sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Por acaso, seguramente...

Acabei de ler a coluna de televisão no Alentejo Popular, da responsabilidade de Correia da Fonseca.


Com a sua lucidez e a sua impressionante limpeza de escrita (é mesmo agradável ler quem tão bem, tão escorreitamente usa a língua portuguesa), Correia da Fonseca reflecte sobre duas intervenções a que a televisão deu larga cobertura e divulgação, do general Garcia Leandro e da SEDES.
Apenas venho reagir, com aplauso de proveito e gozo, ao que acabei de ler, anotando e recomendando.
Termina assim Correia da Fonseca:

«(…) A novidade, porém, poderá situar-se no que surge com o ar de ser, sob a aparente forma de um aviso, uma discreta ameaça: o diagnóstico de “um mal estar difuso” que pode desembocar numa "crise social de contornos difíceis de prever”. A quase simultaneidade na atenção que, seguramente por acaso, os media dispensaram a ambas as intervenções pode, se assim o quisermos, proporcionar-nos uma espécie de fantasista jogo de reflexões.»

Seguramente por acaso, claro…

Neste momento (histórico)!

O José Gomes Ferreira? Pois claro!

Ora leiam só isto:
"(...) em pleno momento de idílio sórdido do neo-socialismo (desossado de marxismo) com o neo-capitalismo..."
(Dias Comuns 1 - Passos Efémeros, 4 de Junho de 1966)
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Não há dúvida que os momentos históricos duram décadas, não é verdade, Zé Gomes?

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Qual mataram a tuna...

Não será no domingo...
mas no sábado a Tuna do Zé Jacinto
vai tocar a marcha Almadanim!

"...Ó meus amigos desgraçados
se a vida é curta e a morte infinita
despertemos e vamos
eia!
vamos fazer qualquer coisa de louco e heróico
como era a Tuna do Zé Jacinto
tocando a marcha Almadanim!"

Tenho a certeza que o Manuel da Fonseca também viria!

Mais razões?

Não! Não são precisas mais razões. Mas ele há tantas mais... Este governo não se cansa de nos dar mais razões (viram, no prós e contras aquela ministra?!). Todos os dias. A todas as horas.

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

6ª (e última... destas!) de 6 razões para participar...

... na Marcha "Liberdade e Democracia" - 1 de Março em Lisboa:

6. Porque não há democracia sem participação e a vida hoje reclama uma decidida intervenção em defesa dos valores e das conquistas de Abril, fazendo frente ao avanço de políticas, práticas e concepções que corroem a vida do País e ferem a dignidade do nosso Povo
(Avante!, de 21 de Fevereiro de 2008)
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Mas há mais, muito mais, que estas 6!

É capaz de ser próprio da idade...

Um dito jornalista quis fazer graça com o que Abílio Fernandes escreveu no Público sobre o filme Call Girl, num textozinho publicado no DN com o título Os comunistas foram ao cinema, e refere o meu nome (e o de Vitor Dias) de passagem. Por desfastio (e só por isso), saíu-me este "exercício":


O “Muro de Berlim” caiu e o jornalista, que ouviu falar desse “evento libertador”, nem sabe de outros muros porque só vê mulheres nuas.
O António-Pedro de Vasconcelos escolheu - por mero acaso, claro - aquele autarca, daquele concelho entre Lisboa e o Algarve, e o jornalista só repara nas curvas sinuosas.
Aquele autarca não era um homem íntegro mas o jornalista não reparou porque, se não estava a dormir quando o filme o retrata como um homem pouco íntegro (a partir de conceitos meus, claro), estava só à espera que a Soraia voltasse depressa e o mais despida possível, isto é toda.
O Lar Catarina Eufémia, o enterro de Cunhal na televisão, as bandeiras vermelhas, os velhos militantes com sinais de senilidade, o caixão coberto pela bandeira com a foice e o martelo, não dizem nada ao jornalista como conotações porque ele tem apenas uma conotação na cabeça, porque ele fica de todas as cores quando a Soraia Chaves lhe passa, passou ou vai passar à frente dos olhitos.
A “resistência corajosa ao grande capital” é representada por um sentimentalismo um tanto ou quanto piegas por uns sobreiros, mas o jornalista não se apercebeu porque nessas cenas não entra a call girl no seu esplendor e funções.
Os comunistas, para o jornalista, confundem os conceitos (?!) de corrupção e de paixão, mas ele é que confunde tudo quando vê uma mulher nua: sedução, paixão, sexo, se calhar também amor, é tudo igual e a corrupção um derivado.
Alguns comunistas, como eu, estão velhos – o que não obvia a que gostem muito de ver Soraia Chaves... mas não só como corpo, também como actriz – mas o jornalista parece não ter saído da idade da adolescência e da masturbação.
Terá mesmo maturidade para se apelidar jornalista?

Como se não serve (ou como se agride) a política e a democracia... - 3

Em cada debate em que participo há sempre quem aprenda alguma coisa. Se mais ninguém, aprendo eu... quanto mais não seja a lição de que não deveria ter participado do modo como o fiz!



Neste da Escola Secundária de Arganil, ao ver o convite-programa, nele li uma coluna com o que pretendia ser uma ajuda ao debate, referindo "alterações do Tratado de Lisboa em relação ao Tratado Constitucional".

E ajuda foi pelo que proporcionou de demonstração de que as tais "alterações", ou não são alterações, ou são pura cosmética, ou são recuo relativamente a apregoadas benfeitorias que este processo-"tratado" traria às gentes.



Exemplifico:




  1. não foi alteração a criação da figura de "presidente estável da União, eleito por um período de dois anos e meio, renovável uma vez" pois o art. I-22º do "Tratado Constitucional" criava essa figura;






  2. não foi alteração "a possibilidade de os Estados abandonarem a União" pois o artigo I-60º do "Tratado Constitucional" é relativo à "saída voluntária da União" e repete-se como artigo 50º do dito "Tratado de Lisboa";






  3. foi pura cosmética "o novo cargo de Alto Representante da União para as Relações Exteriores e a Política de Segurança" pois, com as mesmas funções, o "Tratado Constitucional" criava o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros da União, cujo designação poderia ferir susceptibilidades, e punha a descoberto o federalismo de que apenas se quer visível o rabo e o mais curto possível;






  4. foi recuo a inclusão da Carta Europeia dos Direitos Fundamentais no Tratado de Lisboa, pois esta Carta constituia a Parte II do "Tratado Constitucional" - "Carta dos Direitos Fundamentais da União" - e passou a protocolo anexo, por pressão negocial da Polónia e do Reino Unido;






  5. e sublinha-se que os negociadores portugueses continuaram a consentir que a "conservação dos recursos biológicos do mar, no âmbito da política comum das pescas" seja da competência exclusiva da União, passando de artigo I-13º para artigo 3º do Tratado de funcionamento.






Acrescento que não cabe qualquer responsabilidade destes ludíbrios, que apenas exemplifiquei, a quem elaborou o convite-programa pois as "informações" que se transcreveram foram colhidas em páginas da "net" que mais não são que propaganda enganosa.

Como se não serve (ou como se agride) a política e a democracia... - 2

(Pede-se que seja lido depois do post que está abaixo)

No debate realizado na Escola Secundária de Arganil, dada a introdução feita pela moderadora e, depois, pela presidente do Clube Europeu da ESA, resolvi, após a intervenção da representante do PSD, começar a minha participação dizendo alguma coisa sobre política, partidos e democracia, fazendo a “ponte” para o debate, para o “Tratado de Lisboa”.
Reproduzo o essencial:
No “Tratado de Lisboa”, tal como estava na (mal) dita “Constituição” que aquele se diz ter vindo alterar, está, “preto no branco” sobre o princípio da democracia representativa, que “o fundamento da União baseia-se na democracia representativa”. Só no artigo seguinte, sobre o princípio da democracia participativa, se acrescenta que “as instituições, recorrendo aos meios adequados dão aos cidadãos e às associações representativas a possibilidade de expressarem e partilharem publicamente os seus pontos de vista sobre todos os domínios da acção da União”.
Desenvolvi duas ideias:
  1. que, em vez de se complementarem num sentido lato da princípio democrático, o princípio da democracia participativa é subalternizada relativamente ao princípio da democracia representativa, chegando a formulação dessa subalternidade ao cúmulo de serem “instituições” (nem todas derivadas do princípio da democracia representativas, como é o caso da Comissão e do Banco Central Europeu) que DÃO aos cidadãos a possibilidade de… quando se alguma “coisa” dá algo a outra “coisa” são os cidadãos que dão às instituições a possibilidade de os representar;
  2. que, no exemplo à vista, os cidadãos deram aos deputados a possibilidade de os representar e estes usam o mandato desrespeitando os seus mandantes, quer não cumprindo a obrigação (e compromissos assumidos pontualmente) de até eles se deslocarem para os informar e debater, quer conquistando esse mandato de representatividade prometendo coisas que, depois, pura e simplesmente, se permitem não cumprir, caso da utilização do referendo enquanto forma de ratificar o que entre eles, representantes, fosse acordado, tal foi o caso dos eleitos do PS e do PSD, o que a representante deste partido acabara de aceitar e até estigmatizar, numa louvável e pouco habitual auto-crítica.

    (Ainda haverá mais…)

Como se não serve (ou como se agride) a política e a democracia... - 1

Para uma coluna que há anos mantenho no Notícias de Ourém (jornal da “minha terra” em que escrevo desde 1948… há 60 anos!) adoptei um título genérico: nem sempre política - tudo é política.
Este blog segue essa consigna. Por isso, é um blog político, embora nem sempre trate (aparentemente) de política. Por isso também, abri um outro blog – o docordel.blogspot.com – onde devaneio, divago, com a intenção de que, por lá, nada seja político… embora tudo seja política.
E, por ter algo de divagação, quiçá de devaneio, talvez esta introdução devesse estar no docordel e não aqui. Mas não…
E não porque o post vai ser mesmo político. Até no sentido restrito da palavra, que a associa, muitas vezes – e todas são demais –, exclusivamente a partidos.
Começo logo por afirmar que considero que nem a política se confina a partidos, e menos ainda a democracia se reduz à existência e à actividade dos partidos.
Mas passe eu ao que aqui me traz.
O meu partido encarregou-me da tarefa de o representar numa iniciativa do Clube Europeu da Escola Secundária de Arganil (ESA), sobre o “Tratado de Lisboa”.
Foi o encargo assumido há umas semanas e, entretanto, fui conhecendo pormenores e recebi o convite-programa, por e-mail. Apoio da ESA e dos Grupos Parlamentares da Assembleia da República, intervenções dos deputados (entre as quais a minha, nessa “qualidade”) do PS, PSD, CDS, PCP e BE, “espaço de debate”, sessão de encerramento e Porto de Honra. E via-se que havia sério trabalho de preparação por parte da “equipa do Clube Europeu da ESA”, que destacou uma sua componente para moderadora do debate.
Lá fui. Com muito gosto, o que não quer dizer sem algum sacrifício pessoal.
Às 14.30 – um pouco antes, um pouco antes… – estava na escola, muito simpaticamente recebido pelo presidente do Conselho Directivo e pela “equipa” do Clube Europeu.
Um pouco de conversa para fazer tempo, e a informação de que o representante do BE telefonara a avisar que não poderia estar, ao que parece por doença. Acontece…
Entretanto chegou uma deputada representante do PSD, e tanto tempo se fez que se esgotou, e aí vão os dois deputados (eu nessa “qualidade”) para a sala, já cheia e algo impaciente, onde alunos, docentes, e mais representantes da Câmara e da Junta esperavam o começo do debate com cinco deputados.
Que se fez, a dois, e foi muito interessante (pelo menos para mim), depois de uma introdução pela moderadora que, de forma suave, lamentou a ausência dos representantes das forças políticas faltosas, e que tinham confirmado a presença, e como essa atitude (em dois casos sem a elementar civilidade de avisar que não iriam estar) contribui para a descredibilização da política e dos políticos.
É verdade, é dolorosamente verdade.

(Peço a atenção para o próximo post sobre o tema)

terça-feira, fevereiro 26, 2008

5ª de 6 razões para participar...

... na Marcha "Liberdade e Democracia" - 1 de Março em Lisboa:
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5. Porque a democracia é também composta de direitos sociais como o acesso à saúde, à educação. à cultura ou à justiça cada vez mais negados à larga maioria da população.
(Avante!, de 21 de Fevereiro de 2008)

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

4ª das 6 razões para...

... participar na marcha "Liberdade e Democracia" - 1 de Março em Lisboa:
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4. Porque as injustiças e desigualdades sociais são cada vez maiores e confirmam uma política de submissão do poder político ao poder económico, onde os lucros do capital contrastam com os baixos salários, reformas e pensões.
(Avante!, 21 de Fevereiro de 2008)

domingo, fevereiro 24, 2008

3ª de 6 razões para participar...

... na Marcha "Liberdade e Democracia" - 1 de Março em Lisboa:

3 - Porque a democracia não pode ser impedida dentro das empresas, perseguindo a sindicalização e a actividade sindical, limitando o direito à greve, ameaçando com o despedimento e a redução de direitos todos os que lutam por melhores condições de vida.
(Avante!, de 21.02.2008)

sábado, fevereiro 23, 2008

2ª de 6 razões para participar...

... na marcha "Liberdade e Democracia" - de 1 de Março em Lisboa:

2. Porque não admitimos que por via de leis anti-democráticas, como a Lei dos Partidos ou a Lei do Financiamento dos Partidos se procure condicionar o direito de livre organização, intervenção e actividade partidária, ou através da nova lei eleitoral para as autarquias locais impor maiorias absolutas nas Câmaras Municipais que o Povo não deu nas urnas.
(Avante! de 21.02.2008)

1ª de 6 razões para participar...

... na marcha "Liberdade e Democracia" - 1 de Março em Lisboa:

1. Porque não podemos aceitar a violação diária de importantes direitos, liberdadese garantias dos trabalhadores e dos cidadãos, expressa na atitude intimidatória e persecutória do Governo PS sobre quem protesta e luta pelos seus direitos, sejam eles dirigentes sindicais, trabalhadores da administração pública, estudantes ou jornalistas"
(Avante! de 21.02.2008)

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

O Manifesto do Partido Comunista

Editado há 160 anos! No dia 21 de Fevereiro.


Com os estatutos e o programa, os três documentos que os comunistas deveriam - todos - conhecer, estudar, discutir. Para melhor lutarem por uma outra sociedade.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

A culpa será da "call girl"?!

Desde que me retirei para este cantinho, e só tarefas (partidárias ou asociativas) daqui me arrancam, tenho ido muito menos ao cinema! E faz-me falta...

Este domingo, na cidade ali em baixo, passava o Call Girl, do A.P. Vasconcelos, e não resisti ao chamamento (e à recomendação).

Não tinha a intenção de vir para aqui vazar a moderada indignação que trouxera para casa (que tanto há a merecê-la que é preciso defendermo-nos!), mas o artigo de hoje do Abílio Fernandes no Público, estimulou-me a fazê-lo. Recomendo a leitura.
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Pergunta Abílio Fernandes em título Um comunista porquê? , e começa: "Será que o enredo do filme Call Girl, de António-Pedro Vasconcelos, terá alguma coisa a ver com o que se passa na sociedade portuguesa? Parece que tem! Mas o que ninguém pode acreditar é que tenha alguma coisa a ver com os comunistas, como parece fazer crer. (...)"
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Começo por dizer que teria gostado do filme SE... Se tivesse querido contar o que se passa na sociedade portuguesa. Com bom ritmo e linguagem cinematográfica (tanto quanto me permito dizê-lo), com certos personagens muito bem caracterizados, com algumas interpretações excelentes.
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MAS... mas para quê aquela tão descarada mensagem político-partidária? Para, evidentemente, fazer crer que aquela história tinha a ver com os comunistas. Lar Catarina Eufémia logo a abrir , uma Vila Nova entre Lisboa e o Algarve, as placas para Baleizão, o funeral de Álvaro Cunhal na televisão, as bandeiras de foice e martelo e os punhos no ar erguidos por velhos a atirarem para a senilidade, e o amor aos sobreiros, única amarra de um autarca já com suspeitas de anteriores corrupçõezitas e uma vida muito pouco asseada (ia dizer ortodoxa...). Nada de subliminariedades. Tudo clarinho. O mundo, como se diz no final, está mesmo uma merda mas vá lá que há um ou dois agentes da PJ para evitarem que ainda fique pior.
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Anti-comunismo pela afirmativa e pela negativa. Pelo que se diz sobre a corrupção que outros protagonizam e nos escolhem para ilustrar, e pela luta nossa que se cala.
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E não me venham com a balela de que sofremos de complexo de perseguição! Lembro-me logo do homem que vai ao médico e diz sofrer de um complexo de inferioridade, ao que o médico atalha dizendo que o diagnóstico lhe compete a ele, pedindo ao homem para falar. E este fala, fala, e o médico no fim faz o diagnóstico: o senhor não sofre de nenhum complexo de inferioridade, o senhor é mesmo inferior!
Por melhor que seja o filme...

De mãos dadas, caminhemos serenos (como dizia o poeta)


O "ambiente" para o dia 1 de Março está mesmo... reconfortante. Faça chuva ou faça sol!

E, sabem todos uma coisa muito pessoal?, o que mais me está a aquecer por dentro é a vontade de estar na marcha em tantas/tantos que não têm cartão mas que também sentem a marcha como sua. E é!

Os que têm cartão, com o cartão na mão, os que o não têm dando-se as mãos... e nós também, porque só precisamos de uma mão para erguer bem alto o cartão!

terça-feira, fevereiro 19, 2008

E se chover a 1 de Março?

Domingo chovia. Eu bem a ouvia cair, tamborilando nas claraboias, enquanto por aqui punha leituras em dia e "fazia coisas". Entre outras, gravava esta imagem retirada do Avante! e reservava-a para a publicar ontem, com este título e a legenda... nem que chovam picaretas!
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Mas no dia de ontem, com as notícias que iam chegando, senti-me inibido a falar de chuva. Só se fosse para afirmar o respeito e solidariedade pelo sofrimento das vítimas da chuva e das enxurradas. Como agora o faço.

Hoje, para começar o dia, aqui deixo a imagem, como decerto virei a fazer mais vezes, com a lembrança de uma comovente manifestação há uns trinta anos atrás, em que muitos de nós, debaixo de uma chuva que caía e nos encharcou até aos ossos, acompanhámos até ao Alto de São João os corpos de companheiros trazidos do cemitério do Tarrafal.

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Kosovo Livre "à maneira" Koka Kola

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Já agora... acrescento o comentário do Fernando Samuel ao "post" posto no Samuel-Cantigueiro.blogspot.com:


«Já agora, acrescenta aí que o primeiro-ministro deste "Kosovo independente" foi, antes, chefe do famigerado UÇK, grupo terrorista que apoiava em terra os bombardeamentos da NATO às ordens de Clinton, Albreight, Schroeder, Blair e do criado Solana (e que o pio Guterres apoiou sem reservas).
E também que esse UÇK usava o mesmo símbolo que, na altura da 2ª guerra mundial, era usado por uma coisa chamada «Muçulmanos da Divisão SS azi - que apoiava o nazismo perseguindo e assassinando os guerrilheiros jugoslavos.
E fico-me por aqui...»

domingo, fevereiro 17, 2008

Convoco-vos

Convoco todos a visitarem o blog maisangular.blogspot.com.
É do meu amigo Pedro Gonçalves, fotógrafo, de que deixo esta amostra:

Preparem as vozes!

Isto vai! Mesmo sem ensaios...
Vozes ao alto/Unidos como os dedos da mão
No Rossio, no dia 1 de Março, ao fim da tarde!

E hoje que escolheu o DN para 1ª página?

Isto:

Congresso da CGTP?

"CGTP: Carvalho da Silva não votou no Congresso"...

Só é notícia o que possa ser intriga contra os trabalhadores em luta. Mas... se a intriga sem vergonha continua, de uma coisa podem estar certos esses serventuários do capital (onde quer que se posicionem para o servir, como ultra-revolucionários quando oportuno, ou como directores de jornais sempre oportunistas):

a luta (também) continua!

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Hoje, apenas se exige isto:


que as vítimas dos crimes sejam tratadas como vítimas;

que os autores dos crimes sejam tratados como criminosos.


Com duas agravantes:

as vítimas são crianças;

os criminosos são poderosos.


Pelo que, hoje!, é preciso exigir o que se deve exige todos os dias mas com mais força!

domingo, fevereiro 10, 2008

Junta-te a nós!

A iniciativa é nossa!
A marcha, a marcha pela defesa da liberdade e da democracia, é de quem a fizer. É nossa. De nós e de quem se juntar a nós. Que apenas tomámos a iniciativa, e vamos levar o cartão de militante. Pela liberdade e democracia para todos.

sábado, fevereiro 09, 2008

Ele há políticas erradas

como há erros nas políticas
... mas, desculpem lá,
os sucessivos "códigos do trabalho", o último sempre pior que o anterior (para os trabalhadores!) não são o resultado de uma política errada, são instrumentos de uma política ao serviço de uma classe;
a política de saúde ignorando direitos constitucionais e na perspectiva de que há um mercado de saúde que é o "negócio do futuro", não é uma política errada, é uma política criando utentes, isto é, consumidores, é uma política ao serviço de uma classe;
a política de educação ignorando direitos constitucionais e tendo como alvo os professores para lhes acabar com os "privilégios", não é uma política errada, é uma política ao serviço de uma classe;
a política que transforma os serviços públicos, primeiro mudando-lhes o nome (serviços de interesse geral!), depois integrando-os no circuito acumulador de capital, não é uma política errada, é uma política ao serviço de uma classe;
uma política que tem como aparente "objectivo número único" o défice orçamental não é uma política errada, que faz de instrumentos finalidades, não é sequer uma política é um embuste para esconder as políticas ao serviço de uma classe.
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Ah!, é verdade... talvez seja preciso dizer que tudo isto seria assim no pressuposto (sou um homem com alguns pressupostos...) de que há classes sociais. Porque, se não houvesse classes sociais, nada estaria errado... a não ser algumas políticas ou melhor, estando certas todas as políticas haveria alguns errozitos na execução de algumas das políticas, todas certas.
Tudo estaria certo! Só teríamos que nos resignar, e corrigir os inevitáveis e humanos errozitos, alguns de "casting" ministerial. Mas disso trataria o pm benficiando da cooperação estratégica com o pr, exemplo de homem que nunca erra (nem tem dúvidas) onde quer que esteja ao serviço.
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Tenho dito!

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Porque será que não nos dizem tudo?

E esse "tudo" pode ser tão pouco!

:

Maputo - A visita de Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial, a Moçambique, terminou no dia 4 de Fevereiro. Nas suas declarações finais, Zoellick cumprimentou o Governo por a economia nacional estar a crescer muito rapidamente e aconselhou a que se avançasse com a implementação das reformas em curso.

Com este apadrinhamento, no dia seguinte entraram em vigor os novos preços para o pão e os transportes na Cidade de Maputo e Matola.

Como reacção aos aumentos, desde as 7 horas da manhã de 6 de Fevereiro, as populações da cidade (que tem uma extensão periférica impressionante, conhecida como "cidade do caniço"), começaram, expontaneamente, uma onda de manifestações de repúdio, não utilizando os "chapas", colocando barricadas nas estradas, queimando pneus, paralizando completamente a cidade. A polícia reagiu e houve violência e mortos.

O povo sente que a vida está cada vez mais difícil, apesar do propalado crescimento rápido e acelerado do pais.

(a partir de uma nota de informação de que tivémos conhecimento)

domingo, fevereiro 03, 2008

Comentário a uma coisa que ouvi...

Foi com uma satisfação que, enquanto conduzia, ouvi , num noticiário do rádio, o Secretário-Geral do PCP dizer, em resposta a jornalistas, que o seu partido não faz política aproveitando questões pessoais ou profissionais de detentores do poder político, mas sim atacando as políticas que eles levam à prática e que não servem os trabalhadores e as populações, e que essas outras questões devem ser tratadas noutras instâncias, e se for caso disso. Se não assim que disse, e não foi com certeza exactamente assim que disse, foi assim que retive o que ouvi .
E lembrei-me dos ataques a Sá Carneiro por opções da sua vida privada, em que o PCP não participou enquanto o atacava pelas políticas que prosseguia.
Que aqui, em blogs, na comunicação social, em cortejos carnavalescos e outros locais de comentário sem responsabilidades político-partidárias, sem falar "na qualidade de" ou "em nome de", se denunciem situações ou sobre elas se faça sarcasmo a partir de facetas caracterizadoras da personalidade de quem quer parecer o que não épara enganar, ou esconder o que é, para enganar o "povinho", parece-me não só correcto como útil.
Pessoalmente, fiquei muito satisfeito com a afirmação de Jerónimo de Sousa. Assim se dignifica a política, que tão maltratada anda pelos "políticos" que se servem dela.

sábado, fevereiro 02, 2008

É só inveja!

Cambada de invejosos...
Um rapaz tão empreendedor, tão trabalhador, tão capaz (de tudo!) para singrar, para subir na vida, para chegar a primeiro ministro e a presidente por um semestre da União Europeia (foi porreiro, pá!), e só descobertas malévolas, só "bocas" insidiosas, só fotografias de mau gosto (e mau será o gosto mas é dele... ai! aqueles edifícios por ele "projectados" para ganhar uns trocos!).
Ainda o vão prejudicar, pois o rapaz tem "cólidades" para subir mais alto (em saltos à Vara, por exemplo)... antes do trambolhão final.
Só invejas!

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Piolhos na costura ou "políticos" em democracia burguesa

Com desusada frequência, ouvem-se e leem-se denúncias de habilidades, de espertezas, de expedientes de que alguns, muitos, "políticos" se serviram, e se continuam servindo, para tratarem das suas/deles vidinhas, aproveitando os interstícios das leis e os entrefolhos das instituições.
Embora quase nunca a intenção de quem o diz ou escreve, de quem manda (ou deixa) que seja dito ou escrito, procure a defesa da democracia, mas o contrário ou coisas intermédias, é bom para a democracia que assim aconteça. Ou pode ser bom para a democracia que assim aconteça se nós, os outros, estivermos atentos e rasparmos o folclore do escândalo e formos ao osso das causas de ser assim que está sendo.
Esses habilidosos, porque servem o poder real, o poder de quem tem as "armas" que podem e que, hoje, são o dinheiro, a moeda que se multiplica sem mesura, pululam nos governos e administrações, saltitam entre administrações e governos, deputam em parlamentos e autarquias, disputam benesses e favores. E esses espertos vão escapando às sanções penais, parecem estar imunes e serem impunes.
Mas não escaparão às sanções morais e políticas. Tudo depende de nós, dos outros!