sábado, setembro 24, 2022

... acabar com a guerra!

 DO MEU (QUASE-)DIÁRIO de hoje (23.09.2022)

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Ao ver o correio, leio o título Uma sondagem preocupante no Expresso curto.

 

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Fui ver o que preocupa o Expresso das curtas (vistas):

“… é uma sondagem, feita para nós e para a SIC pelo ICS e ISCTE. A conclusão é a tal preocupante de que lhe falava no título deste Curto: os portugueses mais atingidos pela crise já admitem cedências à Rússia, para acabar com a guerra.”

 

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Não acompanho (naturalmente!) as expressa(da)s preocupações, porque o que me preocuparia seria que não houvesse portugueses a considerarem que a prioridade é acabar com a guerra… mas é evidente que os fundamentos e antecedentes das preocupações de cada um, ou de cada lado, não são todas iguais.

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Para o Expresso (e toda a ocxidental[1]  campanha em que se expressa), a guerra fez-se porque há uns “índios maus” e era preciso exterminá-los (à Karl Valentin…), para tranquilidade dos “cóboiz” e, de caminho, atirar para cima deles – além do consumido em armas... também em cima dos ucranianos, até ao último se for preciso – com a responsabilidade da crise económica prevista, e inevitável dado o funcionamento do sistema.


[1] - Uma vez, num destrambelho de dedos saiu-me esta expressão. Gostei. Não emendei. Conota-se com OCXangai (oriental) e oxidado=enferrujado, ultrapassado. Passarei a grafar assim: oc(x)idental e oc(x)idente..

 

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E, na infatigável tarefa de impor a sua (e única) versão do que estamos a viver, no seu contumaz esforço de tudo distorcer, logo acrescentam

Sete meses de guerra na Ucrânia: “Uma paz a qualquer preço seria legitimar o regresso da guerra de conquista como normal"

 

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Mas foi para uma paz a qualquer preço que “os portugueses mais atingidos pela crise já admitem cedências à Rússia, para acabar com a guerra.” ?!?

 

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Quer dizer: nem pensar em “qualquer cedência à Rússia”, quer no que serviu de justificação à condenável operação militar, quer relativamente à situação que se vivia – e vive – naquele lado leste do Oc(x)idente, e em que a coexistência e segurança colectiva são tão ameaçadas.

 

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Acabar com a guerra? Só… depois de ex-terminados os “maus”, esmagados pelos “bons”, como manda a cartilha mediática à exaustão.

 

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Aliás – repete-se – como os “maus” alegavam ser intenção desses “bons”, disseram temer e, para o evitar, teriam desencadeado a operação militar.

 

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E A PAZ?! Tranquiliza (um pouco…) que os portugueses inquiridos não a tenham esquecido como referência ou, mais!, como prioridade.


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