26.04.2006
Vou no expresso.
E, desde ontem, deu-me ganas de escrever. Sobre tudo.
Começo (e publico) pelo 25 de Abril.
Esteve “enorme”, entusiasmante, a manifestação. À altura da data.
Num dia em que, à mesma hora!, se abriu o túnel do Marquês e se abriu a residência do Primeiro Ministro e se abriu o mais que se lembraram de abrir.
Num dia em que, de manhã, SExa. o P. da R., na A. da R., apelou à reflexão dos deputados sobre as comemorações do 25 de Abril, sugerindo (ordenando!?) que revejam o modo de as fazer, porque se tornaram rotineiras e blá-blá-blá -blá (ver DN, de ontem e de hoje, por exemplo).
E disse ele que pensava (ele?!...) nos jovens e na educação.Vou no expresso.
E, desde ontem, deu-me ganas de escrever. Sobre tudo.
Começo (e publico) pelo 25 de Abril.
Esteve “enorme”, entusiasmante, a manifestação. À altura da data.
Num dia em que, à mesma hora!, se abriu o túnel do Marquês e se abriu a residência do Primeiro Ministro e se abriu o mais que se lembraram de abrir.
Num dia em que, de manhã, SExa. o P. da R., na A. da R., apelou à reflexão dos deputados sobre as comemorações do 25 de Abril, sugerindo (ordenando!?) que revejam o modo de as fazer, porque se tornaram rotineiras e blá-blá-blá -blá (ver DN, de ontem e de hoje, por exemplo).
Pois.
Para SExa., as comemorações do 25 de Abril são apenas aquelas cerimónias oficiais. Que, aliás, ele já inovou ao retirar o cravo da sua lapela ou botoeira (devia fazer-lhe brotoeja, coitadinho…).
Onde nós nunca (mas nunca!) o vimos, foi nas outras comemorações Nas populares. Que há 32 anos se fazem. Sempre com o mesmo e novo entusiasmo. Sempre com a mesma e diferente determinação.
Onde nós nunca (mas nunca!) o vimos, foi nas outras comemorações Nas populares. Que há 32 anos se fazem. Sempre com o mesmo e novo entusiasmo. Sempre com a mesma e diferente determinação.
Onde ele nunca (mas nunca!) foi, foi às escolas contar aos meninos o seu 25 de Abril. Como é que ele podia? Coitado, não teve 25 de Abril, nesse dia andava por outras datas e sítios, e tem raiva a quem o teve. E tem, e continuará a ter!
E a SExa. tanto faz ler como não ler os jornais. Porque, se os lesse, nada se perturbaria ou incomodaria por ver silenciado – ou deturpado, ou falseado, ou o raio que os parta – o que foram muitas, muitas dezenas de milhar de pessoas na rua, enchendo a Avenida da Liberdade e transbordando para o Rossio, e por tanto barulho se fazer com uma eleição partidária de uma figurinha petulante que obteve uma “vitória esmagadora” sobre uma outra figurinha, com o resultado impressionante de 5.642 votos! Coisas desta “democracia”.
Voltando (depressa) às comemorações “oficiais”, se este transitório poder o quiser… acabe com elas. Haverá quem continuará a lembrar o 25 de Abril, e a fazer as suas comemorações. As do Povo. Do Povo a que ele, SExa., e outros que tais, não pertencem. Apesar de pelo Povo serem eleitos. São as contradições desta “democracia” que tão bem assimilou as contradições do capitalismo nesta fase.
E a SExa. tanto faz ler como não ler os jornais. Porque, se os lesse, nada se perturbaria ou incomodaria por ver silenciado – ou deturpado, ou falseado, ou o raio que os parta – o que foram muitas, muitas dezenas de milhar de pessoas na rua, enchendo a Avenida da Liberdade e transbordando para o Rossio, e por tanto barulho se fazer com uma eleição partidária de uma figurinha petulante que obteve uma “vitória esmagadora” sobre uma outra figurinha, com o resultado impressionante de 5.642 votos! Coisas desta “democracia”.
Voltando (depressa) às comemorações “oficiais”, se este transitório poder o quiser… acabe com elas. Haverá quem continuará a lembrar o 25 de Abril, e a fazer as suas comemorações. As do Povo. Do Povo a que ele, SExa., e outros que tais, não pertencem. Apesar de pelo Povo serem eleitos. São as contradições desta “democracia” que tão bem assimilou as contradições do capitalismo nesta fase.
8 comentários:
mesmo sem pedras, aqui pelos teus textos, os canhões também levam belas morteiradas! vi-te na manifestação, não consegui atravessar a multidão para ir lá dar-te um abraço.
fica aqui:
um abraço
Pois é, Sérgio, o homenzinho sempre comemorou Abril, mas o 24. A «inovação» que ele quer introduzir nas comemorações é essa. Agora vai ter que gramar o 1º de Maio e a greve geral de 30 de Maio. E o mais que se verá, porque, quer ele queira ou não queira, A LUTA CONTINUA!
Recomendo a leitura do artigo sobre as comemorações do 25 de Abril de 2007 inserido em vamospelosonho.blogspot.com
Para a autora, um cravo e um beijo
Vi algumas fotos da grandiosa manifestação em Lisboa, comemorando a Revolução que é nossa! Nossa, de todo o Povo. Povo que luta e trabalha honestamente.
Neste dia, ninguém pode tocar! 25 de Abril será Sempre, para festejar!
Não quero saber se um qualquer pevidoso, um novo-rico ou um outro qualquer anti democrata, não coloque o Cravo de Abril!
Abril está vivo!
Por este país fora, Abril está em Festa. Muitos Cravos Vermelhos, almoços, manifestações, inaugurações de novos Centros de Trabalho, tardes culturais para crianças, pintura, jogos, música, dança e desporto para todas as idades. O grande problema é que em todas estas realizações há intervenções, politicas(?) pois que sejam! Esclarecendo a razão dos festejos, relembrando ou pela primeira vez ouvindo falar, sobre a Revolução de Abril, dos Resistentes, para que jamais volte o fascismo, esclarecendo os seus perigos.
Os senhores que tudo fazem para que se esqueça Abril estão a pôr, a cabeça na areia.
A Revolução é festejada e cantada pelos Jovens que respeitam e defendem Abril.
Como vai ser festejado o 1º de Maio em todo o país!
25 de Abril Sempre, Fascismo Nunca Mais!
Viva o 1º de Maio!
GR
Mas o que querem? Que todos saltem de contentes e de alegria pelo 25 de Abril? Que todos respeitem e agradeçam esta democracia? Que todas as terriolas tenham uma rua, uma praceta, um monumento sobre o 25 de Abril? Será medalhas que querem? Será que o que querem é que todos pensem igual, em fila, punho cerrado no ar, cara de caso sério, lágrimazita a cair da emoção? O 25 de Abril foi muito importante, mas para outros portugueses é o fim do mês o dia mais importante. Porquê? Porque somos diferentes e é isso que nos enriquece.
in: http://mrsleeves.blogspot.com/
concordo com ele! arre!
«Porque somos diferentes e é isso que nos enriquece»
Ora, como há uns muito mais diferentes do que outros, esses uns (Belmiro de Azevedo, por exemplo)enriquecem muito mais do que esses outros (Manuela Duarte, por exemplo). Por isso, dizem os uns: Gritemos viva a diferença! E há quem lhes obedeça.
Manuela Duarte,
Entendamo-nos!
Não agradeço ESTA democracia, mas agradeço ao 25 de Abril ter-nos tirado da ausência total de democracia.
Não quero um monumento ao 25 de Abril em cada largo ou praça do País, nem queremos - os que por ele lutaram - medalhas ou prebendas, que aliás não tenho nem sinto a falta.
Não quero todos de punho cerrado como o meu se ergue quando me parece - a mim! - ser a altura de o fazer.
Não ando aos saltinhos de alegria contentinha. Bem pelo contrário. Respeito os outros, que diferentes de nós são... mas exijo que nos respeitem - que diferentes deles somos - e que não mintam tão descaradamente a nosso respeito, do que somos e do que fazemos. Como, por exemplo, quando comemoramos o 25 de Abril. Que entendemos ser uma data histórica. Porque o foi. Pelo que é de todos, diferentes que somos.
Arre... porquê?
Alguma coisa lhe quisemos impor, obrigámo-la a ir à Avenida da Liberdade festejar com os tantos que lá estavam?
Nada mais queremos impor além desse respeito que por si temos e que gostaríamos que por nós tivesse.
Depois de ler a manuela duarte e de te ler a ti, vou desabafar. Apagas o desabafo quando o leres.
Para não "emporcalhar" este blog. Que é também nosso.
d. manuela:
Crie também um blog prá gente desabafar. Lá. No seu sítio: arre! PORRA!
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