Desta vez, não foi no avante! que encontrei o que, na verdade, me informou, me ensina em que mundo estamos a viver. Foi no Público.
Na página 36 da edição do Público de 3ª feira li “Dezasseis
jogadores na ficha do jogo, cinco deles portugueses e só dois desses com real impacto
no triunfo do Benfica na Liga Europeia, a segunda prova mais relevante do
andebol continental de clubes…”
Foi notícia a modos de balde de água fria, ao lado
do título em grossos caracteres Um
milagre em várias línguas, também legenda de uma foto do eufórico festejo,
ensanduichada por coluna com uma declaração do “treinador da Artística de
Avanca”: Uma repetição deste título vai
depender do investimento. Estes jogadores estrangeiros não vieram para cá
perder dinheiro.
Na véspera, serena e silenciosamente tinha-me congratulado
com a notícia, crónica do jogo e declarações de dirigentes do Benfica.
Hoje, 5ª feira, abro o meu semanal avante!, e na página 2, em Aconteceu, lá vem:
Benfica faz história
no andebol nacional
e a notícia, sucinta, é entusiática, refere A equipa portuguesa… conseguiram (!) roubar o título aos alemães… e Portugal passou a ter quatro troféus
continentais…
Nem uma referência à composição da equipa que teria feito
história no andebol nacional…
Isto, na mesma edição em que A. Melo de Carvalho
continua, no avante!, a sua campanha (e obra, e vida) por Que desporto temos? Que desporto
queremos.
Fiquei um
bocadinho triste… mas já passa!
Sem comentários:
Enviar um comentário