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- Sobre a situação da UE - Para a questão (ou mote) e evolução do processo OE16 terão contribuído as evidentes dificuldades ditas europeias (da UE), por mais que escamoteadas se procurem fazer, que se reflectem inteirinhas outras situações em outros Estados-membros que não os da Grécia e Portugal, e as negociações da Comissão da UE com Governos desses Estados, mormente com o Governo Cameron do Reino Unido.
A inevitabilidade de um referendo sobre a continuidade do RU na UE potencia os tantos antecedentes, desde a "esquisita" adesão de 1972 (alargamento de 6 para 9, quando foi negociado para 10 com a recusa do povo norueguês), e o percurso de "opting-outs" que fazem desta UE uma união com um Estado-(meio ou não)membro, uma união desunida de um Reino Unido (e não só, porque há as formais desuniões parcelares da Dinamarca e da Suécia... tudo um pouco "à la carte").
Ora esse referendo vem em altura crucial. Ou virá nesta altura em consequência do momento crucial da evolução...
O que foi negociado, e apregoado como "conquistas" por Cameron, contribui para a desunião da União para esta continuar a ser o que não é, o que foi acordado é "para inglês ver", adormecer e votar continuidade de permanência num formato que já não é, e mais deixaria de ser se se viesse a cumprir o acordado entre o Governo Cameron e a Comissão Junker.
Neste grande imbróglio entre "os grandes" (com a Espanha, o "grande dos pequenos" num enorme sarilho) era o que faltava não se evitar mais um problema ainda mais ao Sul e com um dos "mais pequenos dos pequenos". Tal novelo teria sido bem aproveitado, em termos de soberania nacional de que Portugal tem andado tão arredado, enquanto ponta de um emaranhado inextrincável.
Agora, ou por ora. Ou por horas numa escala de tempo de séculos.
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