Ainda apresentaria (as eleições já vão longe) um 3º quadro, sobre os três distritos do Alentejo, pelo que sobre essas votações se disse e procurou alarmar
Sendo certo que João
Ferreira baixou perto de 4 mil votos nos três distritos, quase 20% (com a maior
descida percentual em Évora), é errado (e por ser propositado erro, é mentira…
e há tantos que nisso são pródigos) que o PCP tenha perdido a hegemonia,
ou o primeiro lugar, porque nunca o PCP
teve nem uma coisa nem outra.
Apesar das quedas na
votação, bem inferiores às de Marisa (73,0%) e de Vitorino (30,7%), João
Ferreira ficou em 3º lugar nos três distritos, bem à frente de Ana Gomes,
enquanto Sampaio da Nóvoa fora 2º em toda a região, em 2016 – e é facto merecedor
de relevo, até para as eventuais considerações sobre transferências de votos.
A manutenção do 3º lugar, a queda de votação de Marisa na soma dos 3 distritos (menos mais de 14 mil votos… mais ou menos) quase 4 vezes superior à de João Ferreira, e a baixa votação de Ana Gomes – com cerca de ¼ da votação de Sampaio da Nóvoa e de Maria de Belém em 2016 –, poderão ajudar a descortinar de onde se transferiram votos para a subida do Chega a 2º no Alentejo, e a comprovar como se manipula a informação, tornando quedas reais em catástrofes irrecuperáveis e amaciando ou desvalorizando verdadeiros trambolhões.
Em resumo: o terrível PCP não foi esmagado no Alentejo,
bem longe disso! Outros parecem tê-lo sido.
2 comentários:
Concordo com o que escreveste.
Setúbal é que é outra coisa....
Belíssimo trabalho.E,claro,uma coisa é o que diz o bêbado,outra o taberneiro.O que ficou na opinião pública foi o resultado que emitiram a quente e a frio.A ofensiva contra o PCP,vai sendo cada vez mais despudorada.Preparemo-nos.Bjo.
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