eleitoralista, a sua coligação, o que minorará as quebras que se prevêem inevitáveis; o outro partido da trempre, o PS, noutro tipo de "arranjo" (interno), arranjou uma lista que não pode convencer ninguém, ou eventuais eleitores hesitantes. 
  • Que vai resultar disto? Não se escreve sobre resultados, embora se tenham, em carteira reservada de que não se quer fazer uso, mas parece útil deixar a actual composição do Parlamento Europeu.
  • Haverá uma mudança nesta composição, até porque passará de 776 para 751 deputados. Espera-se e luta-se por que, com o nosso contributo. se reforce - e significativamente - o grupo da esquerda (do infograma e não só), espera-se que haja uma diminuição substancial do peso dos grupos ao centro-direita (socialistas, verdes "europeus", PPE e conservadores) e espera-se (e não se deseja!) que haja uma grande subida da extrema-direita, dos agora não-inscritos (NI), onde se "inscrevem" os fascistas.

Sumário

(sujeito a inevitáveis alterações)
2ª feira – Nota prévia sobre aponta mentes
Europa e U.E.
Quantos são?, por quê e contra quem?
3ª feira – União ou desunião
                  Meados dos anos 70
A “construção” com periferia
O desaparecimento dos países socialistas
4ª feira – Euro e eurozona
                   Passo decisivo… para quê?
                   A “democracia” e as suas contingências
5ª feira – A crise da Europa e a crise na U.E.
                   A D.I.E.T.
A armadilha da dívida externa
De "países da coesão" a PIGS
6ª feira – Os locais menos os muros
                   As saídas nacionais num quadro global
                   As massas, a luta e os votos
Sábado – Reflexão pré-voto
                   As várias candidaturas e “arranjos”
                   A composição do PE
 Domingo – Uma decisão partilhada por milhões
Só!, de cada um… informada/consciente

sexta-feira, maio 23, 2014

A União (?) Europeia e as eleições para o Parlamento Europeu - 5

GMR
  • Os locais menos os muros
Foi Miguel Torga que disse que o universal é o local menos os muros. E, quando se fala de muros, a intoxicação a que estamos sujeitos faz com que logo se pense numa cidade na Europa, ignorando (ou esquecendo) que ela estava no meio de um país e procurava isolar um corpo estranho que o minava, e mais se esconda que muitos outros muros existem pelo mundo e que agridem e separam países e povos. Mas fale-se de lutas a propósito da frase do poeta. As lutas são locais num tempo e num contexto de internacionalização e de interdependência (assimétrica como bem sublinhou Fidel Castro), As próximas eleições para o Parlamento Europeu serão (ou desejável seria que fossem) a expressão das lutas locais, nacionais, contra uma estratégia capitalista que se localiza na Europa. A soma será o que forem as parcelas e, por sua vez, cada um de nós é parcela da parcela local. Ínfima... mas insubstituível!
  • Não há saídas nacionais neste quadro dito comunitário, interdependente? Há, condicionadas mas há, condicionadas sobretudo pela correlação de forças ao nível de cada Estado-membro, pelo voto de cada um onde luta e onde deve levar essa luta ao voto, e condicionadas, também, pela correlação de forças que se exprimir no conjunto dos locais onde essas eleições se realizam.
  • As massas lutam, aqui organizadas, ali espontaneamente (ou assim se julgando, por ignorarem o que as manipula), acolá mobilizando e procurando levar a luta ao voto, além desesperadas e fazendo do voto um protesto inútil, ou pior por não-ser, isto é, por,, pela abstenção, oferecer a decisão individual e intransmissível a outros, aos que estão e são responsáveis por como estamos ou, pior ainda, entregando-se (pelo decisão-voto) a quem aproveita esse desespero para reforçar posições de ódio, de racismo, de xenofobia (e como a História nos conta como esse apoio pode ter consequências terríveis para a Humanidade!...)  
Sumário

(sujeito a inevitáveis alterações)
2ª feira – Nota prévia sobre aponta mentes
Europa e U.E.
Quantos são?, por quê e contra quem?
3ª feira – União ou desunião
                  Meados dos anos 70
A “construção” com periferia
O desaparecimento dos países socialistas
4ª feira – Euro e eurozona
                   Passo decisivo… para quê?
                   A “democracia” e as suas contingências
5ª feira – A crise da Europa e a crise na U.E.
                   A D.I.E.T.
A armadilha da dívida externa
De "países da coesão" a PIGS
6ª feira – Os locais menos os muros
                   As saídas nacionais num quadro global
                   As massas, a luta e os votos
Sábado – Reflexão pré-voto
                   As várias candidaturas e “arranjos”
                   A composição do PE
 Domingo – Uma decisão partilhada por milhões
Só!, de cada um… informada/consciente

quinta-feira, maio 22, 2014

A União (?) Europeia e as eleições para o Parlamento Europeu - 4












GMR
  • A crise da Europa e a crise na U.E..
Muito se tem escrito, e mais se tem falado, de crise. Ela seria do euro, da União Europeia, da Europa, de civilização. Mas poucos (para o que preciso era) têm dito que a crise é do capitalismo, enquanto modo de produção e sistema social baseado num determinado tipo de relações sociais. Ou melhor: alguns, e algumas vezes, o terão dito e, nalgumas delas, codificando para escapar à antiga censura e demais repressão ou às novas (e sempre espúrias) censuras e demais repressão. Assim o fez, por exemplo, Abel Salazar, quando em 1942, com o estímulo e apoio de Bento de Jesus de Caraça, publicou na Cosmos A Crise da Europa.   
  • Dir-se-ia que a questão da crise do/no capitalismo está nas relações sociais predominantes que o sistema impõe, na sua crescente contradição com a vida, e nas formas capciosas de  ultrapassar esta contradição, criando ou antecipando novas e mais irredutíveis contradições. Estará - usando economês, ao que se espera acessível... - na divisão internacional capitalista do trabalho (DIcT), em que a força de trabalho é mercadoria (com o constrangimento da correlação de forças na luta de classes), tomando expressões adaptadas ao tempo (histórico) e aos "arranjos" no espaço. Por isso se dirá que a tal "crise da Europa" (que não é "da Europa" mas, agora, da União Europeia) é provocada pela forma como o sistema capitalista, neste tempo, procura organizar o espaço europeu numa divisão internacional europeia do trabalho (DIeT).
  • Para isso, se criou, no continente, entre as Estados-nações que o compõem, um agrupamento que vai alargando e aprofundando, com um centro e uma periferia, com as suas competências (ou não-competências) próprias. não a repetir a História mas a aproveitá-la, e usando fórmulas e "esquemas" do tempo do colonialismo e do neo-colonialismo, e servindo-se da "armadilha da dívida externa"
    dos anos e práticas coloniais, agora "facilitada" (e mais danosa, até suicidária) pela demência da dimensão do capital-dinheiro fictício e creditício. Estratégia que, na "Europa", ou seja, na União Europeia, depressa transformou os ditos Estados membros da coesão económica e social (Portugal, Irlanda, Grécia, Espanha) em PIGS (traduzível por porcos... e como tal tratados). 

Sumário

(sujeito a inevitáveis alterações)
2ª feira – Nota prévia sobre aponta mentes
Europa e U.E.
Quantos são?, por quê e contra quem?
3ª feira – União ou desunião
                  Meados dos anos 70
A “construção” com periferia
O desaparecimento dos países socialistas
4ª feira – Euro e eurozona
                   Passo decisivo… para quê?
                   A “democracia” e as suas contingências
5ª feira – A crise da Europa e a crise na U.E.
                   A D.I.E.T.
A armadilha da dívida externa
De "países da coesão" a PIGS
6ª feira – Os locais menos os muros
                   As saídas nacionais num quadro global
                   As massas, a luta e os votos
Sábado – Reflexão pré-voto
                   As várias candidaturas e “arranjos”
                   A composição do PE
 Domingo – Uma decisão partilhada por milhões
Só!, de cada um… informada/consciente

quarta-feira, maio 21, 2014

A União (?) Europeia e as eleições para o Parlamento Europeu - 3










GMR
  • Euro e eurozona
O sinal mais evidente da desunião da dita União Europeia é o da moeda única, do euro. É que enquanto a União Europeia é composta por 28 Estados-membros, a Eurozona, que é o conjunto dos países têm como sua moeda a moeda única, o euro, é de apenas 18. O que é evidência que se procura que evidente não seja, ou até se esconde. E nem se argumente, como há quem o faça, dizendo que são Estados recém-entrados, que estão a preparar-se e no "bom caminho". Logo quando criada, sendo então 15 os Estados-membros, 3 (Dinamarca, Reino Unido e Suécia) optaram por ficar de fora (opting-out) e 1 (Grécia) ficou à porta à espera de ter condições para entrar, do que os gregos estarão ainda mais arrependidos que os portugueses. Em resumo: o mais emblemático passo da U.E., a União Económica e Monetária, está longe de ter o passo único e certo    
  • E seria passo decisivo para quê, e vindo de onde? A história, cheia de estórias*, seria longa. Apenas se deixa o aponta mentes de que a U.E.M. (com o euro e o BCE) veio na esteira da decisão do mercado interno, com a tal libertinagem da circulação dos capitais, foi acelerado com a queda dos países socialistas e após a ratificação de Maastrich (com "prolongamento e penalties" por causa da Dinamarca), e atropelando tudo, sobretudo a referida coesão económica e social criada para atenuar as consequências sociais e regionais do mercado interno. E seria passo decisivo, também, para a passagem à União Política, federal e militarista. 
  • No entanto, a "democracia" - mesmo com aspas - é um travão a estes processos. Eles têm avançado mas com muitas dificuldades (e "crises") porque a correlação de forças, a vários níveis, a isso obriga. O Tratado de Maastrich teve um primeiro e enorme percalço dinamarquês, que expedientes jurídicos safaram de acidente maior com o referido opting out,que transformou um não num sim à segunda tentativa, também as condições técnicas para a criação de uma moeda única não existiam (a dita zona monetária óptima nem medíocre poderia ser)  e, depois, a tentativa de avançar com uma Constituição Europeia ficou-se (dados nãos da França e da Holanda) por um artificioso Tratado de Lisboa** (que ainda teve de passar por outra transformação de um não - desta vez seria irlandês - num difícil yes)
  • Isto tudo antes da "crise"... que era tão fácil de adivinhar como difícil de acabar.
* - algumas dessas estórias foram por nós vividas "ao vivo" e de algumas delas escreverei em próximos episódios
** - o do "porreiro, pá!" dançado por Durão Barroso e José Sócrates

Sumário

(sujeito a inevitáveis alterações)
2ª feira – Nota prévia sobre aponta mentes
Europa e U.E.
Quantos são?, por quê e contra quem?
3ª feira – União ou desunião
                  Meados dos anos 70
A “construção” com periferia
O desaparecimento dos países socialistas
4ª feira – Euro e eurozona
                   Passo decisivo… para quê?
                   A “democracia” e as suas contingências
5ª feira – A crise da Europa e a crise na U.E.
                   A D.I.E.T.
A armadilha da dívida externa
6ª feira – Os locais menos os muros
                   As saídas nacionais num quadro global
                   As massas, a luta e os votos
Sábado – Reflexão pré-voto
                   As várias candidaturas e “arranjos”
                   A composição do PE
 Domingo – Uma decisão partilhada por milhões
Só!, de cada um… informada/consciente