quarta-feira, novembro 30, 2005

A minha "utopia do dia"

Transcrevo de do blog "Vale a pena lutar"

NO CAMINHO DA UTOPIA

A utopia está lá no horizonte.
Aproximo-me dois passos, ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos.
Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei.
Para que serve a utopia?
Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.

Eduardo Galeano, poeta uruguaio

com um grande abraço para o Pedro Namora

domingo, novembro 27, 2005

Espaço Mountolive neste blog - 4

Deste alto vos observo e vigio...

Fechado para "utopias"

Hoje não há "utopia do dia".
Ontem fiquei esgotado de utopia por uns dias!
Os amigos realizaram uma das grandes utopias de todos os dias:
a amizade!

Hoje, aqui

Hoje, aqui, sentado, olhando mails e blogs, fotografias e "prendas". A procurar que todas as emoções se metabolizem e me tornem mais no que quero ser para merecer o que por vezes me fazem.

sábado, novembro 26, 2005

Espaço Mountolive neste blog - 3

Muito gosto eu de brincar com a minha dona (ou com a que minha dona se julga).
Ao sol é melhor, mas se tiver a chover gosto à mesma... ela é que não!

A minha "utopia" do dia

Que o dia 26 de Novembro seja sempre o dia seguinte... ao dia 25 de Novembro
(isto é por causa das aritméticas e de outras coisas que as memórias trazem mas não tomam o lugar dos projectos, que só destes é)

quinta-feira, novembro 24, 2005

A minha "utopia" do dia



A minha "utopia de hoje", de alguns dias de antes e de outros que se seguirão:




Por um Portugal com futuro!


Ver esta fotografia aproveitada para lembrar um momento da caminhada que levou Jerónimo de Sousa a ser o adversário político (que é o único que é!) de Cavaco Silva na 2ª volta das presidenciais.

quarta-feira, novembro 23, 2005

Espaço Mountolive neste blog - 2

É preciso aproveitar o sol das manhãs de outono. Radiosas como a de hoje.
Mas deixem-me sossegado... para quê tanta fotografia?!

Espaço Mountolive neste blog - 1



Uma noite destas, frias lá fora, ao "borralho" da TVCabo, perto dos que se julgam meus donos e esperam o filme da Hollywood.

A minha "utopia" do dia

Nada me impede de repetir "utopias".
Aliás, utopia rima com teimosia...
Assim sendo, a minha "utopia" do dia de hoje é igual à do dia de ontem e, talvez..., à do dia de amanhã:
Um dia calmo, mastigar leituras, deitar cedo.

terça-feira, novembro 22, 2005

Excertos e enxertáveis

22.11.2005 (já!…)

Falam-me, ou oiço falar, ou adivinho que queiram falar de gestão por objectivos.

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Acho bem!

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Mas…

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Entendamo-nos.

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Isto é…

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Defina-se, claramente, o objectivo… ou definam-se, claramente, os objectivos.

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Sejam eles utópicos ou… “utópicos”.

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Lute-se por ele, ou por eles.

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(se é objectivo, ou se são objectivos, é para se lutar por ele, ou por eles)

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Lutou-se, fez-se o que deveria ser feito – com erros, com falhas, mas com confiança e determinação – e conseguiu-se o objectivo, ou conseguiram-se os objectivos.

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Excelente!

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Saúda-se (parabéns!) quem lutou para se conseguir o objectivo, ou para se conseguirem os objectivos.

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A luta continua, nas condições criadas pela consecução do objectivo, ou dos objectivos.

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Com outro objectivo, ou outros objectivos.

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Lutou-se, fez-se o que deveria ser feito – com erros, com falhas, mas com a mesma confiança e com a mesma determinação – e não se conseguiu o objectivo, ou não se conseguiram os objectivos.

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Paciência!

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Saúda-se (com o mesmo calor dos parabéns!) quem lutou para se conseguir o objectivo, ou os objectivos.

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A luta continua, nas condições criadas pela não consecução do objectivo, ou dos objectivos.

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Pelo mesmo objectivo, ou pelos mesmos objectivos, por outro objectivo, ou por outros objectivos.

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Isto vem adrede de levar o Juventude-hóquei sénior à 1ª divisão nacional ou o Jerónimo de Sousa a Presidente da República!

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Falo por mim e por objectivos meus (e não só), claro!

A minha "utopia" do dia

Um dia calmo, mastigar leituras, deitar cedo...

segunda-feira, novembro 21, 2005

A minha "utopia" do dia

Que o que disse na Rádio Pernes, numa entrevista muito bem conduzida e entalada entre o programa e a música mais pimba e a missa dominical, fosse ouvido por toda a gente.
E reflectido, e discutido, e criticado.

domingo, novembro 20, 2005

Qual Portugal?!

Portugal sou eu
Portugal és tu
Portugal é ele
Portugal somos nós
Portugal sois vós
Portugal são os portugueses

Portugais, aliás, há muitos... todos diferentes, todos um de diferentes feito!

Portugal precisa de mim?
Portugal precisa de ti?
Portugal precisa de si?
(onde é que já li isto?)
Portugal precisa de nós?
Portugal precisa de vós?
Portugal precisa de todos?... mas todos serão o mesmo Portugal?

... e Portugal precisa dele?
Qual Portugal? o nosso ou o dele(s)?

A minha (não)"utopia" do dia

Hoje sai uma (não)"utopia" para este dia em que ouço a chuva a bater nas claraboias:

Que a saúde não me falte e que a morte nunca deixe de cumprir a sua obrigação!

(estou a ler As Intermitências da Morte, do José Saramago)

sábado, novembro 19, 2005

Balanço...

O dia quase a chegar ao fim (falta um quarto de hora).
A "utopia" teve tempo e lugar para se cumprir. Teve o tempo deste dia, teve os lugares de Ourém, do Som da Tinta, do pavilhão (bem pouco "utópico" mas que os jovens - os juvenis e os iniciados - e as famílias tornam tão acolhedor...), também de S. João da Madeira.

A minha "utopia" do dia

Chegar ao fim do dia sem razão para protestos!

Pequenas conversas... - 2

“Um beijinho… até amanhã…”
“Não te vás ainda embora…” (quase fazia beicinho)
Sorri, sentei-me outra vez, procurei não fazer cara de parvo...
“… ‘tá bem, fico mais um bocadinho. Mas tem de ser pequenino porque tenho de ir trabalhar.”
Olhou-me com ternura.
“Eu sei… tens sempre trabalho… estás sempre a trabalhar…”
Tomou um ar de quem ainda dá ordens.
“... mas não exageres!”
Ri. Rimos.
E fiquei mais um bocadinho!

Pequenas conversas... - 1

“Um beijinho… até amanhã…”
“Não te vás ainda embora…” (quase fazia beicinho)
Ri, sentei-me outra vez, disse “… ‘tá bem, mais um bocadinho...”.
Olhou para mim com um ar que quis severo.
“Fica mais um bocadinho, mas não faças essa cara de parvo…”
Ri com mais vontade. Rimos os dois.
E fiquei mais um bocadinho.

sexta-feira, novembro 18, 2005

A minha "utopia" do dia

A minha "utopia" deste dia que agora começou é a de

fazer parte de um "Grupo Municipal" na Assembleia Municipal de Ourém, isto é, não ser o único eleito da CDU ou ter alguém que, eleito/a noutra lista, queira, no mínimo, fazer par comigo para eu ter maior capacidade de intervenção, como decorre do regimento da AM.

quinta-feira, novembro 17, 2005

Amanhã é mais um primeiro dia...

... do resto da minha vida.
Depois da instalação, amanhã será a primeira sessão "a sério" da Assembleia Municipal, uma reunião extraordinária.
Como eleito pela CDU - o nosso objectivo nº 1 - começo uma nova fase. Como estava com pouca coisa para fazer, aqui reformado neste cantinho...
Não vou trazer para aqui senão ecos dessa tarefa. Vou, sim, reanimar o blog CDUporOURÉM levando lá o que me parecer de interesse... para quem se interessa pela política autárquica.
E lá receberei todas as sugestões e propostas de assuntos, problemas e temas que alguém entenda que um eleito deve levar a esse orgão do poder local.
Apareçam.

quarta-feira, novembro 16, 2005

Intervalo

5ª feira... há 70/80 anos!

excertos e enxertáveis

Disse o Jerónimo de Sousa, na apresentação do compromisso da sua/nossa candidatura, que “a utopia é um desejo sem lugar e sem tempo”... e que aquilo por que lutamos tem um lugar, Portugal, e um tempo, este que vivemos.

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Cá por mim, vou insistir na minha “utopia do dia”… que tem estado em pousio.

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E vou voltar a este registo não por ser incorrigível, nem para mostrar desacordo com o que disse o Jerónimo, mas porque as "minhas utopias” têm um lugar, Portugal, e um tempo, este que vivemos!
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É por isso que ando a dizer que nem serão utopias... precisam das aspas.

terça-feira, novembro 15, 2005

Para acabar bem o dia que correu mal...

Hoje, muito coisa correu mal...
Mas, antes de ir para a cama, recordo, com gozo, um episódio do dia.
De novo sorrio com a resposta que o candidato Jerónimo Sousa, na apresentação do seu compromisso, deu a uma "jornalista" que, demonstrando que nada do que ele acabara de dizer lhe merecera a sua atenção, fez uma pergunta trazida de casa: em qual dos outros candidatos ia ele, Jerónimo, votar na 2ª volta!
O "metalúrgico", paciente, bonacheirão, sorriu e respondeu-lhe com uma pergunta, como quem joga ping-pong com quem nem sabe pegar na raquete: já alguém, ela ou colega, tinha perguntado a algum dos outros candidatos se votaria Jerónimo Sousa na 2ª volta?

Não reproduzo este interessante "diálogo" com fidelidade, isto é, sic, porque não o ouvi reproduzido em qualquer das estações de rádio e televisão em que, de passagem, me cruzei com os noticiários que falavam dessa apresentação de compromisso. O que, evidentemente, não seria o caso se o candidato Jerónimo Sousa tivesse hesitado ou se se tivesse embrulhado numa resposta que queriam que ele desse. Aliás, esse silêncio foi um dos pormenores de um dia de irritações... Mas também de algum gozo!

domingo, novembro 13, 2005

Mais uma transferência...

No blog Som da Tinta, apareceu-nos este comentário que para aqui transfiro:

No País Prós e Contras
José Mota Pereira*

Acabara a seca, mais ou menos na altura em que se contaram os votos para as locais. Foi isto mais ou menos na altura, em que as galinhas ficaram com gripe, e outros passarões se seguraram melhor ao poleiro.
(E aqui estava um país, o mesmo país de sempre. O do défice, do desemprego, das falências e onde a economia consegue cair, e a banca subir os lucros)
Mas claro todos sabemos de quem é a culpa. É de todos, excepto de todos aqueles que têm sido o poder nos últimos 30 anos.
E são poucos esses, os do poder? Olha , leitor, são cerca de 1000 (MIL) e dividem-se nas comissões de honra, nome bonito e pomposo para a lacaiagem, dos candidatos salvadores da pátria. Chamam-se a elite, mas juro-te não vivem aqui.
Estes mil homens iluminados, cavaleiros da nossa salvação, cavaleiros de todas as ordens, são habitantes de um país chamado Prós e Contras, que é um país muito especial que é 99,9% Pró e pronto, um bocadinho do contra. É o país onde as soluções são fáceis, as receitas milagrosas e onde cada um tenta ser mais Pina Moura que o Beleza, o Beleza sabe mais que o Cadilhe e o Cadilhe faz de Mira e o Mira de Medina e o Medina de Pina, e depois vem o intelectual da esquerda moderna do lux e diz, oh pá isso não é bem assim, etc e tal e vem um gin para a mesa do canto.
São cerca de Mil, os homens desta bravura. Gente sublime, comendadores, candidatos a comendadores, medalhados, pré medalhados, pós medalhados, subsidiados, Empresários dantes de Abril, Empresários do pós Abril, fascistas, esquerdistas, ministros de Salazar com capitães de Abril e Novembro, artistas fadistas, Chico-espertos, todos dizem YES YES YES! Estão lá todos: mdlps com mrpps, fupistas com eanistas, otelistas com pintasilguistas mais os renovadores, ah é verdade os renovadores também, que isto não são só istas, e ainda me obrigavam a chamar pelos chupistas! São todos uns porreiros pá. Mil gajos porreiros pá, a tratarem-te da vida!
(…a tratarem-nos da vida…)
Ah, leitor!
Mas Tu sabes, não há Tide, Omo ou Scotch Britze que lhes valha. Sabes que este país não precisa desta tralha. Sabes que são chamados agora os homens verticais e rectos. Sabes que há um direito à esperança, há direito a querer mais. Mais Vida!
(Podia falar-te agora do Professor Bento que se reformou, li no jornal. Não faz parte dos 1000 cavaleiros do prós e contras. Nem nunca terá ido ou sonhado sequer com a televisão. Limitou-se – limitou-se? – a ensinar centenas e centenas de torrejanos a amarem a vida. E a respeitá-la. Com poesia, no giz, no quadro na voz. Li no jornal que se reformou, mas isso é mentira. A vida e a poesia nunca se reformam)
Este é o tempo. Mas em que não basta engrossar a voz, erguer a crista e cantar, e depois fugir para os exílios. Este é um tempo de luta. Pela dignidade. Por Portugal, país de todos. Pela dignidade dos que trabalham com um salário cada vez mais mínimo (“500 Euros daqui a 5 anos? Escândalo! Escândalo!”), pelos trabalhadores acusados de falta de produtividade, pelos Funcionários Públicos acusados de tudo o que se queira, pelos pequenos e Médios Empresário embrulhados num sistema fiscal e finaceiro asfixiante.
Dizia um Poeta. “ Não é fonética a poesia!”.
Ary sabia que a poesia é bem mais que uma trova cantada no vento que passa.
É por isso leitor, que é precisa a ruptura com o país do Prós e Contras. É preciso convocar a pátria, onde somos todos Portugal, para a ruptura democrática.
Quando o Natal se for e as janeiras cantarem, é tempo de dar voz à esperança. Acreditas no Jerónimo?
*32 anos, torrejano.
Enviado por José Mota Pereira em novembro 12, 2005 02:26 AM
Parecendo-me que melhor estaria aqui, para aqui o transferi o texto, que entendo merecer ser lido e reflectido. E comentado... como logo o fiz:
Ora aqui está mais um comentário que muito aqui gostei de ler mas que melhor estará noutro blog, como o anónimo do sec.xxi, para onde o irei transcrever.
Obrigado e um grande abraço
Enviado por Sérgio Ribeiro em novembro 12, 2005 11:24 PM

Uma surpresa (boa) e comentário

No blog da Som da Tinta, apareceu lá este comentário:

Gosto de Saramago! Comprei de imediato o livro, começando a ler! Nesse mesmo dia recebi uma chamada de uma livraria, dizendo que o livro por mim pedido, tinha chegado! Há tanto tempo aguardado… Que me desculpe, Saramago, mas estou a meio de um outro livro! E que livro! “… porque vivi e quero contar” de um autor galardoado com o prémio da Amizade, Liberdade e muita Vontade!
Alguém saberá dizer-me, qual o nome do escritor?
GR

(Enviado por GR em novembro 12, 2005 02:54 PM )

Respondi assim, logo que li:

Ler este comentário... alegrou-me muito e comoveu-me. Confesso ser o autor desse livrinho. De que me resta um único exemplar...
E peço-te, amiga, que me digas coisas depois de o leres.
De vez em quando, penso neste livrinho e dá-me vontade de o re-escrever, em versão corrigida, aumentada, actualizada, sobretudo o último capítulo com o episódio histórico do assassinato de Dias Coelho.
A amizade e o reconhecimento do Sérgio Ribeiro (que, se estiveres de acordo, vai transferir este tema para o blog pessoal, para o anónimo do séc. xxi)

Assim fiz, antes mesmo de chegar o acordo pedido!

quarta-feira, novembro 09, 2005

Família, amigos e causas...

Um amigo, o Luís, publicou um texto no seu blog - Ourém - que comecei logo a comentar, mas que, depois resolvi trazer para aqui:
Diz ele:

As pessoas e as causas
O duro é aquele que, em nome das causas, abandona amigos e até a família. O crédulo é aquele que em nome de amigos e família abandona as causas. O inseguro é o que mantém um equilíbrio instável entre as causas e os amigos ora privilegiando uns ora outros. Mas há com certeza uma espécie que eu nem sei como designar que de causas e amigos nunca quer saber...

Pois... digo eu:
Nascemos numa família (os que em família nascemos). Ao longo da vida, fomos criando amizades, fomos encontrando "causas", fomos criando famílias (que às famílias existentes se acresceram ou não).
Duro é, ao longo da vida, alguns de nós descobrirem que as amizades não são incondicionais, que as "causas" exigem coerência, que as famílias podem ser instáveis e perenes, como as relações que mais queridas foram o podem ser. Por causa das "causas"?
Também. E por um pormenor que o dicionário pode ajudar a explicar. Causa é s.f. Princípio. Motivo, razão, o porquê de qualquer coisa.
Ora a descoberta/invenção dos porquês pode levar à razão de ser de um homem (uma mulher). E essa razão de ser, ao escorar-se em princípios e valores, pode relativizar muita coisa e causa (et pour cause, como diriam os... ingleses).
Pode um homem (uma mulher), que tem como princípios e valores os da solidariedade, do companheirismo, da entre-ajuda, ter como amigos quem pratica princípios e valores antónimos ou nos antípodas?, pode ser parte de uma família que se enconche (e o/a enconche) na sublimação do egoísmo, da indiferença, da des-solidariedade?
Se pode haver "causas" (que não encontrei no meu caminho, e não procuro...) que defendam o abandono de amigos e a destruição da família, há as que, valorizando a amizade, prezando muito os laços familiares, exigem uma coerência que leva a relativizar e a pôr em risco, até por incompreensão, relações muito queridas.
Escrevi coerência? Pois é uma palavra-chave (teoria <--> prática).
Também é verdade que os sentimentos, a afectividade, o amor, perturbam muito. E que há as tais razões que a razão (de ser) desconhece.
Por isso, somos todos uma mescla de "duros", de crédulos", de "inseguros" e de "outras coisas". A questão é a dosagem, e o que conseguimos pôr ao de cima para nos fazer ser o que queremos parecer. Para ser.

terça-feira, novembro 08, 2005

Apeteceu-me...

... tive necessidade, deu-me esta vontade irreprimível: editar esta foto!
É que cansa ouvir tanto falar de outros como se nós não existissemos, ou de nós vermos, ouvirmos e lemos como se nos quisessem ignorar no que somos e pelo que somos.
Pois Jerónimo de Sousa é candidato a Presidente da República! Igual aos outros que o são. Diferente (muito diferente!) dos outros que o são.
E não me falem da 2ª volta quando a 1ª ainda não começou sequer.
Voltarei, evidentemente, a este tema. E a esta fotografia.

domingo, novembro 06, 2005

Estava lá e vi e ouvi o que "ouvisto" foi possível

À distância, visto por quem lá estava, houve uns espectadores que desceram uns degraus da bancada e, ouvido por quem lá estava, bateram violentamente no tecto do "banco" com as mãos e o que tinham à mão, gritando coisas - inaudíveis... mas decerto amabilidades - para quem, em baixo e por essa divisória protegido - mas não do barulho -, sentado no dito banco (vi)via intensamente o que se passava no recinto onde se jogava renhidamente.
E mais viu quem lá estava.
Viu a gente que estava debaixo das palmadas de uns e do guarda-chuva de uma senhora, estes em exercícios de percussão no tecto de plástico transparente, levantar-se e gesticular e trocar impressões - decerto amavelmente, embora em tom algo elevado e dissonante... - com quem por cima de si estava e lhes viera ofertar concerto e "missa cantada".
E viu também, com estes que a terra há-de comer, dois senhores polícias, um de cada lado da divisória do batuque, a testemunharem o barulhento evento.
Ainda viu, quem também se levantou do seu distante lugar para melhor ver, o senhor árbitro vir lá do outro lado do recinto e mostrar um cartão vermelho que, por sinalética para a mesa, se ficou a saber ter sido para o nº 7 do JO.
Houve quem fotografasse, embora não tivesse meios técnicos para gravar, e assim se comprova que os cívicos fardados nada fizeram para além de testemunharem e de moderarem o que - parecia! - serem ânimos por demais, ou demasiado, agitados.
E o jogo prosseguiu com outras vergonhas finais por parte do mesmo senhor do apito que não viu uma bola entrar e sair da baliza do JO mas que, para compensar, viu - mas só ele viu...- um penalti a favor do SCM, e ainda puxou de outro cartão de vermelha côr para "compensar" outro atleta do JO, este sem cadastro como parece que se pretende que seja o caso do tal nº 7, Gonçalo Favinha de seu nome, que, se palavrões disse, não chegaram audíveis onde quem lá estava, e tudo procurava perceber, revoltado ficou... embora calmo se tivesse mantido.
Chega assim?

Afinal...

... afinal, o que aqui escrevi no post "nisto de blogs" suscitou (e o tema era a suscitação...) reacções. Poucas mas boas!
Talvez até, se acaso com conhecimento do que aqui escrevi, também no blog e post de que me servi para exemplo.
Um habitual e estimado frequentador, o caro santacita, reagiu ao tal comunicado da direcção da associação com um comentário como eu esperava/desejava que muitos houvesse.
E levou-me a escrever um texto de que - confesso! - gosto. Por me parecer que bem relata, à minha maneira, aquilo a que assisti na Marinha Grande, com a surpresa e indignação que tantos anos de vida e de prática e assistência de desporto já não justificariam. Mas a realidade, e os factos desta, estão sempre a ultrapassar-nos...
E porque me agradou (desculpem lá o que se assemelha a elogio em boca própria, o que é impropério) a forma com que consegui traduzir uma situação, vou reproduzi-la noutro post.

sábado, novembro 05, 2005

Intervalo

Jardim de Vila Nova de Ourém e Câmara Municipal






Nisto dos blogs...

... um interessante estudo a fazer: o que suscita e o que não suscita comentários.
E não estou a falar a partir (só) deste blog.
Para exemplo, pego num que consulto por causa de coisas/sarilhos em que me meti (ou fui metido?).
Verifico que incidentes num jogo de hóquei foram bravamente comentados por quem não viu o jogo... mas presumiu como as coisas se teriam passado e vá de dar bordoada a torto e a direito; não tendo querido, presumivelmente, responder taco-a-taco a esses comentários, a direcção do clube implicado faz um comunicado esclarecendo algumas coisas que, se a lógica não fosse a batata que é, provocariam, ao menos, comentários do tipo "ah! foi assim? obrigadinho", ou então "não acredito que tenha sido assim...", ou ainda "essa história está bem contada?"
Pois... nada! Perante relato de factos (em cujo se pode crer ou não), perante objectividade (a cuja se pode torcer o nariz ou não)... nada!
O cheirinho a escândalo, a tergiversão, a polémica irada e airada, a catarse sob as formas de insinuação, ou de suspeita ou até de insulto, ah isso sim, isso anima a malta. Confrontar factos, discutir opiniões, avaliar responsavelmente responsabilidades... fia mais fino e é melhor meter a viola no saco enquanto se esperam outras oportunidades.
Isto tem a ver com a época que vivemos, com esta irritação latente que nos perturba, com esta crispação que nos cega quando devíamos ver, que nos cala quando deviamos falar.
Isto acho eu que tenho a mania de achar coisas... e não são notas de 50 euros.

sexta-feira, novembro 04, 2005

O hóquei corre...

... sobre rodas!

Mas têm de se evitar muitos battons entre les roues (como dizem os nossos conterrâneos que tiveram de emigrar para as Franças e Araganças e cá vêm em vacanças)

Danada antologia - alínea dois... com indispensável ressaalva de ontologia

Cotações. A converseta sobre se fulano é um político profissional ou o raio que o parta não tem qualquer sentido que decorra de juízo discernido. Um gajo até pode beneficiar de uma regalia qualquer por ter sido senhor primeiro-ministro durante dois lustros que, venham quantas porras vierem, isso não faz desse gajo um político profissional. Ele até pode não saber mastigar bolo-rei, balbuciar migalhas, ser marido da senhora sua esposa e ter tido como ministro, em governos por si presididos, o senhor dr. Fernando Nogueira; não é isso que define um político profissional. Em democracia, político profissional é coisa que, assim como assim, não existe. Aliás, o conceito é tosco e canhestro. E, no mínimo, é estranho que seja pronunciado por quem alardeia a respectiva formação humanista, em filosofia e história, e supostamente tem uma concepção estruturada de democracia. Na classificação nacional de profissões haverá algo aproximado, mas não equivalente. Titular de cargo político. Mas isso não faz da missão política uma profissão. Quanto muito uma ocupação. Precária. Porque um gajo não é político nos mesmos e exactos termos em que é vendedor de bolas de berlim entre as dunas e os areais ou menina de alterne. A nobreza dos métiers até pode ser de semelhante calibre. Mas um gajo não é político apenas porque lhe apeteceu ou lhe deu na real gana. Não, não. Padecendo de vontade conforme, um gajo é político apenas depois de ter sido ou eleito ou nomeado. Daí que, neste caso concreto, no cálculo e no sorteio a quem se deve emprestar a honra de chefe de Estado, o que é relevante, quanto muito, é aferir em que proporção os senhores candidatos a senhor presidente da República vivem para a política e vivem da política. E por estes parâmetros, a galeria dos cinco horrores, todos potenciais membros da família Adams, vale o que vale e não é necessário desperdiçar mais prosa. Nicky Florentino.

(de Albergue dos danados)

Onde se fez o comentário que segue e serve de indispensável ressalva de-ontologia:

Um texto excelente, de antologia... até às penúltimas e últimas linhas.
Porquê essa preocupação (obsessão?) de meter todos o mesmo saco quando são, evidentemente, de sacos diferentes?
Como dizem os brasileiros... "não há saco"!
anónimo do sec.xxi

Danada antologia - alínea um

Escala. Da pequenez. Quando alguém se conquista, subordina-se à sua própria proporção, cativa-se em si mesmo. Segismundo.

(de Albergue dos danados)

quinta-feira, novembro 03, 2005

Melroeira esteve em festa (em 1941... segundo o Notícias de Ourém de então)

Do OurémOutrora - que tanta falta nos vai fazendo, porque o seu autor anda por não menos meritórias tarefas - ainda colhemos "pérolas" como esta
Melroeira esteve em festa

Melroeira (Atouguia) esteve em festa no passado domingo por motivo da inauguração duma fonte.
Foi razão de grande regozijo, em Melroeira, freguesia da Atouguia, deste concelho, a inauguração dum melhoramento, a inauguração que se realizou no passado domingo com a assistência do Sr., Presidente da Câmara e outros membros da Vereação, Junta de Freguesia e Regedor da Atouguia, Banda de Vila Nova de Ourém e povo da Melroeira e arredores.
Esteve em festa a boa gente desta região que de há muito aspirava possuir uma fonte digna desse nome, melhoramento que viu finalmente realizado graças à iniciativa duma comissão local composta pelos Srs. Manuel Batista, António Batista, Joaquim Vieira, Teófilo Ferreira e António Ferreira Borda de Agua, comissão esta que junto da Câmara, da Confraria de N. S. Amaro, da Junta de Freguesia da Atouguia e do povo conseguiu o auxílio necessário para levar a efeito tal melhoramento.
Na inauguração desta fonte, festa a que presidiu o Sr. Capitão Vieira Justo, Presidente do Município proferiu esta Autoridade palavras de louvor às pessoas que constituíam a comissão cuja boa vontade sinceridade e justiça reconheceu pelo que lhes prestou todo o concurso dentro das possibilidades do erário Municipal.
O Sr. Presidente da Câmara disse ainda do muito interesse que à Vereação mereciam estas iniciativas e bem assim tudo quanto representasse melhoria de situação para as populações rurais.
Por fim, explicando que todos estes benefícios resultavam afinal da sábia orientação de Carmona e Salazar levantou a estes um viva e em seguida outro ao Chefe do Distrito, Sr. Dr. Eugénio de Lemos o qual impossibilitado de comparecer como era seu desejo, delegara nele Presidente – afirmou – a sua representação.
Todas estas saudações foram entusiasticamente correspondidas.
A excelente Banda de Vila Nova de Ourém que abrilhantou o acto realizou também um concerto no adro da Capela de N. S. do Amparo.
(No “Noticias de Ourém” a 09/11/1941)

E eu não resisti ao comentário:

Em 1941, a inauguração de fontes na Melroeira resultava da "sábia orientação de Carmona e Salazar"... e metia foguetes e “a excelente banda de Vila Nova de Ourém”.

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E a "boa gente desta região" correspondia entusiasticamente às saudações!

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Que tempos! Que eu vivi.

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E como, mais tarde, não concordei com essa "sábia orientação", sofri-lhe as consequências…

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Agora, teríamos por cá "sábias orientações" que não se podem pôr em prática (inaugurar fontes e essas coisas...) porque os PDM e os PIDDAC são o que são por (dizem...) os governos centrais serem como os partidos alternantes nas maiorias querem que eles sejam.

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E a “boa gente" destas regiões vota, escolhendo quem há-de pôr em prática as “sábias orientações”...
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As "sábias orientações" que, outrora, seriam de Salazar e Carmona e que, hoje, não se sabe muito bem de quem são, mas que da "boa gente" não serão (até um dia, até um dia!)

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Estes tempos vivo.

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Que bem diferentes de outros que já vivi são!

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Muitos tempos vive quem muito tempo leva de vida...

quarta-feira, novembro 02, 2005

Nem pensem nisso...

Donos?
Do nos?
Do nosso?
Do que é nosso?
De nós?
Nem pensem nisso!
Se for preciso sermos mais explícitos,
sai um manguito... à Bordalo!

Dia do bolinho, ou melhor, manhã do bolinho...

A manhã, cinzenta e ameaçando chuva, triste, foi-se tornado colorida, garrida, alegre.
"Ó tia!... dá bolinho?!"
Este foi o primeiro grupo, o mais madrugador.
Muitos outros vieram depois, e não haverá "bruxas" (e abóboras) importadas dos Estados Unidos que substituam estra tradição.