- Os locais menos os muros
Foi Miguel Torga que disse que o universal é o local menos os muros. E, quando se fala de muros, a intoxicação a que estamos sujeitos faz com que logo se pense numa cidade na Europa, ignorando (ou esquecendo) que ela estava no meio de um país e procurava isolar um corpo estranho que o minava, e mais se esconda que muitos outros muros existem pelo mundo e que agridem e separam países e povos. Mas fale-se de lutas a propósito da frase do poeta. As lutas são locais num tempo e num contexto de internacionalização e de interdependência (assimétrica como bem sublinhou Fidel Castro), As próximas eleições para o Parlamento Europeu serão (ou desejável seria que fossem) a expressão das lutas locais, nacionais, contra uma estratégia capitalista que se localiza na Europa. A soma será o que forem as parcelas e, por sua vez, cada um de nós é parcela da parcela local. Ínfima... mas insubstituível!
- Não há saídas nacionais neste quadro dito comunitário, interdependente? Há, condicionadas mas há, condicionadas sobretudo pela correlação de forças ao nível de cada Estado-membro, pelo voto de cada um onde luta e onde deve levar essa luta ao voto, e condicionadas, também, pela correlação de forças que se exprimir no conjunto dos locais onde essas eleições se realizam.
- As massas lutam, aqui organizadas, ali espontaneamente (ou assim se julgando, por ignorarem o que as manipula), acolá mobilizando e procurando levar a luta ao voto, além desesperadas e fazendo do voto um protesto inútil, ou pior por não-ser, isto é, por,, pela abstenção, oferecer a decisão individual e intransmissível a outros, aos que estão e são responsáveis por como estamos ou, pior ainda, entregando-se (pelo decisão-voto) a quem aproveita esse desespero para reforçar posições de ódio, de racismo, de xenofobia (e como a História nos conta como esse apoio pode ter consequências terríveis para a Humanidade!...)
Sumário
(sujeito a inevitáveis alterações)
2ª feira – Nota prévia sobre aponta mentes
Europa e U.E.
Quantos são?, por quê e contra quem?
3ª feira – União ou desunião
Meados dos anos 70
A “construção” com periferia
O desaparecimento dos países socialistas
O desaparecimento dos países socialistas
4ª feira – Euro e eurozona
Passo decisivo… para quê?
A “democracia” e as suas contingências
5ª feira – A crise da Europa e a crise na U.E.
A D.I.E.T.
A armadilha da dívida externa
De "países da coesão" a PIGS
De "países da coesão" a PIGS
6ª feira – Os locais menos os muros
As saídas nacionais num quadro global
As massas, a luta e os votos
Sábado – Reflexão pré-voto
As várias candidaturas e “arranjos”
A composição do PE
Domingo – Uma decisão partilhada por milhões
Só!, de cada um… informada/consciente
3 comentários:
Com o nosso voto podemos alterar a correlação de forças de modo a abrir um caminho mais fácil, mas sempre duro, para alcançar um futuro de paz, harmonia e justiça para todos.
Por isso no dia 25 vou votar CDU.
Um abraço.
Já não sei votar outra coisa que não seja CDU.
O abstencionista ê sempre um analfabeto polîtico,com a agravante de ,teimosamente,fechareem os ouvidos e os olhos ao que os rodeia.Ê mais cômodo,deixarem a responsabilidade aos outros.Normalmente,sao bastante crîticos
de tudo e todos.
Um beijo
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