quinta-feira, dezembro 22, 2022

Casa roubada... (ou quem com ferro mata...)

 - Nº 2560 (2022/12/22)

Casa roubada...

Opinião

O que se passa entre os «aliados» dos dois lados do Atlântico merece reflexão. A UE, após aplicar infindáveis pacotes de sanções que, mais do que sancionar a Rússia, sancionam a própria UE; após assistir muda e queda à sabotagem dos gasodutos NordStream, encomendados e pagos pela Alemanha; após ver as suas empresas a falir ou fugir, à procura de energia mais barata, e ver os EUA vender à Europa gás a 4 e 5 vezes o preço que é vendido nos Estados Unidos; após gastar milhares de milhões a financiar e armar a guerra da NATO no seu continente – após tudo isto, a UE está agora a braços com o pacote de quase 400 mil milhões de dólares de subsídios à indústria norte-americana decretado pelo Presidente Biden, em nome do ambiente e do combate à inflação. O Financial Times (6.12.22) diz que este pacote de subsídios estatais, que dá pelo nome de Lei da Redução da Inflação (IRA, nas iniciais em inglês), «tem o potencial de seduzir dezenas de empresas alemães, levando-as a abandonar a sua base nacional». E exemplifica: «Ao abrigo do IRA, os subsídios para a compra de veículos eléctricos seriam apenas para os que tenham componentes produzidos nos EUA e aí sejam montados». Os efeitos do IRA juntar-se-ão ao que já se passou nos últimos meses. Segundo o FT, «estatísticas governamentais divulgadas no mês passado indicam que a produção nas indústrias de energia intensiva, que correspondem na Alemanha a 23% de todos os empregos industriais, caiu 10% desde o início do ano».

O jornal politico.eu dá conta das reacções ao IRA, públicas e privadas, de dirigentes da UE. Num artigo com título «A Europa acusa os EUA de lucrar com a guerra» (24.11.22) fala em «pânico total» em Bruxelas e nos «receios duma guerra comercial transatlântica». Anuncia que a UE está a preparar as suas respostas «para impedir que a indústria europeia sejam arrasada pelos rivais americanos». Faz lembrar o ditado «casa roubada, trancas à porta».

A verdade é que a UE entregou-se de mãos e pés atados aos EUA. Ao contrário do que para aí se diz, a UE não estava «na dependência energética da Rússia». Podia escolher onde comprar, e optou por fazê-lo com base em racionais considerações de mercado, comprando onde era mais barato. Dependente dos EUA foi como a UE ficou, depois de se auto-sancionar e de alguém (quem foi? quem foi?) fazer explodir os gasodutos NordStream, impossibilitando a UE de arrepiar caminho. Chama-se a isto «mercados livres». Os «aliados» são afinal lobos e as presas não são apenas os países que insistem em optar por caminhos soberanos. São também os que se põem a jeito, ou porque acreditam na sua própria propaganda, ou porque têm dirigentes que anseiam lucrativas carreiras como a de Durão Barroso, carrasco do Iraque e Portugal. O que a UE fez aos PIIGS, estão agora os EUA a fazer à UE.

Já vimos que velhos «tabus liberais», como as nacionalizações e subsídios estatais, deixam de ser tabús quando se trata de ajudar o grande capital. Também o proteccionismo é assim. Os «mercados livres» sempre tiveram Estados por detrás, a promover os interesses dos tubarões maiores pela repressão dos trabalhadores ou as guerras de rapina. Tubarões que também se degladiam entre si e apenas se aliam para, juntos, tentar esmagar os trabalhadores e povos.

Jorge Cadima 

Dois terroristas...

É assim - tal e qual - que está nas notícias do dia de ZAP-aeiou












Que é que lhes deu?

quinta-feira, dezembro 15, 2022

Escolhas e apagões... a talhe de foice


  - Nº 2559 (2022/12/15)


Escolhas e apagões

Opinião

O jornalismo – todo ele! – é feito de opções, sendo a primeira, porventura, a escolha, de entre uma infinidade de acontecimentos e assuntos, daqueles que serão notícia. Como se concretiza essa selecção depende de diversos critérios, nem todos meramente jornalísticos.

Outra questão, diferente mas não menos relevante, é a forma como essas notícias são elaboradas, mas esta crónica não é sobre isso: com ela pretende-se, apenas, recordar (ou, em alguns casos, até revelar) notícias que tiveram pouca ou nenhuma expressão na generalidade dos órgãos de comunicação social, pese embora o seu inegável interesse público.

Desde há meses que a situação na Ucrânia vem motivando – e justificadamente, reconheça-se – o interesse mediático, com dossiês e emissões especiais, debates e comentários quase diários. Contudo, passou despercebida a entrevista recente de Angela Merkel ao jornal Die Zeit, na qual a antiga chanceler alemã reconhece que a assinatura dos Acordos de Minsk teve menos a ver com uma real vontade de resolver o conflito que desde 2014 se travava no Donbass, e que custava milhares de vidas, do que com a intenção de dar tempo às forças ucranianas para se armarem e prepararem para o confronto com a Rússia.

Também em Outubro, as afirmações dos ministros da Economia da Alemanha, Robert Habeck, e de França, Bruno Le Maire, criticando os Estados Unidos por venderem gás natural aos seus países a preços astronómicos, não tiveram grande repercussão nas televisões, rádios e jornais do chamado mundo ocidental. Discreta foi, ainda, a divulgação dos dados que comprovam os brutais impactos das sanções na indústria dos principais países da UE (há já quem fale da desindustrialização da Europa) e a transferência de unidades da Volkswagen, da BMW, da Mercedes-Benz, da BASF, da Siemens ou da Lufthansa para os EUA, onde os custos com energia são mais competitivos.

Praticamente ausentes dos media estiveram igualmente as greves, concentrações e manifestações que, sobretudo desde Setembro, se têm vindo a realizar na Alemanha, na Bélgica, em França, em Itália, no Reino Unido, na República Checa e também em Portugal, pela valorização de salários e pensões, contra o aumento dos preços (sobretudo da energia), pelo fim da guerra e das sanções, por negociações de paz.

Assim, terão sido poucos os que ouviram os trabalhadores alemães a exigir «abram o NordStream já!», os italianos a criticar a adesão do seu país à «cruzada euro-atlântica de sanções contra a Rússia», os checos a acusar o seu governo de nada fazer para travar o crescimento da pobreza e os portugueses a afirmar que «o povo quer a paz, não o que a guerra traz».

A construção das narrativas «oficiais» faz-se tanto do que se mostra (e como se mostra) mas também do que se apaga.

Gustavo Carneiro

quarta-feira, dezembro 14, 2022

Deve ser maleita!...

 Agora mesmo, ao passar os olhos pela "informação" publicada, eles tropeçaram neste naco de prosa:




... é de ficar assarapantado!


segunda-feira, dezembro 12, 2022

Um dos compridos rabos do enorme gato

Não!, não vou entrar no jogo descubra as diferenças... que nos convém entre Paulo Raimundo e Jerónimo. 

Venho, só, catar uma frase que tudo diz; 

"Afinal, o PCP de Raimundo não tem nenhum modelo internacional a seguir." 

Qual o PCP, de quem, alguma vez... teve o PCP um modelo internacional a seguir? 

Quantas vezes, e em quantas oportunidades, quem falou ou escreveu com responsabilidades de ser porta-voz do colectivo PCP. disse exactamente o contrário? 

Afinal!... não faltariam muitas outras... mas passo! Todo o jogo é vosso.

domingo, dezembro 11, 2022

sábado, dezembro 10, 2022

Uma dúvida esclarecida - a democracia verdadeira


 Para quem tiver (ou tivesse) dúvidas do que é 
a democracia verdadeira, 
o sr. Manuel Carvalho esclarece 
com uma translucidez notável!
É aquela 
(feita nos "compromissos ao centro")
e mais nenhuma.

(registada em 
marcas e patentes)

sexta-feira, dezembro 09, 2022

A NATO, o "mundo dos negócios" e a China

 L' Expresso

 

 

À

la

une:


Le secrétaire général de l'OTAN met en garde le monde des affaires contre la Chine. Jeudi (8 décembre), le secrétaire général de l’OTAN, Jens Stoltenberg a mis en garde le monde des affaires contre les risques découlant d'une trop grande dépendance du commerce avec la Chine, établissant un parallèle avec l’« erreur » commise par l’Europe, fortement dépendante du gaz russe. Un article de notre correspondant à Bruxelles, Charles Szumski.

 

segunda-feira, dezembro 05, 2022

Os aprendizes de feiticeiro...

 


Centeno: pico da inflação e das taxas de juro já passou

  1 

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno

O governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, acredita que o pico da inflação já foi atingido, assim como o pico das taxas de juro, e que 2023 será um ano de alívio para os portugueses.


Não é de excluir que possa existir uma revisão em baixa já ao longo do ano de 2023 das Euribor que hoje pagamos. Portanto, também como atingimos o pico da inflação, assim já tenhamos atingido o pico das taxas de juro e elas comecem gradualmente (a baixar)”, afirmou o governante em entrevista à Rádio Renascença.

Centeno afirmou igualmente que as taxas “não vão voltar aos níveis de 2022, não vão voltar aos níveis de 2019”, algo que “ninguém quer”.

Se, de facto, se verificar que o pico da inflação foi atingido “ao longo do quarto trimestre deste ano”, 2023 será um ano de alívio. Isto caso “não haja surpresas adicionais”, à semelhança da guerra na Ucrânia, ee se os mecanismos de transmissão forem efetivamente colocados no mercado”.

Indicou também que é preciso dar um sinal de moderação ao mercado, depois de duas subidas consecutivas de 0,75 pontos base. Nesse sentido, acredita que na próxima reunião, a 15 de dezembro, o aumento será “abaixo de 75 pontos base”, possivelmente 50 pontos.

   ZAP /

                                ... ou os "crentes" no mercado, no mar encapelado                             que este é, e a que, estando ao leme, procuram...                             dar sinais, como semáforo avariado em que para 
                         os salários só funciona o vermelho ou o amarelo 
                         ... da moderação.

Sensibilidade e/ou oportunismo

 No L'Expresso

 

 

À la une

 


 

 

 

 

L’idée d’Emmanuel Macron de fournir des « garanties de sécurité » à la Russie vivement critiquée. Le président français Emmanuel Macron a déclaré que l’Occident devrait réfléchir à la manière de répondre aux besoins de Moscou en matière de garanties de sécurité pour mettre fin à la guerre en Ukraine, mais son idée a suscité de vives critiques de la part de Kiev et de plusieurs partisans de la ligne dure de l’UE vis-à-vis de la Russie. Un approfondissement d'Alexandra Brzozowski.

 

sexta-feira, dezembro 02, 2022

Eppur si muove!

Nasce um novo sistema de pagamentos 

no Sul Global


– Mudança de jogo decisiva
– Desafio ao sistema monetário ocidental: rumo a um novo sistema de pagamentos do Sul Global
– Contornar e ultrapassar o dólar americano

Pepe Escobar [*]

 

 A União Económica da Eurásia (EAEU, na sigla em inglês) está a acelerar a sua concepção de um sistema de pagamento comum, o qual tem sido discutido em pormenor há quase um ano com os chineses sob a direção de Sergei Glazyev, o ministro da EAEU responsável pela Integração e Macroeconomia.

Através do seu organismo regulador, a Comissão Económica Eurasiática (CEE), a EAEU acaba de estender uma proposta muito séria às nações BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que, crucialmente, já estão a caminho de se tornarem BRICS+:   uma espécie de G20 do Sul Global.

O sistema incluirá um único cartão de pagamento – em concorrência direta com o Visa e o Mastercard – fundindo o já existente MIR russo, o UnionPay da China, o RuPay da Índia, o Elo do Brasil, entre outros.

Isto representará um desafio direto e frontal ao sistema monetário de concepção (imposta) ocidental. E vem nos calcanhares dos membros dos BRICS já a efetuarem o seu comércio bilateral em moedas locais e a contornarem o dólar americano.

Esta união EAEU-BRICS esteve em construção durante longo tempo – e agora também irá avançar no sentido de prefigurar uma nova fusão geoeconómica com as nações membros da Organização de Cooperação de Xangai (SCO).

A EAEU foi criada em 2015 como uma união aduaneira da Rússia, Cazaquistão e Bielorrússia, à qual se juntaram um ano mais tarde a Arménia e o Quirguistão. O Vietname já é um parceiro de comércio livre da EAEU e o Irão, membro recentemente consagrado da SCO, está também a fechar um acordo.

A EAEU foi concebida para implementar a livre circulação de bens, serviços, capitais e trabalhadores entre os países membros. A Ucrânia teria sido um membro da EAEU se não fosse o golpe de Maidan em 2014, engendrado pela administração Barack Obama.

Vladimir Kovalyov, conselheiro do presidente da CEE, resumiu tudo isto ao jornal russo Izvestia. O objetivo é estabelecer um mercado financeiro comum e a prioridade é desenvolver um "espaço de intercâmbio" comum:   "Fizemos progressos substanciais e agora o trabalho está centrado em sectores como a banca, os seguros e o mercado de ações".

Em breve será criado um novo organismo regulador para o proposto sistema financeiro conjunto EEU-BRICS.

Entretanto, a cooperação comercial e económica entre a EAEU e os BRICS aumentou 1,5 vezes só na primeira metade de 2022.

A quota dos BRICS no volume total de negócios do comércio externo da EAEU atingiu 30 por cento, revelou Kovalyov no Fórum Internacional de Negócios BRICS na passada segunda-feira em Moscovo:

"É aconselhável combinar as potencialidades dos BRICS e das instituições de desenvolvimento macrofinanceiro da EAEU, em particular o BRICS New Development Bank, o Asian Infrastructure Investment Bank (AIIB), assim como as instituições nacionais de desenvolvimento. Isto permitirá alcançar um efeito sinergético e assegurar investimentos sincronizados em infraestruturas sustentáveis, produção inovadora e fontes de energia renováveis".

Aqui vemos mais uma vez o avanço da convergência não só dos BRICS e da EAEU, mas também das instituições financeiras profundamente envolvidas em projetos no âmbito das Novas Rotas da Seda, lideradas pela China, ou Iniciativa Cinturão e Estradas (BRI).

Pôr um fim à era da pilhagem

Como se tudo isso não bastasse, o Presidente russo Vladimir Putin está a aumentar as apostas com o apelo a um novo sistema de pagamento internacional baseado na blockchain e nas moedas digitais.

O projeto de tal sistema foi recentemente apresentado no 1º Fórum Económico Eurasiático em Bishkek (Quirguistão).

No fórum, a EAEU aprovou um projeto de acordo sobre a colocação e circulação transfronteiriça de títulos nos estados membros e alterou regulamentos técnicos.

O próximo grande passo é organizar a agenda de uma reunião crucial do Supremo Conselho Económico da Eurásia, a 14 de Dezembro, em Moscovo. Putin estará presente – pessoalmente. E não há nada que ele gostasse mais do que fazer um anúncio de mudança de jogo.

Todos estes movimentos adquirem ainda mais importância à medida que se ligam a um comércio em crescimento rápido e interligado entre a Rússia, China, Índia e Irão: desde o impulso da Rússia para construir novos gasodutos que sirvam o seu mercado chinês – até à Rússia, Cazaquistão e Uzbequistão, a discutirem uma união gasista tanto para fornecimentos internos como para exportações, especialmente para o principal cliente, a China.

Lenta mas seguramente, o que está a emergir é o Grande Quadro de um mundo irremediavelmente fraturado com um duplo sistema de comércio/circulação: um estará a revolver-se em torno dos restos do sistema do dólar, o outro está a ser construído centrado na associação dos BRICS, EAEU e SCO.

Avançando mais longe na estrada, a recente metáfora patética cunhada por um vulgar patrão eurocrata: a "selva" está a separar-se do "jardim" com uma vingança. Que a fratura possa persistir, pois um novo sistema de pagamento internacional – e depois uma nova moeda – terá como objetivo travar definitivamente a Era da Pilhagem centrada no Ocidente.

30/Novembro/2022

[*] Analista geopolítico independente.

O original encontra-se em thecradle.co/Article/Columns/18975.

Este artigo encontra-se em resistir.info

 


domingo, novembro 27, 2022

Trevas (A talhe de foice)


 - Nº 2556 (2022/11/24)


Trevas


Opinião

«De dia não se via nada, mas pla tardinha já se apercebia gente que vinha de punhais na mão, devagar, silenciosamente, nascendo dos pinheiros e morrendo neles. E os punhais não brilhavam: eram luzes distantes, eram guias de lençóis de linho escorridos de ombros franzinos. E a brisa que vinha dava gestos de asas vencidas aos lençóis de linho, asas brancas de garças caídas por faunos caçadores. E o vento segredava por entre os pinheiros os medos que nasciam.» Este excerto de Trevas, de Almada Negreiros, que de tempos a tempos me assalta sem mais nem por quê, voltou-me à memória a propósito dos comentários sobre o Inverno que afinal, aparentemente para surpresa de uns tantos, está a chegar à Europa.

Enquanto na Ucrânia as consequências da guerra se tornam ainda mais dramáticas e penosas com o pronúncio do Inverno, no resto do velho continente a inflação ameaça gelar, literalmente, a maioria da população.

Ao mesmo tempo que a senhora Ursula don der Leyen insiste na necessidade de prosseguir a guerra, o descontentamento vem à tona. Em diversos países, como Portugal, Espanha, França, Itália, Bélgica, República Checa, Inglaterra, Bulgária, Alemanha, Países Baixos, Grécia, os trabalhadores fazem greve e saem à rua exigindo aumento de salários e pensões, controlo dos preços, políticas para pôr cobro aos lucros obscenos das grandes empresas, manifestam-se pela paz e contra a política suicida de sanções levada a cabo pela UE. Pela primeira vez em mais de 100 anos, milhares de enfermeiras e enfermeiros ingleses do sindicato Royal College of Nursing decidiram fazer greve. Sem pretender comparar o que não é comparável, quando o Inverno se fizer sentir com toda a intensidade e a penúria salarial e o preço escandaloso da energia, que segundo o Eurostat já aumentou mais de 40% este ano, tornarem proibitivo o aquecimento, é provável que «aqueça» o descontentamento social.

Descontente está também o capitalismo ligado ao sector produtivo, penalizado pelas sanções impostas pela NATO e seguidas pela UE. Se é verdade que o ramo armamentista vai de vento em popa, com a Alemanha a ocupar o quinto lugar dos exportadores mundiais, os restantes sectores da economia alemã apertam o cinto. Terá sido isso que levou o chancheler Scholz à China, a tratar de negócios, apesar de Washington ter declarado o país o principal adversário (inimigo?) a combater.

Na guerra comercial que travam contra Pequim, para impedir que se torne a principal potência a nível mundial, os EUA não hesitam em aumentar o proteccionismo, altamente lesivo das economias europeias, como as empresas alemãs já sentem na bolsa.

A questão que se coloca é a de saber até quando continuará a cegueira política da UE.

Voltamos a Almada Negreiros: «Veio a manhã e foi como de dia: não se via nada.»

Anabela Fino