- Edição Nº2463 - 11-2-2021
O Governo continua a gerir a sua intervenção a partir da submissão às imposições da UE mesmo quando isso confronta os interesses nacionais e a resposta rápida e eficaz que muitos dos problemas decorrentes dos impactos da epidemia reclamariam. Há um espécie de dogma com que se responde a quase tudo sempre que essa submissão é questionada: o que seria de Portugal sem a UE? Seguindo-se o cenário apocalíptico que em regra é invocado.
A fórmula gasta e acéfala é repetida até à exaustão. Sem a UE, um país pequeno como o nosso, o acesso de Portugal às vacinas seria uma miragem; sem a UE não se verificariam condições de financiamento nem o acesso aos «mercados» por parte do Estado português; sem a UE não teríamos a famosa «bazuca europeia» para relançar o investimento e responder à crise!!!
Mas o que se apresenta como salvação do País, na verdade, é o reflexo da sua dramática dependência. Dependentes para decidir sobre a TAP. Dependentes para comprar e produzir vacinas. Dependentes, muito dependentes, para decidir sobre o investimento público necessário ao País.
Veja-se, por exemplo, a execução verificada no Orçamento de 2020 e os cerca de 2,4 mil milhões de euros de margem orçamental que ficaram por utilizar em nome das regras do… Euro. Olhe-se para a forma passiva em como se aceitou o encerramento de unidades produtivas como a refinaria de Matosinhos ou a central de Sines passando a importar o que aí se produz. Veja-se como não cessam as mensagens da UE para a contenção salarial e as ditas reformas estruturais.
Nada que importe à elite económica nacional mais interessada em preservar os seus privilégios ainda que na sombra das grandes transnacionais.
3 comentários:
Paradoxalmente são os vampiros que se dão bem com o vírus.Bjo
Sem dúvida! Os vampiros retiram enormes benefícios deste vírus!
Abraço!
Comem tudo...se nós deixarmos!
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