quinta-feira, fevereiro 11, 2016

Reflexões lentas (em quase-diário)

... com algumas saudades do anónimo, não do anonimato:

"(...)
e, depois, apanhei a reacção do Samuel Quedas ao artigo do Rui Tavares (RT) no Público de ontem.

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Certeira e contundente reacção do Samuel, como merece o RT ao escrever a sua crónica Uma conspiração de idiotas.

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Consoante os protagonistas… naturalmente, até porque um deles (o autor da crónica (o RT) titula o espaço que ocupa no jornal que o acolhe de Consoante Muda!

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Se ele o confessa…

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Mas seria útil aprofundar um pouco o temário.

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A partir da dilucidação do que se entende por alguns vocábulos e designações afins: consoante e idiotas, esquerda e inteligentes, União Europeia, euro e Europa.

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Com uma posição prévia a tornar muito clara: no nosso entendimento, o estar de acordo ou em desacordo não passa pelo estabelecimento de uma linha de demarcação em que quem está do “nosso lado” são inteligentes (embora auto-etiquetando-se de idiotas, irónica e “inteligentemente”) e que quem está do “outro lado” são idiotas (ainda que chamando-lhes inteligentes ajuntando argumentos que não são os seus e fazendo-os passar por idiotas).

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Depois, insistir em afirmar i) que a Europa, como realidade geográfica, histórica, cultural, já existia antes da constituição de uma comunidade de Estados-membros (e pre será diferente, ainda que esta tivesse a intenção e viesse a agrupar todos os Estados e espaços do continente...), e continuará a existir para lá de qualquer evolução e configurações que esta associação venha a ter;

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ii) que o euro é uma moeda, um instrumento criado em condições e ao serviço de certos interesses e desfavorecendo outros, como o tem provado em década e meia de existência, seja essa diferença de interesses vista numa óptica regional, nacional, ou seja vista numa óptica de classes, de luta de classes;

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iii) que esquerda não é uma consoante (que) muda consoante as circunstâncias, ao sabor de oportunismos e carreirismos, mas uma opção de vida, o que não quer dizer que seja imutável, adinâmica, mas sim, e pelo contrário, que é a adopção de concepções de base que privilegiam o colectivo e o respeito pelo outro versus o individualismo e benefícios pessoais e desrespeito pelos outros.

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De acordo com este entendimento, e sem adulterar outros (o de outros...), não considero de esquerda quem mude consoante os seus interesses ou objetivos pessoais e não recue perante fazer a caricaturação e a anatematização de outros com quem não se concorde ou que consigo não concordem.

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Tinha a intenção de aproveitar estas reflexões para “postar” no anónimo.

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Hesito…

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Decido-me."

Decidi-me!

1 comentário:

Olinda disse...

Boa decisão,camarada!É que eu aprendo sempre nesta casa.Bjo