Para uma coluna que há anos mantenho no Notícias de Ourém (jornal da “minha terra” em que escrevo desde 1948… há 60 anos!) adoptei um título genérico: nem sempre política - tudo é política.
Este blog segue essa consigna. Por isso, é um blog político, embora nem sempre trate (aparentemente) de política. Por isso também, abri um outro blog – o docordel.blogspot.com – onde devaneio, divago, com a intenção de que, por lá, nada seja político… embora tudo seja política.
E, por ter algo de divagação, quiçá de devaneio, talvez esta introdução devesse estar no docordel e não aqui. Mas não…
E não porque o post vai ser mesmo político. Até no sentido restrito da palavra, que a associa, muitas vezes – e todas são demais –, exclusivamente a partidos.
Começo logo por afirmar que considero que nem a política se confina a partidos, e menos ainda a democracia se reduz à existência e à actividade dos partidos.
Mas passe eu ao que aqui me traz.
O meu partido encarregou-me da tarefa de o representar numa iniciativa do Clube Europeu da Escola Secundária de Arganil (ESA), sobre o “Tratado de Lisboa”.
Foi o encargo assumido há umas semanas e, entretanto, fui conhecendo pormenores e recebi o convite-programa, por e-mail. Apoio da ESA e dos Grupos Parlamentares da Assembleia da República, intervenções dos deputados (entre as quais a minha, nessa “qualidade”) do PS, PSD, CDS, PCP e BE, “espaço de debate”, sessão de encerramento e Porto de Honra. E via-se que havia sério trabalho de preparação por parte da “equipa do Clube Europeu da ESA”, que destacou uma sua componente para moderadora do debate.
Lá fui. Com muito gosto, o que não quer dizer sem algum sacrifício pessoal.
Às 14.30 – um pouco antes, um pouco antes… – estava na escola, muito simpaticamente recebido pelo presidente do Conselho Directivo e pela “equipa” do Clube Europeu.
Um pouco de conversa para fazer tempo, e a informação de que o representante do BE telefonara a avisar que não poderia estar, ao que parece por doença. Acontece…
Entretanto chegou uma deputada representante do PSD, e tanto tempo se fez que se esgotou, e aí vão os dois deputados (eu nessa “qualidade”) para a sala, já cheia e algo impaciente, onde alunos, docentes, e mais representantes da Câmara e da Junta esperavam o começo do debate com cinco deputados.
Que se fez, a dois, e foi muito interessante (pelo menos para mim), depois de uma introdução pela moderadora que, de forma suave, lamentou a ausência dos representantes das forças políticas faltosas, e que tinham confirmado a presença, e como essa atitude (em dois casos sem a elementar civilidade de avisar que não iriam estar) contribui para a descredibilização da política e dos políticos.
É verdade, é dolorosamente verdade.
(Peço a atenção para o próximo post sobre o tema)
Este blog segue essa consigna. Por isso, é um blog político, embora nem sempre trate (aparentemente) de política. Por isso também, abri um outro blog – o docordel.blogspot.com – onde devaneio, divago, com a intenção de que, por lá, nada seja político… embora tudo seja política.
E, por ter algo de divagação, quiçá de devaneio, talvez esta introdução devesse estar no docordel e não aqui. Mas não…
E não porque o post vai ser mesmo político. Até no sentido restrito da palavra, que a associa, muitas vezes – e todas são demais –, exclusivamente a partidos.
Começo logo por afirmar que considero que nem a política se confina a partidos, e menos ainda a democracia se reduz à existência e à actividade dos partidos.
Mas passe eu ao que aqui me traz.
O meu partido encarregou-me da tarefa de o representar numa iniciativa do Clube Europeu da Escola Secundária de Arganil (ESA), sobre o “Tratado de Lisboa”.
Foi o encargo assumido há umas semanas e, entretanto, fui conhecendo pormenores e recebi o convite-programa, por e-mail. Apoio da ESA e dos Grupos Parlamentares da Assembleia da República, intervenções dos deputados (entre as quais a minha, nessa “qualidade”) do PS, PSD, CDS, PCP e BE, “espaço de debate”, sessão de encerramento e Porto de Honra. E via-se que havia sério trabalho de preparação por parte da “equipa do Clube Europeu da ESA”, que destacou uma sua componente para moderadora do debate.
Lá fui. Com muito gosto, o que não quer dizer sem algum sacrifício pessoal.
Às 14.30 – um pouco antes, um pouco antes… – estava na escola, muito simpaticamente recebido pelo presidente do Conselho Directivo e pela “equipa” do Clube Europeu.
Um pouco de conversa para fazer tempo, e a informação de que o representante do BE telefonara a avisar que não poderia estar, ao que parece por doença. Acontece…
Entretanto chegou uma deputada representante do PSD, e tanto tempo se fez que se esgotou, e aí vão os dois deputados (eu nessa “qualidade”) para a sala, já cheia e algo impaciente, onde alunos, docentes, e mais representantes da Câmara e da Junta esperavam o começo do debate com cinco deputados.
Que se fez, a dois, e foi muito interessante (pelo menos para mim), depois de uma introdução pela moderadora que, de forma suave, lamentou a ausência dos representantes das forças políticas faltosas, e que tinham confirmado a presença, e como essa atitude (em dois casos sem a elementar civilidade de avisar que não iriam estar) contribui para a descredibilização da política e dos políticos.
É verdade, é dolorosamente verdade.
(Peço a atenção para o próximo post sobre o tema)
2 comentários:
Porque será que, em certos debates, há uns cavalheiros que se comprometem e, depois, «adoecem»; ou mandam telefonar a dizer que não podem ir; ou, pura e simplesmente, não vão nem dizem nada?
E porque será que, nesses debates, o(s) representante(s) do PCP está lá sempre?
Demonstram a falta de respeito que têm pelos jovens, pelos participantes e por que lhes fez o convite. Respeito para quê? a maioria desses jovens ainda não vota e as eleições só são para o ano!
A postura do PCP (tua) foi diferente, de respeito para com todos, até nos horários.
Depois como podemos querer que os jovens respeitem os debates políticos?
A postura do PCP a tua é diferente. Nós marcamos a diferença!
GR
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