sábado, janeiro 23, 2016

Justificação de falta

Regresso a de onde nunca me ausentei. Algumas vezes me aconteceu isso na vida. Esta será mais uma, na espera(nça) que outras mais ainda venham a acontecer.
Estive fora, como quase todos os anos,  numa curta visita a Cabo Verde, de cunho estritamente pessoal. E, apesar de todos os progressos (e também, decerto, por incúria e azelhice minhas), desligado das comunicações sociais e internéticas, perdi o contacto convosco. O que, a mim!, muita falta fez. Mas presto-vos contas, transcrevendo páginas do quase diário:

A ida ao Fogo, a S.Filipe, não foi só para ir a Chã de Caldeiras; fomos recebidos (às 7 da manhã!) pelo presidente da Câmara (geminada com Ourém, e sendo ele conhecedor  da minha visita), que me levou a participar numa sessão comemorativa do 13 de Janeiro com uma espécie de “oração de sapiência” (a que o presidente da Câmara chamou “aula magna”), que justifica registo à parte.

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Embora me tivesse disponibilizado para o que entendessem útil, foi com surpresa que me vi em tais "altas cavalarias"... que correram bem e, embora com escassa assistência e participação, deu para reportagem e entrevista na TCV… ao nível de muitas intervenções sobre esse dia, como do Pacheco Pereira, convidado para S.Vicente (e outras “actuações”...).

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Falei de improviso, seguindo um guião em que procurei, com toda a experiência e alguma habilidade, não me imiscuir na política interna, em que o PAICV é o “partido da independência” simbolizada com o 5 de Julho (de 1975), e o MpD pretende ser o “partido da liberdade e da democracia” com a sua bandeira no dia 13 de Janeiro (de 1991), dia do fim do dito “regime de partido único”… o que teria acontecido porque “eles”, o MpD, ganhou as eleições de desse dia de 1991!... 

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Quer dizer, o “regime de partido único” (nascido do movimento  que conquistou a independência!) acaba e começa a o "regime da democracia" quando um partido de oposição ao dito “partido único” ganha as eleições... porque se o tal “partido único” as tivesse ganho ainda não seria democracia!

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Mas não me queria/podia meter nessa questão/debate pelo que escolhi, a propósito de feriados e datas, colocar como central o 25 de Abril, por tudo o que representa de luta contra o fascismo e a guerra colonial, enquanto data matriz de liberdade e democracia e, pela luta dos povos, das suas independências, do povo de Portugal e dos povos das ex-colónias..

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Depois, falei do processo caboverdeano, desde as dúvidas sobre a sua viabilidade como Estado, até ao lugar de Estado de desenvolvimento humano médio segundo o indicador do PNUD criado em 1990, bem acima de todas as outras ex-colónias portuguesas.

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E… disse mais coisas. Justificadas!

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E amanhã registadas. Talvez…
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E amanhã, 24 - e espero também a 14 de Fevereiro -, às 7 horas (hora que me persegue!), estarei, com os outros cidadãos indicados para membros, a abrir uma mesa de voto na minha freguesia... até ao encerramento e contagem dos ditos.

2 comentários:

Olinda disse...

E cá estamos,pelo meu lado desencantada,desapontada com as projecões e com mil e uma interrogações na minha cabeça.Começo a ficar cansada de "tanta democracia"!Bjo

Justine disse...

O Fogo foi uma lição - tua e deles!
(e afinal não vai precisar de te levantares ás 7h da manhã no dia 14/02!!!!!!!!!!!!)