Respondendo a um “desafio-convite” do Samuel, coloquei um "post" sobre a medida do Governo de baixar o IVA de 21% para 20%. Em comentário final (eu, que apenas queria transcrever dois trechos comprovando a “pouca vergonha” deste Governo, que em tudo se mostra), dizia que voltaria, naturalmente, a este tema.
E, apesar da ausência de comentários e dúvidas que o justifiquem, aqui estou de regresso ao tema.
Para sublinhar, telegraficamente, alguns aspectos:
1. a medida é demagógica
2. insere-se na “campanha” mediática de que este Governo-PS usa e abusa (da nossa paciência).
3. é já campanha eleitoral, tendo em vista o ano de 2009.
4. a medida (isolada) fazia parte de um conjunto de medidas que, na oportunidade da discussão do OE para 2008, o GP do PCP apresentou, e o Governo-PS olímpica e categoricamente rejeitou.
5. no entanto, a proposta do PCP foi apresentada como primeiro passo num caminho que não é, de modo nenhum aquele em que o Governo-PS tem percorrido e insiste em continuar, contra os interesses dos trabalhadores e das populações.
6. a medida só poderia ter efeitos (colaterais!) benéficos para o consumo privado, necessariamente diminutos, se não se repercutisse nos preços como a actual política faz prever, e mais diminutos ainda seriam para os estratos mais carenciados cujo orçamento familiar se baseia em bens de primeira necessidade.
7. é que acresce que, sendo a taxa normal de IVA de 21% (em Portugal continental), aos chamados bens de primeira necessidade é aplicada a taxa de 5%.
E, apesar da ausência de comentários e dúvidas que o justifiquem, aqui estou de regresso ao tema.
Para sublinhar, telegraficamente, alguns aspectos:
1. a medida é demagógica
2. insere-se na “campanha” mediática de que este Governo-PS usa e abusa (da nossa paciência).
3. é já campanha eleitoral, tendo em vista o ano de 2009.
4. a medida (isolada) fazia parte de um conjunto de medidas que, na oportunidade da discussão do OE para 2008, o GP do PCP apresentou, e o Governo-PS olímpica e categoricamente rejeitou.
5. no entanto, a proposta do PCP foi apresentada como primeiro passo num caminho que não é, de modo nenhum aquele em que o Governo-PS tem percorrido e insiste em continuar, contra os interesses dos trabalhadores e das populações.
6. a medida só poderia ter efeitos (colaterais!) benéficos para o consumo privado, necessariamente diminutos, se não se repercutisse nos preços como a actual política faz prever, e mais diminutos ainda seriam para os estratos mais carenciados cujo orçamento familiar se baseia em bens de primeira necessidade.
7. é que acresce que, sendo a taxa normal de IVA de 21% (em Portugal continental), aos chamados bens de primeira necessidade é aplicada a taxa de 5%.
8. trata-se de uma medida política de ordem fiscal, sem que nela se possam vislumbrar quaisquer intenções reais de ter consequências (positivas, como tão urgente é) no plano social.
9. e com este "ruim defunto" não gasto mais cera, quando há tanta coisa a exigir a nossa atenção, até porque não quero contribuir para colaborar na campanha dos srs. ministro das finanças-primeiro ministro, valorizando o que é demagogia e passo em caminhos que não são os nossos, porque não servem os trabalhadores e as populações.
9. e com este "ruim defunto" não gasto mais cera, quando há tanta coisa a exigir a nossa atenção, até porque não quero contribuir para colaborar na campanha dos srs. ministro das finanças-primeiro ministro, valorizando o que é demagogia e passo em caminhos que não são os nossos, porque não servem os trabalhadores e as populações.
11 comentários:
Ou seja, mais não foi que uma intrujice, pró eleitoral.
Desta vez correu-lhe mal, o povo já está mais atento.
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Não comentei o post debaixo, porque depois do que vi, desliguei o ecrã e fugi.
Hoje, pedi para ver se já tinha outro post novo e já estou de abalada.
A única coisa (foto) que MORRO de MEDO!
GR
Sérgio
E assim se dá por concluido o meu "convite/desafio", ficando ainda mais convencido de que os tais maus "pressentimentos" que por vezes me assaltam estão certos, logo eu que não sei nada de finanças.
Felizmente, segundo Pessoa, estou bem acompanhado... :)
Obrigado GR, e obrigado Samuel (pelo comentário e pelo convite/desafio).
Se não houver dúvidas... dou o tema por encerrado!
A fogueira, o fogacho e as cinzas.
Lenha somos nós.
Mas alguns rijos de arder.
(ó GR, olha que era pequenina, foi com focagem. E não é uma aranha negra, é castanha e no seu ambiente próprio. Se vires bem, vês as estrelas e as riscas mais os mosquitas metafóricos. É que morrer, morrem muitos e não de medo, é mesmo bomba e tiroteio.)
Desculpa-me amigo ter aproveitado o teu espaço, se o desejares, deita fora a conversa. Bem entendo que há fobias mas apeteceu-me...
Abçs
Este espaco é para isso. Também. Para que se converse. E, se aceito e convivo com fobias (essa das aranhas, há cá por casa), acho muito bem que se aproveitem para sublinhar "outras coisas"!
Bettips,
Como quase todos nós apanhamos, naquela altura.
Em 75 no "verão quente", colocaram-me uma caçadeira bem no meio da testa!
Olhei de frente! Apanhei muita porradinha da direita, neste cabedal que aguenta bem!
Fortaleceu-me para a Luta!
Mas acredita se fosse "aquela coisa" (foto), tinha morrido de medo e não olhava de frente e não aguentava. Medo, cobardia, fobia? Chamo para minha vergonha, MEDO!
Um bj,
GR
Estamos conversadas, arrumadas e bem aviadas de recordações. Insisto que era pequenina e tinha focinho de arbusto... mas bem te entendo.
Bjinho, abrangente no diálogo, sempre aprendendo!
Pois não posso estar mais em desacordo!
Ora se atravessamos um momento de crescimento económico interno, e de provável estagnação (ou mesmo recessão) externa, não é esta a altura certa para fomentar o consumo interno?! A economia europeia hoje está praticamente proibida de exportar para os EUA devido à valorização cambial e queremos crescer por onde?
O que é que dirá o Sérgio se o Governo chegar às eleições com 21% IVA? Dirá que é um roubo! Se chegar com 19% dirá o que? E se chegar com 17% tal como estava antes do Durão Barroso o aumentar? O que dirá?
Eu sei! Dirá sempre mal! Sempre critico!
Porque é que quem esteve quase sempre contra as reformas, é agora defensor da manutenção de todo o sistema que anteriormente criticou? É esta a dúvida que nunca me passa!
Cumprimentos
V.V., se a dúvida nunca lhe passa, que lhe hei-de eu fazer? Dúvidas não me faltam mas procuro esclarecê-las. POrque não me lê duas vezes?
Onde é que eu não acho necessário aumentar o consumo interno? Onde disse ou escrevi isso? Mas através desta medida tal como foi lançada? Através do crédito ao sabor da banca e dos juros? Ou através de salários que dêm poder de compra?
E onde encontra v. razões objectivas para dizer que estamos num período de crescimento económico interno? No facto de termos empresas a fechar aos milhares, apesar (ou em consequência) de um controlo orçamental fictício porque sem base num aproveitamento dos recursos?
Quando disse(mos) que o euro, tal como estva a ser criado, ia dar no que está a dar (isso que v. diz da economia europeia estar proibida de exportar para os EUA), v. talvez estivesse a achar "tudo bem".
Se há coisa que nunca deixarei de ser é crítico, e começo por ser auto-crítico. E v., v.v.?
Retribuo os cumprimentos
Pois meu caro Sérgio, a economia portuguesa tem registado um crescimento interno pois os dados relativos a 2007 apresentam um crescimento do produto em 1,9% com um agravamento do défice da balança comercial e um aumento do grau de cobertura das importações pelas exportações! Nestas condições só podemos estar a crescer internamente! Compreendo que não queira entrar no tema em que lhe faz defender o sistema de hoje construído com as suas criticas no passado (por exemplo a educação). Mas podemos julgar a adesão ao Euro se tivermos pretensão para discutir entre o que existe vs o que não conhecemos, nem é possível julgar! Sei que não é propriamente um monetarista e sinceramente custa-me a perceber a sua posição, a qual respeito!
Mas não gostaria de preocupar mais ninguém pois ontem vi a Igreja, que permanentemente apela à paz entre os homens, dizer que é contra o fim do divórcio litigioso! Enfim!
Permita-me que lhe deixe uma ideia.. e se os salários forem uma consequência e não um principio! E se o princípio for combater o desemprego em vez de aumentar os salários! Porque é que nunca ouvi um sindicato falar nisto?!
Já agora vamos imaginar que pagamos os subsídios de férias e de natal por duodécimos! Isso permitiria às famílias obter e rentabilizar poupanças (com ganhos de juros) em vez de contrair empréstimos (com pagamentos de juros). Porque não? Isso é que é uma iniciativa pelas famílias! Porque é que nunca a propôs?! As ideias são livres e de borla.. força!
Caro V.V., as propostas de reflexão são tantas e os temas tão exigentes... embora se possam resumir, no tratamente, a questões de princípios e conceitos básicos..., que necessito de alguma disponibilidade que, nesta correria, neste momento não tenho.
Logo lhe darei réplica, num post já na minha cabeça mas sem condições de passar às teclas.
Gosto de discutir assim, não obstante me parecer que estas dicussões têm algo de estéril, de diletantismo, porque não começamos por definir que "linguagem" falamos.
É isso que procurarei fazer. Até
breve.
Saudações
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