Voltei impressionado. Não pelo que vi, não pelo que ouvi, não pelo li, não pelo que teria querido confirmar. Voltei impressionado – sei-o a cada palavra que escrevo, a cada foto que revejo – pelo que sinto, pelo que só eu posso sentir por muito próximo do que eu sinto outros possam sentir.
Uma pré-história, um estado primitivo (dos “viets”), uma dominação chinesa de séculos, de mais de mil anos, uma independência e construção de um Estado feudal centralizado entre os séculos X e XVI, um período de decomposição e de divisão do território, recomposição com duas dinastias, a partir do final do século XVIII até 1945, um espaço penetrado e ocupado pela dominação colonial francesa, uma luta pela independência nacional contra o colonialismo (entre 1930 e 1945), um regresso dos ocupantes franceses e uma primeira guerra de libertação entre 1946 e os acordos de Genebra de 1954 com o expedito expediente de dividir por paralelos (no caso do Vietname, o paralelo 17), um incumprimento destes acordos e uma segunda guerra de libertação, contra a intervenção dos EUA, para a libertação do sul do Vietname e a reunificação nacional, até 1975, uma construção nacional entre 1975 e 1986 com a adopção de um tipo de organização da sociedade e da economia centralizada, burocratizada, com o apoio e a imitação da União Soviética, hoje considerado “modelo” fechado, até porque as condições mundiais se alteraram substancialmente, um Vietname que, pelo seu Partido, se antecipou a essa mudança com o VI Congresso, de 1986, e uma procura de novo caminho na mesma direcção, do socialismo, a etapa de “renovação nacional”, com uma economia multisectorial e adoptando mecanismos de mercado, uns vinte anos de difícil transição, de “mudança” e, em 2006, o confronto com algumas consequências dessa “abertura” à economia do mercado, com entrada para instituições e mecanismos internacionais, como a OMC, e a procura determinada de correcção de alguns desvios (como os da infiltrada corrupção) com medidass que parecem em implementação.
Várias vezes… as dúvidas. Do observador empenhado. Que procura, ali e onde, ter os olhos e o espírito abertos, mas nunca abdicando de princípios e valores, de critérios de avaliação temporalizados.
Para mais, tudo epidérmico, de passagem, a correr. Aqui emocionando-me, ali assustando-me, acolá descobrindo sinais e esperança.
Uma pré-história, um estado primitivo (dos “viets”), uma dominação chinesa de séculos, de mais de mil anos, uma independência e construção de um Estado feudal centralizado entre os séculos X e XVI, um período de decomposição e de divisão do território, recomposição com duas dinastias, a partir do final do século XVIII até 1945, um espaço penetrado e ocupado pela dominação colonial francesa, uma luta pela independência nacional contra o colonialismo (entre 1930 e 1945), um regresso dos ocupantes franceses e uma primeira guerra de libertação entre 1946 e os acordos de Genebra de 1954 com o expedito expediente de dividir por paralelos (no caso do Vietname, o paralelo 17), um incumprimento destes acordos e uma segunda guerra de libertação, contra a intervenção dos EUA, para a libertação do sul do Vietname e a reunificação nacional, até 1975, uma construção nacional entre 1975 e 1986 com a adopção de um tipo de organização da sociedade e da economia centralizada, burocratizada, com o apoio e a imitação da União Soviética, hoje considerado “modelo” fechado, até porque as condições mundiais se alteraram substancialmente, um Vietname que, pelo seu Partido, se antecipou a essa mudança com o VI Congresso, de 1986, e uma procura de novo caminho na mesma direcção, do socialismo, a etapa de “renovação nacional”, com uma economia multisectorial e adoptando mecanismos de mercado, uns vinte anos de difícil transição, de “mudança” e, em 2006, o confronto com algumas consequências dessa “abertura” à economia do mercado, com entrada para instituições e mecanismos internacionais, como a OMC, e a procura determinada de correcção de alguns desvios (como os da infiltrada corrupção) com medidass que parecem em implementação.
Várias vezes… as dúvidas. Do observador empenhado. Que procura, ali e onde, ter os olhos e o espírito abertos, mas nunca abdicando de princípios e valores, de critérios de avaliação temporalizados.
Para mais, tudo epidérmico, de passagem, a correr. Aqui emocionando-me, ali assustando-me, acolá descobrindo sinais e esperança.
3 comentários:
Porque o Vietnam é neste mundo... mesmo continuando em busca de um outro.
Belo retrato!
Abraço
Ó Sérgio, eu ainda só li em diagonal, mas estou já em condições de afirmar que um agradecimento por mais esta fantástica partilha é obrigatório. Mais um enorme abraço camarada!
Que dizer?
E que tal um debate (Primavera) sobre o Vietname?
Vale a pena ouvir-te, tanto tens para contar!
GR
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