segunda-feira, fevereiro 22, 2016

O PCP e o OE2016

DECLARAÇÃO DE JERÓNIMO DE SOUSA

O PCP votará na generalidade a favor do Orçamento do Estado

No final da reunião do Comité Central, Jerónimo de Sousa anunciou o voto favor do OE sublinhando que "este voto é inseparável da avaliação quanto ao seu enquadramento, desenvolvimento e repercussões políticas e dos elementos positivos que registamos na proposta de Orçamento e que podem dar resposta a problemas imediatos dos trabalhadores e do povo português".

domingo, fevereiro 21, 2016

Para este domingo

"Provocado" pelo Samuel e pelas suas/nossas belas recordações - e de quem tão bem o seguiu - aqui estou eu, neste domingo, avec le temps




e sem nada esquecer
para... vivre debout
e tanto mais com que Brel me enche este domingo

AGENDA


21
FEB

AGENDA 

DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS



Reunião do Comité Central

Lisboa, 20:15

Reunião do Comité Central do PCP para analisar a situação Política e Social, o Orçamento do Estado, e tarefas do Partido.
As principais conclusões da reunião serão apresentadas pelo Secretário-Geral, Jerónimo de Sousa, em conferência de imprensa a realizar às 20h15, na sede da Soeiro Pereira Gomes, em Lisboa.

sábado, fevereiro 20, 2016

O que as aparências e os anúncios escondem


​Reino Unido garante “estatuto especial” na UE. Cameron convoca referendo                 




    rr.sapo.pt

Este o anúncio a divulgar...

 Esta  foi a notícia:

Há acordo União Europeia-Reino Unido
Ontem 22:16 Económico com Lusa

Anúncio feito pela presidente da Lituânia através da conta do Twitter e já confirmado pelo próprio Donald Tusk, líder do Conselho Europeu.


...para ingleses (e portugueses e "europeus") verem!

sexta-feira, fevereiro 19, 2016

Convocatória

Conselho Português para a Paz e Cooperação

Rua Rodrigo da Fonseca, 56 – 2º 1250 -193 Lisboa, Portugal

Tel. 21 386 33 75 / Fax 21 386 32 21 www.cppc.pt
Estimados/as Amigos/as

Na nossa última Assembleia da Paz aprovámos alterações aos Estatutos do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) que incluem a apreciação e votação do relatório e Contas de 2015, durante este mês de Março de 2016.
Assim, vamos realizar a Assembleia da Paz prevista no artigo 18º dos Estatutos do CPPC, no próximo dia 19 de Março, a partir das 13h30, na Casa da Cerca, em Almada, de que se junta a respectiva Convocatória assinada pelo Presidente da Mesa da Assembleia da Paz.
Entretanto, tendo em conta as inúmeras actividades previstas para este ano, resultantes da concretização do Plano de Acção e do Plano de Actividades para 2016, aprovados na última Assembleia da Paz, em 19 de Dezembro passado, a Direcção Nacional decidiu cooptar dois membros da Presidência do CPPC: Amílcar José Silva Campos e Carlos Manuel Garcia. Nos termos do artigo 11º dos Estatutos do CPPC, é necessária a sua ratificação nesta Assembleia da Paz.
Convidamos, desde já, todos os aderentes e amigos a também participarem no Seminário sobre a actualidade da luta pela Paz, que decorrerá a seguir à Assembleia da Paz, nesse mesmo dia, e no mesmo local, a partir das 15 horas e que contará com a participação da Câmara Municipal de Almada, do CPPC, da Presidente do Conselho Mundial da Paz (CMP) e, entre outros, de alguns delegados de movimentos da Paz europeus que virão participar numa reunião da região Europa do CMP.
Saudações de Paz
Pela Direcção Nacional do CPPC

Ilda Figueiredo

quinta-feira, fevereiro 18, 2016

Por onde lhes pegar?

A financeirização/banqueirização  da vida social em todos os seus aspectos reflecte o funcionamento do capitalismo, é o resultado do que caracteriza este sistema de relações sociais. Toda a dinâmica do capital tem por base a relação entre os homens, relação que o define e que divide a sociedade em classes. Não é grande descoberta, nem suscita qualquer satisfação pessoal afirmá-lo, mas é indispensável - para a compreensão do que se vive e contributo para a sua necessária transformação - não deixar que tal seja escondido, negado, minimizado.
Cá por casa, a mediatização do atrito Governo/Banco de Portugal (ao nível de 1º ministro e governador) e a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o Banif com o alarido provocado não o podem escamotear. Como, a nível do processo de integração europeia, o episódio referendo no Reino Unido/negociações governo do R.U./Conselho Europeu (de que aquele faz parte, pelo são intestinas... e por isso tão mal cheiram) e suas aparências para inglês ver, como, como, a nível mais global, as quedas das bolsas, a dança dos juros e as variações e trambolhões das cotações (do petróleo em particular), o fio da navalha Turquia-Nato-Arábia/Rússsia sangrando na Síria, nada destas e nestas erupções epidérmicas - e algumas perigosíssimas para a Paz e sobrevivência mundiais - pode escamotear as causas fundas de um sistema em implosão controlada-adiada.
Repito-me nesta manhã em que tudo aparece embrulhado num novelo que tem conhecidas pontas, pontas desconhecidas por quem as teria de conhecer para que as transformações sejam no sentido do progresso humano. 
Por quais pontas lhe pegar?   

quarta-feira, fevereiro 17, 2016

A próxima "cimeira decisiva" e as aparências para um referendo

Aproxima-se mais uma "decisiva cimeira" (que já assim se chamaram e hoje têm o nome de "Conselho Europeu").
Desta vez, dizem..., por causa das negociações entre o governo BRitânico e as instâncias da União Europeia. Mas, como Paul de Grawe titulou um esclarecedor artigo publicado a 6 de Fevereiro no caderno Economia do Expresso, que tinha ali de reserva, cuidado com as aparências! (http://expresso.sapo.pt/opiniao/opiniao_paul_de_grauwe/2016-02-06-Cuidado-com-as-aparencias).
É que, para além de todas as que este professor universitário belga justamente aponta, e com que nos pretendem enganar, há uma aparência que tudo condiciona que é a de que se está a fazer uma aparente negociação para inglês ver. Porque o que é "decisivo" não é que se chegue a acordo na "cimeira", é mostrar aos que vão votar no referendo que não vale a pena dizer não à UE, provocar o BRexit, porque Cameron já conseguiu, após estas duras negociações e peregrinações, tudo o que levaria a BRexitar!
O que é aparente não é o que é fácil mostrar-se que é aparente, é a democracia. O que se pretende evitar com esta panóplia de negociações e aparentes resultados, é a complicação que iria acrescer na complicada situação existente e criada pela dinâmica capitalista desta integração de Estados-membros aparentemente democráticos a terem de coexistir em estratégias decididas à margem de quaisquer resquícios de democracia. Decididas e executadas por "instituições" ademocráticas que de ademocraticidade se vangloriam por se afirmarem não dependentes de escolhas em que os povos participem e alheias a controlos e avaliações de outras instâncias onde essa participação possa assomar.
Com estas aparências, o que se pretende evitar, para além dos resultados perturbadores em tão perturbada conjuntura, é terem de se vir a encontrar artifícios que anulem os efeitos do voto popular, como já tanta vez tiveram de fazer depois de Maastrich (na Dinamarca, na França, na Holanda, na Irlanda, na Grécia, e por essa Europa dentro).
E tantas vezes o cântaro vai à fonte!  

terça-feira, fevereiro 16, 2016

Reflexões lentas... só por nascermos






Páginas (que são reflexões) num quase.diário:


(...)
E, depois, é-se assaltado pelas “manchetes”.

&-----&-----&

Que é, dos jornais, aquilo que todos lemos porque é o que nos é atirado à cara.

&-----&-----&

Ainda ontem, ao lado das fotografias do mau tempo e das suas nefastas consequências, tínhamos amostras significativas do mundo em que nos querem obrigar a viver.

&-----&-----&

E que temos o dever cidadão de nos esforçamos por tentar transformar.

&-----&-----&

Como hoje também temos “manchetes” (digo) provocadoras, e amanhã iremos ter, de certeza.

&-----&-----&

Mas aquela fotografia de um bébé a dar os primeiros berros de vida autónoma (mas dependente, mas dependente como sempre será) ficou-me nos neurónios (se é este o lugar onde certas impressões ficam e se fixam).

&-----&-----&

E saltou-me para a impressora e desta, por digitalização, para o computador e anda por aqui às voltas para, talvez…, amanhã se apresentar na Universidade Sénior na conversa sobre cidadania, a nossa animada conversa semanal

&-----&-----&



 &-----&-----&

por nascermos?!

&-----&-----&

Mas não é certo que agora (não no tempo em que eu nasci, e quando nasceram os meu filhos), agora logo à nascença somos considerados… cidadãos e, juntamente com o nome, é-nos atribuído um número de contribuinte.

&-----&-----&

Para pagar impostos?

&-----&-----&

Claro… mas quando? SÓ e quando se tiver um rendimento… por se ter nascido!

&-----&-----&

Assim se nasce neste mundo monetarizado, em que se assimila cidadania a ter, logo logo ao nascer, um número de identificação fiscal e a ter direito, não à saúde (a não ser tendencialmente e com taxas de moderação), não à educação universal e gratuita, mas a um rendimento.

&-----&-----&

Cujo rendimento esse deverá passar por um banco para que todos os rendimentos, todos juntinhos façam muito movimento, viajem por praias lá fora, se multipliquem artificialmente, fechem circuitos, ou círculos viciosos.

&-----&-----&

Basta!, digo eu… que sou economista de profissão (se é que ainda existe).

&-----&-----&

O rendimento é… o outro lado.

&-----&-----&

É outro lado de um produto, de um serviço.

&-----&-----&

Produtos para que um recém-nascido não contribui em nada, serviços que não presta a ninguém;

&-----&-----&

mas ele, recém-nascido, é apenas – e SÓ – o que tem direito a viver, porque é um ser humano e, por isso, animal diferente dos outros animais e que criou, pelo conhecimento e comunicação, pela contínua transformação da natureza (de que é parte), um viver solidário de divisão e cooperação, um viver com os outros, em cidade.

&-----&-----&

A não ser que se retire o obsessivo sentido monetário que se infiltrou, imbuído neste mundo e tempo monetarizado até à perigosa insensatez.

&-----&-----&


Isto é, que se reduzam as moedas, os créditos, os défices, os títulos, as obrigações, os juros, os lucros, à sua importante insignificância de meios, de instrumentos para que os cidadãos vivam em estado de cidadania, ou seja, de humana condição. 

Regressar aos verdes anos...

... em que estamos (depende da escala...)


 AMIGO PAREDES 

CONCERTO DE HOMENAGEM 
A CARLOS PAREDES 

Um príncipe, chamou-o Rui Vieira Nery.

No próximo dia 24 de Fevereiro,
no Teatro Tivoli BBVA,
a ALTHUM promove o espectáculo Amigo Paredes
 – um concerto de homenagem
e celebração a Carlos Paredes,
com a participação de Luísa Amaro,
Gonçalo Lopes, Paulo Sérgio,
António Eustáquio e os Bonecos de Santo Aleixo.

Ouvir Carlos Paredes é regressar aos verdes anos.
É tomar o pulso à respiração do músico
e compreender-lhe o corpo dobrado sobre a guitarra:
«Gosto demasiado da música para viver às custas dela»,
disse, um dia, com aquela desconcertante simplicidade
que o acompanhava a todas as horas.
Amigo Paredes – é assim que o queremos recordar.
É assim que será sempre recordado.

24 DE FEVEREIRO, QUARTA-FEIRA, 21H30 -
TEATRO TIVOLI / BBVA
http://redirect.state.sbu/?url=http://ticketline.sapo.pt/
evento/AMIGO-PAREDES-12862

sábado, fevereiro 13, 2016

Respostas a perguntas, e dúvidas e silêncios

Andava há uns tempos a perguntar-me que será feito do meu homónimo Monteiro, essa luminária?, depois da escandalosa nomeação para funções transcendentais e remunerações piramidais?









Estou a ter respostas. Por exemplo, na capa do Expresso de hoje:

"Caso Veiga
contactos proibidos com Relvas e Sérgio Monteiro"


Uma obsessão temporã



Os comunistas
                                          

(artigo de “opinião”
de António Barreto
          no Diário de Notícias)

Está de novo a criar-se um ambiente mitológico de branqueamento dos comunistas. A fazer lembrar os anos 1950: eram, ao mesmo tempo, os heróis e as vítimas. Os únicos heróis e as principais vítimas.
Hoje, ser adversário dos comunistas, não desejar os comunistas no poder e lutar contra eles é mau, é primário e é reaccionário... Pelo contrário, ser adversário dos fascistas e da direita em geral é bom, é honroso, é democrata e é progressista...
Não querer os comunistas no governo, nem sozinhos nem acompanhados, é preconceito, é considerar que há partidos de segunda e é censura... Ao invés, não querer fascistas nem a direita no governo é patriótico.
Detestar os capitalistas, a direita, os sociais-democratas e mesmo alguns socialistas é honroso e patriótico. Detestar os comunistas é pior do que racismo.
Colocar no mesmo pé comunistas, fascistas e nazis, atitude justa e de bom senso, é considerado primário e grosseiro.
Os comunistas portugueses, últimos abencerragens de obscura utopia, derradeiros exemplares de raça quase extinta, estão aí, para preocupação maior, a exibir o nosso atávico atraso perante o mundo, a economia, a sociedade, a liberdade e a cultura! Chegámos atrasados a quase tudo, até à liberdade. E ainda tivemos de sofrer a última revolução comunista, felizmente abortada. Tivemos a última revolução industrial na Europa, o último fascismo, o último colonialismo, a última descolonização, a última revolução socialista e agora os últimos comunistas.
O mais curioso é que os comunistas conseguiram convencer grande número dos seus adversários, a começar pelos seus mais abominados rivais, os socialistas, a serem complacentes e a pensar como eles. São estes os responsáveis pelo resgate moral e político dos comunistas.
Os comunistas fazem tudo o que se lhes permite, permitem tudo o que se lhes faz. Dizia De Gaulle. Só conhecem uma regra, a da relação de forças. E uma lei: a do mais forte!
Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo.


Há ódios de estimação que fazem alguns homens tão pequeninos...
E quantos mais os centímetros acima do metro e meio, maior é a pequenez

Notas do diário:

Chega a assustar como um homem pode ser tão… obcecadamente ilúcido, sendo tão aparentemente cult(ivad)o.

&-----&-----&


E vale a pena transcrever, para fazer reflectir sobre a origem (e ao serviço de quê e quem) de tão desbragado ódio a quem personaliza uma ideia e uma postura coerente com uma concepção de vida e de ser humano. 

&-----&-----&

Na verdade, reconhecemos a regra da (cor)relação de forças... e sabemos bem de que lado ele escolheu estar ao serviço.

sexta-feira, fevereiro 12, 2016

ALERTA VERMELHO!

Na meteorologia?
Sim... mas não só!
ONDAS GRAVITACIONAIS 
NA ECONOMIA (?) CAPITALISTA.
... e não só...
Que fim-de-semana vai ser este!


à meia-noite

quinta-feira, fevereiro 11, 2016

Reflexões lentas (em quase-diário)

... com algumas saudades do anónimo, não do anonimato:

"(...)
e, depois, apanhei a reacção do Samuel Quedas ao artigo do Rui Tavares (RT) no Público de ontem.

&-----&-----&

Certeira e contundente reacção do Samuel, como merece o RT ao escrever a sua crónica Uma conspiração de idiotas.

&-----&-----&

Consoante os protagonistas… naturalmente, até porque um deles (o autor da crónica (o RT) titula o espaço que ocupa no jornal que o acolhe de Consoante Muda!

&-----&-----&

Se ele o confessa…

&-----&-----&

Mas seria útil aprofundar um pouco o temário.

&-----&-----&

A partir da dilucidação do que se entende por alguns vocábulos e designações afins: consoante e idiotas, esquerda e inteligentes, União Europeia, euro e Europa.

&-----&-----&

Com uma posição prévia a tornar muito clara: no nosso entendimento, o estar de acordo ou em desacordo não passa pelo estabelecimento de uma linha de demarcação em que quem está do “nosso lado” são inteligentes (embora auto-etiquetando-se de idiotas, irónica e “inteligentemente”) e que quem está do “outro lado” são idiotas (ainda que chamando-lhes inteligentes ajuntando argumentos que não são os seus e fazendo-os passar por idiotas).

&-----&-----&

Depois, insistir em afirmar i) que a Europa, como realidade geográfica, histórica, cultural, já existia antes da constituição de uma comunidade de Estados-membros (e pre será diferente, ainda que esta tivesse a intenção e viesse a agrupar todos os Estados e espaços do continente...), e continuará a existir para lá de qualquer evolução e configurações que esta associação venha a ter;

&-----&-----&

ii) que o euro é uma moeda, um instrumento criado em condições e ao serviço de certos interesses e desfavorecendo outros, como o tem provado em década e meia de existência, seja essa diferença de interesses vista numa óptica regional, nacional, ou seja vista numa óptica de classes, de luta de classes;

&-----&-----&

iii) que esquerda não é uma consoante (que) muda consoante as circunstâncias, ao sabor de oportunismos e carreirismos, mas uma opção de vida, o que não quer dizer que seja imutável, adinâmica, mas sim, e pelo contrário, que é a adopção de concepções de base que privilegiam o colectivo e o respeito pelo outro versus o individualismo e benefícios pessoais e desrespeito pelos outros.

&-----&-----&

De acordo com este entendimento, e sem adulterar outros (o de outros...), não considero de esquerda quem mude consoante os seus interesses ou objetivos pessoais e não recue perante fazer a caricaturação e a anatematização de outros com quem não se concorde ou que consigo não concordem.

&-----&-----&

Tinha a intenção de aproveitar estas reflexões para “postar” no anónimo.

&-----&-----&

Hesito…

&-----&-----&


Decido-me."

Decidi-me!

sábado, fevereiro 06, 2016

A cultura como critério e direito universal


Uma das razões por que, a ter uma (2ª!...) opção de nacionalidade. escolheria Cabo Verde. E por que tanto lamento ter Portugal o PdaR que tem, e o pouco que melhorará com o que aí vem, tão culto de si próprio...


Reflexões lentas - Pontas do novelo - 2

 (...)
  • Sobre a situação da UE - Para a questão (ou mote) e evolução do processo OE16 terão contribuído as evidentes dificuldades ditas europeias (da UE), por mais que escamoteadas se procurem fazer, que se reflectem inteirinhas outras situações em outros Estados-membros que não os da Grécia e Portugal, e as negociações da Comissão da UE com Governos desses Estados, mormente com o Governo Cameron do Reino Unido.
A inevitabilidade de um referendo sobre a continuidade do RU na UE potencia os tantos antecedentes, desde a "esquisita" adesão de 1972 (alargamento de 6 para 9, quando foi negociado para 10 com a recusa do povo norueguês), e o percurso de "opting-outs" que fazem desta UE uma união com um Estado-(meio ou não)membro, uma união desunida de um Reino Unido (e não só, porque há as formais desuniões parcelares da Dinamarca e da Suécia... tudo um pouco "à la carte"). 
Ora esse referendo vem em altura crucial. Ou virá nesta altura em consequência do momento crucial da evolução...

O que foi negociado, e apregoado como "conquistas" por Cameron, contribui para a desunião da União para esta continuar a ser o que não é, o que foi acordado é "para inglês ver", adormecer e votar continuidade de permanência num formato que já não é, e mais deixaria de ser se se viesse a cumprir o acordado entre o Governo Cameron e a Comissão Junker. 
Neste grande imbróglio entre "os grandes" (com a Espanha, o "grande dos pequenos" num enorme sarilho) era o que faltava não se evitar mais um problema ainda mais ao Sul e com um dos "mais pequenos dos pequenos". Tal novelo teria sido bem aproveitado, em termos de soberania nacional de que Portugal tem andado tão arredado, enquanto ponta de um emaranhado inextrincável.
Agora, ou por ora. Ou por horas numa escala de tempo de séculos.

Reflexões lentas - as pontas do novelo - 1

Absorventes tarefas, outros trabalhos e ocupações, estados de espírito (e de corpo...) têm-me afastado da presença assídua por estas paragens. Não que menos me tenha interessado pelo que habitualmente aqui me traz. Ou, até..., talvez seja algum incómodo ou hesitação em "como pegar" nos temas/motes que tanto me motivam (e que, por isso, aqui me trazem) contribua para esse afastamento.
Mas a evolução dos temas OE e da situação da UE (OiÉ! e iUÉ!) exige-me (e de mim e por mim falo) duas palavras de desabafo, Cauteloso para que não haja confusões. Que, aliás, só a mim perturbariam...

  • Sobre o OE2016, haveria váriadissimas maneiras de lhe "pegar". E muitas delas têm sido glosadas, embora as mais escolhidas, usadas e abusadas batam na mesma tecla da efemeridade da actual (e democrática) solução governativa face ao controlo pela ademocrática Comissão da UE sob a capa de defesa dos interesses dos... credores criadores da situação que, segundo "eles", tem de ser paga pelas vítimas (os trabalhadores e as famílias) da estratégia política por "eles " comandada. Essas maneiras - escolhidas, usadas e abusadas - têm sido as do lado do capital com os seus "contabilistas" ao serviço (bem remunerado).

Pois venho trazer, com toda a humildade (de cêntimos e euros), uma outra maneira. Outra, sem referência a negociações e acertos de milhões, centenas e milhares de milhões como quem atira poeira para os olhos incautos.
Diferente porque o que quero sublinhar é que foi o Governo português que fechou 5ª feira e entregou na 6ª feira na Assembleia da República portuguesa, eleita pelos cidadãos portugueses, a proposta do OE2016 para Portugal, ou seja, antes da declaração de "não rejeição" pela Comissão da UE. Diria que se trata, em toda a simplicidade, de uma questão de democraticidade e de soberania traduzida nos "timings", isto é, calendariamente.
Ao que considero de dar todo o destaque possível, sublinhando que ser patriótico e de esquerda não é uma impossibilidade neste tempo de interdependências assimétricas e de cavar de clivagens classistas espaciais.

terça-feira, fevereiro 02, 2016

Sondagem (ou amostra) após resultados

Insisto, persisto (e assino, dizia o Brel) que as eleições formais, neste estádio da organização social em que nos encontramos, são "o termómetro das massas". Pela percentagem de votantes, por onde se distribuem os votos expressos, os números saídos das (e os não entrados nas) urnas dão-nos informações, em cada tipo de eleição à sua maneira, a cada um dos que trabalham essas informações com os objectivos que motivam esses trabalhos. Para fins académicos, para exercício profissional, para preparar as eleições seguintes, para melhor se entender o nível de (in)formação e consciência dos cidadãos.
Se há área em que o trabalho com os resultados eleitorais (antes e depois de resultados serem) surge e surde é na comunicação social, num retorno de informação (de sondagens e de resultados obtidos), e em que esta está bem longe de ser neutra, pois é manipulada para ser manipuladora.
Vou apenas fazer um breve exercício a partir de um facto que não mereceu (ao que avalio pelo que defrontei e confrontei) destaque: as simultaneidade das eleições presidenciais e autárquicas em São João da Madeira. Exercício que pode servir de sondagem a posteriori ou de amostra interessante. E única em 24 de Janeiro.
Foram duas votações diferentes. No mesmo dia, no mesmo momento, dos pouco mais de 20 mil inscritos foram votantes perto de 12 mil, o que representa uma abstenção de 42,5%, e fizeram-no para as presidenciais e para as autárquica intercalares.
Na votação para as presidenciais foi notório o voto no candidato personalizado, com muitos votantes indiferentes ao posicionamento no xadrez político-partidário, e MRS teve mais 11,5% que a soma dos votos na lista PSD/CDS para as autárquicas; na situação (estatisticamente) antagónica, a lista PCP-PEV teve o nível dos de 2013, ou seja, o dobro dos votos do candidato proposto numa clara migração de votos naquele lugar e naquele momento.                       
Achas para uma reflexão contínua. Como a luta