As novas condições materiais, qualitativamente diferentes num processo dialéctico, impõem novas relações de produção, novos modos dos seres humanos se relacionarem e produzirem.
O fogo, a roda, o zero, o “atrelar ao peito”, a descoberta e a criação de novos materiais, a transformação de objectos de trabalho em instrumentos de trabalho, tudo converge num desenvolvimento acelerado das forças produtivas.
A terra aparece como a criadora de valor, isto é, com a capacidade e criar bens e produtos que, pelo uso, satisfazem necessidades e, depois, pela troca, são tornados acessíveis a essa satisfação, valor que não é senão “a mera gelatina do trabalho indiferenciado” (O Capital)[1]
Da escravatura passou-se ao feudalismo. Não como golpe de mágica, não como mudança em um momento e em todo o universo. Na dinâmica do processo histórico passou a ser predominante ou mais significativo o modo de produção e a formação social que se pode – e ao que penso acertadamente – definir como feudal.
Neste modo de produção e formação social, a base material assenta no trabalho sobre a terra, com os instrumentos que então, nesse momento (histórico, ou seja, séculos), apoiavam a força de trabalho. Nas relações sociais de produção as predominantes são as de quem possui a terra com quem a trabalha, entre os senhores (da terra, classe dominante) e os servos (camponeses ligados à gleba e obrigados a fornecer um sobretrabalho, desprovidos de meios de produção sobretudo de terra).
O servo da gleba, à diferença do escravo, não é uma mercadoria, está ligado à terra e só com ela pode ser vendido pelos senhores, enquanto tal direito (dos senhores de vender servos com a terra, dos servos de não serem vendidos como coisa à parte) estiver incluído nas relações de produção que se vão transformando, sem perderem a sua natureza de classe e no quadro da luta de classes.
Em esquema (que não pode ser redutor), o feudalismo engendrou, sob a autoridade superior de um monarca, duas categorias de privilegiados, o clero e a nobreza, e um “terceiro estado” agrupando estratos nascentes da burguesia, além do Povo, dos trabalhadores dos campos e das cidades directamente dependentes da monarquia, do clero e da nobreza.
O fogo, a roda, o zero, o “atrelar ao peito”, a descoberta e a criação de novos materiais, a transformação de objectos de trabalho em instrumentos de trabalho, tudo converge num desenvolvimento acelerado das forças produtivas.
A terra aparece como a criadora de valor, isto é, com a capacidade e criar bens e produtos que, pelo uso, satisfazem necessidades e, depois, pela troca, são tornados acessíveis a essa satisfação, valor que não é senão “a mera gelatina do trabalho indiferenciado” (O Capital)[1]
Da escravatura passou-se ao feudalismo. Não como golpe de mágica, não como mudança em um momento e em todo o universo. Na dinâmica do processo histórico passou a ser predominante ou mais significativo o modo de produção e a formação social que se pode – e ao que penso acertadamente – definir como feudal.
Neste modo de produção e formação social, a base material assenta no trabalho sobre a terra, com os instrumentos que então, nesse momento (histórico, ou seja, séculos), apoiavam a força de trabalho. Nas relações sociais de produção as predominantes são as de quem possui a terra com quem a trabalha, entre os senhores (da terra, classe dominante) e os servos (camponeses ligados à gleba e obrigados a fornecer um sobretrabalho, desprovidos de meios de produção sobretudo de terra).
O servo da gleba, à diferença do escravo, não é uma mercadoria, está ligado à terra e só com ela pode ser vendido pelos senhores, enquanto tal direito (dos senhores de vender servos com a terra, dos servos de não serem vendidos como coisa à parte) estiver incluído nas relações de produção que se vão transformando, sem perderem a sua natureza de classe e no quadro da luta de classes.
Em esquema (que não pode ser redutor), o feudalismo engendrou, sob a autoridade superior de um monarca, duas categorias de privilegiados, o clero e a nobreza, e um “terceiro estado” agrupando estratos nascentes da burguesia, além do Povo, dos trabalhadores dos campos e das cidades directamente dependentes da monarquia, do clero e da nobreza.
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[1] - mas sobre esta questão fica tanto por dizer…
5 comentários:
Porque será que tenho tantas vezes a sensação de estar a ser "vendido com a terra", pelos senhores de hoje?
E pensar que todas estas alterações / transformações levaram séculos... e que foram revoluções à época...
Até parece que estás a falar da actualidade, tal é o paralelismo possível com as classes de hoje!
Houve de facto muitos passos atrás ultimamente, ou estou a fazer leituras transviadas??
Muito interessante, a sua dissertação sobre materialismo histórico. Irei ler os outros...
-A "aula" estava tão interessante...logo tinha de tocar para a saída, mas que grande chatice.
-Mas lá vai ter de ser...paciência e até se justifica pois temos as Teses para ler...eheheh
a.ferreira
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