terça-feira, outubro 28, 2014

Mais centena de milhões, menos centena de milhões...

Entre os mais permanentes temas das batalhas pessoais a que me dedico está a denúncia de frases e ideias (mal) feitas e consensualizadas, como, por exemplo, "os economistas são os homens dos números", "quem mais sabe é quem argumenta com números e os aproxima às centésimas de percentagem, ao cêntimo de euros".  
Na leitura do último Expresso, no sempre útil e muitas vezes interessante caderno Economia, encontrei um caso... paradigmático.
Na página 5, a do Nicolau Santos, um texto sobre o  caso BESA (Banco Espírito Santo-Angola) comentava o inesgotável problema do BES (que nos esgotará...) e dizia que, a começar, que o empréstimo que o BES tinha feito ao BESA fora de €3,6 milhões.
E terminava com o mesmo número, afirmando que "o prejuízo imediato é de €3,267 milhões num total de €3,600 milhões - e fica todinho do lado português. O
dinheiro que desapareceu ficará algures por aí, talvez a sul do Equador".

Mudava-se a página e o assunto era este mesmo. O que não espanta dada a sua importância e dimensão.
Só que o comentador opinioso que encabeça essa página 6, sob o título de BESA, A VERGONHA NACIONAL em que acho que o artigo definido está a mais, nos dá outros números, lendo-se que o empréstimo do BES ao BESA foi de 3,3 mil milhões. Mas o caso torna-se mais numericamente pardigmático quando, ao contrário da página 5, se não mantém o número 3,3 mil milhões - que nessa página eram
3,6 mil milhões - mas termina com "alguém ficou com os 3,4 mil milhões de euros. Não é difícil perceber quem. Agora apontar dedos ou ir buscar o dinheiro de volta, isso é outra história. Uma triste história."  

2 comentários:

Justine disse...

E viva o rigor da nossa informação!

GR disse...

Já cansa, tanta trafulhice, corrupção, tanta podridão!

Mas a Luta Continua!

GD BJ,

GR