domingo, junho 28, 2015

Quantos somos/como estamos - 4

Atrasei-me na publicação desta série, deste nº 4. O que pouca importância terá, a não ser que haja qualquer "maduro" (além de mim...) que estivesse a acompanhar a série e sentido a sua falta. 
Esta série, como registo e arquivo a partir de um estudo interessante e útil, ganha alguma intemporalidade, até porque estes "posts" que a comporão servirão para imprimir e ficar como elementos de apoio. Para quê? Para que toda a inFormação com que se possa vir a contribuir seja escorada em elementos e dados com um mínimo/máximo de credibilidade por de outros virem e por terem algum rigor, sempre condicionado pelas fontes e pelas fontes a que as fontes recorreram ou se basearam.
Começou-se pela taxa de desemprego (desempregados inscritos), logo se passou aos desempregados de longa duração e à população desempregada à procura de novo emprego ou à procura de primeiro emprego. Na breve caracterização (quantitativa e bem deficiente ou por defeito) logo ressalta a evolução das prestações de subsídio de desemprego (uma das conquistas da revolução, com enorme significado pelo período envolvente e centrípeto particularmente difícil em que ocorreu - "crise económica", fim de um "surto emigratório", retorno das colónias, desmobilização militar -, e pela sua universalidade), que depois da subida inevitável pelo acréscimo de desempregados foi um dos pontos de ataque social, passando as prestações a 261 mil em 2011 para 246 mil em 2014.
Mas volte-se ao trilho...  que este é comentário de passagem ao número anterior, e aproveitem-se estes três gráficos do estudo publicado nas informações "expressas":











Encadeemo-los na série que se pretende levar a (bom) fim. 
Assim, é estulto tratar da situação (e evolução) demográfica de  um espaço, de um País, de uma Nação, sem ter em consideração os movimentos migratórios.
Aliás, como espaço, País, Nação, plantado nesta ponta da Europa, Portugal é terra de emigrantes, com reflexos na vida económica. Lembrem-se os anos 60 do século passado em que as remessas dos emigrantes foram "balão de oxigénio" numa economia débil (e fascista...) a suportar uma guerra colonial (mas não tergiversemos nestas apenas notas de comentário).
Nos últimos anos, o surto emigratório atingiu níveis que lembram esses anos (sobretudo a quem os viveu, claro) em que os emigrantes também chegavam (ou ultrapassavam) a centena de milhares.   
No entanto, essa lembrança não se completa com a do "benefício" (sem descontar os "custos", isto é, brutos... socialmente) das remessas, que não cresceram proporcionalmente - 37,5% para o número de emigrantes, 24% para as remessas.
No outro lado das migrações, a imigração caiu significativamente, com a população estrangeira residente a diminuir 30 mil (8%), 
sendo mais trabalhadores (tal como os emigrantes) que a economia não emprega e números que ajudam a escamotear a evolução de uma economia em queda livre, em que apenas a crescente "economia paralela" (e de subsistência) se aguenta, ainda que perseguida por um fisco predador.


continua

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