terça-feira, maio 13, 2014

Eleições para o Parlamento Europeu - notas de/para intervenção

Algumas notas de/para uma conversa (pública) a propósito das eleições para o Parlamento Europeu:

  • Estas são as 8ªs eleições para um chamado Parlamento Europeu
· 6ªs. (7ªs, porque houve uma "intermédia" em 1987 e mais 89, 94,99, 04 e 09) em que Portugal participa, ou seja: os portugueses participam

· Fazendo o quê?

· Escolhendo quem os represente num órgão democrático, na versão reduzida de democracia

· Versão que reduz o povo (que é quem mais ordena – expressão que ninguém põe em causa, claro… – a escolher quem o represente onde se tomam decisões

· E escolher a partir de quê?

· A partir da informação que tem sobre quem se apresenta como candidato

Neste caso das europeias, já participei em todas as 6 campanhas, e fui eleito (ou quase) em 4 das 6 vezes, tendo cumprido mandatos… e prestado contas

· Fui, até – desculpem-me a imodésta referência, aliás, nunca lembrada… –, eleito por 567 desses eleitos dos 15 países de então para, por duas vezes, fazer parte da direcção de tal parlamento

· Posso errar muito, e muito erro de certeza, mas sei, porque vivi, do que falo e do que erro ou errei!

· Começámos por ser 24 os portugueses a integrar um parlamento de 12 países, passámos a ser 25, baixámos para 24 e para 22 e, nestas eleições que se aproximam, seremos 21

· E serão 751 os deputados a eleger de 28 países, ou – dito correctamente – Estados-membros

· Os Estados-membros começaram por ser 6, em 1957, passaram a 9 em 1972, a 10 em 1982, a 12 em 1986… e lá entrámos nós no grupo...
· Aqui, abri um parenteses… e muito irritado!

Li o “portal da União Europeia". e confrontei o chorrilho de mentiras – perdão… de inverdades históricas – com informações do mesmo Google sobre o CMECON e o BENELUX (de 1944!)

· Esta a primeira questão prévia a tornar muito clara: a União Europeia e o que a ela nos trouxe não é a Europa!

· Já havia Europa – geográfica, política, cultural – antes da U.E., continuará a haver Europa venha a acontecer a esta U.E. o que vier a acontecer

· Sejam modestos, senhores, já que humildes nunca serão!

· Mas… quantos são, enfim, os países, Estados-membros do grupo?

· 28! --» 6 em 1952, + 3 em 1972, + 1 em 1982, + 2 em 1986, + 3 em 1995, + 10 em 2004, + 2 em 2007 e o 28º em 2013

· Ainda há, segundo o site oficial (o portal), 5 candidatos, 3 potenciais candidatos e, curiosamente (?), entre estes não se encontra – repito: no portal oficial – a Ucrânia

· Que dizer disto?

· Que tudo é política, que é um sistema em desespero e capaz de tudo para sobreviver!

· Entremos, para acabar a introdução, nas eleições à porta

· Vamos escolher os 21 portugueses que, no meio de 751, foram por nós escolhidos para tomarem decisões que a nós dizem respeito, às nossas vidas

· Que sabemos nós disso?, que nos ensinam e/ou informam(os)?

Sabemos que, desses 28, 10 estão foram da União Económica e Monetária, do euro (3 porque assim optaram desde o início - Dinamrca, Reino Unido, Suécia - e mais 7)?!

· Que há três instituições mestras, na tal U.E.: O Conselho, a Comissão e o Parlamento?

Apesar se todas as alterações, ao longo de 57 anos, o Conselho (Europeu, ao mais alto nível, e da União Europeia, por sectores) é a reunião dos ministros de cada Estado-membro onde se tomam decisões, a Comissão é um órgão executivo, um arremedo de governo, e o Parlamento é um fórum onde se debatem as questões e se tomam decisões mais decisivas e algumas co-decisões

· Depois, ainda há Tribunais ("europeus) e um órgão muito "estranho", o Banco Central Europeu, encarregado das questões monetárias e financeiras, criado com a moeda única… e não se sabe muito bem (ou muito mal…) como é que é composto, ou são escolhidos os seus maiorais... mas desconfio que os grandes grupos financeiros transnacionais são quem mais ordena...

· No único para que podemos directamente escolher os componentes, logo nossos representantes, é para o Parlamento

· Tem importância escolher tal gente?

· Para mim, é uma frente de trabalho e de luta, de luta por aquilo porque eu luto… logo tem toda a importância

· O que sei é que muitas decisões que nos dizem respeito, e cada vez mais, serão influenciadas pelas nossas escolhas, por quem nós escolhermos

· Para vos deixar a palavra, digo-vos apenas que na actual composição, são 35 deputados de Esquerda Unida/Esquerda Verde Nórdica, dos quais 4 portugueses (2 do PCP e 2 do BE), do grupo socialista (resumo os nomes e vou da esquerda para a direita) são 196, dos quais 7 portugueses, do grupo verdes e outras coisas são 57 e 1 português (eleito nas listas do BE), do grupo liberal são 83, do grupo partido popular europeu são 273 e 10 portugueses (8 do PSD e 2 do CDS-PP), os grupos conservador e livre democrata de direita somam 88 e ficam 33 para os chamados não inscritos que são os fascistas (ou neo)

· Esta composição vai mudar, e com ela o sentido de algumas decisões, com o nosso voto

· E quando digo nosso, digo o de cada um de nós em cada um dos seus países e pelo reflexo que terão nas políticas internas de que a dita comunitária é a soma, jogo as parcelas
· No debate, e se interessar!, tenho muito mais coisas a acrescentar sobretudo a partir de uma pergunta que, outro dia me fizeram num restaurante: e o que é que V. lá fez que interessasse à nossa terra?

· Foi uma resposta que juntou o almoço ao jantar, com lanche pelo meio!

· Por isso me calo, por agora...

(assim comecei ontem,
em Ourém,
depois de uma outra intervenção
do candidato J. L. Madeira Lopes)

2 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Gostava era de ter ouvido a intervenção toda.
Hoje lá fiz de minitelevisão, como diz a Ilda, enquanto esperava pelo autocarro. E, para meu espanto, as pessoas concordaram comigo. Quem sabe se alguma coisa está a mudar?

Um beijo.

Olinda disse...

Se tivessemos uma imprensa honesta,com o culto da verdade ,haveria muita gente que reconheceria o trabalho dos nossos (CDU)deputados no Parlamento Europeu.Mas,infelizmente,os media,defendem outros interesses...

Um beijo