Diante da Fábrica da Tabaqueira, em Albarraque, os deuses do neocapitalismo triunfante ergueram uma estátua solene ao Capital de Sempre na forma de Alfredo da Silva.
É o símbolo mais grosseiro que vi, até hoje, virado para o Sol: um homem impertigadamente gordo e grosso, de fraque, bengala na mão direita e charuto (sim, CHARUTO!) na mão esquerda. Uma autêntica caricatura de bronze insolente como que saída dos primeiros romances neo-realistas que, pelo visto, não são tão inventados como se nos afiguram agora, em pleno idílio sórdido do neo-socialismo (desossado de marxismo) com o neocapitalismo...
(Dias Comuns I
- Passos Efémeros - Diário)
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desenho inédito de Álvaro Cunhal
5 comentários:
Desenho adequadíssimo ao "raivoso" texto do JGF!
Dois grandes, que se acompanham bem um ao outro.
Duas pérolas!
Traz-me à memória o retrato do fascista/capitalista, com a postura boçal.
Hoje, muitos o querem imitar.
JGF o maior escritor e poeta.
O desenho está extraordinário, o pormenor do cão...magnífico.
Parabéns por este post, homenageias dois nomes maiores do “meu” século XX.
GR
O Zé Gomes era (é) o Zé Gomes: na poesia, na prosa, na VIDA.
Caro Sérgio, parabéns pelo blog, que desconhecia. Já hoje escrevi sobre Gomes Ferreira quando ele dizia que os poetas andavam sempre com estrelas no bolso para atirar aos inimigos. É com prazer que te leio. E com uma ponta de saudade de Ourém.
Abraços, Miguel Silva Rosa.
EU, SER IMPERFEITO
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