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e,
depois, apanhei a reacção do Samuel Quedas ao artigo do Rui Tavares (RT) no
Público de ontem.
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Certeira
e contundente reacção do Samuel, como merece o RT ao escrever a sua crónica Uma
conspiração de idiotas.
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Consoante
os protagonistas… naturalmente, até porque um deles (o autor da crónica (o RT) titula o espaço que ocupa no jornal que o acolhe de Consoante Muda!
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Se
ele o confessa…
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Mas
seria útil aprofundar um pouco o temário.
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A
partir da dilucidação do que se entende por alguns vocábulos e designações
afins: consoante e idiotas, esquerda e inteligentes, União Europeia, euro e
Europa.
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Com
uma posição prévia a tornar muito clara: no nosso entendimento, o estar de
acordo ou em desacordo não passa pelo estabelecimento de uma linha de demarcação
em que quem está do “nosso lado” são inteligentes (embora auto-etiquetando-se de idiotas, irónica e “inteligentemente”) e que quem está do “outro lado” são idiotas (ainda
que chamando-lhes inteligentes ajuntando argumentos que não são os seus e fazendo-os passar por idiotas).
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Depois,
insistir em afirmar i) que a Europa, como realidade
geográfica, histórica, cultural, já existia antes da constituição de uma comunidade de Estados-membros
(e pre será diferente, ainda que esta tivesse a intenção e viesse a agrupar todos os Estados e espaços do continente...), e
continuará a existir para lá de qualquer evolução e configurações que esta
associação venha a ter;
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ii)
que
o euro é uma moeda, um instrumento criado em condições e ao serviço de certos
interesses e desfavorecendo outros, como o tem provado em década e meia de
existência, seja essa diferença de interesses vista numa óptica regional, nacional, ou seja vista numa óptica de classes, de luta de classes;
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iii)
que
esquerda não é uma consoante (que) muda consoante as circunstâncias,
ao sabor de oportunismos e carreirismos, mas uma opção de vida, o que não quer
dizer que seja imutável, adinâmica, mas sim, e pelo contrário, que é a adopção de concepções de base
que privilegiam o colectivo e o respeito pelo outro versus o individualismo e benefícios
pessoais e desrespeito pelos outros.
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De
acordo com este entendimento, e sem adulterar outros (o de outros...), não considero de
esquerda quem mude consoante os seus interesses ou objetivos pessoais e não
recue perante fazer a caricaturação e a anatematização de outros com quem não se
concorde ou que consigo não concordem.
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Tinha
a intenção de aproveitar estas reflexões para “postar” no anónimo.
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Hesito…
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Decido-me."
Decidi-me!
1 comentário:
Boa decisão,camarada!É que eu aprendo sempre nesta casa.Bjo
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