sábado, novembro 17, 2018

Auxiliares de memória - 1 BREXIT


Breves “auxiliares de memória”
para compensarem a invasão “informativa”
com que se apagam factos e manipula a História
1-BREXIT
·       Quando, em 1951 (CECA) e em 1957 (CEE e CEEA),
plenipotenciários de 6 Estados europeus (Bélgica, França, Holanda, Itália, Luxemburgo e República Federal da Alemanha) assinaram os tratados que os tornavam estados-membros das “comunidades”, a formalização democrática exigiu a ratificação soberana dos povos, directa ou por seus representantes eleitos.
·       Quando, em 1972, as “comunidades” se  alargaram
a 9 (Dinamarca, Reino Unido, República da Irlanda) assim foi também e só não passaram a 10 porque, na Noruega, os noruegueses não ratificaram o acordado entre os negociadores
·       Quando, em 1976, se alargaram a 10 (Grécia) e,
 em 1986, a 12 (Espanha e Portugal) repetiu-se o procedimento formalmente democrático
·       Com 12 Estados-membros, o Acto Único, enquanto
preparação de um novo tratado (Maastrich – com os objectivos mercado único e coesão económica e social), de novo houve ratificação, embora com várias declarações anexas
·       Com o Tratado de Maastrich, começaram a pôr-se em
 causa as ratificações, apesar das campanhas de “informação”
o   os dinamarqueses não ratificaram “à primeira”
o   e, com os britânicos, impuseram a novidade do
“opting  out” (ficar de fora em algumas áreas)
·       Em 1992, pela segunda vez, os noruegueses recusaram
a adesão de novo negociada
·       Os suecos recusaram a moeda única, aderindo
ao “opting out”
·       A “Constituição Europeia” seria o passo seguinte
o   após ratificação pelo parlamento da Eslovénia e da Grécia e da sua ratificação, por via de referendo em Espanha, em 2005, os referendos em França e na Holanda não a ratificaram, o que provocou uma reavaliação do processo de ratificação de tratados através de referendos que iria culminar com a adopção do Tratado de Lisboa (2007), procurando evitar-se a via referendária
o   no entanto, não foi conseguido impedir a exigência de referendo na Irlanda (República da), o que alterou o calendário  previsto de ratificação pelos Estados-membros em 2008
o   os irlandeses não ratificaram, mas essa decisão foi “revertida” num segundo referendo realizado em 2009.

Quando os referendos começaram a dar resultados não desejados pelos interesses da classe dominante, não obstante toda a máquina de propaganda e manipulação, ou se acaba com eles ou se arranjam artes e manhas para que se repitam até “reverterem” a vontade expressa pelos eleitores, ou seja, pelo povo. Isto é… que é democracia!

A(s) história(s) é(são), por vezes, escabrosa(s).
(H)aja memória. Veja-se o actual “folhetim” do BREXIT!


1 comentário:

Olinda disse...

Com ou sem Brexit,a UE prosseguirá a sua política neoliberal ,com todas as contradições existentes.Cada vez mais questionada pelos povos europeus,a UE cavará a sua própria sepultura,e não haverá desinformação que a sustente.Bjo