Ocupado, ocupadíssimo (por dentro de mim, com reflexos nas viagens e paragens blogosféricas), com o Vietname e com os massacres que nos vêm de Gaza, apenas tenho espreitado outros sítios e temas. E porque quer o Vietname quer Gaza não merecem grande guarida no albergue dos danados (ainda hei-de perceber porquê...), as visitas e espreitadelas neste têm sido rápidas e "a escapar". Mas um texto de a viúva fez-me parar e sentir uma vontade irreprimível de transcrever. Aí vai:
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Nunc et in hora mortis nostræ. O senhor cardeal patriarca, que é católico, apostólico e o raio que o parta, sabe o que diz sobre o casamento de moças devotas do menino Jesus com moços virados para o quarto lunar crescente. Mas não sabe tanto quanto o senhor reitor do santuário de Fátima anterior, para quem, há quem recorde?, o motivo para divórcio depende do grau de agressão do homem à mulher. Disse o senhor monsenhor Luciano Guerra, “há o indivíduo que bate na mulher todas as semanas e há o indivíduo que dá um soco na mulher de três em três anos” (in Notícias Sábado, suplemento do jornal Diário de Notícias, n.º 50591, 6 de Outubro de 2007, p. 18). Isto, claro, se o indivíduo for inclinado ao credo católico e tal. Porque se for inclinado ao credo muçulmano, então, como é sobejamente sabido e nunca é demais avisado, desde o princípio o caso muda de civilização e natureza, natureza que há só uma. A viúva.
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G'anda malha!
10 comentários:
pois é mas já não basta falar...a web está cheia de blogs que falam verdade, mas está a chegar o momento de agir, e não é sentado em frente ao computador...
http://amafiaportuguesa.blogspot.com
Era caiu em blog errado. Falta de pontaria?
Ah estas paredes de vidro...
Claro que queria escrever "Este (comentário)" e não "Era". As minhas desculpas e, já agora, gostei de visitar "a máfia". Foi só de fugida e vou voltar...
E também se pode falar desta cena duma forma assim... mais para o filosófico.
Sobre uma católica casar com um muçulmano: uma análise à luz do Ratzinguismo.
Já agora vou visita a mafia e a formiga...
Os post é excelente!
Isso de um soco de três em três anos tem que se lhe diga. Pode ser um pêro bem aviado pelos queixos a cima. Pode ser um gancho de esquerda e um carolo com a direita. Pode ser um crenco espetado nos cornos ou até uma galheta para aliviar os nervos. Seja como for, é e será sempre uma g'anda malha.
Fica sempre a dúvida sobre a o acaso e o timing de declarações como estas do D. Policarpo...
Olha, sabes que mais?, entre o policarpo e o guerra venha o diabo e escolha...
Abraço.
O Bloco de Esquerda resolveu publicar uma notícia sobre Hugo Chavez e a aprovação pelo parlamento bolivariano duma emenda constitucional que permita a reeleição sem limite de mandatos não apenas para a Presidência da República Bolivariana, mas de vários titulares de cargos políticos como alcaides ou governadores, emenda essa que ainda terá de ser refendada pelo povo.
Pode ser consultada AQUI: http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=10395&Itemid=26
A notícia que o Bloco de Esquerda produz e que é tendenciosamente anti-Chavez, defindo o processo bolivariano com a expressão revolução socialista metida entre aspas, isto é: "revolução socialista". Está claro, porque da língua portuguesa, também percebo um pouco, como as aspas servem para perjorativamente darem a entender que, de socialista e de revolução, não há nada na venezuela. Se achassem que existisse, já não lhe punham "aspas", escreviam apenas revolução socialista.
Mal entendido ou teoria da conspiração? Infelizmente, a comprovar o mau juízo bloquista sobre a revolução bolivariana na Venezuela, está o eloquente facto de que, enquanto comentários pro-chavista à notícia foram censurados e excluídos, o Bloco de Esquerda, permite que um reaccionário comente:
"Que palhaçada! Oxalá o povo da Venezuela consiga correr com esse tirano!"...
Muito preocupado com a possível "reeleição ilimitada de Hugo Chavez" - como escrevem -cabe lembrar ao Bloco de Esquerda, que Francisco Louçã, Fernando Rosas, Miguel Portas ou Luís Fazenda (entre outros) têm concorrido ininterruptamente aos lugares de deputados desde 1999, exercendo os cargos e, provavelmente, virão ainda (e pelo menos) a concorrer em 2009 para se manterem reeleitos até 2013. É pena que, progressivamente, o BE esteja a saltar para a barricada daqueles que se opõem a Chavez e ao processo bolivariano.
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