A financeirização/banqueirização da vida social em todos os seus aspectos reflecte o funcionamento do capitalismo, é o resultado do que caracteriza este sistema de relações sociais. Toda a dinâmica do capital tem por base a relação entre os homens, relação que o define e que divide a sociedade em classes. Não é grande descoberta, nem suscita qualquer satisfação pessoal afirmá-lo, mas é indispensável - para a compreensão do que se vive e contributo para a sua necessária transformação - não deixar que tal seja escondido, negado, minimizado.
Cá por casa, a mediatização do atrito Governo/Banco de Portugal (ao nível de 1º ministro e governador) e a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o Banif com o alarido provocado não o podem escamotear. Como, a nível do processo de integração europeia, o episódio referendo no Reino Unido/negociações governo do R.U./Conselho Europeu (de que aquele faz parte, pelo são intestinas... e por isso tão mal cheiram) e suas aparências para inglês ver, como, como, a nível mais global, as quedas das bolsas, a dança dos juros e as variações e trambolhões das cotações (do petróleo em particular), o fio da navalha Turquia-Nato-Arábia/Rússsia sangrando na Síria, nada destas e nestas erupções epidérmicas - e algumas perigosíssimas para a Paz e sobrevivência mundiais - pode escamotear as causas fundas de um sistema em implosão controlada-adiada.
Repito-me nesta manhã em que tudo aparece embrulhado num novelo que tem conhecidas pontas, pontas desconhecidas por quem as teria de conhecer para que as transformações sejam no sentido do progresso humano.
Por quais pontas lhe pegar?
1 comentário:
O capital ,enovelado nas próprias contradições,pode ser muito perigoso!Obrigada eu,pelo que vou aprendendo contigo,camarada!Bjo
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