sábado, março 07, 2020

100 anos, repetindo cem vezes sem cessar

Antes das leituras (e estudo) que me esperam e vou adiando, umas leituras se antecipam. Assim, na sequência do que ontem - dia de aniversários - aqui deixei, comecei o dia por ler a intervenção de Jerónimo no comício que abriu o centenário do Partido e por passar os olhos pela net e outras informações. E detive-me num Expresso Economia, de Pedro Lima, de que me agarrou o título: O martírio da Efacec… e da TAP – e como o coronavírus continua a baralhar-nos as contas.
Deixe-se cair o sub (ou 2ª parte do) título, de que tanto se fala ao nível da histeria e pandemia, e reproduza-se o que respeita à Efacec e à TAP:

"A Efacec continua a ser uma empresa de referência em Portugal. Mas a sua entrada no universo empresarial de Isabel dos Santos arrastou-a no arresto que foi lançado sobre os bens da investidora angolana. Na edição deste sábado o Expresso conta-lhe qual a solução que está a ser pensada para esta empresa fornecedora de tecnologia nas áreas da energia, sistemas e mobilidade: os bancos credores vão criar um fundo para parquear os quase 70% que Isabel dos Santos tem na Efacec. E o governo não afasta nenhum cenário de intervenção pública na empresa.

Outra empresa portuguesa muito importante para o país é a TAP e também aqui se joga o seu futuro. Há uma recomposição acionista à vista. Se David Neeleman – e quem sabe Humberto Pedrosa por arrasto – saírem do capital da empresa e em sua substituição entrarem a Lufthansa e a United Airlines, o que vai ser da nossa companhia aérea de bandeira? (...)

Não seria de lembrar que, por detrás do que nos acontece há privatizações que foram denunciadas e anunciados os inevitáveis consequências. 
Será oportuníssimo pegar no trecho do programa do Partido que entrou no seu centenário com um enorme comício ao assinalar o seu 99º ano de vida, que fui ontem repescar a post a propósito do 95º aniversário, de 2006:



"Do Programa do PCP (entretanto com alguns acrescentos, correcções e melhorias de redacção congressuais nos trechos que se transcreveram para mera e actual ilustração):
          (...)
II - Portugal: uma democracia avançada no limiar do século XXI
(...)
2º. O desenvolvimento económico assente numa economia mista, moderna e dinâmica, (liberta do domínio dos monopólios,) ao serviço do povo e do país.
(...)
2. Para a concretização de um tal projecto (a) estratégia de desenvolvimento deverá ter como principais vectores torna(-se) necessária uma estratégia de desenvolvimento que: (...) (Tal estratégia de desenvolvimento deverá ter como principais vectores:)
(...) - a modernização da economia e o aumento da produtividade (...) o adensamento (e diversificação) da malha produtiva, a aplicação à esfera económica (e social dos avanços) da revolução científica e técnica.
(...)
3. Para garantir este projecto de desenvolvimento económico, e quanto maior for a inserção de Portugal na CE, mais se torna(-se) necessária uma organização económica mista, não dominada (liberta do domínio) dpelos monopólios, com sectores de propriedade diversificados e com as suas dinâmicas próprias e complementares, respeitadas e apoiadas pelo Estado, designadamente:
(...) um sector privado constituído por empresas de variada dimensão (na indústria, na agricultura, na pesca, no comércio, nos serviços), destacando-se as pequenas e médias empresas pela sua flexibilidade e pelo seu peso na produção e no emprego (...)."


Repito-me nas citações e transcrições (que outras poderão ser)? Pois fá-lo-ei até à exaustão.
  
Enorme comício do 99º aniversário-começo do 100º ano


1 comentário:

Justine disse...

Pois se mesmo repetindo poucos aprendem...há que repetir até à exaustão!
Post elucidativo - assim seja lido!