segunda-feira, março 28, 2022

PAZ, sim!

de 


 

Com o lema «Parar a guerra, dar uma oportunidade à paz», o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) realizou esta tarde um concerto na Praça D. João I, no Porto. A iniciativa decorreu ao ar livre no seguimento de o presidente da Câmara, Rui Moreira, ter recusado ceder o Rivoli para a realização da mesma. «Paz Sim, Guerra Não!» foi uma das palavras de ordem

sábado, março 26, 2022

LOUCOS!

em abrilabril: 

FRASE DO DIA

“Senti-me envergonhado quando li que um grupo de países se comprometeu a gastar 2% do PIB com a compra de armas para responder ao que está acontecendo. Loucos!”

PAPA FRANCISCO. CNN

sexta-feira, março 25, 2022

ACTUAL-24.03.2022-3

 - Nº 2521 (2022/03/24)

Irracionalidades

Opinião

A esta hora, se tudo correu como estava previsto, o grupo de duas dezenas de pessoas liderado pelo neonazi Mário Machado já estará na Ucrânia. O objectivo declarado da deslocação é prestar ajuda humanitária e, se necessário, combater ao lado das tropas ucranianas, como consta do pedido que tocou as cordas sensíveis do coração de uma juíza do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa ao ponto de a levar a alterar as medidas de coação impostas a Machado.

O delinquente, já julgado e condenado a mais de 10 anos de prisão por diversos crimes de ódio, incluindo ofensas à integridade física que resultaram no homicídio de Alcindo Monteiro, em 1995, está actualmente obrigado a apresentar-se quinzenalmente às autoridades no âmbito de um processo pelo crime de posse de arma ilegal. Quer dizer, estava, porque a dita juíza isentou-o do incómodo para que pudesse, sem apertos de agenda, ir prestar os seus serviços aos congéneres ucranianos, sem ter de pedir licença para matar, quanto mais para usar armas.

Sinais da modernidade do nosso tempo, em que senhores juízes liberam criminosos para semanas de campo com autorização de matar fora de portas, confiantes na redenção com tamanho humanismo e sem a mais leve preocupação com a eventual aplicação da experiência portas a dentro.

Enquanto isso, reverendíssimas criaturas, como diria Gedeão, intimam os relapsos a prestar vassalagem a Biden, que vem à Europa participar numa cimeira da NATO, outra da UE e uma do G7, e a reconhecer que o Sol é quadrado e a Lua pentagonal e que os astros bailam e entoam à meia-noite louvores à harmonia universal.

É a civilização cristã e ocidental no seu explendor, a mirar-se ao espelho, embebida de uma certeza irracional – o mundo sou eu!

Anabela Fino 

ACTUAL-24.03.2022-2

  - Nº 2521 (2022/03/24)


Oportunismo de guerra

Opinião

O aproveitamento da intensificação da guerra na Ucrânia por parte do grande capital faz-se sentir em todos os domínios. Da intoxicação ideológica à especulação dos preços, da corrida aos armamentos à imposição da ditadura do pensamento único, tudo serve, tal como como fez durante a epidemia, para tirar partido das trágicas consequências de um caminho que o imperialismo criou e que quer levar tão longe quanto lhe seja possível.

Há quem vá disfarçando os sinistros interesses que estão por detrás da escalada de confrontação que continua em curso, mas há também quem não resista a expor com clareza o que lhe vai na alma. José Crespo Carvalho, Professor Catedrático na Nova School of Business and Economics (actual designação da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa) e colunista do Observador é uma dessas criaturas. Em texto publicado no referido jornal, JCC do alto da sua pretensa visão académica, vem-nos dizer que as dezenas de milhares de refugiados ucranianos que o nosso País poderá vir a acolher nos próximos tempos poderão «mudar o perfil do trabalho», impondo um «mindset diferente daqueles a que estamos habituados». Como diz JCC, «que ninguém espere que sejam trabalhadores das nove às cinco e que venham reclamar o que cá reclamamos».

O desejo de JCC é que os milhões de refugiados que desaguarão em Portugal e noutros países da Europa contribuam para uma degradação ainda maior dos salários e dos direitos de todos os trabalhadores, alargando a jornada de trabalho e condicionando a sua luta reivindicativa.

Para lá do que estas afirmações revelam de cínico desprezo pela situação com que os refugiados de guerra (ucranianos, mas não só) se confrontam, reduzindo-os a mera força de trabalho, o que fica claro é o chocante oportunismo desta gente, que utiliza a guerra e os seus impactos para aprofundar a exploração.

Como temos dito, o caminho da paz exige o cessar fogo e uma solução política e negociada para o conflito. Um caminho que se opõe ao da guerra, ao do oportunismo e da exploração nos quais o imperialismo e o grande capital investem.


Vasco Cardoso

ACTUAL-24.03.2022-1

Quem se pretende informado, muitas vezes vezes se diz é isto mesmo, ou era isto que eu queria ter dito, ou ainda era assim que eu queria ter dito isto. Muitas vezes me acontece a ler o avante!. Esta semana, a juntar a essas reacções, veio outra, até porque surgiram em cadeia: tenho de divulgar isto!

E vou fazê-lo, sem me exceder, sem ir além do ACTUAL. Pergunto-me: vale a pena?... Se houver mais um leitor (mais um que seja) por aqui ter vindo, valeu o tempo gasto a transcrever! 

 - Nº 2521 (2022/03/24)

Esse «mundo ocidental»

Opinião

Nesta maré de propaganda de guerra e na onda de quem dela se aproveita para delas lucrar e, também, para com elas alcançarem a hegemonização mundial e definitiva dominação política, militar e económica que o imperialismo norte-americano tem como projecto planetário, emerge a laboriosa teorização para a justificar. Entre o que por aí tem sido escrito por propagandistas da coisa, seja João Miguel Tavares, Manuel Carvalho ou alguns outros, saliente-se o arrasador argumento do «mundo ocidental», cuja força de «exemplo e valores» estaria a ser jogada em termos de sobrevivência.

Para este tipo de propagandistas, o «Ocidente» seria a estrela polar (ainda que manchada por estar a Norte e não a O)este), a bússola (que a defeituosa presença de pontos cardeais desnecessários terá levado a UE a redefini-la de «estratégica»), o alfa e ómega da civilização humana. Sem subestimar o alcance de tal propaganda, percebe-se que o «valor» não é meramente cardinal. Para eles, «ocidente» é sinónimo, seja qual for a longitude, de dominação capitalista, de sobrevivência de um sistema iníquo, desumano, predador, agressivo.

Não sei se deve presumir que o afã desta gente que aqui e no mundo gravita resulte de verem nesse «ocidente» o regresso de autos de fé dos idos anos 30 na Alemanha em pleno ascenso do nazismo, agora não com a mera pira de livros proscritos, mas com a rasura de qualquer vestígio cultural «não ocidental», seja a obra de Prokofiev, Tolstoi ou Dostoiévski, seja a proibição do Lago dos Cisnes de Tchaikovsky. Não sei se deve presumir que este afã de aplaudir a exclusão de atletas por razão de nacionalidade (incluindo os paralímpicos) se determine por não poderem suportar que um qualquer atleta dessas paragens se atreva a fazer o que o velocista negro Owen fez nos jogos olímpicos de Berlim para humilhação de Hitler.

Presume-se que o «mundo ocidental» que defendem seja aquele que impunemente bombardeie durante 78 dias, a começar pela sede da televisão, uma capital europeia como Belgrado (cujo azimute geográfico carece de verificação porque só por erro de localização pode ter sido plantada nesse maravilhoso ocidente). Para lá do que se possa ou deva presumir, há uma certeza: esse «mundo ocidental» e «livre» que defendem é o que visa perpetuar a exploração, lançar na fome e na doença milhões de seres humanos, fazer da guerra e do sofrimento humano fonte de acumulação de riqueza.

Jorge Cordeiro

quarta-feira, março 23, 2022

 




"Relativismo moral" ou...

 No Públlco de ontem:



terça-feira, março 22, 2022

segunda-feira, março 21, 2022

A propósito... do que sou!

A propósito de um editorial, hoje lido algures 

Condeno a guerra que está?

Claro!… condeno todas as guerras.

Reajo, indignado, à desinformação, à manipulação mediática que recorre à mentira, ao empolamento, que faz despudorada campanha?

Indigno-me, e denuncio.

Procuro as causas, e ouço os argumentos, mesmo os de quem faz o que condeno?

Com certeza… só assim os posso condenar em consciência.

Sou contra as provocações que levam (e têm a intenção de levar) aos crimes?

Tanto, que até as considero co-responsáveis pelos crimes.

Sou contra os fascistas?

Sou-o com razões pessoais e outras… e, em concreto, contra os que são autorizados a irem juntar-se a outros fascistas para irem, onde quer que seja, praticar os crimes por que estão condenados.

 ..............

Não admira, sou contorcionista, incapaz de condenar sem adversativas, anti-democracia (burguesa!), sou comunista, enfim, do PCP, como é óvio!

Não espero concordâncias, mas exijo que me aceitem como democrata e lutador pela liberdade, e todos me aceitarão menos os visceralmente anti-comunistas.

sábado, março 19, 2022

Não há paciência!

 António Guerreiro, no Público de ontem:




noutros lugares

Ironias e vida e morte 

  • Público - 18 Mar 2022
  • Por António Rodrigues


Ironias sírias

Para alguém que seja dado a isto das ironias, entre os sírios que olham agora este êxodo ucraniano para os braços abertos da Europa e do mundo, não deixa de ser de uma cruel ironia que três semanas de guerra tenham feito de um povo ucraniano flagelado pela guerra, o povo mártir escolhido — porque até nas tragédias ter a cor certa e a localização geográfica adequada ajuda à construção mitológica do horror — quando os sírios andam há 11 anos a desviver nas bolandas de um conflito que não lhes sai de cima — e cruel das ironias, pode ainda recrudescer, enquanto os holofotes mediáticos apontam todos para um só lugar no planeta. “Hoje na Síria, mais do que nunca, os pais não têm como trazer comida para casa. Os seus filhos vão para a cama de barriga vazia todas as noites”, denunciou esta semana o secretário-geral da organização humanitária Norwegian Refugee Council, num apelo urgente a que a Terra não se esqueça da Síria por mais que a Ucrânia nos deixe a todos tão ocupados. Temendo Jan Egeland, tal como escrevia um dos maiores irónicos de todos, Mário Cesariny, que acabemos todos a encolher os ombros, porque “afinal o que importa não é haver gente com fome/ porque assim como assim ainda há muita gente que come”. Mesmo quando os sírios com fome sejam quase sete milhões, totalmente dependentes da ajuda internacional, e muitos milhões sobrevivam sem acesso a pão, combustível, electricidade e água potável. Sem comida nem aquecimento quando as temperaturas vão chegar à noite nos próximos dias a um grau positivo. “A comunidade internacional não pode fugir do firme compromisso que assumiu”, lembra Egeland. Resta saber da sua firmeza. A do compromisso do mundo, não de Egeland.

Vida e morte iemenita

A coisa é para ser dita de forma simples e clara: 400 mil crianças iemenitas estão à beira da morte, de acordo com as Nações Unidas. A guerra que a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos com o apoio dos Estados Unidos travam no Iémen desde 2014 para restabelecer o regime que uma revolta popular derrubou (e para combater a revolta armada dos houthis apoiados pelo Irão) matou mais de 100 mil pessoas, incluindo mais de 12 mil civis, segundo o Armed Conflict Location and Event Data Project (Acled), ONG que colecta dados de conflitos no mundo. Mais de um ano depois de Joe Biden ter assumido a presidência dos EUA e de ter assumido no seu discurso inaugural “que esta guerra tem de acabar”, a guerra continua e o povo vai morrendo de desnutrição, numa catástrofe humanitária que não tem merecido o empenho e a solidariedade que merecia, mesmo com os muitos alertas da ONU. Aliás, como escrevia o jornalista iemenita Shuaib Almosawa no The Intercept na quarta-feira, “passado um ano”, do discurso de Biden, “a crise humanitária no Iémen está, em vários aspectos, pior que no tempo de [Donald] Trump”. Apesar de o actual líder da Casa Branca sublinhar a sua pretensão de acabar com o “cheque em branco que Donald Trump passou à Arábia Saudita para abusos de direitos humanos no país e no estrangeiro”, a verdade é que desde Dezembro a coligação liderada pelos sauditas aumentou os bombardeamentos da capital do Iémen, Saana, incluindo áreas residenciais e o aeroporto. E a crise da Ucrânia e a decisão de deixar de importar petróleo russo traz más novas para os iemenitas, já que Washington está a pensar em pedir aos sauditas que aumentem a produção de petróleo. Como referiu a congressista Ilhan Omar, “a nossa resposta à guerra imoral de Putin não deveria ser o fortalecimento da nossa relação com os sauditas que actualmente estão a provocar a pior crise humanitária do planeta no Iémen”

quinta-feira, março 17, 2022

Estas são notícias

 Notícias dos Estados Unidos:

 - Nº 2520 (2022/03/17)

Minneapolis, Minnesota, EUA

Internacional

Minneapolis é no Minnesota e o Minnesota é nos EUA. E os EUA planeiam gastar, só este ano, 778 mil milhões de dólares (quatro vezes o PIB português) no eufemístico Departamento da «Defesa», fabulosa rubrica onde não cabem, contudo, as crianças nem os educadores de Minneapolis. É que, para 34 000 alunos de Minneapolis, não há escola há duas semanas, porque os professores se viram forçados a fazer a primeira greve do distrito escolar em 50 anos, porque não conseguiam sobreviver só com os seus salários, porque não há dinheiro para a educação, porque há dinheiro para o maior orçamento militar da história da humanidade.

Os 4500 educadores que, há duas semanas mantêm a greve, denunciam salários de miséria, com que não é possível sobreviver. «Temos colegas a dormir dentro de carros, em tendas e nas ruas porque não têm dinheiro» explicou a dirigente sindical da Federação de Professores do Minnesota, Roberson-Moody, à 19th News.

Mas os professores também reclamam a redução do número de alunos por turma, a contratação de mais professores, auxiliares e psicólogos e mais benefícios de saúde suportados pelo distrito escolar.

Perante a intransigência dos líderes democratas da cidade e do Estado, que asseguram não haver dinheiro para satisfazer as reivindicações docentes, os professores mantêm a greve com duração indefinida, a que se somaram, esta quarta-feira, os 200 trabalhadores das cantinas escolares que, apesar da greve, continuaram a servir refeições.

Katy Bergman, uma psicóloga do distrito escolar de Minneapolis, explicava à 19th News o que a fez aderir à greve: «Os aumentos salariais são uma anedota. Depois de pagar 700 dólares em despesas com o seguro de saúde, fico sem nada. Quando digo nada, quero dizer que não posso ir ao supermercado comprar comida. Não tenho dinheiro para higiene feminina. É assim que me agradecem por cuidar da saúde mental de 309 crianças.»

Os aumentos salariais nos EUA vêm sendo totalmente absorvidos pela inflação, traduzindo-se em perdas efectivas de rendimentos. Segundo o Gabinete de Estatísticas Laborais da Casa Branca, o salário real está em queda ininterrupta desde Setembro de 2021, atingindo, em Fevereiro de 2022, perdas de 2,6 por cento.

A paralisação de Minneapolis não é única nos EUA: nas últimas duas semanas, também os professores de quatro outros distritos escolares no Illinois (George Patton e Proviso Township) e na Califórnia (Sonoma e Sacramento) convocaram greves sem fim à vista para exigir salários dignos e melhores condições laborais. Professores do Minnesota, do Illinois, da Califórnia, Estados de um país que, já dizia Tupac, «tem dinheiro para a guerra mas não consegue alimentar os pobres».

António Santos

quarta-feira, março 16, 2022

MEMÓRIA-2



 


o mundo às avessas

no Público de hoje,
é tão desgraciosa esta menina
a fazer o pino (queda facial invertida),
para nos dar a sua visão do mundo às avessas,
que não se resiste a transcrever o início de exercício!

 

terça-feira, março 15, 2022

MEMÓRIA--1


artigo na SEARA NOVA de Janeiro de 1965







visado pela
COMISSÃO DE CENSURA

sexta-feira, março 11, 2022

Sim!, travar a catástrofe

  - Nº 2519 (2022/03/10)

Travar a catástrofe


Opinião

Os governos e comunicação social que justificaram, apoiaram e promoveram todas as guerras do último quarto de século manifestam agora indignação perante a guerra na Ucrânia. A guerra é algo terrível, em primeiro lugar para os povos que as sofrem. É inteiramente verdade hoje na Ucrânia. Mas também o foi e é nas guerras desencadeadas pelos EUA/NATO/UE. Foi verdade na primeira guerra na Europa após a II Guerra Mundial, que não foi esta, mas sim os 78 dias de bombardeamentos da NATO sobre a Jugoslávia em 1999. Foi verdade na invasão do Afeganistão, Iraque ou Líbano. Foi verdade nos bombardeamentos dos EUA/NATO/UE sobre a Líbia ou de Israel sobre Gaza (que o governo português nunca condenou). É verdade nas guerras «híbridas» dos EUA/NATO/UE contra os povos da Síria, Venezuela, Irão e tantos outros. É verdade na guerra que assola o Leste da Ucrânia desde o golpe de Estado de 2014, patrocinado e financiado pelos EUA e UE. Para o grande capital e seus agentes, essas guerras foram sempre «boas», «justificadas» ou ignoradas. As mentiras da invasão do Iraque catapultaram o primeiro-ministro português Durão Barroso da Cimeira das Lajes para a presidência da Comissão Europeia.

Mas algo ainda mais grave se passa hoje. O discurso dominante sobre a Ucrânia não é de paz, nem de recusa da guerra. É o discurso do ódio, da irracionalidade, da censura, do fascismo, do belicismo e militarismo ainda mais desbragados. Os colossais recursos que querem destinar para a NATO vão ser pagos com sangue, suor e lágrimas pelos trabalhadores e os povos. E abrem a porta a uma guerra de proporções bem mais graves, com consequências catastróficas para a Humanidade.

É preciso ter consciência dos perigos. Faz agora 22 anos que o General Loureiro dos Santos deu uma entrevista ao Diário de Notícias (13.3.2000) que gerou a manchete: «Guerra mundial é inevitável». Na altura a Rússia era um país destroçado pela restauração do capitalismo e a pilhagem «ocidental» que a acompanhou. Putin tinha acabado de se tornar presidente. A China estava longe de ser o gigante económico em que se tornou.

Mas dizia Loureiro dos Santos que já então os EUA preparavam a guerra mundial: embora «neste momento existe uma superpotência global com um diferencial de poder relativamente às outras potências que nunca existiu na História», poderia no futuro haver países ou grupos de países que «reúnam capacidade para se opor ou desafiar os Estados Unidos. E os Estados Unidos precisarão de actuar. Isso não será para já, mas dentro de 15, 20 anos é praticamente inevitável». A entrevista é clara: para preservar a sua hegemonia planetária, os EUA já então preparavam uma guerra mundial. Com palavras aterradoras, Loureiro dos Santos minimizava o perigo dum holocausto nuclear: «Tem de haver formas novas de fazer a guerra. Possivelmente as outras armas de destruição maciça vão passar a ter um papel muito mais importante, nomeadamente a arma biológica. A arma atómica continuará a ser uma arma muito importante (…) mas para as grandes potências deixará de ser um obstáculo» (!!).

Ninguém se deixe iludir. Os trabalhadores e povos têm de rejeitar o caminho da catástrofe.

Jorge Cadima

terça-feira, março 08, 2022

Vozes lúcidas

Lido em A viagem dos Argonautas, de Soares Novais: 

LARANJA MECÂNICA – 

A TRINCHEIRA DO “INDEPENDENTE” 

– por Soares Novais


A campanha está aí,

a apalpar a violência possível

para além das palavras.

"Eles" sabem quem é o inimigo

(de classe).

Mas há vozes lúcidas!




segunda-feira, março 07, 2022