terça-feira, janeiro 30, 2018

Com a devida vénia ao Rei dos Leittões


O Sábado, o Domingo e a Autoestima

Albertino Rosa e Rosa Albertina conheceram-se por coincidências onosmáticas e daí ao enamoramento e ao casamento foi uma questão de tempo. A Rosa está desempregada. O Rosa opera numa fábrica de pastilhas.
O vencimento de Albertino dá-lhes rés-vés para a renda e para o sustento e, pelo menos aparentemente, vivem harmoniosamente para quem os vê na semana de agosto que costumam passar no parque de campismo de São Bartolomeu no Barlavento.
É assim que o casal Rosa vê a harmonia das coisas: ganhar para comer, para ter onde dormir, para os transportes e tudo mais que é necessário para ter forças, saúde e dinheiro para trabalhar e, enquanto sobrar para uns dias de praia, já não se pode dizer mal.

Albertina foi despedida do Centro Paroquial local e acaba de desistir do projeto pessoal de se fazer taxista da localidade para o marido não ter de vir a fazer tantas pastilhas.
A Autoestima é uma empresa que fabrica pastilhas para os travões das rodas dos carros que não têm travões de discos. Acontece que o governo decretou que a velocidade mínima dentro das localidades fosse reduzida para 30 km/hora; os condutores passaram a travar muito mais dentro das localidades; o consumo de pastilhas de travões teve um aumento acentuado; a produção tem de aumentar consideravelmente; tendo em consideração que não há condições para aumentar os custos com o trabalho, considera-se que os trabalhadores e/ou colaboradores têm de trabalhar e/ou colaborar mais. Mais ainda? De segunda a sexta não é possível! Que se trabalhe também ao sábado!

Todos dizem a Albertino Rosa, e Rosa Albertina concorda, que se assim não for, o mais certo é a empresa se deslocalizar e ele perder o emprego. Com um argumento destes não há Albertino nem Albertina que não seja tentado à rendição.

E é aí que Rosa pensa mais longe e põe a questão:
- Então e se se mantiver o número de atropelamentos? O governo irá decretar a velocidade mínima dentro das localidades para 10km/hora, deixaremos de poder ir à missa ao domingo pedir a Deus, unidos como Ele nos uniu,  trabalho e saúde para trabalhar.

Mas não é isso que faz pensar o Albertino, além de não ser judeu para ter que guardar o sábado, como cristão só vai à missa para satisfazer a mulher. O que o preocupa é que, com tanto consumo de pastilhas, os fabricantes de automóveis comecem a fazer só travões com discos! E pensa mais, que isto não vai parar e que mais do que lutar pelo que se tem, é preciso querer mais, como os que detêm os meios de produção.
É a luta de classes, carago!
bacorada do 


Um text(ícul)o com eles no sítio


CTT - serviço público em gestão PRIVADA


do meu (quase) diário de hoje:
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 E CTT, claro!

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 O “número” do prós e contras de ontem foi… a regra do abuso.
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Estranhem o que não for estranho
Tomem por inexplicável o habitual
Sintam-se perplexos ante o quotidiano
Tratem de receitar remédio para o abuso
Mas não se esqueçam que o abuso é a regra!
(A excepção e a regraB. Brecht)
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 É certo que não acompanhei o programa todo (as voltas que o estômago dá tem limites de tolerância…) mas o critério de selecção dos intervenientes foi bem claro na exclusão da ideologia do debate (J) impondo a gestão como ideologia a partir de uma evidente opção ideológica, a da gestão ao serviço da ideologia única!
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Contrapõe-se o bem nutrido e fundamentado dossier editado pelo PCP de que é preciso avisar toda a gente (http://www.pcp.pt/preciso-libertar-ctt-da-ruinosa-gestao-privada)
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sexta-feira, janeiro 26, 2018

Supúnhamos, então!, a informação, a(s) Coreia(s), a PAZ... essas coisas!





 - Edição Nº2304  -  25-1-2018

É um suponhamos
A decisão da República Popular Democrática da Coreia, vulgo Coreia do Norte, de participar nos próximos Jogos Olímpicos de Inverno, na Coreia do Sul, tem dado azo a peculiares artigos nos órgãos de comunicação social. Desde os motivos que terão presidido à decisão, passando por «ausências a reuniões», tudo tem servido para alimentar «notícias», cujas têm como denominador comum o facto de assentarem em especulações.

O mais curioso, no entanto, são as acrobacias a que certos plumitivos se têm dedicado para tentar explicar o inexplicável, a saber, o facto de Hyon Song-wol, líder do grupo pop feminino Moranbong, ter voltado do mundo dos mortos (e a avaliar pelas fotografias em muito bom estado de conservação) para dirigir a delegação norte-coreana ao Jogos. É o que se pode classificar de autêntico milagre.

Expliquemo-nos. Em meados de 2013, um jornal sul-coreano dava conta de que a cantora, alegadamente ex-amante do dirigente Kim Jon-un, tinha sido «executada por um pelotão de fuzilamento», juntamente com mais onze pessoas. A notícia, que de resto fez manchetes em respeitáveis jornais ocidentais, designadamente norte-americanos, teve um prazo de validade de alguns meses, já que em 2014 a pseudo-ex-amante-pseudo-caída-em-desgraça-pseudo-fuzilada apareceu na televisão viva da silva, embora sem o impacto que teve o seu assassinato. Agora, com os Jogos Olímpicos à porta, o caso mudou de figura. A morta-de-morte-matada está mesmo viva e sob os holofotes internacionais.
O caso, diga-se em abono da verdade, nem sequer é inédito. Os morto-vivos são mais comuns do que se poderia pensar na Coreia do Norte. Que o diga o ex-chefe do Exército norte-coreano, Ri Yong Gil, executado em Fevereiro de 2016, que uns meses depois voltou do reino dos mortos para assumir novos cargos, só para citar um exemplo.
De quem é a culpa de tamanha desinformação? Desconfiamos que é de Pyongyang, mas é um suponhamos...

Anabela Fino 

Davos, mundialização e Nova Rota da Seda

A propósito de DAVOS, mundialização, Tump convidado este ano, depois de Xi Jinping o ano passado, e dessas coisas... uma mundialização capitalista que derrapa numa globalização inconsequente e uma outra mundialização que se vai concretizando:

 - Edição Nº2304  -  25-1-2018

Nova Rota de Seda incrementa comércio
Em 2017, um total de 3673 comboios de mercadorias viajaram da China para a Europa, número superior ao conjunto do registado nos seis anos anteriores, o que representa uma subida homóloga de 116%, informou esta semana a Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento (CNRD) chinesa.
Segundo Yan Pengcheng, porta-voz da CNRD, citado pela Lusa, houve ainda um aumento no valor das mercadorias transportadas e no número de comboios que regressou da Europa.
«Estas rotas não só promovem o comércio entre os países por onde passam, mas também fomentam a abertura económica dos respectivos países», afirmou Yan, sublinhando que houve uma melhoria na eficiência. «No início, eram precisos mais de 20 dias para chegar [à Europa], mas agora bastam entre 12 e 14», disse, enfatizando o facto de o custo de operação daquelas rotas ter caído 40% desde que entraram em funcionamento.
A China conta já com um total de 61 rotas, que têm origem em 38 cidades diferentes do país, com destino a 36 cidades europeias, distribuídas por 13 países.

Em 2017, foram incorporados 23 novas cidades e cinco novos países a estas ligações ferroviárias, no âmbito do mega plano de infra-estruturas «Nova Rota da Seda». Lançado em 2013 pelo presidente chinês, Xi Jinping, o plano inclui uma malha ferroviária intercontinental, novos portos, aeroportos, centrais eléctricas e zonas de comércio livre 

quinta-feira, janeiro 25, 2018

De Davos para Davos julgando-nos parvos...

Da comunicação genérica (EUROACTIVa...):


Que é uma questão moral ninguém põe em dúvida.
Mas... há mais que uma moral (Marx tem um texto excelente sobre essa questão)
Mas... exigem a quem?
O melhor é reproduzir o que aqui se "postou" há um ano:


terça-feira, janeiro 17, 2017

DAVOS-2017 – Desfazamento chocante entre a “moral” das empresas e a desconfiança e o descontentamento dos cidadãos




Os membros, porta-vozes responsáveis das maiores empresas mundiais, parecem divididos, segundo esse estudo, sobre os benefícios do que chamam “mundialização”, mas estarão “extremamente positivos” quanto às previsões de crescimento.
 Na continuidade destes trabalhos e acompanhamentos da evolução da economia mundial, do Global Risk Report, o estudo sublinha a queda dos níveis de vida da grande maioria das populações dos países industrializados e a desconfiança crescente relativamente às elites políticas e comerciais, o que ameaça a situação política e económica actual.

Não obstante este ambiente geral de descontentamento, numa escassa maioria, os inquiridos (51%) dizem-se “extremamente positivos” face às perspectivas de longo prazo para as suas empresas, comparados com os cerca de 30% quando o inquérito foi publicado pela primeira vez. Além disso, 38% dos altos dirigentes declaram-se optimistas quanto ao futuro das suas empresas para os próximos 12 meses, em confronto com os 35% do ano passado.
O inquérito teria revelado que os responsáveis se tinham adaptado à incerteza que continua a dominar as relações comerciais. Também se consideraram capazes de aproveitar as oportunidades criadas em períodos turbulentos.
A saída do Reino Unido da União Europeia e a eleição de Trump nos Estados Unidos teriam sido prova do descontentamento generalizado perante as perdas de emprego em certos sectores, e do crescimento das desigualdades nas sociedades ocidentais. A "mundialização" e as novas tecnologias exacerbaram essas tendências, convergindo numa profunda desconfiança para com o institucionalizado, segundo o relatório.
Cita-se Branko Milanovic, economista e professor em Nova Iorque, que explica que “os mais importantes ganhos da mundialização caíram nas mãos de uma pequena elite cada vez mais rica nos países industrializados e da classe média asiática, cada vez mais importante. Ao contrário, os maiores perdedores são as pessoas de fracos rendimentos dos países desenvolvidos”.
Neste contexto, os chefes de empresa estão divididos quanto aos benefícios da "mundialização". Por um lado, o comércio quadruplicou nestes últimos 20 anos e a circulação na internet explodiu; os progressos tecnológicos e a "mundialização" preencheram vazios entre os rendimentos e os países e mil milhões de pessoas saíram da pobreza extrema, sobretudo na China. Por outro lado, entretanto, em vez de trazer a prosperidade aos países desenvolvidos, que teriam sido os primeiros a adoptar a "mundialização", o sistema provocou perturbações sociais no mundo ocidental; como facto revelador, 44% dos chefes de empresa pensam que a "mundialização" não conseguiu diminuir o fosso entre ricos e pobres,
“Todo o sistema capitalista será posto sob pressão pelos trabalhadores que não aceitarão mais as actuais diferenças na distribuição da riqueza”, estimou um director com base no Reino Unido.
Novo indicador
Em relatório separado, o WEF mostrou que os rendimentos medianos tinham baixado 2,4% em média em mais de 50 países, para caírem para cerca de 2500 US$ (2.300€) por família. “Está no centro do descontentamento público”, declarou G. Corrigan, investigadora no Fórum.
Para além de desígnios puramente retóricos por um crescimento inclusivo, R. Samans, membro do directório do WEF, lamentou a falta de “consenso prático” entre os decisores políticos e os chefes de empresa para o realizar.
Bob Moritz, director de PwC, mostrou-se um pouco mais optimista, declarando aos jornalistas que 2017 deverá ser o ano em que as palavras se transformarão em acções. Segundo ele, os PDG e os decisores políticos estão atentos às inquietações dos cidadãos. Graças às redes sociais, existe uma “tomada de consciência crescente como nunca antes”, acrescentou.
Para começar, o WEF propõe adoptar um novo indicador sobre o desenvolvimento inclusivo, como alternativo ao PIB. O rendimento mediano das famílias estará “no centro” do novo indicador, baseado em 12 critérios, explicou R. Samans, assegurando que reflectirá melhor o desenvolvimento económico.
O estudo do PwC previne, no entanto que “o descontentamento popular não ameaça apenas o crescimento; o bem-estar social e a igualdade são motores de um resultado económico a longo prazo”. Neste contexto, um crescimento económico incerto tornou-se a ameaça número um dos PDG (ou CEO), à frente da sobre-regulamentação.
Apesar do contexto político difícil e da incerteza que reina em volta da administração Trump, os Estados Unidos ultrapassaram a China como fonte potencial de crescimento mais importante para o próximo ano, segundo altos dirigentes. Além disso, o Reino Unido parece mais popular entre os homens de negócios este ano que em 2016, e isso apesar da incerteza que resulta das negociações Brexit.
As palavras inquietantes de Trump visando os principais parceiros comerciais dos Estados Unidos conjugaram-se com a promessa de um reforço orçamental sob a forma de despesas em infra-estruturas e reduções fiscais. Estas promessas "drogaram" claramente o optimismo dos chefes de empresa nas suas perspectivas comerciais com os Estados Unidos.

O estudo foi publicado na véspera da chegada do presidente chinês Xi Jinping a Davos, onde deverá posicionar a China enquanto defensora da mundialização quando se dirigir aos membros, hoje, 17 de Janeiro.
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O texto (e o "post"...) estará longo. Mas contém informação, com base em larga recolha de inquéritos a protagonistas, que parece útil. Pelo que revela, e pelo que pretende que seja conhecido como "ambiente" nas grandes empresas e grupos. A medida anunciada de um novo indicador alternativo ao PIB é significativa. Ignora um indicador já existente, com quase 30 anos e muita informação, criado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com o nome de "desenvolvimento humano", que completa e corrige o PIB com dados de vária origem, focalizados na saúde e na educação. Esta "invenção" de Davos revela perturbação e objectivo de diversão.
S.R.


segunda-feira, janeiro 22, 2018

Isto anda tudo ligado, n'é verdade?

Em mais uma semana, Ana Cristina Leonardo nos me brinda com texto/crónica que me impele à transcrição. 
"Excepcional"? Decerto que sim, se aceitar que até o "excecional" tem excepções, como será alguma "fáceis bicadas", como a na Assembleia da República a despropósito da lei do financiamento dos partidos, entrando (inocentemente ?) na macabra e bem engendrada manobra e campanha antidemocrática.

sábado, janeiro 20, 2018

Paradigmatismo ou a social-democracia bem retratada


 - Edição Nº2303  -  18-1-2018

O acordo alemão

Schulz e Merkel anunciaram no passado dia 12 de Janeiro o acordo preliminar entre o Partido Social Democrata (SPD), a União Democrata-Cristã (CDU) e a União Social-Cristã da Baviera (CSU) para a formação de um Governo de «grande coligação» na Alemanha. O Acordo terá ainda de ser ratificado pelos partidos, nomeadamente pelo SPD, onde, ao momento da redacção deste artigo, se acumulam sinais de divisões internas ditadas não pelo conteúdo do acordo, mas pelas possíveis consequências eleitorais futuras de uma reedição da «grande coligação».
Esta questão conduz-nos à questão da profunda crise de identidade que a maioria dos partidos sociais democratas na Europa atravessa, consequência do facto de as políticas defendidas por esta corrente ideológica serem, nas questões essenciais e estratégicas, similares às defendidas pela direita tradicional. Foi exactamente por isso que o SPD escolheu Schulz como candidato nas eleições alemãs, tentando com essa decisão distanciar-se nas palavras e na aparência da política de Merkel, tendo chegado mesmo a afirmar que o SPD nunca voltaria a coligar-se com a CDU/CSU de Merkel.
Mas a verdade vem sempre ao de cima. Os interesses do grande capital alemão e transnacional impuseram-se. A decisão de reeditar a «grande coligação» alemã é mais uma prova de que o discurso da «mudança» ou da «refundação» na União Europeia, protagonizado pelo Partido Socialista Europeu, não passa de um grande embuste. Basta olhar para o conteúdo do acordo e lá estão todas as linhas: aprofundar o euro e as suas políticas, relançar o eixo franco-alemão, e prosseguir na afirmação da UE como potência imperialista. A social-democracia está enfeudada ao velho consenso de Bruxelas. E mesmo partidos que deveriam estar a aprender com a realidade parecem não o querer fazer. O Secretário-geral do PS português saudou o Acordo e, pasme-se (ou se calhar não) Tsipras pressionou Schulz para se entender com Merkel.

Ângelo Alves

... ou o estigmatismo da social-democracia, 
sempre nas "refundações" e outras maquinações
para que nada de essencial mude.
O que alguns, teimosamente, denunciam
e que (se calhar...) pasma alguns outros!
Razão tinha Lenine para propor
 mudança de nome ao partido ...


Trump e PAZ

Ao rever o dia de ontem - dia de sucessivos pequenos (para mim relevantes...) "desastres" pessoais -, notei não ter aproveitado para "postar" observações em que julgo oportunas sobre a trumparia.
Do (quase) diário:

Este dia de hoje em que tocam trumpetes num uníssono desfavor, a variegados sons e tons, relativamente ao actual eleito morador da Casa Branca em Washington, USA (e abUSAm do uso).

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Não que ele não mereça e justifique todos os tons e sons, e até os que ficam por fazer e o execrando personagem bastante faz para merecer e justificar.

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Embora, por vezes, chegue a parecer que ele está lá, naquela mansão presidencial, para isso mesmo: para ser o alvo visível, audível, tele-audiovisível, que distrai do resto, enquanto a caravana lá vai andando cheiinha de cãozoada que não ladra mas morde em silêncio enraivecido, de cauda entre as patas traseiras e língua de fora a babar peçonha.

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Deixar Trump em paz?

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 NÃO!

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 Estarmos – todos – muito atentos e em luta pela PAZ enquanto necessidade vital, de sobrevivência, da humanidade!

sexta-feira, janeiro 19, 2018

Rumo ao inevitável?

Resumo de América Latina / 17 de janeiro de 2018. .-
A Alemanha acaba de anunciar que adiciona o yuan ou o renminbi às suas reservas cambiais. Para ajudar o petro-yuan, a China acaba de dar outro golpe aos EUA: sua agência de classificação de crédito, Danong (tipo Standard e Poor's, Morgan Stanley, Fitch, Moody's e similares), acabou de baixar a classificação soberana dos EUA. e coloca-a no nível do Peru.

Estava-se preparando o que fora prometido sobre o Irão quando, de novo, algo aconteceu no rumo do inevitável: a Alemanha acabou de anunciar que adiciona o yuan ou o renminbi às suas reservas monetárias . É o primeiro país europeu, e não qualquer um, a seguir as medidas de dezembro do ano passado do Banco Central Europeu que incluiram a moeda chinesa no seu cabaz monetário. Assim, a partir de agora, e sem ter especificado a percentagem exacta, a Alemanha junta-se à caravana que arrastará outros países europeus. Não se exclui que o próximo seja a França.
Até agora, os países da Europa moribunda tinham apenas duas moedas que não eram do euro - o dólar e o iene japonês - no seu cabaz de moedas. Após o passo dado pela Alemanha, o resto virá em cascata, e reflectirá o crescente papel da moeda chinesa no sistema financeiro global e o declínio dos outros, que vai de mãos dadas com o declínio da hegemonia ocidental.
A Alemanha faz esse anúncio dois dias após o lançamento do petro-yuan, como foi informado.

Para apoiar o petro-yuan, a China deu outro golpe nos EUA: a sua agência de "rating", Danong , da qual se tem informação porque não é ocidental (Standard and Poor's, Morgan Stanley, Fitch, Moody's são bem conhecidas...), acabou de baixar a classificação soberana dos EUA . Ou seja, claramente enfraquece a base do pagamento da dívida que os EUA têm com a China, o que irritou Trump, que a descreveu em um de seus tweets como "inaceitável". Ou seja, o habitual. Que os "piratas ocidentais" habituais o façam com outros países é justo, o contrário não.
Mas a China é a China e, em sua baixa de "rating" para os EUA, disse que "a crescente dependência dos EUA na dívida [externa] provoca erosão na sua solvência".
Isto é, simplificando, a China coloca os EUA no mesmo nível, por exemplo, que o Peru ou a Colômbia na classificação de solvência financeira dos países.
A guerra está aberta e vamos ver como nos próximos dias essas agências ocidentais vão reagir.

Voltando à Europa, há mais movimentos que indicam que há pequenas fissuras em relação à vassalagem européia tradicional em relação aos EUA. É o que o tempo é de inverno, está frio e a Europa não tem outros meios de aquecimento que o gás ... russo. A Alemanha continua com a construção do gasoduto "Corriente del Norte 2" e envolveu uma empresa norueguesa na sua construção . O interessante é que esta empresa é mista, pública e privada, de modo que o estado norueguês é outro país que acrescenta à sua construção, ainda que indiretamente.
A Noruega tem gás, mas não nas quantidades da Rússia e, portanto, não pode fornecer o que a Europa precisa. Assim, a participação norueguesa neste gasoduto, que a maioria dos países não quer para "não depender da Rússia", deixa de lado os "russofobos" europeus que são liderados pela Polônia, Suécia e Dinamarca.
Os EUA estão pressionando por novas sanções contra a Rússia para evitar essa construção, inclusive a possibilidade de que também possa sancionar as empresas que dela participam. Isso coloca a UE moribunda numa posição clara: ou com os EUA ou contra eles, mesmo que só um pouco. Esse pouco já foi visto com a posição francesa, oposta às sanções contra o Irão pelos protestos e pela afirmação de que o pacto nuclear funciona, contrariamente ao que Trump diz.
E é irónico, mas mesmo a Ucrânia teve que conter a sua histeria contra a Rússia e teve que levantar a proibição de comprar carvão para os russos para aliviar o frio neste inverno. E por quê? Porque a situação é tão dramática que, em Odessa, por exemplo, a universidade decidiu suspender o curso até 26 de março, isto é, durante todo o inverno, "dada a impossibilidade de aquecer as salas de aula".
Ou seja, apenas aparecem dois vencedores claros neste momento. China e Rússia Se a UE voltar a sua vassalagem tradicional, muitos países verão que apenas a China e a Rússia são os referências da nova ordem geopolítica que está surgindo. Se a UE faz um pequeno gesto de rebeldia, a chamada "unidade ocidental" estará em jogo assim e a China e a Rússia só precisam de continuar cavando para alargar a fissura.

A decadência ocidental está se tornando cada vez mais inevitável e os movimentos que estamos a observar (e a acompanhar com tão manipulada informação) estão se preparando para isso.

Fonte: Blog O território de El Lince / Eyes for peace

quinta-feira, janeiro 18, 2018

Notícias da Palestina

Informação para digerir

Notícias da Palestina
Agenda
«Esta Bandeira da Esperança: Um Olhar sobre a Questão Palestina»
A Fundação José Saramago dedica parte da sua programação de Janeiro e Fevereiro à Palestina
https://www.josesaramago.org/palestina-destaque-na-programacao-janeiro-da-fjs
O programa inicia-se com a inauguração da exposição «Esta Bandeira da Esperança: Um Olhar sobre a Questão Palestina», produzida pelo MPPM, seguindo-se um debate animado por Maria do Céu Guerra, Carlos Araújo Sequeira e Carlos Almeida.
Quarta, 17 de Janeiro, 18.30 horas | Fundação José Saramago | Rua dos Bacalhoeiros, 10 – Lisboa
«Dois metros desta terra»
O programa prossegue com a exibição do filme «Dois metros desta terra», de Ahmad Natche, 110’. O título do filme é retirado de uma citação do poeta palestino Mahmud Darwich «Dois metros desta terra seriam suficientes para mim». Muito perto do seu túmulo em Ramala, durante uma tarde de Verão, prepara-se um festival de música que será transmitido pela televisão…
Quarta, 24 de Janeiro, 18.30 horas | Fundação José Saramago | Rua dos Bacalhoeiros, 10 – Lisboa
«Colonização israelita: a lenta anexação da Palestina, a morte da ideia de dois Estados»
Esta é o tema da conversa com o jornalista José Goulão que encerra a programação de Janeiro.
Quarta, 31 de Janeiro, 18.30 horas | Fundação José Saramago | Rua dos Bacalhoeiros, 10 – Lisboa
«Corpos na trouxa - Histórias-artísticas-de-vida de mulheres palestinianas no exílio»
Shahd Wadi doutorou-se em Estudos Feministas na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra em 2013. A sua tese é agora publicada em livro que vai ser apresentado por Isabel Allegro de Magalhães.
Para a autora, palestina no exílio, que nunca pôde visitar a sua própria vila, Corpos na Trouxa é a história de vida de um corpo exilado contada pela trouxa palestina. É uma narrativa feminista sobre o sonho do regresso.” A sua tese “aborda as narrativas artísticas no contexto da ocupação israelita da Palestina. Na sua investigação considera as artes um testemunho de vidas. E também da sua.”
Para mais informação sobre a obra:
http://www.almedina.net/catalog/product_info.php?products_id=41616
Qunta, 1 de Fevereiro, 19 horas | Livraria Almedina – Atrium Saldanha | Praça Duque de Saldanha, 1, Loja 71, 2º Piso – Lisboa



quarta-feira, janeiro 17, 2018

Tão agraciado!

Estou "esmagado"! Quanto e que ter feito Rui Rio para justificar tanta (en)comenda de tanto lado e de tanta gente, desde os seus pouco mais de 40 aninhos?

Condecorações[1][14][11][editar | editar código-fonte]



Boa lembrança...

... de tam bela cousa
por mui infausta e insistente conotação:

terça-feira, janeiro 16, 2018

Um banho de ética? Uma barrela!

do (quase) diário (quase) dia-a-dia:

16.01.2017

Comecei o dia, não com luz e sol como ontem mas com leitura sobre a necessidade de “um banho de ética” na política, já por aqui muito sentida e reclamada.

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«Bom dia,
O PS quer alargar a magistrados a obrigatoriedade de apresentar declarações de rendimentos, criminalizar mentiras dos políticos nestas declarações e aumentar as restrições dos deputados-advogados. O pacote da transparência, apresentado no Parlamento, começará a ser discutido esta semana. Será suficiente no entendimento de Rui Rio, o novo líder do PSD que quer "um banho de ética" na política?(…)» (Expresso Curto-Helena Pereira). 

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Acho bem J!

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Vindo de quem vem a expressão cheira a porca demagogia, ou então sou eu que já tenho avariado (também) o olfacto.

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A não ser que, como “novo líder do PSD” (!), promova uma barrela nas hostes que o fizeram “novo líder do PSD” bem pouco eticamente e, coerentemente, se demita para permitir uma eleição (diretas, lhe chamam eles) limpinha, isto é, sem batotas.


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Lá entre eles…

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É evidente que isto é conversa “cá entre nós”, para quem a noção de ética é outra e não uma palavra a usar, como tantas outras, esvaziadas de sentido, ocas de… ética.

(...) 

segunda-feira, janeiro 15, 2018

Demo cra cia escrita segundo a ortografia do «mais português dos partidos»? Rejeição liminar!

Comecei mal a manhã! A confrontar informação sobre o que considerava "arrumado", como novas condições do "estado da Nação" num aspecto de alguma importância mas tornado transcendente pela comunicação social. É o Rio? Seja o Rio... mas não chateiem mais (desculpem a ligeireza da forma... mas chateou mesmo!). E apanho com isto, ao "folhear" o Expresso Curto (servido por Filipe Santos Costa):

«(...) Algumas almas ingénuas viram na vitória de Rui Rio a derrota do aparelho partidário. É como acreditar que o Pai Natal existe e escondeu um pote de ouro no final do arco-íris. Nisto do caciquismo e do aparelho partidário não há inocentes, como o Expresso já tinha deixado claro, ao denunciar, na sua edição de sábado, o mistério dos eleitores-fantasma no concelho de Ovar, cuja câmara é presidida por Salvador Malheiro, o diretor de campanha de Rio. Nos cadernos eleitorais de Ovar havia casos tão estranhos como os 17 militantes, todos com sobrenomes diferentes, que supostamente viviam na mesma casa - a Isabel Paulo foi lá e confirmou que nessa casa só vivem oito pessoas e nenhuma é do PSD. O mesmo se passa em várias outras moradas suspeitas. Até num descampado onde não existe casa nenhuma vivem, de acordo com os cadernos eleitorais, oito militantes de Ovar que puderam votar no sábado...

O Observador foi ver como decorreram as diretas na terra do diretor de campanha de Rio. E mostra o aparelho partidário em todo o seu esplendor: gente metida em carrinhas para votar em bloco no candidato em que são mandados votar. É por estas e por outras que, no último dia do prazo, foram pagas as quotas de 20 mil militantes, para que pudessem votar nestas diretas. Tiveram um sobressalto e foram a correr para o multibanco? Nada disso - alguém pagou as quotas por eles; provavelmente os mesmos caciques que depois os levaram em carrinhas às mesas de voto. O caciquismo quando nasce é para todos.(...)»

Luto pela democracia, com o princípio elementar do respeito pelos outros, e indignei-me. Não pela informação mas pelo  que é informado, isto tem de ser divulgado pois não pode ser aceite com um indiferente e desdenhoso encolher de ombros! Trata-se de crimes, impunes e virais. De que todos seremos cúmplices se os não denunciarmos.

(e, em àparte ou nota de pé-de-página: "almas ingénuas viram na vitória de Rio Rui  a derrota do aparelho partidário" do PSD? Mas... não foi ele secretário-geral desse aparelho?, não foi vice-presidente de sucessivos presidentes do partido? "Almas ingénuas" ou gente intencionalmente mal informada?) 

sábado, janeiro 13, 2018

O funambulismo destes fulanos...

No grande circo da demo cra cia nacional-sociodemocrata de direita é hoje o dia. em que umas dezenas de milhar (a grande maioria arregimentada à última hora) vão ter o privilégio de escolher quem irá ser o 1º ministro de 10 milhões de portugueses, na pior das hipóteses (para eles...) em poder partilhado com quem estiver à sua direita ou (pior ainda... para eles) com outro ramo da nacional-socialdemocracia.
Qual deles nos calhará na rifa?


 Talvez lhes saiam as perspectivas furadas!

quinta-feira, janeiro 11, 2018

A propósito, ainda, de um pretexto e do virus

do quase-diário, na véspera de saída do avante!... e talvez oportuno:


«(...)
10.01.2018
(...)
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Trazia para a manhã, que alta vai, outro ponto para a agenda elaborada antes dos sucessivos adormeceres: o financiamento dos partidos e o (e no) famigerado programa prós e contras.

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Pouco haverá a acrescentar ao que já para aqui trouxe (com relevo para a contribuição do Correia da Fonseca-O pretexto e o vírus)… mas algo terá de ser ainda dito, e por nós, já que tanto se está a dizer.

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É que há mais que uma concepção de partido político, e a nossa, não o devemos esquecer, é a leninista (do que não temos de pedir desculpas ou licenças a ninguém...), tendo de se ter bem presente que, assim sendo (ou devendo assim ser para ser o que é indispensável que seja o nosso tipo de partido), é o partido da classe operária e de todos os trabalhadores, organização política de/para as massas.
Ora, como está em O PARTIDO com paredes de vidro,


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O que se diz não por Cunhal dixit mas porque, assim, Álvaro Cunhal nos ajuda a aprender/ensinar.

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E se o papel do partido é uma realidade distinta de classe e de massas tem de formar, com a classe e as massas um todo homogéneo e inseparável e nunca poderá apagar-se num outro todo de que também faz parte mas nunca homogéneo e inseparável.

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Bem pelo contrário, e em luta de contrários.

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Não se pode deixar que se confunda, e muito menos que nos deixemos confundir com partidos que são organizações de um “mercado político”, tal como definido em Jacques Généreux (Introdução à Política Económica), manualzinho por onde se ensinava economia política no meu ex-ISE quando regressei do Parlamento Europeu em 2000, como pensamento (ou concepção) único, e de onde fugi a sete pés…

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Os partidos seriam efémeras organizações que agrupariam a oferta nesse


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Por isso, poderá chamar-se também partido a organizações outras, correspondendo a outras concepções que não a nossa.

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E poderá haver áreas e interesses do Partido susceptíveis de coincidirem, episódica e transitoriamente com áreas e interesses de partidos em diferentes versões dessoutra concepção que tudo reduz a mercado.

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O não poderá (deverá) acontecer é que, dada a designação comum, se confundam organizações com naturezas e objectivos diferentes, sob pena de deixar de ser nosso o que nosso é indispensável que continue a ser.

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 Final da última declaração de um membro (José Capucho) do Secretariado do Comité Central:

6. O PCP é um Partido com identidade própria, não é nem será um departamento do Estado ou uma sucursal política dos grupos económicos e financeiros.