Quem se pretende informado, muitas vezes vezes se diz é isto mesmo, ou era isto que eu queria ter dito, ou ainda era assim que eu queria ter dito isto. Muitas vezes me acontece a ler o avante!. Esta semana, a juntar a essas reacções, veio outra, até porque surgiram em cadeia: tenho de divulgar isto!
E vou fazê-lo, sem me exceder, sem ir além do ACTUAL. Pergunto-me: vale a pena?... Se houver mais um leitor (mais um que seja) por aqui ter vindo, valeu o tempo gasto a transcrever!
Esse «mundo ocidental»
Nesta maré de propaganda de guerra e na onda de quem dela se aproveita para delas lucrar e, também, para com elas alcançarem a hegemonização mundial e definitiva dominação política, militar e económica que o imperialismo norte-americano tem como projecto planetário, emerge a laboriosa teorização para a justificar. Entre o que por aí tem sido escrito por propagandistas da coisa, seja João Miguel Tavares, Manuel Carvalho ou alguns outros, saliente-se o arrasador argumento do «mundo ocidental», cuja força de «exemplo e valores» estaria a ser jogada em termos de sobrevivência.
Para este tipo de propagandistas, o «Ocidente» seria a estrela polar (ainda que manchada por estar a Norte e não a O)este), a bússola (que a defeituosa presença de pontos cardeais desnecessários terá levado a UE a redefini-la de «estratégica»), o alfa e ómega da civilização humana. Sem subestimar o alcance de tal propaganda, percebe-se que o «valor» não é meramente cardinal. Para eles, «ocidente» é sinónimo, seja qual for a longitude, de dominação capitalista, de sobrevivência de um sistema iníquo, desumano, predador, agressivo.
Não sei se deve presumir que o afã desta gente que aqui e no mundo gravita resulte de verem nesse «ocidente» o regresso de autos de fé dos idos anos 30 na Alemanha em pleno ascenso do nazismo, agora não com a mera pira de livros proscritos, mas com a rasura de qualquer vestígio cultural «não ocidental», seja a obra de Prokofiev, Tolstoi ou Dostoiévski, seja a proibição do Lago dos Cisnes de Tchaikovsky. Não sei se deve presumir que este afã de aplaudir a exclusão de atletas por razão de nacionalidade (incluindo os paralímpicos) se determine por não poderem suportar que um qualquer atleta dessas paragens se atreva a fazer o que o velocista negro Owen fez nos jogos olímpicos de Berlim para humilhação de Hitler.
Jorge Cordeiro
1 comentário:
Pela minha parte parte está feito, siga o próximo.
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