A actualidade dos temas. Mas quando não foram sempre actuais?
Só umas lembranças:
* As vinhas da ira, de Steinbeck -> onde, indignado - no começo das minhas indignações... -, li que se destruiam produções para manter preços enquanto gente, gente igual a gente, isto é, gente igual a mim, a ti, a ele, a nós, a vós, a eles, morria de fome;
* Alguns textos "nossos" (sim! nossos), alguns com décadas e até séculos, que alertam para o caminho da destruição da economia produtiva, da que satisfaz necessidades humanas, até de sobrevivência;
* A reforma agrária e o lema tão simples, tão directo: a terra a quem a trabalha!;
* A "lei Barreto" (esse mesmo...), do 1º governo constitucional de Mário Soares, e a contra-reforma agrária;
* A Política Agrícola Comum (PAC) a subsidiar a não-produção, as terras em pousio... a partir dos critérios de produtividade e competitividade (ah! como a obscenidade está mesmo debaixo da língua!);
* Alguns textos "nossos" (sim!, nossos... da CNA), actualizando os que foram alertas, e que são propostas de arrepio de caminhos;
* A questão energética tornada alibi e justificação para o que são políticas (energéticas e outras) que se prosseguem há décadas, e servem e fomentam a exploração (dos recursos, sobretudo dos "recursos humanos", da mercadoria força do trabalho) ao serviço do capital, que é uma relação social de produção, e agora tem cada vez maior (e demencial) dimensão monetário-financeira;
* A hipocrísia destes actuais "tratamentos do tema" que não vão às razões, às causas do que até aqui nos trouxe, e que não se querem beliscar porque são interesses dos poderosos, dos que têm poder e mandam em quem julga que o tem... porque nós - democraticamente - os fizemos nossos representantes eleitos.
Tanta areia para os olhos!
1 comentário:
Este é um problema vastíssimo, que muito bem caracterizaste, em poucas palavras.
As cadeias de produção e comercialização alimentar, estão nas mãos,de especuladores ganânciosos, que preferem, doar produtos para o banco alimentar, contra a fome, em vez de os venderenm a preços justos, o intuíto é enriquecer, e ao mesmo tempo fazer a caridadezinha com o dinheiro que não é deles.
Acontece que os pequenos e médios produtores não têm garantias de escoamento nem de preços ao produtor, a única forma de luta é desistir, assumindo a miséria que lhes é imposta.
O mesmo acontece com as pescas, com as técnicas de congelação, pesca-se indiscreminadamente, para depois de passado o prazo de validade,ser deitado para o lixo, no entanto a fome no mundo é uma realidade.
Não basta que digam, que temos razão, -é preciso que votem em nós
PCP-CDU, para que este capitalismo selvagem, e o outro, entrem na ordem!
Manangão
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