sexta-feira, setembro 23, 2016

Brasil Popular e Povo sem Medo... sem temer!

de abril abril



Dia Nacional de Paralisação e Mobilização

Milhares manifestaram-se 

por todo o Brasil 

em defesa dos direitos

3 DE SETEMBRO DE 2016
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Convocada por nove centrais sindicais e as frentes Brasil Populare Povo sem Medo,
a jornada de luta de ontem contou com a participação de milhares de pessoas,
que denunciaram as políticas laborais e sociais do governo Temer.

O Dia Nacional de Paralisação e Mobilização foi, para os organizadores,
um «aquecimento» para a greve geral de protesto contra os ataques de Temer
aos direitos dos trabalhadores Foto de Brasil de Fato

Os objectivos do Dia Nacional de Paralisação e Mobilização, no âmbito do qual
 se realizaram actos em perto de 20 estados brasileiros, era, segundo os organizadores, 
fazer o «aquecimento» para uma greve geral – ainda sem data marcada – e denunciar
as ameaças aos direitos dos trabalhadores, dos estudantes, dos pensionistas 
contidas nas reformas avançadas pelo governo não eleito de Michel Temer.
Em São Paulo, cerca de 30 mil pessoas participaram no acto do Dia Nacional
 de Paralisação e Mobilização. Presente na manifestação, 
Edson «Índio» Carneiro, secretário-geral da Intersindical, declarou que 
«químicos, bancários, professores, trabalhadores das universidades 
e um conjunto de trabalhadores cruzaram os braços para dizer um grande “não”
 aos ataques que o governo Temer e a maioria do Congresso querem impor 
ao povo brasileiro», refere o Brasil de Fato.
Por seu lado, Luana Correa, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), 
apontou a reforma do Ensino Médio como um dos aspectos negativos das propostas 
deste governo, que «não dialoga com as necessidades dos estudantes» 
e quer cortar 45% da verba no próximo ano. A dirigente estudantil
 sublinhou que estão também a ser postos em causa fundos e programas instituídos,
 nomeadamente um que permitiu que «as mulheres, os negros e negras, o povo do campo 
e da cidade, principalmente da periferia, pudesse ter acesso a educação de qualidade».
Também presente na mobilização paulista, Douglas Izzy, dirigente da 
Central Única de Trabalhadores (CUT), explicou que, com as reformas laborais de Temer, 
estão em causa direitos consagrados na Lei do Trabalho, como o 13.º mês, as férias pagas,
 as licenças de maternidade e paternidade, entre outros. Este governo pretende sujeitá-los 
à negociação directa entre patrão e empregado, o que «significa rebaixar os direitos 
dos trabalhadores,e nós somos contra», disse.«(...) só com muita pressão e mobilização 
popular, unidade das centrais sindicais progressistas e de classe o governo usurpador 
porá um freio às propostas de retirada de direitos»
Ao Brasil de Fato, João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do 
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), disse que a mobilização 
constitui um forma de parar o golpe e, «acima de tudo, a retirada de direitos», 
que também vai afectar os trabalhadores do campo. Foi neste contexto que o MST 
e a Via Campesina aderiram à manifestação, acreditando 
«na possibilidade da construção da greve geral».

Jornada de luta por todo o Brasil

As mobilizações e paralisações ocorreram, ontem, no Distrito Federal 
e em muitas cidades dos estados brasileiros da Paraíba, Santa Catarina, 
Paraná, Piauí, Pernambuco, Rio de Janeiro, Sergipe, Rio Grande do Norte, 
Mato Grosso, Amapá, Rio Grande do Sul, Bahia, Pará, Goiás, Minas Gerais, 
Ceará, segundo refere o Portal Vermelho.
No Rio Grande do Sul, houve mobilizações de protesto contra o governo de Temer 
e as suas políticas económicas e sociais nas cidades de Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre. 
Na capital gaúcha, a Brigada Militar usou gás pimenta, granadas de atordoamento 
e gás lacrimogéneo para impedir a paralisação nas garagens de autocarros, 
tal como foi denunciado pelo dirigente da CTB-RS, Guiomar Vidor.
As medidas de Michel Temer e a Justiça foram o alvo dos protestos em Goiás, 
onde os manifestantes reivindicaram a libertação dos «presos políticos de Goiás», 
recordando que no dia 17 deste mês foram presos 40 estudantes que ocuparam 
a sede do Conselho Estadual de Saúde e que líderes do MST se encontram presos desde Abril.
Na Bahia, milhares de manifestantes, entre os quais se encontrava 
a presidente destituída Dilma Rousseff, ocuparam as ruas de Salvador 
em protesto contra os ataques aos direitos dos trabalhadores do governo Temer.
Também houve manifestações no interior do estado, em cidades como Correntina, 
Governador Mangabeira, Paulo Afonso e Feira de Santana.
Em Fortaleza (Ceará), trabalhadores de diversos sectores pararam uma das principais 
artérias da cidade, a Avenida Duque Caxias, e manifestaram-se em frente à Contax,
uma das maiores empresas na capital do estado. Luciano Simplício, dirigente da CTB-CE 
disse ao Portal Vermelho que «estas actividades de hoje são apenas o aquecimento 
para a realização de uma Greve Geral». E acrescentou: «Temos a convicção de que 
só com muita pressão e mobilização popular, unidade das centrais sindicais progressistas 
e de classe o governo usurpador poderá pôr um freio às propostas que representam 
a retirada de direitos.»

1 comentário:

Olinda disse...

As intenções neoliberais de Temer,(e as intenções do império),vão ser mais difíceis do que previam.Um povo sem medo,só tem que ser organizado para ganhar força e poder travar os opressores.Bjo