A vida política está marcadas indelevelmente pela criação do "ambiente".
Na impossibilidade de se impedir, pela proibição e censura, a circulação da informação, para o que contribui decisivamente a evolução dos "meios" - comunicação escrita, rádio, televisão, telemóveis, também "isto" das "nets" e "blogs" -, eles são utilizados manipuladamente pelo(s) poder(es).
Nas campanhas eleitorais é o "marketing", são as sondagens, é o espectáculo. No exercício do poder - real ou aparente ao serviço do poder real - são as "imagens" da situação, veiculadas com impacto mediático, verdadeiramente profissionalizado e sem preocupações com critérios tendo um pingo de ética.
Neste momento, confronto - a nível de interpretação pessoal - duas expressões desta deriva:
- A dramatização da situação recebida dos anteriores detentores do "poder". Não que ela não seja má, ou até péssima... mas dramatiza-se a "herança". Depois de se ter feito campanha contra a "política anterior" catalogada (e justamente) de caótica, depois de se ter tido ganho de causa, vem a utilização abusiva da "surpresa"... perante o caos, transformado em quase alibi, mesmo antes das medidas prévia e eleitoralmente anunciadas para se ter conhecimento rigoroso da situação.
- A vitimização por não se dispor de maioria absoluta. É a criação e o empolamento de situações que permitam veicular - sempre a veiculação das imagens a ser prevalecente - a ideia de que "assim não se pode governar" como se governar não fosse, também!, a capacidade de ter de ter os outros em conta, a imprescindível negociação com respeito pelos outros, minoritários que sejam, por não se poder fazer "tábua raza" das suas posições quando se dispõe de maioria absoluta.
Preocupante!
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