CDU – autárquicas de 2017
COMUNICADO nº 11
Depois das apresentações dos 1ºs das listas da CDU-Ourém à Assembleia
Municipal e à Câmara e da lista à AF de Fátima, e de outras acções desta
campanha eleitoral DIFERENTE, foi feita a apresentação da lista à AF da N.S. da
Piedade, que tem como 1º nome António
Lains Galamba que, ao seu estilo, fez uma bela intervenção que só com dificuldade
se não transcreve na íntegra (é possível ler no facebook):
“Tenho-vos diante e seria, talvez, fácil
de cumprir o que de mim esperam, se apenas fosse minha obrigação ditar-vos as
nossas propostas para a nossa terra. O nosso projecto que faz de nós,
comunistas e ecologistas, gente diferente na dignidade com que cumprimos a
cidadania. Seria fácil papaguear o que, de outra forma, vos obrigaria a ler,
procurar, investigar.
Contudo, porque são a minha gente na
minha terra – ou também a minha terra, conquanto seja hoje não apenas o menino
que se habituaram a ver brincar nestes jardins feitos calçada mas também o
alentejano de estaca – quero falar-vos menos daquilo que nos distingue e mais
daquilo que nos faz dignos da humanidade que transportamos.
Sou filho da burguesia. Decadente, é
certo, mas da burguesia. A minha infância não foi de faltas e ausências como o
foi a de muitos meninos com que brinquei e amei.
Muitos de vós (se não todos!) terão de
mim, antes da distância que nos trouxe Lisboa e a minha faculdade, a imagem do
miúdo activo da JS. Não nego, antes me orgulho, dos bons e irrepetíveis
momentos de camaradagem e amizade que passei naquela estrutura partidária. Sem embargo, cedo
soube ser um homem de esquerda desalinhado com o rumo daquele partido.
Formatado pelo «amplamente difundido» e tendo como tal a verdade, também não me
revia nos «crimes horrorosos» do comunismo. Entrei na faculdade e abandonei a
JS. Mas estava, sentia-o, órfão de uma casa para partilhar o colectivo que,
primatas, sempre ambicionamos.
(…)
Conheci o analfabetismo político, estou
por isso em condições de o combater. Conheci a solidão do individuo, partilho
pois, hoje, de mim melhor que nunca.
Comigo, trago operários, camponeses,
assalariados agrícolas do Alentejo não muito diferentes, na condição, das
gentes de Ourém (que vivem à conta da sua força de trabalho) – ainda que em
tempos diferentes de aparente transformação. (…) Comigo, como com todos os
comunistas, está a força (a dignidade e a coragem, como me disse, num prefácio
que fez a um livro meu José Casanova) t\ransformadora do sonho. De homens e
mulheres que não estão na politica para dela se servir mas sim para servirem –
com o seu sacrifício – os seus iguais.
(…)
Este é, pois, o linho em que me teço.
Com que se tecem os homens e mulheres, gente boa, que ingressando na lista que
hoje e aqui apresentamos, têm apenas um compromisso: defender o lado certo da
história, porque nele habitam a maioria, exército de excluídos pelo capitalismo
e pela sua exploração.
As nossas propostas – autárquicas, para
o caso – estão escritas. E nós somos gente de palavra! Palavra! Palavras belas
e verdadeiras, como a dignidade e coragem, do meu amigo de que hoje vos falei.”
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Entretanto, a 19,
começou a campanha eleitoral. A oficial.
A juntar aos muitos
questionários e entrevistas a que os nossos candidatos têm dado resposta, vai
iniciar-se um ciclo de debates com diferentes promotores, entre os cabeças de
lista à Câmara Municipal:
- na 5ª feira, 21, na
RDP-antena 1, às 15 horas nos estúdios da RTP, em Coimbra, com transmissão
directa;
- na 6ª feira, 22, às
21 horas (com público) na Escola Profissional de Ourém, promovido pelo Jornal
de Leiria;
- na 3ª feira, 26, às
21 horas (com público) também na EPO, promovido pelo jornal digital
médio-tejo.net.
E, naturalmente,
procurarão intensificar-se os contactos e um fecho de campanha com uma sessão
sempre com intenção de esclarecer as nossas posições e contrariando o
dispendioso espectáculo e promessas vazias.