Mostrar mensagens com a etiqueta China. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta China. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, dezembro 09, 2022

A NATO, o "mundo dos negócios" e a China

 L' Expresso

 

 

À

la

une:


Le secrétaire général de l'OTAN met en garde le monde des affaires contre la Chine. Jeudi (8 décembre), le secrétaire général de l’OTAN, Jens Stoltenberg a mis en garde le monde des affaires contre les risques découlant d'une trop grande dépendance du commerce avec la Chine, établissant un parallèle avec l’« erreur » commise par l’Europe, fortement dépendante du gaz russe. Un article de notre correspondant à Bruxelles, Charles Szumski.

 

quinta-feira, agosto 04, 2022

Reflexões lentas - democracia à moda do capital

 

“democracia” à moda do capital

(modelo e exemplo)

 

O esvaziamento conceptual das palavras, ou a desvirtualização do que é apregoado como valores, faz parte essencial da agressão ideológica que é enroupada de desideológica contra o que (e quem) tem uma ideologia. E  a assume.

Cada vez que é utilizado o vocábulo democracia haveria que procurar o sentido com que a palavra é atirada para comunicação, para a informação aos cidadãos do que se está a passar no mundo que vivemos.

Embora, por vezes, se lhe acrescente a localização do conceito (democracias ocidentais), esse acrescento é distracção, quando não é intenção perversa própria do pensamento único, como se democracia fosse propriedade de uma parte do universo e de mais nenhuma.

Absolutiza-se e privatiza-se o conceito, como, aliás, tudo é pretendido absolutivizar e privatizar, o que corresponde a uma desvirtualização do conceito, a um esvaziamento do(s) valor(es) que encerra.

… porque há mais do que uma democracia?

Não!, porque sendo una, a democracia pode tomar várias formas. Sendo una, enquanto prática da convivência dos seres humanos, em partilha solidária igualitária que respeite as desigualdades individuais naturais; podendo tomar várias formas e não apenas uma, segundo os lugares em que se pratica e as suas formas e histórias das comunidades locais.

O mais grave atentado ao conceito e valor da democracia é o de a espartilhar num modelo único: a democracia é isto!…  e o que assim não seja não é democrático.

 

No seu tempo histórico, a predominância do capital (enquanto relação social) sempre procurou impor a “sua democracia” e, nesse intuito, chega a ser caricata a obsessão de impor um modelo: a democracia ocidental! tornando a palavra, o conceito, o valor humano, numa definição que os dicionários apontam como “regime político”: a democracia é o regime político que… e sai modelo!

E o modelo é a valorização de determinadas estruturas padronizadas, sobrevalorizando esmagadoramente a representatividade traduzida eleitoralmente, relativamente à vertente essencial da participação (informada) de quem é afirmado deter o real poder, assim tornado inconsequente.

O modelo exporta-se, Estado a Estado, com ligeiras e apenas formais diferenças, procurando impor-se em toda a parte e em todas as condições… senão não há democracia!

 

 

No modelo à moda do capital, a estrutura da sociedade é dualista. Coerente com uma ideologia binária, deverá haver situação e oposição, os prós e os contras, o sim e o não, e o resto é (ou tem de ser obrigado a ser) paisagem, acessório.

Vejamos expressões de um espectro político desejado, e adeqado à “democracia”:

·       Democratas e republicanos

·       Sociais-democratas e cristãos-democratas

·       Democratas-cristãos e sociais-democratas

·       Conservadores e trabalhistas (e liberais)

·       PSOE e PP

·       PS e PSD-PPD

·       “esquerda” e “direita”.

 

Depois… tudo se confunde. As políticas são as mesmas, de tão parecidas que, por vezes, é quase surpreendente que as maiores diferenças pareçam existir no interior de um dos lados dos binários.

Por exemplo: as posições de Biden (1ª figura do “modelo de democracia” estadounidense) e de Pelosi (3ª figura do “modelo de democracia” estadounidense) relativamente a uma ida a Taiwan, de que pode resultar (veja-se lá!) uma situação verdadeiramente assustadora para a Humanidade… foram diferentes, embora do mesmo partido, considerado como o mais progressista (ou o menos reaccionário) dos E.U.A..

A decisão que prevaleceu, adoptou, com toda a clareza, a forma de uma provocação, como foi sobejamente advertido pela China, teria sido democrática? Foi da “democracia ocidental”, cujo poder não está no povo dos Estados Unidos mas em interesses ligados a um regime político totalmente condicionado pelos interesses dominantes, pelo complexo industrial-militar.

 

Do que pode estar dependente o futuro da Humanidade! De evidentes e indesmentidas provocações de uma “democracia” à moda do capital!

domingo, dezembro 12, 2021

A propósito de genocídios

 


Você disse "genocídio"?

Quase um ano atrás (17/12/2020), a CEDH (Tribunal Europeu dos Direitos Humanos) declarou definitivamente nulas e sem efeito as acusações de genocídio supostamente cometido pelos chineses na região do Tibete (ver https: //www.legrandsoir.info/ tibetains-degoutes-tibetains-deboutes-le -... ).

A questão é se a CEDH será capaz de proferir o mesmo veredicto, no mesmo prazo, sobre o “genocídio” dos uigures que eram 7,2 milhões em 1990 e 12,12 milhões em 2017?

Por fim, que tribunal internacional poderia finalmente responsabilizar o maior predador dos tempos modernos, com base nesta breve informação:
- Estados Unidos: 9 milhões de ameríndios em 1800, 300.000 em 1900?

Theophraste R . Mente cartesiana.

URL deste resumo 6890
https://www.legrandsoir.info/vous-avez-dit-genocide.html

domingo, maio 02, 2021

Ir buscar lã... e vir tosquiado!

  - Nº 2474 (2021/04/29)


Foram buscar lã…

Opinião


A forma como uma certa imprensa trata recentemente a China e as privatizações, fez-me recordar um velho dito português «foram buscar lã, saíram tosquiados». Senão vejam:

Titulava o Jornal de Negócios: «Chineses recuperaram 70% do investimento na EDP». Um escândalo, de facto. Que o artigo ilustra de forma ainda mais eloquente, informando que «os chineses» já embolsaram 1875 milhões de euros desde a privatização, e que a sua posição na empresa vale 3697 milhões de euros, mais 38% do que quando a adquiriram. Ou seja, que em 10 anos multiplicaram o seu capital para mais do dobro. Repito: um escândalo. Mas porquê o título «Chineses»? A CTG vai receber «apenas» 143,4 milhões dos 753,5 milhões de dividendos escandalosamente distribuídos este ano pela EDP. O conjunto dos fundos americanos vai receber ainda mais que a CTG. Não seria mais correcto o título que referisse que os accionistas da EDP em 10 anos recuperaram tudo o que investiram e mantêm o capital da empresa? Que em 10 anos, com duas crises pelo meio, a privatização deu a estes accionistas mais de 12 mil milhões de euros de rendimento? Mas isso seria colocar a tónica no crime – cometido por PS, PSD e CDS com o estímulo da UE – que foi privatizar a EDP. E esse não é objectivo deste tipo de notícias.

Uns dias antes, titulava o mesmo jornal: «Chinesa BEWG exige 133 milhões à Câmara de Paredes em Tribunal». A razão, o facto desta Câmara pretender resgatar a concessão do serviço de água. Se pensarmos que a BEWG pagou em 2013 cerca de 95 milhões pela Veolia Portugal, recebendo assim as concessões de Mafra, Paredes, Valongo e Ourém, e que entretanto já recebeu 21 milhões pelo resgate da concessão em Mafra e uns milhões de lucro por ano, é de facto um escândalo o que a privatização já custou aos utentes destes 4 municípios e aos próprios municípios e o que os capitalistas ainda lhes exigem. Mas mais uma vez, o problema não são os chineses, é a privatização e a liberalização.

Mas tudo isto é reflexo da súbita compreensão no imperialismo «ocidental» de que estão a perder o controlo do mundo com as regras que eles impuseram para o dominar. E estão a aquecer uma Guerra Fria contra a China. São uns lobos carecas e cheios de medo. E muito, muito perigosos.

Manuel Gouveia
___________________________________________________

De vez em quando, transcrevem-se,
aqui,
da secção
do 
,
alguns comentários.
Este, de Manuel Gouveia,
merece-nos particular destaque,
por várias razões, 
entre elas, 
a de ser a factura que,
cá em casa,  se paga todos os meses.
Tirando isso, que não é de somenos,
é mesmo um despautério a sanha
contra "os chineses"...
É mesmo a confirmação de que,
muitas vezes,
se vai buscar lã e se sai tosquiado.
A China é o  mais populoso país do mundo,
 desde 1949 com um partido comunista no poder,
que adoptou a fórmula
um País, dois sistemas,
o que pode ser - e é - controverso
mas não consta, na História da Humanidade, 
que alguma vez tenha atacado outra nação,
lançado bombas atómicas, 
imposto criminosas sanções e bloqueios económicos
contra povos!

S.R.

terça-feira, abril 06, 2021

"Um país, dois sistemas"

 domingo, 4 de abril de 2021

Tentou-se usar Hong Kong para atingir Pequim 

e para ocidentalizar o país, diz especialista


Um especialista do Centro de Estudos ‘Um País, Dois Sistemas’ do Instituto Politécnico de Macau (IPM) disse à Lusa que se tentou usar Hong Kong para atingir Pequim e como base para ocidentalizar a China.

Em entrevista, Xu Chang lembrou ainda que na região administrativa especial chinesa foram entoados ‘slogans’ anti-China, anticomunistas e independentistas, o que era “estritamente proibido sob o domínio britânico”.

Ou seja, acusou, “tentou-se usar Hong Kong como uma base ou ponte para a ocidentalização e subversão da China”, algo que ficou patente nos protestos violentos de 2019, argumentou.

O académico, que desenvolve investigação na área do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’, afirmou que parte da comunidade internacional não percebe a simplicidade da fórmula chinesa em vigor nas duas regiões administrativas especiais chinesas: “A parte principal do país forma um sistema socialista e Hong Kong e Macau mantêm o sistema capitalista original e permanecem inalterados”.

Ou seja, explicou, ‘Um País, Dois Sistemas’ é um arranjo institucional inabalável e imutável de longo prazo” e “os dois sistemas existem sob a premissa de um país”, tendo sido realizados “alguns ajustes realistas às circunstâncias especiais de Hong Kong”.

Para Xu Chang, não é realista a ampliação das diferenças entre os dois sistemas defendida por parte da comunidade internacional, que não entende a premissa. Isto porque, procurou esclarecer, essas diferenças “estão, na verdade, em contradição com o regresso do exercício da soberania pela China”.

Já em relação a Taiwan, território reivindicado pela China, o docente do IPM lembrou que a fórmula ‘Um País, Dois Sistemas’ tinha sido desenhado para contemplar a ilha.

Após o fim da guerra e o estabelecimento da China comunista, em 1949, o líder da República da China derrotado, Chiang Kai-shek, e as suas tropas exilaram-se na ilha de Taiwan. Nos anos 1990 começaram a realizar eleições democráticas, mantendo-se no poder forças que não aceitam a reunificação com a China, apesar das ameaças de Pequim.

“O povo de Taiwan não faz certamente parte das forças hostis, mas é o próprio Governo de Taiwan que assume um estatuto hostil”, sustentou Xu Chang.

“No processo de resolução dos problemas específicos que precisam de ser resolvidos, serão tomadas boas medidas para proteger os direitos e interesses legítimos dos residentes de Taiwan e, ao mesmo tempo, para se adotarem disposições mais adequadas com base nas lições aprendidas com a implementação da experiência histórica de Hong Kong e Macau”, acrescentou.

A verdade é que as últimas eleições em Taiwan foram um duro golpe para Pequim. A independente Tsai Ing-wen venceu por larga margem a oposição pró-Pequim, num ato eleitoral marcado pela deterioração das relações entre Taipé e Pequim.

A oposição protagonizada pelo KMT chegou a ameaçar o poder, mas perdeu terreno com a repressão dos protestos em Hong Kong e à posição do Presidente chinês, Xi Jinping, que não excluiu o uso da força para garantir a reunificação de Taiwan com a China continental, Macau e Hong Kong.

Hong Kong regressou à China em 1997. Seguiu-se Macau, dois anos depois, até aí administrada por Portugal, também sob um acordo com Pequim no qual se garantia ao território 50 anos de autonomia e liberdades mais amplas do que aquelas permitidas no resto da China, de acordo com o princípio ‘Um País, Dois Sistemas’.

A fórmula ‘Um País, Dois Sistemas’ foi usada em Macau e Hong Kong, após a transferência dos dois territórios para a China, e garante às duas regiões um elevado grau de autonomia a nível executivo, legislativo e judiciário.

Xu Chang é licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Pequim, com especialização em Direito Internacional, pós-graduado em Direito Administrativo Constitucional e Doutor em Direito.

Tem trabalhado em Hong Kong e Macau desde meados da década de 1980, tendo publicado centenas de artigos e monografias relacionados com o sistema político e de desenvolvimento económico e social destas duas regiões administrativas especiais chinesas.

O especialista esteve ainda envolvido nos trabalhos de constituição da Região Administrativa Especial de Macau e na elaboração da Lei Básica de Macau.

quinta-feira, fevereiro 25, 2021

INFORMAÇÃO (zinha)




A CHINA VAI ENVIAR VACINAS 

PARA MAIS 19 PAÍSES AFRICANOS

A China enviou vacinas para o Zimbabwe e a Guiné Equatorial, e irá ajudar mais 19 países de África como parte do compromisso de tornar as vacinas um bem público mundial, afirmou um funcionário do governo.
Trabalhadores descarregam as vacinas doadas pela China no Aeroporto Internacional Robert Gabriel Mugabe, em Harare, capital do Zimbabwe, no dia 15 de Fevereiro de 2021 CréditosShaun Jusa / Xinhua

Wang Wenbin, representante do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, disse esta segunda-feira que o seu governo se propõe apoiar o continente africano no menor tempo possível.

Wang referiu-se às doações feitas ao Zimbabwe e à Guiné Equatorial, destacando que, com estas acções, o país asiático quer fazer das suas vacinas um bem público mundial.

Afirmou que se trata de uma clara manifestação da amizade tradicional entre a China e África, acrescentando que o seu país irá continuar a fornecer apoio e assistência dentro das suas capacidades e tendo em conta as necessidades do continente, informa a agência Xinhua.

Além dos países referidos, o responsável governamental disse que a China irá ajudar, concretamente, outros 19 países africanos, doando vacinas àqueles que se encontram em situação de maior desvantagem e apoiando empresas a exportar os seus produtos contra a Covid-19 para países africanos que deles necessitam com urgência e que aprovaram a sua utilização.

CHINA APOIA OS ESFORÇOS DO OCIDENTE 

PARA APOIAR ÁFRICA

Wang reagiu desta forma às declarações proferidas pelo presidente francês, Emmanuel Macron, no contexto da Conferência de Segurança de Munique, em que exortou europeus e norte-americanos a enviar o mais rapidamente possível para África doses suficientes de vacinas contra a Covid-19 para proteger o pessoal da Saúde, defendendo que, assim, «o Ocidente será considerado em África» e que, de outra forma, «os nossos amigos africanos irão comprar doses aos chineses, aos russos».

«A força do Ocidente será um conceito e não uma realidade», disse o chefe de Estado francês, citado pela Prensa Latina.

Ao ser questionado para comentar directamente estas afirmações de Macron, Wang Wenbin disse que a China valoriza e apoia o esforço da França e de outros países europeus e americanos para fornecer vacinas e ajudar África a combater a pandemia.

A China tem actualmente 16 vacinas contra a Covid-19 a ser testadas, sete das quais na terceira fase dos ensaios clínicos, e aplicou as quatro mais avançadas a mais de 40 milhões de pessoas.

O país asiático enviou as suas vacinas contra a Covid-19 para 53 países em desenvolvimento, como forma de ajuda, tem acordos de exportação com mais 22 e entregou dez milhões de doses ao mecanismo Covax, promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), indica a Xinhua.

A OMS está a estudar as vacinas produzidas pelas empresas chinesas Sinopharm, Sinovac e CanSino para determinar se cumprem os padrões mundiais de qualidade e segurança, antes de as incluir na sua lista de fármacos aprovados.

Ver original em "AbrilAbril" na seguinte ligação:

https://www.abrilabril.pt/internacional/china-vai-enviar-vacinas-para-mais-19-paises-africanos

segunda-feira, outubro 05, 2020

Comenta dor: esta comunicação sucia l !!

Hoje acordei com esta disposição e disponibilidade...

 Le Monde:

Commerce : Valdis Dombrovskis entend parer aux intimidations des États-Unis et de la Chine

[Commerce international] Valdis Dombrovskis, le vice-président exécutif de la Commission européenne, a annoncé aux eurodéputés qu'il allait proposer un nouveau mécanisme pour protéger l'UE des manœuvres coercitives de partenaires commerciaux tels que les États-Unis et la Chine.

... "intimidations" des Estados Unidas e da China?!

Por favor, apontem-me uma (uminha que seja...) intimidação, ou ameaça, ou insinuação, ou calúnia, ou vergonhosa mentira da parte da China?

sexta-feira, maio 15, 2020

O "expansionismo" chinês... artigo muito interessante


O “expansionismo” chinês

O comportamento dos EUA, na sua curta existência, foi diametralmente oposto ao da China, que na sua vida milenar mostrou relutância em usar a opção militar em primeiro lugar.

in Jornal Económico

O combate à ameaça percebida colocada pela China aos EUA será, porventura, o único assunto que faz as elites políticas americanas cerrar fileiras, tanto democratas como republicanas. A peleja prolongar-se-á para lá da Administração Trump. Foi interiorizada como um desafio existencial. Nunca a campanha antichinesa nos EUA foi tão virulenta.
A campanha contra o “vírus chinês” insere-se naquele combate, mas numa lógica de curto prazo – eleições americanas –, sendo por isso menos importante. A China é apresentada como a maior ameaça ao modo de vida americano, sendo acusada de ter um comportamento militar provocador. A China e a Rússia procuram criar um mundo à imagem do seu modelo autoritário, diz-se e escreve-se em Washington.
Estas afirmações são graves e merecem ser contraditadas. Questionamos a sua verosimilhança. Porque, ao contrário dos EUA, que se auto-encarregaram da messiânica e espinhosa tarefa de espalhar a liberdade, a democracia e os valores universais pelo mundo – a excecionalidade americana –, a China não pretende promover globalmente a sua civilização, muito menos impô-la aos demais Estados. Não impôs a si própria a missão de criar um mundo à sua semelhança, um mundo comunista. Já lá vai o tempo em que a China patrocinava movimentos subversivos no Terceiro Mundo. Esse tempo acabou há muito.
A convicção inabalável de que o mundo seria um lugar melhor se a humanidade aderisse e implementasse os valores americanos dá pretexto a Washington para impor a sua cosmovisão aos outros, recorrendo à “persuasão militar”, sempre que tal se revele necessário. O cumprimento dessa prosélita missão foi responsável pelo envolvimento dos EUA em mais conflitos militares do que qualquer outro Estado. Sobre esta matéria, o comportamento dos EUA, na sua curta existência, foi diametralmente oposto ao da China, que na sua vida milenar mostrou relutância em usar a opção militar em primeiro lugar. A China não travou uma única grande guerra nos últimos 40 anos.
São conhecidas as diferenças entre a ética confucionista e protestante. A civilização chinesa não é, nem foi, militarista nem expansionista. Se o fosse teria conquistado os territórios vizinhos. A Austrália não teria sido colonizada por potências europeias. Mas não o fez. Não por incapacidade militar, mas por idiossincrasias culturais. Ao contrário dos EUA, que quando confrontados com um desafio estratégico privilegiam o emprego da força militar, os chineses evitam as opções militares. A China não recorrerá aos meios militares como primeira expressão de poder, como, aliás está bem evidente no “White Paper” de 2019, onde se prioriza a salvaguarda da soberania e da integridade territorial nacional.
Desmonta-se com alguma facilidade a falácia argumentativa do “perigo amarelo” e da ameaça direta, física, existencial da China à América e ao modo de vida americano. Muitos outros argumentos poderiam ser adicionados. Igualmente grave são as caixas de ressonância que proliferam, nomeadamente em Portugal, e se prestam a alinhar nesta propaganda insana.
Estranhamente, nenhum delas alerta para a precariedade da manobra americana. Estamos ainda sem perceber onde é que Washington quer chegar. Está a envolver-se numa competição, sem antes ter desenvolvido uma estratégia global e abrangente sobre como pretende lidar com a China.

domingo, março 22, 2020

7 SEGREDOS da CHINA que se podem resumir a um só...


Los 7 secretos que ayudaron a China 

a derrotar la epidemia de COVID-19


© REUTERS / China Daily
04:03 GMT 22.03.2020(actualizada a las 04:16 GMT 22.03.2020) URL corto
42327



Mientras (Enquanto) que en Europa y EEUU el número de personas infectadas con coronavirus establece nuevos récords, en China, por el contrario, la plaga (a praga) de 2020 está en declive. ¿Qué ayudó a Pekín a frenar (conter) la enfermedad que terminó con 13.000 vidas en todo el mundo?
Los últimos tres días no se han registrado nuevos casos de coronavirus en China. Así, ya se puede analizar la estrategia china. El historiador ruso Serguéi Buranok, citado por el medio KP.ru, resalta los siete principales trucos chinos que permitieron a Pekín derrotar la epidemia de COVID-19.
  1. Una gran experiencia en el tratamiento de todo tipo de epidemias tanto en el siglo XXI —SARS en 2002-2003, así como la gripe estacional—, como antes. En primer lugar, experiencia en la movilización de la sociedad, la economía y la ciencia para combatir estas amenazas (ameaças). Cuando se construyó el famoso hospital en Wuhan en febrero en solo una semana fue la aplicación de dicha (dessa) experiencia.
  2. Inversiones (investimentos) en ciencia. Desde finales de la década de 1980, China ha estado invirtiendo (investindo) tremendamente en innovaciones, incluso (inclusive) médicas. La lucha (luta) contra el virus no es solo obtener la vacuna (vacina) —que aún (ainda) no está disponible—, sino (senão) también desarrollar y producir pruebas de virus, que han sido realizadas por docenas (dezenas) de universidades y centros de investigación en China desde enero (janeiro). Y lo más importante es hacer (fazer) pronósticos (previsões) médicos, elaborar modelos matemáticos de la epidemia. ¿Por qué es tan importante? El 21 de febrero, el embajador chino en Rusia, Jang Hanhui, dijo: "Durante el próximo mes, triunfaremos sobre el virus". El 21 de marzo, la epidemia china está en declive. El embajador, como todas las autoridades chinas, se basó en modelos matemáticos específicos y, como se puede ver, el pronóstico se hizo realidad. Lo que nos lleva al siguiente punto.
  3. La confianza entre la población y las autoridades. En enero (janeiro) y febrero, cuando la propagación del virus parecía ser incontrolable, la sociedad china amenazaba (ameçava) con explotar (explodir). Pero (mas) luego (logo) la gente vio que los funcionarios, médicos, militares e ingenieros prometían y cumplían con sus promesas, que daban fechas (datas) concretas y que las respetaban (respeitavam). Todo esto llevó a la gente a creer (acreditar) que las medidas del Estado, incluso aquellas muy duras como la cuarentena total, eran realmente justificadas y que debían respetarse. También ayudó mucho el apoyo estatal. Por ejemplo, un aumento en el salario de los trabajadores de la sanidad.
  4. China no tenía miedo de interactuar con otros países y con organizaciones internacionales como la OMS.
  5. Las autoridades ejercieron (exerceram) su poder. En China no solo está el Gobierno, sino también el Partido Comunista. Sus comités de distrito obtuvieron una enorme autoridad, se convirtieron en centros de gestión de crisis y permitieron a Pekín seguir controlando el país. Las decisiones clave /chave/ (introducir o debilitar /aliviar/ la cuarentena en un territorio determinado) no fueron tomadas por las autoridades locales, sino (mas sim) por el Partido.
  6. Nuevas tecnologías. Un gran papel en la lucha (luta) contra la infección ha jugado (jogou) la aplicación móvil Código de Salud. Cada chino fue obligado a instalarla y a usarla. Muestra tu estatus: si eres (for) verde, todo está en orden; amarillo (amarelo), hay que tener cuidado; rojo (vermelho), estás en cuarentena. El estatus personal se calcula sobre la base de los datos médicos recopilados (recolhidos) por el Gobierno: por ejemplo, cuando un chino entra en una tienda (loja), se mide su temperatura, y este parámetro ingresa inmediatamente al sistema. Dado que el teléfono inteligente monitorea su ubicación (localização), si tiene estatus rojo (vermelho), no puede abandonar su departamento (área de residência) y se le aplicará una multa en caso de hacerlo (fazê-lo). Además, esta aplicación permite recibir noticias verificadas oficiales sobre la epidemia y la cuarentena a nivel local. Por su parte, las autoridades pueden entender dónde y cuántas personas se encuentran en una situación amenazante (de perigo). Si hay muchos verdes, la cuarentena en un área determinada puede debilitarse (pode ser aliviada).
  7. La estrategia general para el aislamiento (isolamento) máximo de las zonas infectadas. Desde el principio, China no tuvo (teve) miedo de sacrificar parcialmente la libertad de sus ciudadanos por un tiempo para frenar la enfermedad. Y triunfó.

sexta-feira, março 13, 2020

De um lado, informa-se; do outro, esconde-se, oculta-se!


CHINA ADMITE QUE COVID-19 

CHEGOU DOS ESTADOS UNIDOS

2020-03-12
Martha Ladesic, Washington; Exclusivo O Lado Oculto


Zhao Lijian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, admitiu na sua conta Twitter que pode ter sido “o Exército dos Estados Unidos a trazer o surto epidémico de COVID-19” para a cidade de Wuhan.
É a primeira vez que um responsável oficial chinês aborda uma possibilidade que há alguns dias circula em sectores da comunicação social.
“Quando começou o paciente zero nos Estados Unidos?, pergunta Zhao Lijian. "Quantas pessoas estão infectadas? Quais são os nomes dos hospitais? Pode ter sido o Exército dos Estados Unidos que trouxe o surto para Wuhan. Sejam transparentes. Tornem os vossos dados públicos. Devem-nos explicações”.
A intervenção do representante chinês foi publicada pouco depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter qualificado o COVID-19 como “um vírus estrangeiro”.
A posição do porta-voz do Ministério dos Estrangeiros de Pequim tem como base duas circunstâncias: o facto de o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) ter admitido agora que muitos doentes falecidos no país supostamente vítimas de gripe comum morreram afinal de coronavírus; e a presença de 172 membros do Exército dos Estados Unidos nos Jogos Mundiais Militares realizados em Wuhan entre 18 e 29 de Outubro de 2019.
Wuhan é a cidade central da China onde terá surgido o surto, eventualmente em 31 de Dezembro de 2019.
Na quarta-feira, dia 11 de Março, o director do CDC, Robert Redfield, testemunhou perante a Comissão de Supervisão da Câmara dos Representantes que nos Estados Unidos houve inicialmente casos fatais de coronavírus em que os óbitos foram atribuídos à gripe comum. Diagnósticos póstumos vieram depois a confirmar tratar-se de COVID-19, pelo que a epidemia pode ter-se iniciado antes de ser declarada em Wuhan.
A alusão de Zhao Lijian ao “transporte” pelo Exército dos Estados Unidos deve-se à participação de militares norte-americanos nos Jogos de Wuhan algumas semanas antes de o coronavírus ter sido detectado nesta cidade.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde e departamentos nacionais de vários países a China tem partilhado os seus dados sobre a doença à escala internacional, de modo a ser combatida da forma mais eficaz possível. A declaração do porta-voz chinês é um desafio aos Estados Unidos para procederem da mesma maneira, sobretudo depois de um alto responsável do sector da saúde do país ter admitido que o coronavírus só foi detectado depois de ter provocado um número indeterminado de casos fatais.

quinta-feira, março 12, 2020

Coronavirus - SEJAMOS SÉRIOS


SEJAMOS SÉRIOS QUE O CASO É SÉRIO

Pronto! Convenceram-me.
Convenceram-me do que não estavam convencidos mas de que acabaram por se convencer.
Convenceram-me do que (antes de virem a estar convencidos) me queriam convencer.  Pelo medo, pelo pânico, pelo “demónio” vindo da China.
Estou convencido. A situação é mesmo muito grave!
Estou convencido. Não só porque, no mundo de consciência do mundo em que nasci e vivo – na superstrutura de formação social capitalista… deixe-me eu de eufemismos –, a minha situação individual se assustou. E se assustou porque eu posso ser infectado, porque eu posso ter a despensa vazia e, por isso, devo enchê-la, porque eu não posso ir domingo à bola ver o meu clube vencer o adversário, chamar macaco a um preto que mete golos na balisa que é minha ou à mãe do árbitro, porque eu não posso ir aos Estados Unidos fechar aquele negócio ou porque eu tenho de cancelar aqueles dias de férias… p’ráqui sem aviões e com os hotéis fechados.
Estou convencido porque, além da informação em que não confio, tenho acesso a alguma informação alternativa, e – mais decisivo ainda – porque a realidade da gravidade do estado do mundo em pandemia se impõe. Porque a consciência do momento-mundo que estamos a viver me faz acreditar no que habitualmente desconfio. Com comprovadas razões fortíssimas para não confiar.

Façamos (tempo do verbo em plural majestático) a retrospectiva, sem entrar em teorias da conspiração que já vimos insinuadas em alguma informação alternativa:

Numa aldeia-cidade da China (com dezenas de portugais como habitantes) apareceu e expandiu-se um vírus, que não era desconhecido (houve conferências a propósito no mundo capitalista há 20 anos, de onde sairam projectos de pesquisa que ficaram em projecto…). O Estado chinês, como era sua obrigação, deu conta da situação ao mundo (ao mundo inteiro-OMS), e atacou a situação e previsível evolução dentro do seu enorme território, com a sua imensa população. No seu Estado, tal como organizado. Dito de dois-sistemas.
Logo a comunicação-ao-serviço, a mediatização da super-estrutura capitalista, começou a (a)guerr(id)a campanha. Em plena liberdade neoliberal.
Era uma oportunidade na guerra comercial, económica, total, em que está com este inimigo (ela é uma super-estrutura carente e à cata de inimigos, e aquele, com a ideia peregrina de “dois sistemas”, é um proto-inimigo).
Foi um ver se te avias.
Contrafeito o arranque, teve de ser moderado porque a epidemia entrou no desigual e desequilibrado mundo capitalista (parte dominante do mundo total que se considera – a si próprio – como global, como único, como final da evolução da espécie humana). A criar problemas.
Ao mesmo tempo, pediu-se à ciência respostas urgentes, que tinham sido adiadas por… questões orçamentais e outras que tais. À maneira de cada um para si, de salve-se quem puder, enquanto se procura um horizonte de oportunidades, de terapêuticas, de vacinas, de negócios.
E a pandemia transformou-se em pandemónio!
Exemplo “à mão”, caseiro… e modesto.

Entretanto, a China faz o seu caminho.
Um povo com um Estado… e em estado de resolver coisitas (mesmo as muito graves) como esta. Porque a a consciência (a superstrutura) é outra. Não prevalece o individual, a pessoa (e parentes ou próximos) mas o colectivo, o povo.
O futuro.

CORONAVIRUS e CHINA - Para ler e reflectir...

INFORMAÇÃO ALTERNATIVA:






10 de março de 2020
"Covid-19: a falência de um sistema"
Bruno GUIGUE

Já teremos lido tudo, visto tudo, ouvido tudo: "o regime chinês faliu", a China está "à beira do abismo", o "sistema entrou em colapso", Xi Jinping está "politicamente ameaçado" e "preso na armadilha ", a “ditadura está cambaleando", o "totalitarismo foi abalado" e "confessa o seu fracasso", "nada será como era antes ".

Uma coisa é certa, de facto nada será como era antes, e por uma boa razão: a República Popular superou claramente a epidemia em dois meses. Aves agoirentas dirão que é falso, que os números são falsificados, que a epidemia pode voltar. Mas especialistas internacionais dizem o contrário, e os factos falam por si. O número diário de novas infecções é agora 50 vezes maior no resto do mundo do que na República Popular da China. Dos 80.000 casos recenseados desde Janeiro neste país, 70.000 pacientes já foram curados. As restrições de viagem estão sendo gradualmente suspensas e a actividade económica está aumentando.
Percebe-se que essa realidade entristece os inimigos da China que povoam a comunicação do “mundo livre”, mas terão de se acostumar. A China alcançou o que algum outro país jamais conseguiu: derrotar uma epidemia pela mobilização maciça da sociedade e do Estado. Depois de relatar o vírus à OMS em 31 de Dezembro de 2019, a China, entrou em batalha. Sem precedentes na história, a contenção de 50 milhões de pessoas, em 23 de janeiro, retardou a progressão da epidemia. Aparecendo mascarado na televisão em 8 de fevereiro, o presidente Xi declarou "uma guerra do povo contra o novo demônio". Dezenas de milhares de voluntários reuniram-se em Hubei, dezenas de hospitais foram construídos em poucas semanas, Milhares de equipas foram enviadas para rastrear contactos entre os doentes e seus próximos. Apenas um exemplo: no final das festividades do Ano Novo Chinês, 860.000 pessoas retornaram a Pequim. O governo ordenou que ficassem por duas semanas e o município mobilizou 160.000 cuidadores para garantir o cumprimento desta decisão.
Se a epidemia está recuando, não é porque se tenha rezado para fazer que assim fosse, é porque o povo chinês fez esforços gigantescos. Na Europa, critica-se a China, tergiversa-se, "privilegia-se a economia" e, enquanto isso, a pandemia espalha-se. Em 2009, o vírus H1N1, que apareceu no México e nos EUA, infectou 1.600.000 pessoas e matou 284.000 em todo o mundo. Washington destacou-se por sua incapacidade de lidar com essa pandemia, e a comunicação social do ocidente preferiu fechar os olhos. Hoje, tem de se admitir que nosso sistema está inoperante, enquanto o socialismo chinês demonstrou novamente sua superioridade. Porque, para combater uma ameaça como esta, é preciso um Estado. Mas o nosso, onde está ele. A saúde pública é a sua prioridade? Seria capaz de construir novos hospitais, quando está empenhado em destruir os existentes?
Num país onde a propriedade pública é negativa, onde os serviços públicos foram privatizados e desmontados, onde o Estado é um refém voluntário dos meios financeiros, podería fazer-se 10% do que os chineses fizeram? É verdade que em Pequim não se aplicam consigna neoliberais, os bancos obedecem ao governo, a propriedade pública é 50% da riqueza nacional, o Estado tem uma obrigação a cumprir, é julgado por 800 milhões na internet pela sua capacidade de resolver problemas, sabe que é responsável pelo interesse nacional, que seu mandato é renovado apenas se provar com factos e não coo palavras. Ditadura totalitária, este sistema?
Ditadura estranha, onde o debate é permanente, os erros denunciados, as manifestações frequentes, as instituições sujeitas a críticas. Será um regime totalitário, porque compeliu populações inteiras a uma contenção maciça que, segundo todos os especialistas, é a única medida eficaz? É, sem dúvida, um sistema imperfeito, mas que funciona e leva em consideração seus erros. Enquanto por cá, a autossuficiência substitui a autocrítica, denegrir os outros pessoas substitui a responsabilidade e o permanente blá-blá a acção eficaz. O editorialista do "Le Monde", esse corifeu de ciência, tem toda a razão: "é a falência de um sistema". Só que o sistema em falência não é aquele a que ele se refere.