Anunciado despedimento de 114 médicos
Abril
Abril
6 DE JULHO DE
2017
O
PCP pediu uma audição urgente do ministro da Saúde sobre os 114 médicos que
foram despedidos. A situação ocorre uma vez que não houve publicação por parte
do Governo de um diploma que desse cumprimento à norma do Orçamento, proposta
pelo PCP, que permitia que estes profissionais se mantivessem no serviço.
O PCP recebeu ontem da Associação de
Médicos pela Formação Especializada a informação de que 114 médicos, que em
2015 ficaram sem acesso à formação especializada depois de terminarem o ano
comum, foram despedidos por não ter sido publicado nenhum diploma por parte do
Governo, informou à imprensa a deputada Carla Cruz.
Por proposta do PCP, no Orçamento do
Estado de 2017, foi possível que esses profissionais se mantivessem vinculados
ao serviço e fizessem o internato, ficando estabelecida uma norma nesse
sentido.
No entanto, no início do ano, segundo a
deputada, foi comunicado ao PCP que, apesar dessa norma no Orçamento, «esses profissionais seriam dispensados se
não houvesse medidas ou diplomas adicionais».
Numa audição no parlamento, a 21 de
Junho, o ministro Adalberto Campos Fernandes afirmou que estava «por dias» a
publicação do diploma que daria cumprimento à norma do Orçamento e que iria
permitir a esses profissionais manterem-se no serviço, mas, na falta da
publicação desses diplomas, ocorreu o despedimento.
Os médicos que se encontram nesta
situação estão colocados na Unidade Local da Saúde do Alto Minho e no Centro
Hospitalar do Algarve.
Perante este contexto, os comunistas
solicitaram a audição do ministro na comissão parlamentar da Saúde, que tomará
uma decisão na próxima semana.
Numa recente declaração política, no dia
26 de Junho, o PCP, pela voz de Jorge Pires, da Comissão Política do Comité
Central, havia referido que «é
inaceitável que num quadro de grandes necessidades de profissionais não se
criem as condições para que centenas de jovens médicos tenham acesso à formação
especializada», acrescentando que se tratam de cerca de 1000 nos últimos
três anos.
O dirigente comunista sublinhou ainda
que estes médicos «passam a integrar uma
nova categoria de indiferenciados, desvalorizada e com salários mais baixos,
contribuindo assim para a destruição das carreiras médicas e que a longo prazo
coloca em causa o Serviço Nacional de Saúde».
2 comentários:
Burocracia,falta de vontade política ou compromisso com os privados?SNS deficiente desvia os utentes para os privados.Não será o que este governo pretende?Bjo
nada de novo, não é??
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