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O PCP defende carácter público do BPN
1 - O anúncio da decisão do Conselho de Ministros de ontem de reprivatização do BPN, depois do Estado ter investido mais de 3000 milhões de euros na recuperação do Banco, confirma o que o PCP tinha razão quando na altura da nacionalização alertou para a possibilidade do Governo e o PS estarem a tomar a decisão de nacionalizar a prazo, apenas pelos actos ilícitos praticados pelos anteriores responsáveis do Banco.
Perante uma situação difícil, o Governo do PS decidiu intervir no BPN, tal como aconteceu no BPP, em qualquer dos casos de forma precipitada e não salvaguardando o interesse público: no caso do BPN sem proceder à nacionalização, como se impunha, de todos os bens do grupo SLN. Ou seja nacionalizou os prejuízos e manteve nos privados um conjunto de actividades e património valiosíssimo.
2 - O anúncio da decisão de reprivatizar do BPN, apenas uma semana depois de ser conhecido que os lucros dos cinco maiores bancos com actividade em Portugal, no final do terceiro trimestre, atingiram 5 milhões de euros por dia, confirma que a decisão de nacionalizar, foi apenas para limpar os prejuízos do Banco, estabilizar a sua actividade para em seguida o devolver ao capital financeiro ávido de mais este instrumento para continuar o processo de acumulação capitalista.
3 - As sucessivas intervenções que a Caixa Geral de Depósitos tem sido chamada a fazer em nome do Estado Português, como aconteceu no BPN, mostram, independentemente do acerto das intervenções, a importância da Banca Pública como meio de intervenção do Estado, particularmente em momentos de crise como aquele que vivemos e designadamente de um Estado com uma economia débil que não dispõe de política cambial, nem monetária.
Neste sentido, o PCP defende a revogação da decisão do Conselho de Ministros e a manutenção do Banco na esfera pública em condições a determinar e de acordo com o interesse nacional.
4 - Com o objectivo de trazer a discussão deste problema para a Assembleia da República, onde foi tomada a decisão de nacionalizar o Banco, o Grupo Parlamentar do PCP requereu a presença do Ministro das Finanças com carácter de urgência.
Perante uma situação difícil, o Governo do PS decidiu intervir no BPN, tal como aconteceu no BPP, em qualquer dos casos de forma precipitada e não salvaguardando o interesse público: no caso do BPN sem proceder à nacionalização, como se impunha, de todos os bens do grupo SLN. Ou seja nacionalizou os prejuízos e manteve nos privados um conjunto de actividades e património valiosíssimo.
2 - O anúncio da decisão de reprivatizar do BPN, apenas uma semana depois de ser conhecido que os lucros dos cinco maiores bancos com actividade em Portugal, no final do terceiro trimestre, atingiram 5 milhões de euros por dia, confirma que a decisão de nacionalizar, foi apenas para limpar os prejuízos do Banco, estabilizar a sua actividade para em seguida o devolver ao capital financeiro ávido de mais este instrumento para continuar o processo de acumulação capitalista.
3 - As sucessivas intervenções que a Caixa Geral de Depósitos tem sido chamada a fazer em nome do Estado Português, como aconteceu no BPN, mostram, independentemente do acerto das intervenções, a importância da Banca Pública como meio de intervenção do Estado, particularmente em momentos de crise como aquele que vivemos e designadamente de um Estado com uma economia débil que não dispõe de política cambial, nem monetária.
Neste sentido, o PCP defende a revogação da decisão do Conselho de Ministros e a manutenção do Banco na esfera pública em condições a determinar e de acordo com o interesse nacional.
4 - Com o objectivo de trazer a discussão deste problema para a Assembleia da República, onde foi tomada a decisão de nacionalizar o Banco, o Grupo Parlamentar do PCP requereu a presença do Ministro das Finanças com carácter de urgência.
20.11.2009
O Gabinete de Imprensa do PCP
O Gabinete de Imprensa do PCP
5 comentários:
Quando se deu a bronca eu mudei todo - e, no meu pequeno ponto de vista, era muito! - o meu dinheirinho para o banco do Estado porque julguei que aí ficaria a salvo da encrenca! Queres tu dizer que eles se serviram do meu dinheirinho - que pelas vistas que as coisas se revelam, é muito pouco - para cobrir a vaca que geraram?!
- Assim que arranjar mais uns patacos compro mas é uma panela!
Sou mau em contas mas dá para perceber que os nossos governantes ainda são mais lorpas que eu! Ou não?!...
Um abraço BPN - Brando, Poderoso e Nha!... aqui há gato!
Sabes, tenho sérias dúvidas sobre a forma como o Partido apresenta esta posição. Manter que caracter público do BPN? As dívidas? O banco tem qualquer viabilidade sem as injecções de capital que tem beneficiado do Estado, via CGD? A lei protege os depositantes... o património do banco que seja usado para indemnizar os Estado e os contribuintes... Não sei... Acho que defender a banca comercial pública não será o mesmo que manter os interesses do BPN... e dos que poderão ficar a arder com a falência do banco.
Se esperarem mais um pouquinho até poderão oferecê-lo, perdão, vendê-lo de novo ao coitado do Oliveira e Costa... então isto não foi tudo um grande mal entendido?
Abraço.
Os vampiros continuam sedentos de sangue da manada.
Mas o que é que esperava o PCP,que o governo que gere os negócios da burguesia,fosse tomar alguma medida contra os interesses dessa mesma burguesia?
O parlamento quando aprovou a intervenção do estado ou seja a dita "nacionalização" do BPN,foi exactamente para defender esses mesmos interesses e agora se o caso voltar a ser discutido no parlamento é evidente que o parlamento irá votar de acordo com esses mesmos interesses,não é para isto que funciona e "trabalha" o parlamento burguês,ou será que o PCP tem dúvidas sobre isso,quando deposita a derradeira esperança no parlamento,quando este tem uma enorme maioria de forças politicas que agem no sentido de defender a burguesia e o grande capital.
O que o PCP devia, era, desde o seu inicio, denunciar esta situação e tomar uma posição de deixar cair o banco,e não votar ou propôr a sua nacionalização de "acordo com os interesses nacionais" quando se sabe que os interesses nacionais,são os interesses da burguesia capitalista dominante.
Na Inglaterra,nos EUA e em muito outros países,devido ao TERRAMOTO financeiro,os seus governos,não se viram obrigados a nacionalizar alguns bancos, para salvaguardar os interesses do capital.
Portanto,torna-se DEMAGÒGICO exigir a nacionalização da banca comercial ou este banco particular sem colocar em causa o próprio capitalismo,e mais grave ainda esperar-se que através da iniciativa e acção no actual quadro parlamentar burguês e não pela iniciativa revolucionária da acção das massas trabalhadoras,isso seja possivel.
Não basta ter uma politica que exiga nacionalizar,pela simples nacionalização,só para se dar ares de "esquerda" como faz na maioria das vezes o BE e o PCP,que apenas visa enganar os mais incautos,é preciso saber-se se essa politica visa mobilizar as massas trabalhadoras contra o sistema capitalista e assim garantir os seus interesses,caso contrário acontecerá como na maioria das empresas públicas existentes,principalmente aquelas que dão lucro,para se verificar a quem elas servem e de que interesses estão ao serviço.
Penso que as dúvidas? de Ricardo são bastante pertinentes,só espero que o Sérgio as esclareça e não faça como fez no caso de Patricio Gonçalves,a não ser que o estudo do tomo V do capital não lhe tenha servido para nada.
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