quinta-feira, junho 02, 2022

DESTA VEZ NÃO FOI NO ÁVANTE!...

Desta vez, não foi no avante! que encontrei o que, na verdade, me informou, me ensina em que mundo estamos a viver. Foi no Público.

Na página 36 da edição do Público de 3ª feira li “Dezasseis jogadores na ficha do jogo, cinco deles portugueses e só dois desses com real impacto no triunfo do Benfica na Liga Europeia, a segunda prova mais relevante do andebol continental de clubes…”

Foi notícia a modos de balde de água fria, ao lado do título em grossos caracteres Um milagre em várias línguas, também legenda de uma foto do eufórico festejo, ensanduichada por coluna com uma declaração do “treinador da Artística de Avanca”: Uma repetição deste título vai depender do investimento. Estes jogadores estrangeiros não vieram para cá perder dinheiro.

Na véspera, serena e silenciosamente tinha-me congratulado com a notícia, crónica do jogo e declarações de dirigentes do Benfica.

Hoje, 5ª feira, abro o meu semanal avante!, e na página 2, em Aconteceu, lá vem:

Benfica faz história no andebol nacional

e a notícia, sucinta, é entusiática, refere A equipa portuguesa… conseguiram (!) roubar o título aos alemães… e Portugal passou a ter quatro troféus continentais…

Nem uma referência à composição da equipa que teria feito história no andebol nacional…

Isto, na mesma edição em que A. Melo de Carvalho continua, no avante!, a sua campanha (e obra, e vida) por Que desporto temos? Que desporto queremos. 

Fiquei um bocadinho triste… mas já passa!

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