terça-feira, fevereiro 28, 2006

Ex-citação dicionária

(para não lhe chamar provocação...)

No meu dicionário de cabeceira não existe a palavra patronato. Será falha... do dicionário ou minha?

Mas existe a entrada empresa (capitalista)!

"Forma de organização do trabalho social e forma jurídica de organização do capital e das relações de propriedade própria do regime capitalista."

Depois, este resumo é desenvolvido em algumas páginas, mas o resumo deve chegar para ex-citar. Ou não?

segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Extracto...

... de algures, de um inexistente (por agora) "diário de sentires e afectos":

A atitude para com os outros, quando os outros crescem e se fazem homens,
é uma "prova de vida".
Ou melhor: revela se existe ou não amor à vida,
se se aceita o desamor nos homens ou se contra ele se luta.

sábado, fevereiro 25, 2006

A propósito...

Mas... a propósito de quê? Sei lá... é daquelas coisas que sempre me parecem apropósito e, às vezes, saltam cá para fora.

Não foi Marx que disse que a propriedade é um roubo. Foi o sr. Proudhon.
Aliás, estes dois não sintonizavam na mesma onda. Quando um (Proudhon) escrevia a filosofia da miséria, o outro (Marx) respondia com a miséria da filosofia.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Novidades!




A blogosfera acaba de ser "enriquecida" com mais um blog.
Hoje, esta manhã por excelente trabalho de Nuno Abreu, há estreia planetária do Foto&legenda (usem o link aqui ao lado).
Por aqui, há alguma excitação porque é mais uma iniciativa a que este anónimo do séc. xxi se aventura (uma (a)vózinha segreda-lhe: juízo é que não há!).
Começa com estes dois (D.Pedro de la Mancha & Sancho Ribeiro do Zambujal, ou Pedro D. Quixote e Sérgio Pança)

um a fotografar (ou a escolher fotos) para o outro legendar, ou um a legendar (ou a escolher textos) para o outro fotografar.

Mas há outros (e que outros!) para esta ou parecida fórmula, mas sempre em trabalho colectivo e amigo.

Espreitem!

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Manias...

Tratado sobre as manias minhas
ou as minhas manias por mim (re)tratadas
com um abraço amigo para o Luís Vieira

Circula (pouco) por aí, pela blogosfera, um convite-desafio a que cada um diga de suas manias. Vindo até mim de quem veio (do Luís Vieira) e não sendo eu de deixar cair desafios ou afrontas, porque não sou de levar desaforo para casa como diz quem fala brasileirês, aqui me ponho a responder.

Vamos lá então às manias cá do man…

Às vezes, tenho a mania que sou bom… mas não tenho a que seja dos melhores,
embora, por vezes outras, tenha a mania que sou mau… mas não tenho a que seja dos piores.

Não tenho manias supersticiosas, daquelas de entrar com o pé direito (e sair com o pé esquerdo?), de nem não querer ver gatos pretos (é pretos, não é(e não o faço, claro, quando vejo que há pinturas em curso lá em cima), de me benzer ao pisar a relva e outros pisos ou de os beijar (para não perder jogos, que alguns até de azar são), e etc., etc.. Tenho a mania de não ser supersticioso… se calhar porque não dá sorte.
No entanto confesso que não gosto nada de ver um par de sapatos com o do pé esquerdo à direita do do pé direito. Eu digo que é por uma questão de arrumação. Será mania?

Falando de coisas mais sérias, acho que não tenho a mania da perseguição mas já fui (e sou) perseguido por umas certas manias que tinha (e tenho). Como a de querer mudar o mundo por não gostar dele como estava (e está), que caminhos e por onde os percorria (e percorre). Esta mania já a tive agravada com uma outra de ser capaz de sozinho o mudar, mas dessa depressa me curei. Ou fui curado, cá com uma certa e dura terapêutica.

Para encurtar razões, perguntei à minha companheira que manias é que ela acha que eu tenho e, porque a pergunta foi em má altura, teve uma resposta torta “que mania que tu tens de me fazer perguntas parvas…”. E mais não disse e eu, por esse lado, fiquei descansado, quanto a manias.

Mas sei que, se ela lesse isto antes de eu publicar, diria “lá estás tu com a tua mania de escrever demais…”. Por isso, acabo já. Na verdade, nesta blogomania, não dá para escrever muito.

domingo, fevereiro 19, 2006

Mensagem para Nuno Silva (e não só)

Quis mandar esta mensagem por mail para o Nuno Silva. A esta hora - e talvez por cansaço - não consegui o endereço emailico dele. Como sou teimoso, e não seria capaz de (tentar) dormir sem acabar a "tarefa", uso esta outra via para lhe deixar a mensagem (e as fotos da Cláudia no dia do convívio hoquista oureense... e que bem merecem ser vistas):

Caro Nuno,

Parece que por solidariedade para com a vossa viagem de regresso de Riba de Ave não consigo dormir, e estou com um das frequentes insónias em que fico para aqui a "fazer coisas".
Pelo que sei, a equipa bateu-se bem e recuperou com garra de um mau começo. Parabéns a todos, até porque, numa prova como esta, o resultado de 4-6 em Riba de Ave até pode vir a ser um bom resultado.
Também queria mandar-te as fotos que o Nuno Abreu fez da Cláudia e me enviou. Estão ótimas! Mostra-as, por favor, à família toda... cheia de orgulho pelos seus "meninos" (e não só quando têm os patins debaixo dos pés).
Um abraço amigo

Sérgio Ribeiro





sábado, fevereiro 18, 2006

Notícia

Não tendo publicado "posts" durante Janeiro, o "blog" CDUporOURÉM vai voltar.
Disso mesmo nos dá conta com um "post" hoje editado:

"Depois de uma pausa, vamos voltar. Depois do que aqui foi deixado sobre a Assembleia Municipal, em Novembro, já houve mais sessões com intervenção do nosso eleito (ou do Sérgio Ribeiro ou, em substituição, do Luís Vieira).
Vamos aqui publicá-las, assim como outras acções do eleito que estiver cumprindo o mandato. Como quem presta contas. Como é dever de quem é eleito. Dever a que não faltam os eleitos nas listas da CDU. Assim haja quem leia e comente."

Chove lá fora...

Chove!
E então é assim:

O Mounti vem lá de fora, do quintal, e entra pelo escritório onde estão os "donos" e, eventualmente, familiares e amigos. Chama a atenção com uns miados de que se conhece já o som, a cor, a intenção. Põe-se a jeito para que a "dona" o enxugue.


Esta, a "dona", não se faz rogada. Claro...

Ele, o Mounti, oscila entre a cara de gozo e a cara de gozo (há vários tipos de cara de gozo), e roda sobre si mesmo para que a limpeza seja completa.

Acabada a "função", o tal Mounti olha para quem a fotografou, faz uma vénia e ai vai ele... A "dona" arruma o trapo-toalha com a certeza de que o fulano vai lá fora dar uma voltinha e daqui a pouco estará de regresso, completamentamente encharcado, para que tudo recomece de novo. E a cena repete-se várias vezes.

São assim os serões familiares quando chove...

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Encontro de velhos amigos... e que saudades

No convívio hoquista oureense de 11 de Fevereiro (que teria sido o primeiro!), juntaram-se algumas "velhas glórias".
Além dos que estão aqui, nesta foto do Nuno Abreu, ainda por lá vimos o Tó Marinho, o Miguel Valdemar, o Abel Vieira, o Carlos Pintassilgo...


Que bom foi encontrá-los e... encontrarem-se!

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Vejam-me só...

Pois é! Por cá ando.
É verdade que "eles" têm andado muito ocupados com outras coisas. Mas não tenho grandes razões de queixa.
Esta é uma das últimas fotografias que me tirara.
Vejam só a minha postura (e o meu rabo) de lince!
Estou um bocadito p'ró gordo. Mas quem não tem uma barriguita na minha idade é um escanzelado (espero que "o gajo" não leia isto...).

domingo, fevereiro 12, 2006

Um convívio com "milagres"

No convívio hoquista oureense (que se espera e deseja que tenho sido o primeiro), aconteceram "milagres".
Como este do Pedro "fotógrafo" (melhor se diria artista da "fotografia") a ser fotografado*.)
Por ser de justiça, diga-se que, durante o jogo (?!) que terminou 12-12 (!?), o Pedro esteve muito melhor do que parece nesta aparente pose para a fotografia do Nuno Abreu.
_________________________________
* Numa terra com tantos emigrantes e tanta francofonia, apetece escrever... arroseur arrosé.

sábado, fevereiro 11, 2006

Para que não se viva a esquecer que há caminhos...

Porque se seguem as pegadas fáceis
que desgastam o chão de todos;
Porque se escoltam rastos
que abundam nos caminhos;
Porque se perpetuam em caminhos
que escolhem;
Porque há caminhos de sentido único
que retêm;
Porque há caminhos vislumbrados
que por outros escolhidos;
Porque há atalhos
que dão em trabalhos;
Vivemos a esquecer:
Que há caminhos
Que às vezes podemos escolher.


Raquel V

Com os parabéns atrasados (pelo poema... e não só)

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Lê-se e pasma-se!

Dois títulos em jornais de ontem:

1. "Governo responde em Assembleia Geral"

Pela notícia ficou a saber-se que o Governo, face ao que está a acontecer relativamente a uma empresa como a PT, se colocou na posição de "mero accionista".
Um governo que se coloca nessa mera posição, deveria era responder em tribunal por se assimilar a accionista minoritário e subserviente do grande capital.

2. "Accionistas ganham milhões!"

Os accionistas são os da tal PT que recebeu uma OPA por parte de SEXA. o eng. Belmiro, mas são sós grandes porque os minoritários, como o Estado português por este governo governado, espera pela Assembleia Geral, e nem especular sabe... o que não será o caso de todos os seus membros.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Mini-antologia

"...Porque há chão e há caminhos. E às vezes escolhe-se. Segismundo."

(do Albergue dos danados)

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Desabafo indignado

Escrevo num jornal por que tenho grande simpatia, mas não posso calar o meu incómodo com a vizinhança que por lá anda.
Normalmente não o leio mas, desta vez,, cairam-me os olhos nisto:

"... vejamos o que está a acontecer no Chile; Pinochet, o grande General que num contra-golpe combateu o comunismo que pela força das armas se havia apoderado da sua nação, agora sofre uma perseguição aturada, levada a cabo pelos seus antagonistas marxistas, tornando-o vítima de verdadeiros massacres, sem o mínimo respeito pela sua integridade física, pelo seu estado débil, ou pela sua longa existência, continuando a exigir o sacrifício na clausura de um cativeiro, extensivo o todos os seus familiares pelo poder marxista."

Como é que é possível? Esta delirante deturpação da História não merece resposta mas não sou capaz de calar o indignado desabafo.

Cidadão mais apoiado... mas não satisfeito

Este cidadão, que tão pouco apoiado se sentia por precisar de confirmar deliberações do executivo camarário e a publicação das actas estar atrasada, teve a surpresa de ver publicadas, hoje, 2-actas-2, de 16 e de 23 de Janeiro.
Ficou informado! Não lá muito satisfeito, mas informado.
É que ficou a saber que decisão que lhe tinha sido dito ter sido tomada no executivo, e por unanimidade, não consta da acta. Pelo que este cidadão está autorizado a concluir que tal decisão não foi tomada em sessão mas individualmente por quem se julga com autoridade para o fazer, eventualmente à revelia de regulamentos embora os invocando.

Previsão do tempo




Neste livrinho (edição bilingue inglês-português) de 20 páginas de poemas e um discurso num doutoramento honoris causa em Turim, em 27.11.2002, o Nobel da Literatura Harold Pinter, com uma virulência de linguagem por vezes inusitada, diz-nos da guerra, de "Encontro" (nas horas mortas da noite) e do "Depois do Almoço" (dos "bem-vestidos"), lembra como "God Bless America", tem palavras cruas para "As Bombas" e para a "Democracia", faz uma "Previsão do Tempo", continua com "Futebol Americano - Uma reflexão sobre a Guerra do Golfo" e termina com a "Morte".

Violento. Oportuno.Para reflectir.

Uma "suave" (no contexto do livro!...) "Previsão Do Tempo":

O dia vai nascer nublado.

Vai estar bastante frio.

Mas à medida que o dia avançar

O sol abrirá

E a tarde será seca e quente.

À noite a lua brilhará

E será bastante luminosa.

Haverá, é verdade, um vento cortante

Mas que abrandará pela meia-noite.

Nada mais acontecerá.

Esta é a última previsão

Março 2003

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Que tenho feito?...

... entre outras coisas, tenho andado a afiar as garras!

Cá estou eu...

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Estas merecem ser reproduzidas

O Pedro Gonçalves fartou-se de fotografar a neve em Ourém. E, ao que parece, de se divertir...
As suas fotos são excelentes.
Comecei por selecionar duas para a minha espécie de diário (onde guardo o que acho de mais relevante que me vai acontecendo).

Porque a selecção é difícil!

Sé Colegiada
com árvore em primeiro plano


Por aqui se desce, por ali se sobe..
perdão: por aqui se sobe, por ali se desce!
As fotos do Pedro Gonçalves são belíssimas!

&-----&-----&

Receio não as ter valorizado…

&-----&-----&

Faz-se o que se pode.

O que vejo...

... enquanto almoço.
"foto com reflexo no vidro da janela"

Não trocava estas "vistas" por nenhumas outras!

Bem... "quere-se dizer"... umas em que entrasssem os castelos, talvez...


quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Apoio ao cidadão...

Em Ourém, terra de novos horizontes, da responsabilidade da Câmara Municipal, na rúbrica apoio ao cidadão, este - o cidadão municipe - deveria poder encontrar as actas da Câmara.
E poderá... mas com um atraso que pouco apoio lhe dará.
Hoje, 2 de Fevereiro, 22.59, a acta mais recente que lá está, há pelo menos uma semana qque é desde que procuro a acta de 16.01, é a de 09.01. E já terá havido, além da reunião de 16.01, as de 23.01 e 30.01.
Se as contas estão certas, e as reuniões se fizeram de acordo com as contas...

Com a devida vénia...

Matrimónia. Aqui, neste tugúrio, ninguém conhece a Teresa ou a Helena. Também ninguém está interessado em conhecê-las. É quanto basta saber que elas querem casar e que há um pormenor qualquer que parece estorvar tal intento. Tudo o resto é sem porquê relevante. Porque a Teresa e a Helena, como qualquer outra mulher ou outro homem, deveriam devem poder casar, conquanto que de modo voluntário e consentido. E devem poder casar com o singelo cerimonial folclórico de qualquer matrimónio. Sem que os daqui, terceiros, alheios ao assunto, ciosos do seu recato e avessos a festejos sacramentais camuflados ou não de civilidade, tenham que ser informados que alguém, seja quem for, pretende casar ou não sei quê. Administração ou instituição que não logra tal reserva, taqueapariu! Segismundo.

(de Albergue dos danados)

Segismundo!, juntamos a nossa à tua voz.

O que mudou e o que não mudou em S.Tomé e Príncipe - 6, VI e últimos

Não é que não tenha muito mais para contar a partir da viagem e férias em S. Tomé e Príncipe. Mas parece-me que já chega.
Não estava a ser qualquer sacrifício porque gosto muito de contar e porque da viagem e das férias em S. Tomé e Príncipe parecem inesgotáveis as coisas que merecem ser contadas e reflectidas. Não estava a ser qualquer sacrifício, embora estivesse a retirar tempo a muitas outras coisas que há para fazer, ou que quero fazer. Além disso, embora me tivesse sentido pressionado a continuar, o certo é que o número de comentários não está a ser estimulante.
Por isso, termino esta série. O que não quer dizer que deixe S. Tomé e Príncipe e o que a viagem e as férias me suscitam como coisas para contar e reflexões.
Deixo duas últimas notas (e fotos). Sobre o que mudou e o que não mudou em S. Tomé no intervalo deste meio século.

Sobre o que não mudou não me vou repetir, apesar de insistir que muito há para dizer. Fica uma foto de 1958. Esta


Sobre o que mudou, queria que ficasse muito claro que não desvalorizo o facto de S. Tomé e Príncipe em 1958 ser uma colónia e um País em 2005/6.Mas o problema da independência não se põe apenas no aspecto na vertente política, e muito menos só na aparência de se ter estabelecido um regime de democracia… ocidental. Cada vez é maior a interdependência económica (e sobretudo financeira). E esta é cada vez mais brutalmente assimétrica. Chamam-lhe globalização. Para disfarçar… até porque a expressão “interdependência assimétrica” é de um certo Fidel Castro quando, há mais de 20 anos, foi presidente dos Países Não-Alinhados e apresentou um relatório notável (achei eu, e continuo a achar).
Em 1958, o ciclo do cacau estava pletórico. As roças, com os seus contratados e hospitais, eram o seu sustentáculo organizacional, no contexto colonial.
Em 2005/6 as roças são, quase todas, impressionantes ruínas

Água-Izé, a ruína do hospital de 1928

Água-Izé, a esplanada em que, em 1958...

... e o país S. Tomé e Príncipe espera um novo ciclo. No contexto da… globalização.

Como tenho espalhado em vários apontamentos: à descolonização (política e “democrática”) não se seguiu a independência económica relativamente a um sistema de exploração, o capitalismo, cada vez mais globalizado.
Foi um passo. Importante. Decisivo. Que mudou muito. Num caminho!