AGORA, SEI
Maintenant je sais
Philip Green- Jean-Loup Dabadie (1974)
Philip Green- Jean-Loup Dabadie (1974)
Quando eu era miúdo,
um puto de palmo e meio
Falava com voz grossa … para me fazer ouvir como homem
E, apenas de mim cheio, dizia: "Eu sei, eu sei... eu sei!"
Era o princípio, era a primavera
Quando cheguei aos meus dezoito anos
Disse: "Eu sei... ora aí está, agora é que eu sei!"
Mas hoje, em certos dias, para trás me viro
Olho a Terra, onde já calcorreei tantos caminhos,
E sei que ainda não sei como ela gira…
Pelos meus trinta anos, eu sabia tudo…
Das flores, do dinheiro, da vida, do amor
Sim, sim!... do amor...
Do amor tinha-lhe dado a volta toda…
Mas felizmente, como é da vida lei,
Ainda tinha muita côdea para roer.
(hoje eu sei…)
Estava no meio da minha vida… tinha muito para ver
Ainda muito para aprender
O que aprendi?... Aquilo que vi e vivi
E conta-se em meia dúzia de palavras
No dia em que alguém te ama… o sol brilha.
Não posso dizer melhor…
No dia em que quem amas te ama…
mesmo que chova e faça frio, o sol queima
É isso que ainda me espanta na vida
A mim, que estou no inverno da minha vida,
Esquecem-se tantas tardes de tristeza e de amargura
Mas nunca uma manhã de amor e de ternura
Durante toda a minha juventude, eu quis dizer: “eu sei!”
Só que, quanto mais via e procurava, menos eu sabia
E setenta vezes badalou o meu relógio
Estou ainda à janela, olho e me interrogo.
Agora, eu sei… eu sei que não se sabe,
que nunca se sabe!
A vida, o dinheiro, as flores, os amigos, os amores,
Nunca se sabe tudo das coisas,
nem dos seus ruídos nem das suas cores
É tudo o que eu sei… ah! mas isso eu sei!
Falava com voz grossa … para me fazer ouvir como homem
E, apenas de mim cheio, dizia: "Eu sei, eu sei... eu sei!"
Era o princípio, era a primavera
Quando cheguei aos meus dezoito anos
Disse: "Eu sei... ora aí está, agora é que eu sei!"
Mas hoje, em certos dias, para trás me viro
Olho a Terra, onde já calcorreei tantos caminhos,
E sei que ainda não sei como ela gira…
Pelos meus trinta anos, eu sabia tudo…
Das flores, do dinheiro, da vida, do amor
Sim, sim!... do amor...
Do amor tinha-lhe dado a volta toda…
Mas felizmente, como é da vida lei,
Ainda tinha muita côdea para roer.
(hoje eu sei…)
Estava no meio da minha vida… tinha muito para ver
Ainda muito para aprender
O que aprendi?... Aquilo que vi e vivi
E conta-se em meia dúzia de palavras
No dia em que alguém te ama… o sol brilha.
Não posso dizer melhor…
No dia em que quem amas te ama…
mesmo que chova e faça frio, o sol queima
É isso que ainda me espanta na vida
A mim, que estou no inverno da minha vida,
Esquecem-se tantas tardes de tristeza e de amargura
Mas nunca uma manhã de amor e de ternura
Durante toda a minha juventude, eu quis dizer: “eu sei!”
Só que, quanto mais via e procurava, menos eu sabia
E setenta vezes badalou o meu relógio
Estou ainda à janela, olho e me interrogo.
Agora, eu sei… eu sei que não se sabe,
que nunca se sabe!
A vida, o dinheiro, as flores, os amigos, os amores,
Nunca se sabe tudo das coisas,
nem dos seus ruídos nem das suas cores
É tudo o que eu sei… ah! mas isso eu sei!
adaptação libérrima
Sérgio Ribeiro
– 09.06.2006
Sérgio Ribeiro
– 09.06.2006
7 comentários:
Posso eu não saber nada, de tanta coisa que digo saber.
Mas Eu sei, isso sei que sei!
O Sérgio,
É um filósofo!
Que faz poemas de amor!
Belissimo texto.
Parabéns.
GR
Lindo poema ,excelente tradução:toca me na alma,e isso "eu sei ".Bem me recordo como o Gande Jean Gabin O cantava com toda a alma e coração e isso "eu sei ".Todos os dias se houve alguem dizer "eu sei"e em fim de Conta todos nós podemoos dizer que ainda temos muito para aprender e "isso eu sei"
Obrigado Dr Sérgio pois fez -me
viver momentos de de nostalgia
Um grande abraço para um Grande amigo "isso eu sei "
Amélia
Obrigado, GR, obrigado, Amélia.
Tão diferentes nas origens das amizades, tão iguais na amizade. De amizade que, se calhar..., estou a precisar e que, felizmente, não me falta de tantos lados vinda,
eu também sei... o que sei
Só sei que nada sei.... Parabéns é, efectivamente, o retrato da Vida.
Um abraço
Maria
Já Sócrates (não o José... 'hehehe!') dizia... 'Só sei que nada sei' (como a Sr. Maria disse, e bem).
Classificação do poema: *****
Muito bom!
Um Abraço
Muito Obrigado por me ter ajudado a descobir mais estas VERDADES da vida, que tanto me " nos " tocam. Revi-me, entusiasmado, em muito daquilo que o Poema refere.
Apesar de andar " meio fugido " destas lides, não tenho deixado de me inteirar do evoluir do seu estado de saúde, através de amigos comuns.Boa continuação. Um grande ABRAÇO.
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