Há semanas em que o Avante! é uma espécie de refrigério… mas também um criador de angústias. Por ele, se pode tomar conhecimento rigoroso da realidade, da realidade que, com "outro rigor", é escondida dos portugueses.
Nesta semana, na secção Actual, Margarida Botelho diz coisas sobre o novo hospital – o da Luz –, do Grupo Espírito Santo, inaugurado pelo Presidente da República e dois ministros, coisas que são interessantes, como pertinentes são os comentários que faz.
Só dois dados: cada consulta de urgência custa 90 euros e o internamento diário pode chegar aos 240 euros (que Eusébio não terá pago como elemento promocional do novo investimento que foi, decerto contra sua vontade).
O hospital tem uma maternidade, sem que (como o sublinha Margarida Botelho) lhe seja exigido o mínimo de mil partos por ano, e «por uma “política do grupo” o Hospital da Luz não fará interrupções voluntárias da gravidez, seja em que condições for»!...
Claro que “não é só para ricos” (afirmou o sr. ministro)… pois tem acordos com 15 companhias de seguros e só a ADSE garantirá 20% da facturação prevista, ou seja, é também para “pobres” que façam seguros, de preferência nas companhias do “grupo”, e o Estado comparticipa significativamente nos lucros previstos e assegurados da empresa.
Assim se vai destruindo o constitucional “direito à saúde” e o Serviço Nacional de Saúde criado para o materializar; assim “se potencia o crescimento do mercado”, como os investidores privados reconhecem e agradecem ao Governo.
Mas com resistência, pois “só na semana em que o Governo e o Presidente da República comemoraram o investimento do Grupo Espírito Santo, realizaram-se mais cinco manifestações em defesa do SNS: 5 mil pessoas pela construção do novo Hospital do Seixal, mil contra o encerramento das urgências do Hospital da Anadia, 200 exigiram médicos nas extensões de saúde de Torres Novas, mais de 600 contra o encerramento do SAP de Sesimbra".
Para além da entrega das 100 mil assinaturas recolhidas durante a campanha “A saúde é um direito, não um negócio”.
Nesta semana, na secção Actual, Margarida Botelho diz coisas sobre o novo hospital – o da Luz –, do Grupo Espírito Santo, inaugurado pelo Presidente da República e dois ministros, coisas que são interessantes, como pertinentes são os comentários que faz.
Só dois dados: cada consulta de urgência custa 90 euros e o internamento diário pode chegar aos 240 euros (que Eusébio não terá pago como elemento promocional do novo investimento que foi, decerto contra sua vontade).
O hospital tem uma maternidade, sem que (como o sublinha Margarida Botelho) lhe seja exigido o mínimo de mil partos por ano, e «por uma “política do grupo” o Hospital da Luz não fará interrupções voluntárias da gravidez, seja em que condições for»!...
Claro que “não é só para ricos” (afirmou o sr. ministro)… pois tem acordos com 15 companhias de seguros e só a ADSE garantirá 20% da facturação prevista, ou seja, é também para “pobres” que façam seguros, de preferência nas companhias do “grupo”, e o Estado comparticipa significativamente nos lucros previstos e assegurados da empresa.
Assim se vai destruindo o constitucional “direito à saúde” e o Serviço Nacional de Saúde criado para o materializar; assim “se potencia o crescimento do mercado”, como os investidores privados reconhecem e agradecem ao Governo.
Mas com resistência, pois “só na semana em que o Governo e o Presidente da República comemoraram o investimento do Grupo Espírito Santo, realizaram-se mais cinco manifestações em defesa do SNS: 5 mil pessoas pela construção do novo Hospital do Seixal, mil contra o encerramento das urgências do Hospital da Anadia, 200 exigiram médicos nas extensões de saúde de Torres Novas, mais de 600 contra o encerramento do SAP de Sesimbra".
Para além da entrega das 100 mil assinaturas recolhidas durante a campanha “A saúde é um direito, não um negócio”.
Fica, a título de informação.
1 comentário:
O trabalho deste desgoverno é a desmantelar o SNS.
Conseguiu!
Alguns cidadãos insurgiram-se perante este descalabro, muitos ainda dormem, não é nada com eles, até o azar lhes bater à porta. Aí, talvez seja tarde!
O Sócrates vai ficar feliz, quando começar a ver os doentes a morrer sem assistência!
GR
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