CHINA ADMITE QUE COVID-19
CHEGOU DOS ESTADOS UNIDOS
2020-03-12
Martha Ladesic,
Washington; Exclusivo O
Lado Oculto
Zhao Lijian,
porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, admitiu na sua
conta Twitter que pode ter sido “o Exército dos Estados Unidos a trazer o surto
epidémico de COVID-19” para a cidade de Wuhan.
É a primeira vez que um responsável oficial
chinês aborda uma possibilidade que há alguns dias circula em sectores da
comunicação social.
“Quando começou o paciente zero nos Estados
Unidos?, pergunta Zhao Lijian. "Quantas pessoas estão infectadas? Quais
são os nomes dos hospitais? Pode ter sido o Exército dos Estados Unidos que
trouxe o surto para Wuhan. Sejam transparentes. Tornem os vossos dados
públicos. Devem-nos explicações”.
A intervenção do representante chinês foi
publicada pouco depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter
qualificado o COVID-19 como “um vírus estrangeiro”.
A posição do porta-voz do Ministério dos
Estrangeiros de Pequim tem como base duas circunstâncias: o facto de o Centro
de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) ter admitido agora
que muitos doentes falecidos no país supostamente vítimas de gripe comum
morreram afinal de coronavírus; e a presença de 172 membros do Exército dos
Estados Unidos nos Jogos Mundiais Militares realizados em Wuhan entre 18 e 29
de Outubro de 2019.
Wuhan é a cidade central da China onde terá
surgido o surto, eventualmente em 31 de Dezembro de 2019.
Na quarta-feira, dia 11 de Março, o director
do CDC, Robert Redfield, testemunhou perante a Comissão de Supervisão da Câmara
dos Representantes que nos Estados Unidos houve inicialmente casos fatais de
coronavírus em que os óbitos foram atribuídos à gripe comum. Diagnósticos
póstumos vieram depois a confirmar tratar-se de COVID-19, pelo que a epidemia
pode ter-se iniciado antes de ser declarada em Wuhan.
A alusão de Zhao Lijian ao “transporte” pelo
Exército dos Estados Unidos deve-se à participação de militares
norte-americanos nos Jogos de Wuhan algumas semanas antes de o coronavírus ter
sido detectado nesta cidade.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde
e departamentos nacionais de vários países a China tem partilhado os seus dados
sobre a doença à escala internacional, de modo a ser combatida da forma mais
eficaz possível. A declaração do porta-voz chinês é um desafio aos Estados
Unidos para procederem da mesma maneira, sobretudo depois de um alto
responsável do sector da saúde do país ter admitido que o coronavírus só foi
detectado depois de ter provocado um número indeterminado de casos fatais.
1 comentário:
Um repto que,sabemos,nunca irá ser aceite por quem se convenceu que "são os melhores do mundo" e,por conseguinte superiores,sendo um modelo para os demais países do mundo.Esta ideia,fá-los agir à margem de Direitos Internacionais e serve para tudo.Bjo.
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