Ouvir este presidente da República faz mal à saúde. Da mente.
O homem que ocupa o cargo de Presidente da República esconde, num discurso embrulhado e com muletas de uma democraticidade apenas formal, uma posição sempre servil relativamente ao poder dominante (económico, financeiro, e sua expressão política), como aliás a sua biografia idade largamente comprova, na tenra idade ao regime fascista, como primeiro ministro na aplicação ruinosa para a economia portuguesa dos fundos que para a coesão deveriam servir, aos jogos especulativo-bancários como cidadão e P da R eleito. Numa palavra, ideologicamente "de classe", reaccionária
quarta-feira, julho 31, 2013
dias de agora...
(...)
Estes dias, que antecedem o 5 de Agosto, data-limite para a entrega das
candidaturas às eleições autárquicas, são de enorme azáfama.
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Por todo o país está mobilizado intenso trabalho militante, que bem
desejável seria que se estendesse a todo o tempo de vida que é a nossa.
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Em Ourém, são as listas para a Assembleia e Câmara Municipais e para 8 juntas de freguesia – Atouguia, Caxarias, Fátima, Misericórdias, Piedade, Seiça,
União das freguesias de Formigais, Freixianda e Ribeira do Fárrio, e Urqueira –, de que é preciso organizar os processos em definitivo e entregar no tribunal.
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Em relação às eleições anteriores, a CDU não vai concorrer à freguesia de
Alburitel, o que se lamenta e sobretudo se deve à emigração, mas pode apresentar-se a compensação da comparação entre as duas
eleições, fazendo as contas de outra maneira…
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Em relação a 2009, os eleitores das freguesias de Fátima, Formigais e
Freixianda dispõem, nestas eleições de 2013, de listas para votar CDU para as
suas assembleias de freguesia.
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Ou ainda, continuando as “habilidades” habituais mas em que não abundamos,
além das listas para a Assembleia e Câmaras municipais, para as Assembleias de
freguesias concorremos a 8 de 13 (62%), o que é mais que 8 de 18 (44%), o que
tem muito mais significado noutros termos quantitativos: em vez dos 48,6% de 2009,
em 2013 concorremos a 75,3% da população recenseada.
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Mais 26,7 pontos percentuais (+ 54,9%!) da população recenseada.
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Com o enorme significado qualitativo do grande aumento quantitativo se dever
à apresentação de uma candidatura pela freguesia de Fátima.
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Valerá a pena publicar isto?
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Vale!
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Mas valerá mais a pena continuar as reflexões sobre outros aspectos…
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(...)
Sobre o publicitado quanto ao IRC
A muito publicitada baixa do IRC, temporalizada a prazo, a pretexto de atrair investimento, tem de ser integrada na política fiscal, na política de emprego (ou de desemprego...), na estratégia político-económica do governo sobrevivente. Tem de ser avaliada no contexto das medidas a tomar (ou não tomadas...) quanto ao IRS, quanto ao IVA, quanto ao IMI, quanto à política social.
A não o ser feito, trata-se de manobra publicitária. Batoteira.
Desemprego em Junho em 17,4%, segundo o Eurostat
Este número de 17,4% para a taxa de desemprego está a ser publicitado como um verdadeiro "sinal" (e emblema) porque representaria uma melhoria, ou a baixa de umas (2!) décimas de pontos percentuais na pioria, quebrando a sequência desastrosa em que estávamos.
Não se quer estragar a festa, ou a falsa (e até envergonhada) euforia, em que se juntam outros "sinais" que também merecem sérias reservas, mas lembra-se que há duas maneiras de cotejar este indicador do desemprego em percentagem da população activa (conceitos a ter em conta e precisar):
- em relação ao mês anterior
- em relação a igual mês do ano anterior
Por isso, acrescenta-se que em Junho de 2012 a taxa de desemprego, na mesma fonte, foi de 15,8%, ou seja, um agravamento de 1,6 pontos percentuais ou de perto 10%.
terça-feira, julho 30, 2013
Um dia... político
Depois de, na manhã, o prof. doutor Victor Gaspar ter estado na comissão de inquérito dos swaps, depois da moção de confiança par(a)lamentar, foi a vez da actual ministra das finanças ir à mesma comissão numa longa maratona (mais de 42 quilómetros...) desmentir que mentira... mas não convenceu ninguém.
Aproveita-se para transcrever, com a devida vénia, este excelente "post" de Fernando Campos no seu sitiodosdesenhos.
Lady suápe, a ministreza das finançinhas
.
Maria Luís Albuquerque
é um prodígio da natureza, uma espécie de relvas - com menos peso
político e em fêmea – e, tal como o estafermo, não sai de
cima.
A dama de pau manifesta
a mesma aflitiva compulsão patológica para a mentira de Pinóquio. Não tem
porém os sobressaltos de alma ou outras inquietações morais do bonequinho de
Collodi; nem a mesma tendência para erupções abruptas do nariz ou de qualquer
outra parte da sua bastante anódina anatomia. Ou seja, ao contrário do Pinóquio,
a mentira não se lhe torna notória nas trombas através de visíveis e
exponenciais protuberâncias.
Mas enfim, como não
desampara a loja (está em pose de estadão), fiz-lhe um
retrato. É mais uma cara-de-pau da nossa classe dirigente.
___________________________
Obrigado, Fernando Campos!
Uma injecção de confiança...
Depois de um intervalo a substituir o que deveria ter sido o seu triste final, o governo PSD/CDS achou oportuno (ou sentiu necessidade) de se injectar com uma moção de confiança par(a)lamentar, para marcar o início do novo circo, perdão, do novo ciclo de governação.
Assim, aparentemente indiferente à crescente desconfiança que merece e/ou justifica do povo português, quis dar a imagem de um governo confiante para ver se apaga a desconfiança interna que transparece e transpira, procurando atrelar o PS em algumas das suas acções e na estratégia global.
E quem confia em quem, e quem desconfia de quem, será a continuação do guião desta... comédia.
segunda-feira, julho 29, 2013
domingo, julho 28, 2013
sábado, julho 27, 2013
final do meu "dias de agora" datado de ontem
(...)
Não estou “trabalhadeiro”.
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Depois de uma viagem de ida-e-volta a Lisboa (o Diogo completou um ano e meio!), apetece-me deixar que as coisas aconteçam sem a minha interferência ou comentário (é o mesmo embora não seja igual).
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O que é estranho…
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Não me apetece comentar esta porcaria toda, todas estas marias que são luízes, portas que são paulos, passos que são coelhos, cavacos que são aníbeis, e “vícios-versos”, todas estas trapalhadas de mentirosos contumazes ao serviço bem pago – embora pouco Seguro! – do capital financeiro,
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estas coisas das baixas do IRC, e mais isto, e mais aquilo, e mais aquele, e mais aquela...
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“Prontos”!… acabei por hoje.
quinta-feira, julho 25, 2013
avante! porque é 5ª (e noutros dias da semana também)
O verdadeiro «compromisso de salvação nacional» que se impõe é um
compromisso com os interesses e direitos dos trabalhadores e do povo
consagrados na Constituição, reafirmou o Secretário-geral do PCP no passado
sábado, repudiando a decisão do Presidente da República de prolongar a vida a
um governo e a uma maioria agonizantes. O PCP – tal como a CGTP – apela por
isso ao desenvolvimento e intensificação da luta para mudar o rumo do País.
A evolução da(s) dívida(s) pública(s)
segundo... | |
114/2013 - 22 July 2013
First quarter of 2013compared with fourth quarter of 2012
Euro area government debt up to 92.2% of GDP
EU27 debt up to 85.9%
... no 1º trimestre de 2013, a dívida pública subiu para 92,2% do PIB na área euro (UE17), enquanto atingiu 85,9% em toda a União Europeia (UE27).
Mas os "pesos" são muito diferentes
«Os ratios mais altos das dívidas públicas relativamente aos PIBs, no final do 1º trimestre de 2013 são a Grécia (160,5%), a Itália (130,3%), Portugal (127,2%) e a Irlanda (125,1%) e os mais baixos a Estónia (10,0%), a Bulgária (18,0%) e o Luxemburgo (22,4%)»
e as diferenças acentuam-se
«em comparação com o 1º trimestre de 2012, 24 Estados membros registaram um acréscimo da sua divida pública em relação aos PIBs, e 3 um decréscimo. Os mais elevados acréscimos nos ratios verificaram-se na Grécia (+24,1 pp), na Irlanda (+18,3 pp), em Espanha (+15,2 pp), Portugal (+14,9 pp) e Chipre (+12,6 pp), enquanto os decréscimos se verificram na Letónia (-5,1 pp), Lituania (-1,9 pp) e Dinamarca (-0,2 pp)»
Mas os "pesos" são muito diferentes
«Os ratios mais altos das dívidas públicas relativamente aos PIBs, no final do 1º trimestre de 2013 são a Grécia (160,5%), a Itália (130,3%), Portugal (127,2%) e a Irlanda (125,1%) e os mais baixos a Estónia (10,0%), a Bulgária (18,0%) e o Luxemburgo (22,4%)»
e as diferenças acentuam-se
«em comparação com o 1º trimestre de 2012, 24 Estados membros registaram um acréscimo da sua divida pública em relação aos PIBs, e 3 um decréscimo. Os mais elevados acréscimos nos ratios verificaram-se na Grécia (+24,1 pp), na Irlanda (+18,3 pp), em Espanha (+15,2 pp), Portugal (+14,9 pp) e Chipre (+12,6 pp), enquanto os decréscimos se verificram na Letónia (-5,1 pp), Lituania (-1,9 pp) e Dinamarca (-0,2 pp)»
só há que...
inverter o rumo das políticas!
De coração com pernas para o ar e lixo de gato escondido debaixo do tapete com rabo de fora
Fez-se uma remodelação na "sala de fora" (é assim que por cá se diz...) da casa a cair de podre. Levaram-se uns trastes para a arrecadação, de lá se trouxeram uns outros. Com os trastes que ficaram, deu-se um arranjo novo à sala, havendo peças de que não se percebe bem a colocação, como um sofá-móvel muito usado e coçado virado contra umas janelas que dão para o exterior.
Mas a questão foi a de se querer mostrar a parte da casa como sendo nova mas para as velhas funções e, na limpeza que se fez, atirou-se algum lixo, já bastante apodrecido, para debaixo do tapete. Houve quem tivesse visto - mas que cego não veria o que se queria assim esconder?!...-, e tivesse alertado para o "esquecimento" da equipa de limpeza.
O que é espantoso é que se tenha vindo dizer que a podridão era de quem tinha alertado para o que, mal e porcamente, se quis esconder (como se fosse possível!).
A de-coração está toda de pernas para o ar. Esta "sala de fora" não tem arrumo por onde se lhe pegue!
quarta-feira, julho 24, 2013
Ex-citação - Até quando?...
Discurso de Cícero contra Catilina
I
Até quando, ó Catilina, abusarás tu da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há-de zombar de nós essa tua loucura? A que extremos se há-de precipitar a tua audácia sem travão? Nem a guarda do Palatino, nem a ronda nocturna da cidade, nem os temores do povo, nem a afluência de todos os homens de bem, neste local tão bem protegido para a reunião do Senado, nem o olhar e o aspecto destes senadores, nada disto consegue perturbar-te? Não sentes que os teus planos estão à vista de todos? Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem? Quem, de entre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, em que local estiveste, a quem convocaste, que deliberações foram as tuas?
Oh tempos, oh costumes! O Senado tem conhecimento destes factos, o cônsul tem-nos diante dos olhos; todavia, este homem continua vivo! Vivo?! Mais ainda, até no Senado ele aparece, toma parte no conselho de Estado, aponta-nos e marca-nos, com o olhar, um a um, para a chacina. E nós, homens valorosos, cuidamos cumprir o nosso dever para com o Estado, se evitamos os dardos da sua loucura. à morte, Catilina, é que tu deverias, há muito, ter sido arrastado por ordem do cônsul; contra ti é que se deveria lançar a ruína que tu, desde há muito tempo, tramas contra todos nós.
Pois não é verdade que uma personagem tão notável. como era Públio Cipião, pontífice máximo, mandou, como simples particular, matar Tibério Graco, que levemente perturbara a constituição do Estado? E Catilina. que anseia por devastar a ferro e fogo a face da terra, haveremos nós, os cônsules, de o suportar toda a vida? E já não falo naqueles casos de outras eras, como o facto de Gaio Servílio Aala ter abatido, por suas próprias mãos, Espúrio Mélio e quem alimentava ideias revolucionárias. Havia... havia outrora nesta República uma tal disciplina moral que os homens de coragem puniam com mais severos castigos um cidadão perigoso do que o mais implacável dos inimigos. Temos um decreto do Senados contra ti, Catilina, um decreto rigoroso e grave; não é a decisão clara nem a autoridade da Ordem aqui presente que falta à República; nós, digo-o publicamente, nós, os cônsules, é que faltamos.
(...)
As omissões que denunciam e os esquecimentos que lembram
Biografia oficial omite ligação
de Rui Machete ao BPN
Por PÚBLICO
o que explica tanta coisa
terça-feira, julho 23, 2013
«Então, ó chefe, e a viagemzinha à Madeira?»
do sapo:
Passos comunicou a Álvaro a sua saída do Governo (Visão)
Álvaro Santos Pereira foi informado ao final do
dia de ontem, segunda-feira, 20 (foi sábado, 20, ou foi segunda-feira, 22?... cruel dúvida!), pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, de
que o seu nome estaria excluído da nova equipa governamental.»
Aí vai a 2ª "grande descoberta" deste governo,
devolvida ao Canadá!
O que é que não falhou neste governo?!.
segunda-feira, julho 22, 2013
Sobre os encontros do PCP com forças políticas e sociais
Nota do site do PCP
Sobre os encontros do PCP com forças políticas e sociais
Segunda 22 de Julho de 2013
No âmbito do convite dirigido pelo PCP às forças sociais e políticas para
encontros com vista à avaliação da situação política e aos seus
desenvolvimentos, decorrentes da crise política e institucional originada pela
concretização do Pacto de Agressão, foram realizados encontros com a CGTP-IN na
passada quarta-feira e com o Bloco de Esquerda, o Partido Ecologista “Os Verdes”
e a Associação Intervenção Democrática na sexta-feira, dia 19 de Julho.
As reuniões com o Partido Ecologia “Os Verdes” e a Intervenção Democrática
confirmaram uma ampla identificação quanto à análise da actual situação, as
saídas e soluções políticas e institucionais para superar a crise política, bem
como quanto à política alternativa patriótica e de esquerda indispensável ao
País. Nestes encontros foi ainda sublinhada a importância nacional e local do
reforço da CDU nas próximas eleições autárquicas. A afirmação da Coligação
Democrática Unitária enquanto espaço de convergência e acção comum, a sua
dimensão de participação unitária e democrática, e o seu reconhecido percurso de
trabalho, honestidade e competência, de entrega e dedicação aos interesses e
aspirações dos trabalhadores e do povo constitui um elemento da maior
importância que os partidos e forças que a integram se comprometeram a ampliar.
A reunião com o Bloco de Esquerda permitiu constatar uma convergência de
pontos de vista quanto ao quadro político actual e à necessária exigência da
demissão do governo e convocação de eleições enquanto condição para a rejeição
do Pacto de Agressão. No quadro da identidade própria de cada partido e das
naturais diferenças e posicionamentos, foi reconhecida a necessidade da máxima
convergência e mobilização, que muito para lá do espaço dos dois partidos
contribuam para abrir caminho a uma outra política e a um outro rumo para o
País.
No quadro do encontro com forças sociais – que conhecerão nos próximos dias
reuniões com a Confederação Nacional da Agricultura, a Confederação dos Pequenos
e Médios Empresários, o Movimento Unitário dos Reformados Pensionistas e Idosos,
a Associação de Bolseiros de Investigação Científica, o Conselho Coordenador dos
Institutos Superiores Politécnicos, entre outros – realizou-se uma reunião com a
CGTP-IN. Este encontro permitiu uma análise da situação marcada pelo agravamento
da exploração, empobrecimento, destruição da actividade produtiva, desemprego,
comprometimento da democracia e da soberania nacional, pela ofensiva em curso
visando acentuar o ataque aos direitos dos trabalhadores, em que se salienta a
tentativa de aumentar o horário do trabalho e os despedimentos na Administração
Pública, de redução da protecção dos desempregados, de destruição da contratação
colectiva. Na reunião foi sublinhado o papel decisivo da luta dos trabalhadores
na redução da base social e política de apoio do Governo e a importância do seu
prosseguimento e intensificação, articulando os objectivos concretos e imediatos
de defesa dos interesses e direitos dos trabalhadores com os objectivos da
demissão do Governo, da realização de eleições antecipadas e da rejeição do
Pacto de Agressão e da política de direita, abrindo caminho a um Portugal
desenvolvido e soberano.
Perante a inquietante evolução e as manobras com vista a perpetuar a política
de direita e o rumo de desastre nacional com os mesmos ou outros promotores, o
PCP realizará, também, em todo o País, encontros com personalidades democráticas
com ou sem filiação partidária, norteadas pelo respeito dos princípios e valores
constitucionais e que inscrevem como objectivos a demissão do governo, a
realização de eleições e a rejeição do Pacto de Agressão.
José Gomes Ferreira no suplemento Economia do Expresso
Não. Não se trata desse que nos aparece na televisão e tanto perora sobre finanças como se economia fosse. E publica programas de governo, promovidos como "best-sellers", em campanhas publicitárias milionárias.
Trata-se deste. Do "nosso", do Poeta Militante. Que, surpreendentemente - embora sem surpresa, dado o critério de escolha dos poetas nessa página... -, veio trazer este seu poema de 1976 à página 5.
Mastiguemos, saboreando, as suas palavras. Apesar de amargas, tão de primavera nestes invernos traiçoeiros que nos atacam, inclementes, disfarçados de rosas.
(clicando sobre a imagem, lê-se melhor...)
Um retrato (ao SOL...) da situação em que estamos
Ninguém, nem o próprio, sabe se Álvaro Santos Pereira fica ou não no Governo. Mas o ministro da Economia mantém intacta a sua agenda de deslocações, ignorando a crise política à sua volta.
A próxima deslocação, depois da ida a Angola da semana passada, está marcada
para a Madeira. Será na ressaca da festa anual do PSD no Chão da Lagoa, a 28 de
Julho. A deslocação à Região está acertada desde Maio, altura em que o ministro
esteve no arquipélago. Para já, na Madeira, a visita é dada como certa. E os
preparativos estão em marcha.
Nas quase três semanas de crise política, Santos Pereira tem resistido a
falar sobre a sua situação dentro do Governo. Sabendo das notícias da sua
pretensa substituição por Pires de Lima, do CDS, deixou apenas escapar aos
jornalistas que haveria "tempo" para falar desse assunto, depois da tempestade
passar. Isso, porém, foi antes do discurso do Presidente da República, que
suspendeu a remodelação.
Mas na Horta Seca não houve ordem para arrumar papéis. Com a natural tensão
provocada pelas notícias, Álvaro Santos Pereira teve várias conversas com os
seus secretários de Estado e membros do gabinete, denotando irritação com o que
entende ter sido um ‘golpe palaciano’ de Portas para o tirar da Economia. Mas
nem por isso deixou de manter o silêncio, nem tão pouco colocou em causa a sua
boa relação com Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo indicado
pelo CDS.
Álvaro e a independência
Para a deslocação de três dias, o governante conta levar na comitiva todos os
cinco secretários de Estado para discutir temas como o emprego, a construção
civil e obras públicas, a energia, o turismo e os fundos comunitários.
Antes de ser ministro, em 2007, Santos Pereira escreveu o livro Os
Mitos da Economia Portuguesa. Onde perguntou: "A independência da
Madeira é viável e benéfica para o país?". E "a resposta é claramente positiva:
se a Madeira quiser, um dia poderá tornar-se independente. Afinal, se Malta,
Chipre, e até Timor-Leste conseguem ser independentes, porque é que os
madeirenses não poderão sonhar com uma autonomia total de Portugal?". E concluiu
que "uma desunião não traria vantagens para nenhum dos lados".
Ordenhando quem mais deveria ordenar...
Este título e artigo, tirados de o sapo (que, por sua vez os tirou do Económico) são... sintomáticos:
«Bolsa
Acções da banca ganham 4%
com fim da crise política
Pedro Latoeiro
22/07/13»
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Na verdade, para chamar "fim da crise política" ao que aconteceu ontem é preciso uma grande lata! Tão grande que até nos leva a fazer conotações que serão de mau gosto (?!) por usarem o nome do jornalista que assina a notícia/comentário do Económico! G'anda lata...
Nós diríamos que a continuidade da crise política está a provocar especulação e correlativos ganhos financeiros aos do costume, à banca. Aos que estimulam a crise e ordenam a sua continuidade. Como se vê!
É tão simplório este aparentemente sofisticado jogo de "vender na alta" e "comprar na baixa"... e desencadear "altas" e "baixas" a partir da manipulação de uma democracia apenas formal, ordenhando o povo, que deveria ser quem mais ordena.
Depois de um aparente e barulhento e propositadamente confuso intervalo...
... parece tudo ter voltado ao que estava.
Mas isso nunca acontece.
O aparente intervalo foi um intermezzo de democracia formal em que foi protagonista um manequim que debitou duas falas.
Foi um "passe de mágica" de ilusionista de aviário, sem ponta por onde lhe pegar.
O "governo de coligação continuará em exercício até ao final do mandato" .
Mas... QUAL GOVERNO?
Nada ficou como d'antes. Porque nunca nada fica como antes era, por mais falso e postiço seja o que aconteça no hiato, por menos vivo e decente (e de gente) que sejam os truques e as "habilidades".
Iniciou-se um novo ciclo, em que a única coisa que continua é a necessidade de continuar e reforçar a luta.
duas mãos cheias de nada
e a cabeça de coisa nenhuma
domingo, julho 21, 2013
sexta-feira, julho 19, 2013
Incompetência?... mais subservi(v)ência...
Intervenção de António Filipe na
Assembleia de República
"Este governo nem para se demitir
é competente"
Quinta 18 de Julho de 2013
Intervenção de António Filipe no debate
da Moção de Censura ao governo
apresentado pelo PEV.
da Moção de Censura ao governo
apresentado pelo PEV.
Disssimulou!
Ex-citação... e (quase) uma angústia
«Livrarias fechadas: Portugal, Barateira,
Camões, Guimarães, Diário de Notícias. Livrarias a fechar: Olisipo, Artes &
Letras, Sá da Costa. Esta é a lista das livrarias que recentemente fecharam ou
estão para fechar só na zona nobre de Lisboa.
A Livraria Sá da Costa, dias
depois de cumprir cem anos, vai fechar portas este sábado, é irónico. Livrarias
centenárias que de um momento para o outro deixa...ram de ser
viáveis? Livrarias de encontro, de tertúlia, de cultura que já não fazem
sentido? Livrarias onde o espaço era público, onde nos podíamos sentar
gratuitamente a ler um livro, não têm agora qualquer relevância? Lugares de
identidade que nos diferenciavam de outros lugares todos iguais, franchisados,
estilizados, aqui, em Madrid ou em Paris, vão ser transformados sapatarias ou
padarias ao estilo francês? Livrarias que eram de todos nós ou não
eram?
Alguma coisa estranha se passa nesta cidade ou melhor neste país. Um
país onde cada vez menos se gosta de viver. Um país onde as políticas são feitas
para o mercado e não para as pessoas. Um país onde a pobreza não nos deixa
pensar noutra coisa a não ser como vamos viver no dia seguinte. Um país assim,
naturalmente, não tem ânimo para a indignação, nem para a revolta. Um país assim
está morto.»
Jaime Bulhosa
só a recusa, a indignação,
A LUTA,
pode dar a volta a "isto" que estamos a viver,
e recolocar-nos no rumo da Humanidade
quinta-feira, julho 18, 2013
quarta-feira, julho 17, 2013
4ª feira, 17 de Julho. depois de algumas leituras e de ouvir alguns noticiários
O que é a luta de classes?
É - também!... - isto:
a comunicação social (ao serviço da classe dominante)
- ignorar tanto quanto puder
- deturpar até onde possível (se não puder ignorar...)
as posições do partido da classe operária e de todos os trabalhadores (o partido da classe explorada pela classe exploradora).
terça-feira, julho 16, 2013
Esta... tirei do "sapo", do "Expresso", e noutros lugares estará
Bloco propõe negociação
a PS e PCP
Rosa Pedroso
Lima
Carlos
Santos/Lusa
"Portugal está a entrar na terceira
semana de uma crise governamental e política sem solução à vista",diz João Semedo
É a resposta do Bloco de Esquerda ao "pântano político" em que o
País caiu. João Semedo faz, esta manhã, uma declaração em nome da comissão
política do BE, em que apela a PS e PCP para a abertura de "um processo de
discussão e aprovação das bases programáticas de um Governo de esquerda".
Depois de, ontem, o PCP ter convidado os bloquistas para
negociações, a comissão política do BE responde com a proposta de negociações
alargadas aos socialistas, salientando que "são precisas soluções urgentes e
nenhum esforço deve ser poupado para conseguir uma resposta à crise nacional".
O convite dos comunistas mereceu um comentário do BE: "Registamos
positivamente que a direcção do PCP tenha proposto a realização de uma
reunião".
Sem "tempo a perder", o Bloco diz que as negociações devem
fazer-se "sem condições prévias e no mais curto espaço de tempo". No entanto, o
programa está já balizado: o Governo de esquerda deve "terminar a austeridade e
o memorando", conseguir "a reestruturação da dívida" e "recuperar o rendimento
perdido pelas pessoas".
O mote para a iniciativa bloquista foi dado com a atual situação
política. "Portugal está a entrar na terceira semana de uma crise governamental
e política sem solução à vista", diz João Semedo, para quem "este curso
desastroso deve ser interrompido".
ele há coisas...
ver blog anterior
("outra informação"!)
Por causa dos anacronismos e outras ambiguidades:
Nota do Gabinete de Imprensa do PCP
Encontros propostos pelo PCP
com forças políticas e sociais
Terça 16 de Julho de 2013
1. Na sequência do convite dirigido ontem pelo PCP às forças políticas e
sociais para encontros com vista à avaliação da situação política e aos seus
desenvolvimentos decorrentes da crise política e institucional originada pela
concretização do Pacto de Agressão, estão agendados para a próxima sexta-feira
reuniões com o Bloco de Esquerda, Partido Ecologista “Os Verdes” e a Associação
Intervenção Democrática respectivamente às 11h00, 15h00 e 16h30.
2. Perante a inquietante evolução e as manobras com vista a perpetuar a
política de direita e o rumo de desastre nacional com os mesmos ou outros
promotores, a avaliação comum da actual situação pelo conjunto de forças,
sectores e personalidades norteados pelo respeito dos princípios e valores
constitucionais e que inscrevem como objectivos a demissão do governo e a
realização de eleições e a rejeição do Pacto de Agressão assume inegável
importância.
3. O PCP reafirma a urgência de uma ruptura com a política de direita e de
uma mudança na vida nacional que abra caminho à construção de uma política
alternativa, patriótica e de esquerda, constitui um imperativo nacional, uma
condição para assegurar um Portugal com futuro, de justiça social e progresso,
um país soberano e independente. Uma política que seja capaz de libertar
Portugal da dependência e da submissão, recuperar para o país o que é do país,
devolver aos trabalhadores e ao povo os seus direitos, salários e rendimentos,
assente nas seis opções fundamentais apresentadas pelo Comité Central do PCP na
sua reunião de 6 de Maio.
«à cause des mouches»
e da comunicação social
segunda-feira, julho 15, 2013
Estórias de futebol, adaptadas
15.07.2013
Acordei a lembrar-me de duas estórias de futebol…
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I – “Não inventa, não inventa!”
No tempo em que o futebol (o de 1ª divisão) era jogado, em Portugal, por nativos treinados por uns senhores estrangeiros, havia um destes que, ao que eu me lembro, berrava muito nos treinos: “não inventa, não inventa…”.
Queria ele dizer, no seu linguajar, que os por ele treinados não deveriam complicar as coisas, que tinham de aprender a jogar simples, bola recebida, bola passada, quanto muito um driblezito e jogo colectivo.
Porque é que me lembrei dito, hoje, que nativos são os treinadores e os treinados formam equipas que são verdadeiras sociedades das nações, em que a nação menos representada é a portuguesa, e tudo são negócios?
Por causa do Cavaco! Inventou! Tinha três saídas:
- 1. Dava posse ao governo PCoelho-PPortas recauchutado, isto é, “siga a dança” mais uns mesitos;
- 2. Demitia o governo, isto é, dissolvia a Assembleia da República e marcava eleições;
- 3. Não aceitava o governo recauchutado mas adiava eleições, isto é, arranjava uma fórmula de propor à AR um outro 1º ministro e seu governo.
Não tomou nenhuma delas e suas variantes. Inventou. Inventou uma “salvação nacional” escavacada, isto é, embrulhou tudo ainda mais, com gravíssimos prejuízos para a democracia, a verdadeira, aquela que ele não suporta.
Como sempre às ordens dos mercados...
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II – Quando não se é capaz
de colocar a bola a 30/40 metros…
O senhor Cândido de Oliveira era… um senhor.
Primeiro capitão da primeira selecção nacional de futebol (1921), dos fundadores do Casa Pia Atlético Clube, seleccionador nacional indiscutido, alto funcionário dos Correios… foi preso e enviado para o Tarrafal (1942-1944), acusado de espionagem a favor da Inglaterra, o país aliado de Portugal que, salazarentamente, se aliava, nazi-fascista, ao eixo Alemanha-Itália. Mas não é disto a estória que (me) quero contar, nem da fundação do jornal A Bola, ou da criação da célebre equipa dos “cinco violinos” do Sporting.
A estória é do futebol (ou do que quer que seja) como obra colectiva, é da forma de fazer uma grande equipa de futebol (ou do que for) sem ter grandes jogadores.
Dizia Mestre Cândido “quando não se tem jogadores que coloquem a bola a 30/40 metros, usa-se o passe curto e a progressão lenta, toma lá-dá cá, com mudanças de velocidade...” *
Pode servir-se frio, morno ou quente. E na luta de classes… do lado das massas.
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* - em "Económicas", em 1957, usámos esta "táctica" e fomos campeões universitários!
Vitor Gaspar e o ar condicionado - que sempre os houve, sempre diferentes
Cá vamos lendo (muito) e (pouco) rindo. E, ao sabor do tempo - incerto, muito variável -, de vez em quando... surpresas. Algumas agradáveis. Como este texto de Gonçalo Brás (economista e doutorando na Faculdade de Economia de Coimbra) que me trouxe muitas reminiscências. Daquela Faculdade - há mais de 30 anos - e de coisas que escrevia - há mais de 40 anos - quando os jornais me davam espaço, e eu o aproveitava com prosa que passasse o crivo da censura, e o tentava com a ironia por estas áreas tidas por áridas.
domingo, julho 14, 2013
De trapalhada em trapalhada, de mentira em mentira, um exercício permanente de hipocrisia e cinismo político
No plano da
democracia representativa, os eleitos com votos bastantes para nos representarem
têm vindo a praticar um exercício que seria suicidário se as suas intenções
fossem as de servir a política, isto é, o trabalho de alguns ao serviço de
todos, da comunidade.
Mas não são!
Páginas de "dias de agora"
14.07.2013 (fim de tarde)
Ponto da situação (sempre desactualizado, naturalmente!):
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- Ida de Portas e Seguro ao Clube Bilderberg
- Demissão de Gaspar, reconhecendo falhanço
- Demissão (irrevogável!) de Portas a pretexto de nomeação de Maria Luís
- Passos Coelho não aceita demissão e não se demite (que era cenário possível e, talvez…, previsto por PP)
- Em simultâneo, reacção dos mercados (aceitação de Maria Luís, e “agitação” de banqueiros, confederações patronais e bolsa)
- Muita actividade de Cavaco, em paralelo com reuniões sucessivas de Passos e Portas
- Declaração “surpreendente” de Cavaco que, aparentemente, não aceita remodelação governo PCoelho/PPortas e quer “salvação nacional” incluindo PS
- PS, para as massas mantém posição de exigir eleições, mas aceita proposta de Cavaco
- Campanha mediática dando a versão de recusa de PCP/BE/Verdes à proposta de Cavaco, que liminarmente os ignorou, como se fez desentendido das manifestações e greves
- Procura de condições para reforço de luta de massas, com enfermeiros “em grande”, moção de censura dos Verdes, e “congelamento” destas acções na comunicação social
- Eleições inevitáveis (depois do orçamento?), com “culpas” para os partidos que não chegaram a acordos.
- E, claro e sobretudo, para os que recusaram as negociações e os (não) acordos para que começaram por ser recusados.
- Tudo certo, portanto.
- PSD, CDS e PS num “jogo de empurra”, com Cavaco a arbitrar numa permanente (e desgraçada) degradação da imagem da política na população
- PS a dizer que quer eleições mas tudo fazendo para que elas se façam depois do odioso ficar para o actual governo, que continuará a atacar enquanto com ele (e Cavaco) pactuará em entendimentos de “sistema” (capitalista)..
- Jogos & mais jogos, Lª., cheios de “portas falsas”, “coelhos na cartola”, “seguros mais que ambíguos”, tudo escavacado… a prazo incerto.
- A moção de censura poderá ser... interessante.
- ... mas o esclarecimento (boca a orelha) e a luta de massas correlativa são fundamentais!
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Pirataria aérea...
de VICMAN
em vermelho
podia ser, em vez da Torre Eifel,
a estilização
da Torre dos Clérigos
ou do Castelo de S.Jorge
Para este domingo - De que lado estás tu?
a pergunta a fazer de vez em quando... todos os dias!
PETE SEEGER
PETE SEEGER
Wich Side Are You On
Our father was a union man some day i'll be one too.
The bosses fired daddy what's our family gonna do?
Come all you good workers good news to you
I'll tell of how the good old union has come in here to dewll.
Chorus:
Which side are you on?
Which side are you on?
My daddy was miner and i'm a miner's son
And i'll stick with the union 'til every battles
done.
They say in marlan county there are no neutrals there
You'll either be a union man or a thug for j.h. blair
Oh workers can you stand it?
Oh tell me how you can will you be a lousy scab or will you be a man?
Don't scab for the bosses don't listen to their lies
Us poor folks haven't got a chance unless we organize.
de que lado estás tu?!
Nosso pai era homem de sindicato algum dia eu vou ser um também.
Os patrões demitiram o nosso pai, que é a nossa família vai fazer?
Venham todos os trabalhadores que temos uma boa notícia boa para lhes dar
Vou dizer de como o sindicato bom e velho está aqui para ajudar.
Refrão:
De que lado estás tu?
De que lado estás tu?
Meu pai era mineiro e eu sou o filho de um mineiro
E eu vou ficar com o sindicato até todas as batalhas terminarem.
Dizem que no município de Marlan não há gente neutra
Queres ser um homem de sindicato ou um vendido a J.H Blair
Oh trabalhadores, vocês podem suportar isso?
Oh, diz-me tu como podes ter uma doença ruim ou ser um homem são e inteiro?
Não dês ouvidos aos patrões, não acredites nas suas mentiras
Somos gente pobre e sem força, não temos qualquer futuro se não nos organizamos
sábado, julho 13, 2013
O PS aceita...
PS aceita reunião com Governo e troika (SOL)
O Partido Socialista aceitou a sugestão do
primeiro-ministro, feita esta sexta-feira, para que um encontro inédito com o
Governo e a troika. A reunião não tem ainda dia marcado, mas será na próxima
semana, com os chefes de missão para Portugal.
isto teria sido tudo combinado em Bilderberg?,
só não marcaram o dia?
sexta-feira, julho 12, 2013
O futuro vem aí... quando? ... como?
De um comentário::
Parece-me que todos se preparam para eleições: o grande capital já percebeu que o PSD e o CDS já não têm condições para assegurar a concretização do seu programa de reconstituição do capitalismo monopolista. O PS já deu garantias de que só ou ainda pior acompanhado está disponível para cumprir esse desígnio. Nos entretantos, é necessário garantir [ao grande capital] a aprovação de um conjunto de legislação que aguarda para ser aprovada pela maioria, ou como agora é moda: pelo "arco do poder" ou da governabilidade...
Parece confuso? É uma questão de opção de classe!
Obrigado, Ricardo!
até diria mais:
é a luta de classes!,
em toda a sua evidência
(escondida, escamoteada)
Ex-citações (ou o que dá a ex-citação...)
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