domingo, março 05, 2006

Citando Bertold Brecht

De
(O melhor estilo)
A única coisa que o senhor Keuner dizia sobre o estilo era o seguinte: «Devia admitir a possibililidade de uma citação. Uma citação é impessoal. Os melhores filhos quais são? Os que nos fazem esquecer o pai.»

pag. 89

13 comentários:

Skywatcher disse...

Os meus cumprimentos. Li com muita atenção o que escreveu na última edição do Notícias de Ourém, sobre os novos horários e condições de trabalho, arbitrariamente impostos aos funcionários da empresa de residuos sólidos do concelho. Revolta-me profundamente esse tipo de atitudes, que não é, infelizmente caso único. Decisões, por vezes absurdas, tomadas por um qualquer " engravatado ", afundado no conforto do cadeirão do seu gabinete. Senti-o recentemente na pele, reavivando-me a memória para uma coisa que já sabia, mas tentava esquecer: Não somos mais que um número, uma peça de menor importância no seio das grandes organizações. É a triste realidade. Que é feito de Abril ??

Anónimo disse...

Entendido!

Sérgio Ribeiro disse...

Pois é, meu caro Skywatcher.
Há, ainda, por aí uns restos do muito que foi Abril. Como conquistas e como projecto.
Nunca se perde tudo e para sempre, e uma das coisas que não se perde é a tomada de consciência de que somos mais do que aquilo que nos querem fazer.
Um abraço

Sérgio Ribeiro disse...

Não percebi essa!
Ou melhor: se entendido, venham de lá as reacções.
Embora eu tenha, também, algumas a trazer para aqui relativamente ao anterior post. Mas não pode ser à pressa e... rouco por causa de Lavra!
Um abraço

Anónimo disse...

Recorro a citações para aliviar a dificuldade de por palavras aquilo que penso ou interrogo.
Mas falou-se de tanta coisa (empresa, lucro, capitalismo, liberdade,etc) e não se aprofundou nada. Se calhar é preferivel irmos por temas (se é que é possivel separa-los). Tambem aguardo reacções e a proposito de Brecht (pesquisei mais uma que me agradou) citando:
'O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.'
PS: Livre-se de Lavra.

Sérgio Ribeiro disse...

Caro Mário
Gosto dessa que me mandou!
Como me parece evidente, estes não são lugares para aprofundar o que quer que sejs. Serão ótimos lugares para acertar e desacertar umas agulhas... ou para se aflorarem coisas profundíssimas (como TrabalhoParaCasa...) quando se tem o talento de Brecht.

Anónimo disse...

Se o operário soubesse usar a sua máquina e se o camponês soubesse distinguir um campo de uma forma para tortas, não haveria necessidade de patrões nem de proprietários.
E só porque toda a gente é tão estúpida que há necessidade de alguns tão inteligentes. Brecht
Chiça!!!!!

Anónimo disse...

MIOPIA?
Num estado controlado por aparelhos partidarios, alimentados por 'jotas', continuamos a ver (e sentir) medidas arbitrarias de consequencias duvidaveis. Partidos que se fecham hermeticamente, e sem excepção, a chavões de campanha e demonstram um autismo vergonhoso face a uma sociedade que se desenvolve na sequencia dum mundo em tempos dificeis e injustos. As pme's em Portugal empregam mais de 70% da população activa e geram 45% do volume de negocios (para não falar da carga fiscal). O governo actual (socialista por sinal) divulga um aumento da receita atraves do aumento das taxas moderadoras.
São os empresarios/patrões o inimigo publico nº1?
Não é tempo de nos adptarmos às condicionantes de hoje?

Sérgio Ribeiro disse...

Meu Caro Mário Abreu,
não andará por aí um complexo de perseguição? Para o convencer que o PME/empresário, que trabalha, que produz, que distribui, que cumpre a sua função social, não é o meu/nosso inimigo, quantas vezes lho terei de dizer, com ou sem citações? Bem pelo contrário! É, ou pode ser, o nosso (digo dos trabalhadores, da classe operária) aliado na luta contra as finanças versus economia, transnacionais versus aproveitamento dos recursos nacionais. A rede de PME é vital no tecido económico de uma pátria. Quem a quer destruir? Melhor: quem a está a destruir?
E quanto a este governo e ao partido que o apoia. não é a primeira vez, nem será a última, que ter este nome e pretender ser o seu representante, só pode ser prejudicial ao socialismo. É como os católicos que batem no peito e invocam a torto e a direito o nome do deus de que são (parecem ser) crentes fidelíssimos enquanto tudo fazem ao contrário do que será a doutrina da sua religião.
Abraços

Anónimo disse...

Caro Sergio,
Não é complexo é (mania?) a constatação de factos, tomadas de posição, opiniões, etc.
Se concordamos em: igualdade de direitos, aumentos racionais de salarios, formação profissional adequada, defesa dum emprego estavel, etc., já em materias como: fiscalidade sobre as empresas; codigo de trabalho; nº de horas semanais de trabalho; lei dos despedimentos (ou sua inexistencia, fiscalidade de mais-valias - estamos em desacordo, e nestes items falamos de condicionantes muito relevantes para a sobrevivencia da grande maioria das empresas (não falo de lucro, falo de sobrevivencia!).
Justiça seja feita em questões bem pertinentes(escandalosas?)como a fiscalidade sobre a banca.
Quanto a doutrinas fica para mais tarde.
Abraço

Anónimo disse...

Para ler com humor (mas não só):
Farpas e achas (com reagentes):
1ª Gerir, coordenar pessoas, meios, produtos (leia-se stocks) não é facil. Por desafio de amigo queria ler Brecht, mas não achei à venda, por acaso não conhece quem venda?
2ª Inconfidencias dos que nos são queridos podem gerar bons temas para esgrimir argumentos: Sindicalizar actividades como a prostituição? Sim ou não?
PS: O careca está a tornar-se demasiado impertinente?!

Sérgio Ribeiro disse...

Se estivéssemos de acordo com muito daquilo com que estamos em desacordo... apresentava-lhe já uma proposta para militante de uma coisa que eu cá sei e íamos discutir as dúvidas e incertezas para lá.
Mas também não estamos em desacordo com muito do que enuncia como desacordos e que, em alguns casos, é preconceito e não-conhecimento de posições (e lutas) nossas
Prometo que amanhã vou passar ao ataque...

Nuno Abreu disse...

agora é que foi o delas...